Catolicos agora tem que pagar imposto para tomar ceia, batizar, confessar, ungir enfermos, casar, enterrar... #INDULGÊNCIAS?
A
Igreja Católica da Alemanha anunciou que não oferecerá os sacramentos
religiosos aos fieis que não paguem o imposto religioso, como forma de
limitar o abandono das atividades de católicos não praticantes
A
medida entra em vigor nesta segunda-feira e modifica um sistema criado
no século 19, em que os cidadãos do país são obrigados a se declarar
religiosos e, após isso, fazer uma contribuição obrigatória, similar ao
dízimo.
Devido ao novo
decreto, qualquer alemão que não esteja vinculado financeiramente com a
Igreja Católica terá de pagar para fazer confissão, eucaristia,
confirmação e a unção dos enfermos, salvo em caso de risco de morte.
Os que não
contribuírem tampouco poderão apadrinhar uma criança ou se casar no
religioso sem autorização da diocese local. Se permitidos, os pais
deverão se comprometer a educar o filho de maneira religiosa.
Ainda poderão ser proibidos os enterros religiosos, se o morto não manifestou nenhum arrependimento antes de sua morte.
Protesto
"Pagar e orar é
um sinal completamente errado, na hora errada”, divulgou nesta segunda o
movimento reformista ‘Nós Somos a Igreja’. O grupo disse que o decreto
"mostra o grande medo dos bispos alemães e do Vaticano sobre a
possibilidade de novas perdas nas receitas fiscais da igreja". A ‘União
das Associações’, grupo conservador e leal ao papa, questionou o fato
des católicos que não pagam o imposto serem punidos e pessoas que não
cumprem com os requisitos da fé católica poderem continuar na igreja.
“Então os sacramentos estão à venda e só quem paga o imposto da igreja
pode receber os sacramentos?”, questionou em comunicado o grupo,
acrescentando que o decreto episcopal “vai além da venda de indulgências
que [Martinho] Lutero denunciou no início da Reforma”.
Em defesa do
decreto, os bispos disseram que já haviam alertado aos católicos sobre
as consequências de deixar a igreja para evitar o pagamento. “É besteira
assumir que alguém poderia deixar a igreja institucional e continuar a
ser católico”, disse o secretário da Conferência Episcopal Alemã, Hans
Langendoerfer. "Quem sai da igreja, deixa-a completamente", completou em
entrevista a uma emissora de rádio católica em Colônia.
O número de
fiéis católicos que abandonam a religião na Alemanha gira em torno de
120 mil pessoas por ano, mas nos dois últimos anos esse número subiu
para mais de 180 mil fiéis depois das revelações de abusos sexuais
contra crianças que abalaram a igreja no país onde nasceu o papa Bento
XVI.
Segundo as
estatísticas oficiais, o Estado repassa todo ano cerca de cinco bilhões
de euros para a Igreja Católica Romana e 4,3 bilhões de euros para as
igrejas protestantes.
Com informações Veja/Jornal Floripa
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