Ainda me lembro como se fosse hoje: eu criança e minha mãe
tentando me fazer comer salada nas refeições. Era hilário, ela tentava, tentava
e nada. Eu parecia aquelas crianças mimadas, não comia nem feijão, mas
continuava a bater o pé e usar a desculpa de que se meu pai não comia, eu também
não precisava. Para mim era só questão de “ter gosto ruim”, mas minha mãe via o
todo: sabia que os vegetais eram essenciais, e além disso, sabia que eu deveria
agradecer por tê-los na mesa, já que naquela época estávamos em maus bocados
quando o assunto era grana.
Eu tinha dois exemplos: minha mãe, que comia vegetais sempre
que podia, e meu pai, que só quando muito importunado por minha mãe o fazia. Quem
eu segui, caro(a) leitor(a)? Claro, meu pai. Poxa, ele não comia muitos
legumes, mas já tinha passado dos 50 anos, que mal teria se eu também fizesse
assim? Na vida estamos cheios de exemplos, precisamos decidir melhor qual deles
é o melhor a ser seguido. Vivemos buscando alguém para seguir os passos, para “querer
ser quando crescer”, muitas vezes achamos os candidatos a exemplo, mas não
analisamos a qual dos grupos pertencem.
Veja no mundo cristão, por exemplo: diversos “ícones”
apresentados aos que precisam de um rumo hoje em dia não movem um dedo para o
crescimento do Evangelho de Cristo. Falo de alguns cantores e pastores por aí. –
“Ai, irmão, mas os ministérios deles são fortes, estão crescendo, não toque nos
ungidos”- calma, nem falei em nomes... pense como quiser, que de alguma forma
todos levam a mensagem, mas não creio assim. Se não for o puro e simples
Evangelho trazido por Cristo, sem enganação ou “lenga-lenga”, não faço questão
de ouvir, nem julgo necessário. Julgue-me como queira, mas vejo muitos shows,
super-stars da fé, capas da Veja, grandes concentrações, “cruzadas”, muito profissionalismo,
mas muitas vezes não vejo a pregação do arrependimento. Aí não me serve.
Na outra ponta da corda, vejo aqueles pouco lembrados, mas
que ainda assim, dão um belo testemunho de suas vidas. Irmãos que abrem mãos de
suas vidas em benefício do crescimento do Reino. Pessoas que muitas vezes são
desconhecidas em seus estados, cidades, ou mesmo em suas igrejas: falo dos
missionários, pessoas que deixam muitas vezes o que parece lógico para trás e
decidem falar de Deus. Seja num povoado na Amazônia, na América Central, África
ou no Leste Asiático; esse é o tipo de pessoa que anda me inspirando. Abrir mão
de uma vida calma para falar de Jesus, sujeitando-se a doenças, fome, frio,
falta de condições dignas de vida, e sem esperar nenhum tostão em troca.
É claro que não é nem necessário mencionar que levo Jesus como inspiração. Ele mesmo disse quando andou por essa terra: “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11.29). É claro, nunca imitaremos com precisão as ações do Messias, mas ainda assim tento ser uma imagem, mesmo que distorcida, de Cristo. Some-se a Ele os grandes homens e mulheres da Bíblia e muitos outros anõnimos.
Siga o melhor exemplo. Será bom para você mesmo!
Viva vencendo com o seu testemunho!!!
Seu irmão menor.
Abraços.
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