Lição 3: Os frutos da obediência na vida de Israel
15 de Janeiro de 2012
TEXTO ÁUREO
“E será que, havendo-te o SENHOR, teu Deus, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal” (Dt 11.29). – Este texto faz parte do discurso proferido por Moisés iniciado no capítulo 5.1. Moisés lança a possibilidade de escolha entre bênção e maldição mediante a postura adotada diante de Deus e de sua lei. Moisés utiliza dois montes de Israel para simbolizar esta dualidade entre bênção e maldição: a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal, que serviriam como lembretes perpétuos.
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade é o resultado de um correto relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 11.26-32.
Deuteronômio 11.26-32.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Compreender que obediência a Deus é a condição indispensável para um viver próspero;
· Conscientizar-se de que a desobediência é a causa da maldição; e
· Citar algumas das conseqüências da obediência na vida do crente.
PALAVRA CHAVE
Obediência: Sujeição voluntária a Deus e às suas leis.
COMENTÁRIO
(I. Introdução)
A obediência (do latim obedire = obedecer) pode ser classificada como uma das virtudes e se define como um comportamento pelo qual um ser aceita as ordens dadas por outro. O termo obediência, tal como a ação de obedecer, conduz da escuta atenta à ação, que pode ser puramente passiva ou exterior ou, pelo contrário, provocar uma profunda atitude interna de resposta. Obedecer a requisitos ou proibições realiza-se por meio de conseqüentes ações apropriadas ou omissões. Obedecer implica, em diverso grau, a subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido. Nesta lição, estudaremos as promessas para Israel, bem como, as advertências, caso viessem a desobedecer a Deus. Por fim, compreenderemos que a verdadeira prosperidade é o resultado de um correto relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra e que obedecemos a Deus não para sermos abençoados, mas porque o amamos com todo o nosso ser e com toda a nossa alma. Boa aula!
I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
1. Deus fala e quer ser ouvido. Promessas e profecias estão por toda a Bíblia como garantias da prontidão divina em abençoar seu povo, sempre com condições: a obediência à sua Palavra e à sua vontade, de modo que suas promessas alcancem os obedientes. Assim como as promessas de bênçãos são garantidas de alcançar os obedientes, os julgamentos são uma certeza anunciada aos desobedientes. Deuteronômio 28 é mais um capítulo contendo uma lista de bênçãos e maldições, aqui dadas pelo próprio Moisés durante uma cerimônia de renovação da aliança nas planícies de Moabe (Dt 29.1). Ouvir a voz do Senhor significa obedecer aos seus ensinamentos e princípios. Israel firmou uma aliança com Deus sob condições a obedecer, e assim prosperariam; uma vez que não dessem ouvidos à voz do Senhor, receberiam o justo pagamento do julgamento. Deus sempre falou com o homem a fim de que ele se convertesse dos seus maus caminhos e vivesse feliz, abençoado e próspero. No Novo Testamento, o Senhor enviou seu filho Jesus para tornar sua vontade conhecida, e o mesmo Jesus afirma: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” (Jo 4.34). Jeremias 7.23 e 24 afirma: “Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem. Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos; porém andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado”; Moisés chama a atenção do povo para a necessidade de se “ouvir a voz do Senhor”, como condição indispensável para um viver próspero (Dt 28.1). Essa resolução de cumprir a lei do Senhor continuou como uma condição prévia do Concerto; somente mediante o estrito cumprimento em observar os mandamentos do Senhor e submeter-se a sua vontade é que Israel continuaria sendo a possessão preciosa de Deus e sendo alvo de copiosas bênçãos (Dt 4.2; 18.21,22).
2. A obediência e suas reais motivações. O fato do registro dessa relação de bênçãos e maldições demonstra que Deus não esperava de seu povo uma obediência perfeita, mas sim uma obediência sincera e firme. Isso por que a natureza humana está sujeita à fraqueza e Deus já sabia que fracassariam nesse negócio, e assim, ele esperava a confissão de pecados e a reconciliação. Porém, a desobediência, a rebeldia e a apostasia deliberada são julgadas severamente. A lei ordenava à Israel que mantivesse o seu relacionamento com Deus amando-O e obedecendo-O. A verdadeira obediência a Deus e aos seus mandamentos somente é possível quando brota de uma fé firmada em Deus e em seu amor (Êx 7.9; 10.12; 11.1,13,22; Mt 22.39; Jo 14.15; 21.16; 1 Jo 4.19). A condição para tal pode ser resumida na frase encontrada várias vezes no Pentateuco: “Se ouvires a minha voz e, guardares os meus estatutos” (Êx 15.26; 19.5; Lv 26.14; Dt 28.1).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Somente através da observância da Palavra de Deus, podemos experimentar a verdadeira prosperidade.
II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
1. A quebra da aliança. O Concerto de Deus com os israelitas, firmado no monte Sinai, abrange dois princípios básicos: Deus estabelece as promessas e compromisso, e a Israel cabe aceitar com fé obediente. Em Jeremias 7.23 encontramos o seguinte: “Andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem”. Essa foi a palavra do Senhor para os seus contemporâneos que estavam em grande dificuldade. Israel estava sendo avisado de que seriam completamente destruídos caso não mudassem de caminho e de atitude. Lamentavelmente, aquele povo não mudou de caminho, não se converteu, e cumpriu-se a Palavra do Senhor, foram levados para o cativeiro babilônico. O salmo 1º apresenta um contraste entre os dois tipos de pessoas do ponto de vista divino: o justo, caracterizados pela vida de retidão, amor e obediência à sua Palavra; e o ímpio, caracterizado pelo andar segundo sua própria vontade e não permanece na Palavra de Deus. Observa-se que, assim como a bênção está associada à obediência a Deus, da mesma forma a maldição vem associada à desobediência! A lei da retribuição, tanto no seu sentido positivo como negativo, é bem clara no Antigo Testamento (Dt 28.47,48). A melhor definição acerca da retribuição pela desobediência é a palavra de Paulo em Romanos 1.18: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça”. O crente do Novo Testamente não estaria livre dessa justa retribuição caso não tivesse sido retirado por Jesus que “nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3.13).
2. A maldição da idolatria. Idolatria tem origem nas palavras: Eidolon (imagem) + latreia (culto). Vai além do culto a imagens pagãs ou cristãs, além de se querer atribuir vida e poder a um objeto inanimado. Ídolo é qualquer coisa ou pessoa que toma o primeiro lugar em nosso coração, em que depositamos grande confiança. Nesse sentido, idolatria pode ser a dedicação a uma imagem, a um ídolo, a um líder religioso, a um deus, a um “santo”, ao ventre, ao poder e a seres ou coisas concretas ou não, reais ou imaginárias, uma vez que até deuses pagãos são criações da mente. Também é possível idolatrar um emprego, um automóvel, uma posição social, o que faz com que Deus perca a primazia. Isto significa também que não devemos obedecer a Deus, visando apenas as riquezas deste mundo. Temos de amá-lo e obedecer-lhe a Palavra independentemente de qualquer recompensa material (Mt 22.37)!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A maldição é resultado do desprezo aos preceitos divinos.
III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES
1. A bênção como instrumento de proteção. As promessas de Deus, tema das lições bíblicas do quarto trimestre de 2007, comentada pelo Pr Geremias do Couto, apresenta o estudo das promessas de Deus, ensejando a grande necessidade de melhor conhecermos a forma como são apresentadas na Bíblia e de que maneira interagem conosco, na condição de crentes fiéis a Deus. Deus prometeu segurança ao povo de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação eleita passar por situações conflituosas. Não é o que estamos acostumados a ouvir em nossos púlpitos, o que se vê são as famosas frases de efeito do tipo: “Deus tem promessas para você”, “determine e receba o que Deus prometeu para a sua vida” ou “a promessa é sua, receba em nome de Jesus!”, sem que as pessoas muitas vezes conheçam realmente, à luz da Bíblia, o que as promessas realmente representam. Na idéia da ‘Formula da Fé’, estas frases são como “amuletos” que os crentes lançam mão, à hora que bem entenderem, a fim de suprir suas necessidades imediatas. Deus não está sujeito a nenhum outro domínio, sendo este um de seus atributos exclusivos. Assim, ele age soberanamente à luz do plano que traçou para o homem. Quanto aos propósitos, nada do que Deus faz tem a finalidade de produzir sensacionalismo ou fazer por fazer, mas cumpre objetivos coerentes com os seus desígnios soberanos. Em outras palavras, as promessas de Deus, quando aplicadas à nossa vida, só fazem sentido se tiverem em conta a soberania de Deus e o seu propósito em cada ato. Aliás, muitas são as adversidades daqueles que desejam viver piamente em Cristo (2 Tm 3.12). Mas há promessas de proteção e segurança para o crente. É só confiar! Nós somos a propriedade particular de Deus (1 Pe 2.9). A idéia de um povo santo, separado e consagrado ao Senhor permeia toda a Escritura.
2. Período tribal e monárquico. O período dos juízes engloba cerca de dois séculos da história de Israel, entre 1210 a.C. e 1030 a.C., e foi marcado por uma exacerbada instabilidade espiritual. Desde que houvesse um juiz, o povo servia a Deus. Caso não houvesse, o povo ia após os deuses de outros povos. Visto encontrarmos varias vezes a expressão: “mas os filhos de Israel fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (Jz 6:1). Casamentos mistos, festas religiosas em comum com outros povos, adoração dos mesmos deuses, idolatria, injustiça social e até casos de sodomia surgem neste período (Jz 19). Destacam-se ai líderes como Débora, Gedeão, Jefté e Sansão, que mantiveram juntas as tribos de Israel, resolvendo conflitos internos e externos. A designação Juizes, refere-se a uma serie de personagens ilustres que, na falta de um governo central, exerciam a função de governadores, juízes e algumas vezes sacerdotes, funções conquistadas por atos heróicos na tentativa de libertar Israel de seus opressores. O período monárquico é assaz importante no contexto da revelação de Deus. Como uma monarquia constituída, Israel possuía suas peculiaridades. Entre elas, o fato de que seus reis eram escolhidos e ungidos segundo os padrões teocráticos da Lei de Deus. Nesse período, aparece a primeira escola de profetas (1Sm 10.5,10). Isso introduz o papel importante que o profeta exerceria no período monárquico. Ele seria consultado pelos os reis como representantes de Deus para com o povo. Este profeta falaria ao rei através dos oráculos. Esse período para os profetas, em Israel, é marcado por respeito e reverência por parte da nobreza e do povo (1Sm 16.4,5). Quando a monarquia foi dividida, surge o ‘Profetismo’ - iniciou com Amós e encerrou com Malaquias. Este movimento tinha como objetivo restaurar o monoteísmo, combater a idolatria, denunciar as injustiças sociais, e proclamar o Dia do Senhor com o objetivo de reacender a esperança messiânica no povo. É interessante ressaltar que nesse período, na contra-mão do anterior, sobressai a característica do sofrimento e marginalização dos profetas; de homens dignos de reverência passaram a homens “dignos” de tratamentos mais baixos possíveis em virtude de sua mensagem denunciar os interesses escusos das lideranças religiosas e políticas de Israel e Judá (Hb 11.36-38). Esse período deixa-nos a seguinte lição: a pobreza é causada também pelas injustiças cometidas pelos governantes e a prosperidade advém como resultado do temor que os mandatários nutrem por aquele que governa todas as coisas: o Todo-Poderoso Deus (2 Cr 31.20).
3. As falsas idéias sobre maldição. A falsa doutrina do Evangelho da Maldição, um dos produtos da confissão positiva, também chamado de Quebra de Maldições, Maldições Hereditárias, Maldição de Família e Pecado de Geração, ensina que a pobreza está associada ao pecado e os infortúnios da vida a alguma maldição não quebrada. O Pr Jorge Linhares afirma que "A maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado... A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso da vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos de Deus... As pragas se cumprem." (Jorge Linhares, em Bênção e Maldição, Pg. 16). O Site da CACP traz no artigo ‘A Verdade Sobre a Quebra de Maldições’: “Os pregadores da maldição afirmam que se alguém tem algum problema relacionado com alcoolismo, pornografia, depressão, adultério, nervosismo, divórcio, diabete, câncer e muitos outros, é porque algum antepassado viveu aquela situação ou praticou aquele pecado e transmitiu tal pecado ou maldição a um descendente.A pessoa deve então orar a Deus a fim de que lhe seja revelado qual é a geração no passado que o está afetando. Uma vez que se saiba qual, pede-se perdão por aquele antepassado ou pela geração revelada e o problema estará resolvido, isto é, estará desfeita a maldição. Marilyn Hickey, autora norte-americana e que já esteve várias vezes no Brasil em conferências da Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), promove constantemente este ensino. Note suas palavras: Se você ou algum de seus ancestrais deu lugar ao diabo, sua família poderá estar sob a “Maldição Hereditária”, e esta se transmitirá a seus filhos. Não permita que sua descendência seja atingida pelo diabo através das maldições de geração. Os pecados dos pais podem passar de uma a outra geração, e assim consecutivamente. Há na sua família casos de câncer, pobreza, alcoolismo, alergia, doenças do coração, perturbações mentais e emocionais, abusos sexuais, obesidade, adultério’? Estas são algumas das características que fazem parte da maldição hereditária nas famílias. Contudo, elas podem ser quebradas!” [Leia mais no site do Ministério CACP: http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1211&menu=7&submenu=4].
É bem verdade que os filhos que repetem os pecados de seus pais têm toda a possibilidade de colher o que seus pais colheram. Aqueles que nasceram em lares problemáticos têm grande possibilidade de repetir os mesmos problemas. Os que vivem blasfemando, ou na imoralidade e vícios, estão estabelecendo um padrão de comportamento que, com grande probabilidade, será seguido por seus filhos, no dizer de Paulo, “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). E isso poderá suceder até que uma geração se arrependa, volte-se para Deus e entre num relacionamento de amor com ele através de Jesus Cristo, e ai tem-se encerrada toda a maldição. Ninguém necessita participar de nenhum ritual de quebra de maldição, pois a Escritura afirma que “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Cl 3.13). As Escrituras mostram que é a desobediência à Palavra de Deus, e não uma maldição hereditária, a causa do castigo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Muitos infortúnios na vida do crente são resultados da desobediência à Palavra de Deus e não de supostas maldições hereditárias.
CONCLUSÃO
Não olvidemos da importância desta lição principalmente pelo que temos presenciado em nossos púlpitos, muitas vezes copiados de movimentos heréticos. Não é causa de espanto que o tema ‘obediência’ esteja esquecido, haja vista a abundância de ministrações onde os temas sãobênçãos e prosperidade, todavia, não enfatizam que as bênçãos e a verdadeira prosperidade são decorrentes da obediência aos princípios divinos. Obedecer a Deus não é um fardo, mas uma alegria, pois o amamos.Quando falamos de obediência, geralmente entendemos como a observância de regras, mandamentos, ordens, etc., contudo, Jesus nos afirma que "Se me amais, guardai os meus mandamentos" (Jo 14.15). O Mestre é enfático com relação aos seus mandamentos: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (Jo 14.21); "Se alguém me amar, guardará a minha palavra (...) Quem não me ama não guarda as minhas palavras" (Jo 14.23,24). Por fim, consideremos as seguintes proposições: “Todos os homens são culpados de pecado e precisam de perdão” (Rm 3.23; 6.23; 1Jo 1.8, 10); “Deus deseja que todos os homens se convertam do pecado e sejam salvos” (1Tm 2.4; 2 Pe 3.9; Tt 2.11,12); “Jesus morreu para colocar a salvação ao alcance de todos os homens” (1Tm 2.6; Hb 2.9; Jo 3.16; Mt 11.28-30); “Para serem salvos, os homens precisam ouvir, crer e obedecer ao evangelho” (Jo 6.44,45; 8.24,32; Hb 5.9; 2Ts 1.8,9; 1Pe 1.22; Rm 6.17,18; 1.16; 10.14,17); “Deus deseja que todos os homens ouçam e aprendam Sua Palavra para que tenham oportunidade de crer e obedecê-lo” (1Tm 2.4; Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; At 2.38,39; 17.30,31; Lc 24.47; Cl 1.28); e “A Bíblia, a Palavra de Deus, é completa, provendo tudo o que é bom e tudo o que necessitamos saber para agradar a Deus” (Jo 14.26;16.13; 2Pe 1.3; 2Tm 3.16,17; At 20.20,27; Mt 28.18-20; Tg 1.25). O fato de um crente passar por lutas e dificuldades não significa que ele esteja em pecado ou em desobediência a Deus, pois o próprio Cristo alertou-nos de que no mundo seremos afligidos (Jo 16.33). Mas que o pecado traz conseqüências para a vida do crente, não o podemos negar (Gl 6.7). Por isso, devemos agir com muito equilíbrio e sobriedade ao tratar desse assunto.
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A BarbosaSubsídio para o Professor
Quando a nação obedecia a Deus, prosperava, mas quando seguia outros deuses, experimentava adversidades.
Atualmente a palavra obediência parece andar um tanto esquecida. Fala-se muito em bênçãos e prosperidade, todavia, muitos se esquecem de que as bênçãos são decorrentes da obediência aos princípios divinos. A obediência é uma prova viva de amor ao Pai Celestial. A Bíblia diz em João 14:15, 23: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos… Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada”. O Espírito Santo só será dado àqueles que obedecem a Deus. A Bíblia diz em Atos 5:32: “E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem”. Jesus obedeceu ao Seu Pai dando-nos um exemplo de como devemos obedecer ao Senhor. A Bíblia diz em Hebreus 5:8-9: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu; e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe obedecem”.
Deus é bom e quer nos abençoar integralmente. Entretanto, Ele também é justiça. A justiça do Pai, assim como a sua bondade, atinge todas as áreas de nossa vida.
Atualmente a palavra obediência parece andar um tanto esquecida. Fala-se muito em bênçãos e prosperidade, todavia, muitos se esquecem de que as bênçãos são decorrentes da obediência aos princípios divinos. A obediência é uma prova viva de amor ao Pai Celestial. A Bíblia diz em João 14:15, 23: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos… Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada”. O Espírito Santo só será dado àqueles que obedecem a Deus. A Bíblia diz em Atos 5:32: “E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem”. Jesus obedeceu ao Seu Pai dando-nos um exemplo de como devemos obedecer ao Senhor. A Bíblia diz em Hebreus 5:8-9: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu; e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe obedecem”.
Deus é bom e quer nos abençoar integralmente. Entretanto, Ele também é justiça. A justiça do Pai, assim como a sua bondade, atinge todas as áreas de nossa vida.
I. OBEDIENCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
Quando a Bíblia Sagrada diz que o homem foi criado com liberdade (Gn 2:16,17), devemos observar que liberdade é a possibilidade de o homem escolher entre obedecer ou desobedecer a Deus. A liberdade jamais pode ser concebida como “autonomia”, ou seja, como uma faculdade do homem de ele próprio estabelecer qual é a regra, qual é a norma, como, aliás, entenderam alguns filósofos ao longo da história da humanidade.
A liberdade não se confunde com a ausência de um poder superior ao homem. Deus é superior ao homem e estabelece, como Criador de todas as coisas, as regras e os mandamentos que devem ser observados pelo homem. O homem, por ser livre, tem a possibilidade de observar, ou não, estas regras, mas não há um mundo sem regras ou sem leis. A liberdade sempre se estabelece debaixo de um senhorio divino, debaixo de regras e mandamentos estabelecidos pelo Senhor. Por isso a liberdade redunda em responsabilidade. O outro lado da liberdade, o outro lado da possibilidade de se atender, ou não, ao mandamento divino é a responsabilidade, ou seja, o homem responde pela opção que tomar. O homem não é senhor de si; não é ele quem estipula as regras e as normas que terá de responder diante de Deus pelo que tiver feito. Este princípio, aliás, foi muito bem apontado por Paulo quando escreveu aos gálatas: ” Não erreis, Deus não Se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7).
A liberdade não se confunde com a ausência de um poder superior ao homem. Deus é superior ao homem e estabelece, como Criador de todas as coisas, as regras e os mandamentos que devem ser observados pelo homem. O homem, por ser livre, tem a possibilidade de observar, ou não, estas regras, mas não há um mundo sem regras ou sem leis. A liberdade sempre se estabelece debaixo de um senhorio divino, debaixo de regras e mandamentos estabelecidos pelo Senhor. Por isso a liberdade redunda em responsabilidade. O outro lado da liberdade, o outro lado da possibilidade de se atender, ou não, ao mandamento divino é a responsabilidade, ou seja, o homem responde pela opção que tomar. O homem não é senhor de si; não é ele quem estipula as regras e as normas que terá de responder diante de Deus pelo que tiver feito. Este princípio, aliás, foi muito bem apontado por Paulo quando escreveu aos gálatas: ” Não erreis, Deus não Se deixa escarnecer, porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6:7).
1. Deus fala e quer ser ouvido. O Senhor tirou os israelitas do Egito, a fim de que eles fossem uma nação próspera e temente a Ele. Para que fossem abençoados, deveria pautar pela obediência a Ele e à Sua Lei. Esta condição pode ser resumida na frase encontrada várias vezes no Pentateuco: “Se ouvires a minha voz e guardares os meus mandamentos”(Ex 15:26;19:5; Lv 26:14;Dt 28:1).
No discurso de Moisés, exarado no capítulo 28 de Deuteronômio, há uma extensa lista de bênçãos que viriam se o povo de Israel obedecesse à voz do Senhor quanto ao cumprimento de Sua Palavra. Os catorze versículos inicias falam das bênçãos que sucederiam a obediência, enquanto os últimos 54 versículos descrevem as maldições que recairiam sobre Israel se voltasse as costas para o Senhor. As bênçãos prometidas abrangem a preeminência entre as nações, propriedade material, fecundidade, colheitas abundantes, vitória nas batalhas e sucesso no comércio exterior. A proteção de Deus também seria notada por todos, quando aqueles que se diziam inimigos de Israel fossem derrotados, entregues pelo próprio Senhor aos israelitas. Para quem pensa que Ele ia cuidar apenas dos aspectos físicos da existência, Ele deixa claro que separaria Seu povo para que fosse santo, desde que Seu povo ouvisse a Sua voz, guardasse Seus mandamentos e andasse nos Seus caminhos. Isso atrairia o temor dos povos em torno de Israel. Essas promessas foram destinadas a Israel, que, infelizmente, trilhou por caminhos contrários a Deus, mostrando que a rebeldia humana pode destruir uma nação que tinha tudo para dar certo.
Alguém pode perguntar: é possível que Deus estenda esses preceitos aos que andam pela fé em Sua Palavra em nossos dias? Com certeza. Deus não deixou de ter a bondade de abençoar, mas devemos levar em conta dois fatores: primeiro, não podemos nos apropriar de promessas que não foram destinadas a nós; segundo, devemos ser diligentes em nossos trabalhos, para que cresçamos de forma honesta, pois tão importante quanto crer nas promessas de Deus é fazer a nossa parte: andar nos caminhos dEle e trabalhar de forma diligente com nossas mãos.
Portanto, o melhor que podemos fazer pela nossa vida é obedecer a Deus e à Sua Palavra. A Bíblia diz em Deuteronômio 30:15-16: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal; porquanto te ordeno, hoje, que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas e te multipliques, e o Senhor, teu Deus, te abençoe na terra, a qual passas a possuir“.
Deuteronômio 10:12-13 diz: “Agora, pois, ó Israel, que é o que o SENHOR, teu Deus, pede de ti, senão que temas o SENHOR, teu Deus, e que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?”.
A obediência é a chave para uma vida de sucesso. A Bíblia diz em Josué 1:8: “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás”.
Seremos avaliados em termos da nossa obediência aos mandamentos de Deus. A Bíblia diz em Mateus 5:19: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus“.
No discurso de Moisés, exarado no capítulo 28 de Deuteronômio, há uma extensa lista de bênçãos que viriam se o povo de Israel obedecesse à voz do Senhor quanto ao cumprimento de Sua Palavra. Os catorze versículos inicias falam das bênçãos que sucederiam a obediência, enquanto os últimos 54 versículos descrevem as maldições que recairiam sobre Israel se voltasse as costas para o Senhor. As bênçãos prometidas abrangem a preeminência entre as nações, propriedade material, fecundidade, colheitas abundantes, vitória nas batalhas e sucesso no comércio exterior. A proteção de Deus também seria notada por todos, quando aqueles que se diziam inimigos de Israel fossem derrotados, entregues pelo próprio Senhor aos israelitas. Para quem pensa que Ele ia cuidar apenas dos aspectos físicos da existência, Ele deixa claro que separaria Seu povo para que fosse santo, desde que Seu povo ouvisse a Sua voz, guardasse Seus mandamentos e andasse nos Seus caminhos. Isso atrairia o temor dos povos em torno de Israel. Essas promessas foram destinadas a Israel, que, infelizmente, trilhou por caminhos contrários a Deus, mostrando que a rebeldia humana pode destruir uma nação que tinha tudo para dar certo.
Alguém pode perguntar: é possível que Deus estenda esses preceitos aos que andam pela fé em Sua Palavra em nossos dias? Com certeza. Deus não deixou de ter a bondade de abençoar, mas devemos levar em conta dois fatores: primeiro, não podemos nos apropriar de promessas que não foram destinadas a nós; segundo, devemos ser diligentes em nossos trabalhos, para que cresçamos de forma honesta, pois tão importante quanto crer nas promessas de Deus é fazer a nossa parte: andar nos caminhos dEle e trabalhar de forma diligente com nossas mãos.
Portanto, o melhor que podemos fazer pela nossa vida é obedecer a Deus e à Sua Palavra. A Bíblia diz em Deuteronômio 30:15-16: “Vês aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, a morte e o mal; porquanto te ordeno, hoje, que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas e te multipliques, e o Senhor, teu Deus, te abençoe na terra, a qual passas a possuir“.
Deuteronômio 10:12-13 diz: “Agora, pois, ó Israel, que é o que o SENHOR, teu Deus, pede de ti, senão que temas o SENHOR, teu Deus, e que andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?”.
A obediência é a chave para uma vida de sucesso. A Bíblia diz em Josué 1:8: “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás”.
Seremos avaliados em termos da nossa obediência aos mandamentos de Deus. A Bíblia diz em Mateus 5:19: “Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus“.
2. A obediência e suas reais motivações. Conforme lemos em Deuteronômio 28, a motivação principal para a obediência não era necessariamente receber a bênção de Deus (apesar de ela estar intrínseca no texto), e sim a comunhão com Deus e a sua aprovação em todas as coisas que o fiel realizava. Podemos inferir disso a certeza de que Deus conhece as reais motivações com que nos aproximamos dEle. Ele sabe quando os corações são ou não interesseiros.
II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
A maldição é um instrumento divino e, na verdade, faz parte de Sua atividade julgadora. Em Deuteronômio 11:26-28, Deus diz: “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: A bênção, quando ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos mando; porém a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes”. A Bíblia não diz que a bênção é de Deus e a maldição é do diabo. Tanto uma quanto a outra são prerrogativas divinas. A maldição está ligada à desobediência e a bênção à obediência.
1. A quebra da aliança. Ainda com relação ao capítulo 28 de Deuteronômio, Moisés profetiza uma série de maldições como causa da desobediência a Deus e à Sua Palavra, ou seja, quebra do concerto divino: castigo, destruição, grande aflição, cativeiro e dispersão entre as nações (vide Dt 28:15-68).
Dt 28:15-37 - As maldições incluíam escassez, esterilidade, ferrugem, seca, derrota nas batalhas, loucura, medo, adversidade, calamidade e vulnerabilidade(v.15-32). Os versículos 33-37 prevêem o cativeiro numa terra estrangeira, profecia que se cumpriu quando o povo foi levado cativo pelos assírios e babilônios. Israel seria pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos.
Dt 28:15-37 - As maldições incluíam escassez, esterilidade, ferrugem, seca, derrota nas batalhas, loucura, medo, adversidade, calamidade e vulnerabilidade(v.15-32). Os versículos 33-37 prevêem o cativeiro numa terra estrangeira, profecia que se cumpriu quando o povo foi levado cativo pelos assírios e babilônios. Israel seria pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos.
Dt 28:38-46 - Os israelitas seriam amaldiçoados com colheitas minguadas e escassez de uvas e azeitonas. Seus filhos seriam “levados ao cativeiro, e o gafanhoto” consumiria seu “arvoredo e o fruto da […] terra”. O estrangeiro no meio deles se elevaria mais e mais, enquanto o povo desceria mais e mais. Se os israelitas fossem obedientes, se tornariam credores no mercado internacional. Porém, se fossem desobedientes, teriam de tomar dinheiro emprestado de estrangeiros(v. 44).
Dt 28:47-57 - Invasores estrangeiros levantariam cerco contra Israel, provocando os horrores escritos nos versículos 49-57. As condições seriam tão terríveis, que as pessoas devorariam umas às outras. Essa profecia se cumpriu quando Jerusalém foi sitiada pelos babilônios e, posteriormente, pelos romanos. Nas duas ocasiões, muitos recorreram ao canibalismo. Até o indivíduo mais refinado e “delicado” se tornaria “mesquinho” e canibalesco.
Dt 28:58-68 - Pragas e enfermidades graves e duradouras dizimariam a população de Israel. Os sobreviventes se dispersariam por toda a terra e viveriam com pavor constante de perseguição. Deus os faria até voltar ao Egito em navios. De acordo com Josefo, a profecia de que Israel voltaria ao Egito se cumpriu parcialmente no tempo de Tito, quando os judeus foram levados para lá em navios e vendidos como escravos. Nesse caso, porém, “Egito” pode indicar servidão em geral. Deus havia livrado Israel da escravidão literal do Egito no passado. Se, contudo, a nação não o amasse, nem reconhecesse seu direito soberano de receber obediência, não se manteria pura como esposa e não seria sua propriedade exclusiva. Caso escolhesse se portar como as outras nações, seria vendida de volta à escravidão. A essa altura, porem, estaria de tal modo destruída, que ninguém a desejaria, nem mesmo como escrava.
Ao meditarmos sobre essas condições, ficamos abismados com a manifestação da ira de Jeová contra o povo. Moisés não poupou palavras e não deixou nenhum detalhe por conta da imaginação, antes, pintou um quadro nítido e realista. Israel precisava saber quais seriam as consequências da desobediência para que aprendesse a temer o nome do Senhor, o Deus de Israel. “Aquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”(Lc 12:48). Israel havia recebido mais privilégios do que qualquer outra nação e, portanto, tinha mais responsabilidades e poderia sofrer castigo mais severo.
Dt 28:58-68 - Pragas e enfermidades graves e duradouras dizimariam a população de Israel. Os sobreviventes se dispersariam por toda a terra e viveriam com pavor constante de perseguição. Deus os faria até voltar ao Egito em navios. De acordo com Josefo, a profecia de que Israel voltaria ao Egito se cumpriu parcialmente no tempo de Tito, quando os judeus foram levados para lá em navios e vendidos como escravos. Nesse caso, porém, “Egito” pode indicar servidão em geral. Deus havia livrado Israel da escravidão literal do Egito no passado. Se, contudo, a nação não o amasse, nem reconhecesse seu direito soberano de receber obediência, não se manteria pura como esposa e não seria sua propriedade exclusiva. Caso escolhesse se portar como as outras nações, seria vendida de volta à escravidão. A essa altura, porem, estaria de tal modo destruída, que ninguém a desejaria, nem mesmo como escrava.
Ao meditarmos sobre essas condições, ficamos abismados com a manifestação da ira de Jeová contra o povo. Moisés não poupou palavras e não deixou nenhum detalhe por conta da imaginação, antes, pintou um quadro nítido e realista. Israel precisava saber quais seriam as consequências da desobediência para que aprendesse a temer o nome do Senhor, o Deus de Israel. “Aquele a quem muito se confia, muito mais lhe pedirão”(Lc 12:48). Israel havia recebido mais privilégios do que qualquer outra nação e, portanto, tinha mais responsabilidades e poderia sofrer castigo mais severo.
2. A maldição da idolatria. Idolatria é colocar qualquer coisa, ou pessoa, em lugar de Deus. Está escrito que Deus não dá sua glória a ninguém (cf Is 48:11). Portanto, a idolatria é um pecado grosseiro e afrontoso ao Único e Verdadeiro Deus, porque: (a) lhe rouba a glória e consagra-a as obras que nada são; (b) ignora-lhe a eterna e inquestionável soberania; (c) zomba das reivindicações que Ele apresenta em Sua Palavra. O idólatra demonstra que não dá nenhuma importância à soberania divina (Sl 14:1).
A maldição vez por outra alcançava o povo de Israel por causa da idolatria, que é veementemente condenada na Bíblia. Mesmo antes da decretação dos 10 mandamentos, o povo de Israel já se achava mais do que ciente acerca do pecado e da desgraça que é a idolatria. Quatro séculos depois, quando da promulgação do Decálogo, o Senhor Deus ordena: “Eu Sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex 20:2-4). Mais adiante, Moisés adverte: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominável ao Senhor, obra da mão de do artífice, e a puser em um lugar escondido! E todo o povo responderá: Amém!”(Dt 27:15).
Todos os profetas exortaram os israelitas a que se abstivessem da idolatria. O que dizer das advertências de Isaías? Dos clamores de Oséias? Das mensagens de Amós? E o quanto não sofreu Jeremias a fim de reconduzir o seu povo ao Deus Único e Verdadeiro? Foi em consequência da idolatria que Israel e Judá foram expulsos de suas possessões e experimentaram o amargo cativeiro (2Rs 17:1-23; 2Cr 36:11-21).
Se a idolatria era combatida com rigor no Antigo Testamento, não seria diferente no Novo. No Concílio de Jerusalém, os apóstolos e anciãos, inspirados pelo Espírito Santo, recomendaram aos fiéis: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes” (At 15:29). Em suas diversas epístolas, os apóstolos condenaram duramente o envolvimento dos cristãos com a idolatria (1Co 10:14 ; 1Pe 4:3).
Talvez hoje não mais encontremos por aí o horrendo deus Moloque, nem a infame Diana dos efésios. Mas, a moderna idolatria, além de seu aspecto tradicional e grosseiro (a adoração de imagens de escultura) vem, de forma sorrateira, furtiva e até subliminar, minando a resistência do povo de Deus. Muitos são os crentes que se vem deixando contaminar pelos promotores desse perverso e ímpio sistema idolátrico que, nos meios de comunicação, recebe os mais insinuantes títulos: humanismo, nova Era, regressão psicológica, teologia da prosperidade, pensamento positivo, liberação sexual, etc. Os agentes da impiedade não poupam esforços; sabem como insuflar suas doutrinas até entre os santos.
Estejamos, pois, alerta! Não podemos traficar com a glória divina, nem trocá-la pelos ídolos, sejam quais forem as formas com que estes se apresentem. O Senhor não negocia a Sua majestade.
A maldição vez por outra alcançava o povo de Israel por causa da idolatria, que é veementemente condenada na Bíblia. Mesmo antes da decretação dos 10 mandamentos, o povo de Israel já se achava mais do que ciente acerca do pecado e da desgraça que é a idolatria. Quatro séculos depois, quando da promulgação do Decálogo, o Senhor Deus ordena: “Eu Sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex 20:2-4). Mais adiante, Moisés adverte: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominável ao Senhor, obra da mão de do artífice, e a puser em um lugar escondido! E todo o povo responderá: Amém!”(Dt 27:15).
Todos os profetas exortaram os israelitas a que se abstivessem da idolatria. O que dizer das advertências de Isaías? Dos clamores de Oséias? Das mensagens de Amós? E o quanto não sofreu Jeremias a fim de reconduzir o seu povo ao Deus Único e Verdadeiro? Foi em consequência da idolatria que Israel e Judá foram expulsos de suas possessões e experimentaram o amargo cativeiro (2Rs 17:1-23; 2Cr 36:11-21).
Se a idolatria era combatida com rigor no Antigo Testamento, não seria diferente no Novo. No Concílio de Jerusalém, os apóstolos e anciãos, inspirados pelo Espírito Santo, recomendaram aos fiéis: “Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas coisas fareis bem se vos guardardes” (At 15:29). Em suas diversas epístolas, os apóstolos condenaram duramente o envolvimento dos cristãos com a idolatria (1Co 10:14 ; 1Pe 4:3).
Talvez hoje não mais encontremos por aí o horrendo deus Moloque, nem a infame Diana dos efésios. Mas, a moderna idolatria, além de seu aspecto tradicional e grosseiro (a adoração de imagens de escultura) vem, de forma sorrateira, furtiva e até subliminar, minando a resistência do povo de Deus. Muitos são os crentes que se vem deixando contaminar pelos promotores desse perverso e ímpio sistema idolátrico que, nos meios de comunicação, recebe os mais insinuantes títulos: humanismo, nova Era, regressão psicológica, teologia da prosperidade, pensamento positivo, liberação sexual, etc. Os agentes da impiedade não poupam esforços; sabem como insuflar suas doutrinas até entre os santos.
Estejamos, pois, alerta! Não podemos traficar com a glória divina, nem trocá-la pelos ídolos, sejam quais forem as formas com que estes se apresentem. O Senhor não negocia a Sua majestade.
III. AS FALSAS IDEIAS SOBRE MALDIÇÃO
Ultimamente, uma falsa doutrina tem se infiltrado no meio do povo de Deus: a falaciosa “maldição hereditária”. Os defensores dessa falsa doutrina concebem-na como sendo “… a autorização dada ao diabo, por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado…” ou, ainda, para outros, seria “… problemas e sofrimentos originados por problemas e pecados dos antepassados e herdados hereditariamente….”.
Segundo os “ensinadores” dessa falsa doutrina, a “maldição hereditária” tem de ser quebrada e um dos meios pelos quais se faz esta “quebra” é por intermédio da “regressão psicológica”, em que se “descobre”, no passado, a origem, a causa da maldição que, então, apresentada ao Senhor Jesus, pode ser quebrada, ocasionando a completa “libertação” do servo de Deus. Crendo nessa falsa doutrina, muitos que cristãos dizem ser entram numa espécie de paranóia, procurando alguma maldição para quebrar.
Todavia, não é isto que ensina a Bíblia Sagrada. Nas Escrituras, fica claro que o que causa divisão entre o homem e Deus são os nossos pecados (Is 59:2), pois o salário do pecado é a morte, ou seja, a separação entre o homem e Deus (Rm 6:23). O pecado traz, em consequência, uma maldição ao homem (Dt 28:15-19; Gl 3:10). No entanto, Jesus fez-se maldição por nós e, com isto, pagou o preço da nossa redenção (Gl 3:13) e, por isso, converteu a maldição em bênção, de modo que, agora, a bênção de Abraão chega até nós por intermédio de Cristo Jesus (Gl 3:16), de modo que somos, agora, amigos de Deus (João 15:15).
Aqueles, que cristãos dizem ser, que acham que precisam quebrar maldição não entenderam a obra de Cristo. Aqueles que temem que satanás possa prender algum crente sobre maldição não entenderam o que Cristo fez com o diabo para benefício dos crentes quando morreu na cruz. Gênesis 3:15 diz que Cristo feriria a cabeça da serpente e isso aconteceu quando Ele morreu na cruz do calvário. Da mesma forma Colossenses 2:13-15 fala-nos da obra de Cristo que removeu nossa dívida quando morreu na cruz. A vitória de Cristo é uma vitória completa, portanto, somos verdadeiramente livres.
Mas não apenas isso. Em Romanos capitulo 6, Paulo explica o que aconteceu conosco quando nos convertemos (Rm 6:5). Isso significa que o crente espiritualmente participa da morte de Cristo. Ele(o velho homem) realmente morreu com Cristo na cruz (Rm 6:6). Todas as maldições cessam aí, crucificadas na cruz de Cristo. A ênfase de Paulo é que não ficamos mortos, e sim, como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitamos - “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida“(Rm 6:4).
Pode alguém que nasceu de novo, que morreu com Cristo e ressuscitou espiritualmente com Ele, ainda carregar maldições? Será que a obra de Cristo não foi completa? Se o crente pudesse ainda carregar maldições o texto de 2Coríntios 5:17 não seria verdadeiro - “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Se ainda há maldições, então, não há nova criatura, nem novo nascimento, nem conversão. Se Cristo habita em nossos corações, não devemos menosprezar a Sua obra, não podemos diminuir a importância e a eficiência dela.
Portanto, quem participa desta falsa doutrina não crê no poder transformador e suficiente do sacrifício de Jesus para nossa salvação e, lamentavelmente, se não crê no Filho, também não crê no Pai(1João 2:22,23), logo, está demonstrando, de modo cabal, que se caminha para a perdição de sua alma(Mc 16:17).
Ainda estamos em um mundo decaído, e, portanto, submetidos a muitas limitações. Porém, isso não significa que as maldições não foram quebradas em nossa vida. Ainda não somos tudo aquilo o que fomos projetados para ser - “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”(1João 3:2). O Apocalipse descreve o momento quando toda maldição será retirada da criação e a cidade santa for estabelecida por Deus: “E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão”(AP 22:3). Glórias sejam dadas ao nome do Senhor Jesus!
Segundo os “ensinadores” dessa falsa doutrina, a “maldição hereditária” tem de ser quebrada e um dos meios pelos quais se faz esta “quebra” é por intermédio da “regressão psicológica”, em que se “descobre”, no passado, a origem, a causa da maldição que, então, apresentada ao Senhor Jesus, pode ser quebrada, ocasionando a completa “libertação” do servo de Deus. Crendo nessa falsa doutrina, muitos que cristãos dizem ser entram numa espécie de paranóia, procurando alguma maldição para quebrar.
Todavia, não é isto que ensina a Bíblia Sagrada. Nas Escrituras, fica claro que o que causa divisão entre o homem e Deus são os nossos pecados (Is 59:2), pois o salário do pecado é a morte, ou seja, a separação entre o homem e Deus (Rm 6:23). O pecado traz, em consequência, uma maldição ao homem (Dt 28:15-19; Gl 3:10). No entanto, Jesus fez-se maldição por nós e, com isto, pagou o preço da nossa redenção (Gl 3:13) e, por isso, converteu a maldição em bênção, de modo que, agora, a bênção de Abraão chega até nós por intermédio de Cristo Jesus (Gl 3:16), de modo que somos, agora, amigos de Deus (João 15:15).
Aqueles, que cristãos dizem ser, que acham que precisam quebrar maldição não entenderam a obra de Cristo. Aqueles que temem que satanás possa prender algum crente sobre maldição não entenderam o que Cristo fez com o diabo para benefício dos crentes quando morreu na cruz. Gênesis 3:15 diz que Cristo feriria a cabeça da serpente e isso aconteceu quando Ele morreu na cruz do calvário. Da mesma forma Colossenses 2:13-15 fala-nos da obra de Cristo que removeu nossa dívida quando morreu na cruz. A vitória de Cristo é uma vitória completa, portanto, somos verdadeiramente livres.
Mas não apenas isso. Em Romanos capitulo 6, Paulo explica o que aconteceu conosco quando nos convertemos (Rm 6:5). Isso significa que o crente espiritualmente participa da morte de Cristo. Ele(o velho homem) realmente morreu com Cristo na cruz (Rm 6:6). Todas as maldições cessam aí, crucificadas na cruz de Cristo. A ênfase de Paulo é que não ficamos mortos, e sim, como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitamos - “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida“(Rm 6:4).
Pode alguém que nasceu de novo, que morreu com Cristo e ressuscitou espiritualmente com Ele, ainda carregar maldições? Será que a obra de Cristo não foi completa? Se o crente pudesse ainda carregar maldições o texto de 2Coríntios 5:17 não seria verdadeiro - “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Se ainda há maldições, então, não há nova criatura, nem novo nascimento, nem conversão. Se Cristo habita em nossos corações, não devemos menosprezar a Sua obra, não podemos diminuir a importância e a eficiência dela.
Portanto, quem participa desta falsa doutrina não crê no poder transformador e suficiente do sacrifício de Jesus para nossa salvação e, lamentavelmente, se não crê no Filho, também não crê no Pai(1João 2:22,23), logo, está demonstrando, de modo cabal, que se caminha para a perdição de sua alma(Mc 16:17).
Ainda estamos em um mundo decaído, e, portanto, submetidos a muitas limitações. Porém, isso não significa que as maldições não foram quebradas em nossa vida. Ainda não somos tudo aquilo o que fomos projetados para ser - “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”(1João 3:2). O Apocalipse descreve o momento quando toda maldição será retirada da criação e a cidade santa for estabelecida por Deus: “E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão”(AP 22:3). Glórias sejam dadas ao nome do Senhor Jesus!
CONCLUSÃO
Obedecer a Deus é cumprir em nossas vidas a sua Santa Palavra (Dt 26:16). Não podemos duvidar do seu comando, da sua vontade, temos que acreditar e obedecer. Se obedecermos, então, permanecerá sobre nós a bênção do Senhor (Lv 26:3-13).
Bibliografia:
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão - nº 49.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon - CPAD.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão - nº 49.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico Beacon - CPAD.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
A Verdade Sobre a Quebra de Maldições; O EVANGELHO DA MALDIÇÃO:http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1211&menu=7&submenu=4
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
A Verdade Sobre a Quebra de Maldições; O EVANGELHO DA MALDIÇÃO:http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1211&menu=7&submenu=4
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário