MP cumpre mandados e investiga desvios de dízimos em igreja no ES
Operação ''Entre Irmãos'' cumpre 12 mandados de busca e apreensão.
Cúpula da Igreja Maranata está sendo investigada pelos crimes
Ministério Público do Espírito Santo (MPES) deu início, na manhã desta segunda-feira (26), a uma operação que investiga um esquema de desvios de doações de dízimos, lavagem de dinheiro, falsificações de documentos e ocultação de bens da Igreja Cristã Maranata.
A ação denominada ''Entre Irmãos'' está cumprindo, por meio do Grupo
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), um total de 12 mandados
de busca e apreensão e conta com o apoio da Ronda Tática Motorizada
(Rotam) da Polícia Militar, na Grande Vitória. Também são investigadas
as participações de policiais na segurança de integrantes.
Por meio da assessoria de imprensa, a Igreja Maranata informou que os
advogados a instituição “estão se inteirando do processo e das acusações
e devem se pronunciar somente após as 11 horas desta segunda-feira
(26)”.
Os alvos da operação são igrejas, um escritório de contabilidade e até a
residência de um contabilista. Um dos principais pontos do esquema é o
Presbitério da Maranata, no Centro de Vila Velha, na região
Metropolitana, onde funciona a sede administrativa e financeira da
entidade. Segundo o Ministério Público, estão sendo apurados os crimes
de corrupção, falsificações de documentos e ocultação de bens por parte
de membros da cúpula da Igreja.
A ação visa desarticular e colher provas relativas à suposta atuação de
uma organização criminosa na igreja. Computadores, documentos, dados e
depoimentos estão sendo recolhidos.
Além dos mandados de prisão, a operação prevê cumprimento de ordens
judiciais de afastamento, sequestro de bens, quebra dos sigilos ficais e
impedimento de acesso de toda a direção das áreas administrativas da
Maranata para que o trabalho do Ministério Público possa ser realizado
livre de obstáculos e ingerência dos eventuais envolvidos, sem impedir o
livre exercício do culto religioso.
A cúpula da Igreja Maranata está sendo investigada pelos crimes de
estelionato, falsificação de documentos, formação de quadrilha e lavagem
de dinheiro.
MP-ES analisa documentos da Igreja Maranata e notifica testemunhas
Após nove horas do início da operação "Entre Irmãos", o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) deixou a sede administrativa da Igreja Cristã Maranata, em Vila Velha, na Grande Vitória, nesta segunda-feira (26). Vários malotes com documentos foram levados para serem analisados por promotores.
O órgão procura indícios que comprovem um suposto esquema de desvios de
dinheiro do dízimo, além de lavagem de dinheiro, falsificações de
documentos e ocultação de bens da igreja. A Igreja Cristã Maranata
informou, por meio de nota, que "acredita que todos os pontos da
investigação serão apurados devidamente pela Justiça" e que vai
colaborar com as investigações do MP-ES.
A ação foi cumprida por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contando com o apoio da Ronda Tática Motorizada (Rotam) da Polícia Militar, na Grande Vitória. No total, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta segunda.
A ação foi cumprida por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), contando com o apoio da Ronda Tática Motorizada (Rotam) da Polícia Militar, na Grande Vitória. No total, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta segunda.
Os assessores do Ministério Público deixaram o local a sede
administrativa nesta tarde. Pela manhã, eles também recolheram
documentos na Fundação Manoel Passos Barros, na Serra, na região
Metropolitana, entidade mantida pela Maranata. O órgão disse que há
indícios de desvio até de emendas parlamentares destinadas à fundação.
As investigações da operação "Entre Irmãos" começaram em fevereiro
deste ano. O MP-ES afirmou que os desvios aconteciam por meio de
pagamentos feitos com notas fiscais ilícitas. Ao mesmo tempo, a Polícia
Federal realizou outra operação, que também tem como alvo a Igreja
Maranata, mas essas investigações correm em segredo de Justiça.
Por ordem judicial, foi efetivada a quebra dos sigilos fiscal e
bancário dos envolvidos e o sequestro de bens, ativos e valores
supostamente desviados, visando ao resguardo e restituição à Igreja e
aos cofres públicos.
Agora, o Ministério Público segue com as investigações através do
depoimento de testemunhas, eventuais colaboradores e membros da Igreja
que tenham informações de irregularidades na gestão. Foram notificadas
26 pessoas para prestarem esclarecimentos a partir dos próximos dias.
Outros colaboradores que quiserem auxiliar nas investigações podem
entrar em contato com a instituição por meio dos promotores de Justiça
do Gaeco, ou pelo telefone 127, da Ouvidoria do MP-ES, que recebe
denúncias sem a necessidade de identificação.
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Abraços.
Vivam vencendo!!!
Seu irmão menor
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