10 janeiro 2012

Batalha Espiritual - Parte 03

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   Esta postagem é uma continuação
   2.3.3 — Quebra de Maldição
   Um outro método de batalha espiritual amplamente ensinado é o de quebra de maldição.
   Aqui no Brasil os mestres desta doutrina são: Robson Rodovalho, Neuza Itioka, Jorge Linhares, Missão Evangélica Shekinah, entre outros.
   De acordo com os mestres da doutrina de maldição hereditária, “maldição” são sofrimentos — mortes prematuras na família, contínuo dividendo financeiro, abortos constantes, separações conjugais, etc. — que afligem as pessoas (ou lugares), ocasionados por “pragas” lançadas por meio de palavras, ou pecados cometidos pelas pessoas (ou lugares).
   Estas aflições repetem-se ao longo da descendência do indivíduo (ou lugar) pela gerência de espíritos maus. Assim, no futuro, será praticado o mesmo pecado que foi praticado no passado e haverão os mesmos sofrimentos que houveram no passado.
   Rebecca Brown define maldição da seguinte maneira:
   “Muitos cristãos frequentam a igreja com regularidade e esforçam-se de todo o coração para terem uma vida piedosa. Entretanto, a despeito de todos os seus melhores esforços, tudo parece não dar certo: Não importa quanto se esforcem, ou quanto aconselhamento recebam, parece que nada funciona.
   Por exemplo, com que frequência a gente ouve alguém fazer um comentário como este: ‘A minha vida ia indo muito bem até o dia em que aceitei Jesus Cristo. Então tudo passou a não dar certo!’?
   Pode até ser que você mesmo tenha declarado algo assim!
   Alguns cristãos não conseguem entender por que, apesar de tudo o que fazem, seus filhos viram-se contra eles e contra Deus e caminham pela vereda da destruição.
   Outros crentes, que aceitaram o Senhor com alegria, cresceram espiritualmente por algum tempo, e então descobriram não terem condições de manter um relacionamento chegado com o Senhor: sentem-se sem condições de ler e estudar a Bíblia ou de orar, e acabam perdendo o interesse, e vão de mal a pior.
   Outros ainda lutam durante toda a vida, num andar ora de novo com o Senhor, ora longe do Senhor, não conseguindo estabelecer e manter um permanente andar com ele.
   Tais problemas afetam igrejas inteiras, assim como a vida de pessoas em particular: muitas igrejas caracterizam-se por nelas ocorrerem muitos divórcios e outros problemas dessa ordem em sua membresia.
   Muitas lutam por anos mas nunca prosperam nem crescem espiritualmente: com frequência se dividem e mudam sempre de pastor.
   Mesmo quando parece que passam por um período de avivamento e de crescimento, logo tudo se perde: muitos membros saem, e a igreja acaba voltando à condição em que estava antes.
   Por que esse ciclo destrutivo ocorre?
   Tais situações desencorajadoras podem resultar de vários fatores diferentes, mas uma razão, que normalmente é desapercebida, é haver uma maldição na vida de alguém, ou em sua família, que nunca foi quebrada.
   Muitas igrejas estão também debaixo de maldições: esta é uma área que tem sido muito negligenciada no ensino cristão hoje em dia.”
(Rebecca Brow — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS, pág. 5)
   Neuza Itioka, por sua vez, cita alguns casos que são tidos como maldição:
   “Sinais possíveis de maldições na família: repetidas depressões emocionais, repetidas doenças crônicas, repetidos abortos, repetidos divórcios e separações, repetidos alcoolismo, incapacidade de se engravidar, contínua falta financeira, repetidas mortes prematuras, repetidas infidelidades, imoralidades e perversidades sexuais, predisposição para desastre, maldição de guerra.”
(Neuza Itioka- CURSO SOBRE BATALHA ESPIRITUAL, pág. 31)
   2.3.3a — A Hereditariedade

   “Essa maldição pode ser hereditária, ou seja, os sofrimentos acometidos pela maldição podem passar de pai para filho (...) Elas podem ser herdadas (…) Passadas de geração a geração.”
(Rebecca Brown — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS, pág. 21)
   “Assim, más ações dos antepassados podem ter um efeito mortal em nossas vidas. Existe uma transmissão de heranças espirituais das gerações passadas, para nós.”
(Robson Rodovalho — QUEBRANDO AS MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS, pág. 10)
   Não somente os sofrimentos, mas também os pecados podem ser transmitidos. Desta maneira, se uma mulher é prostituta, sua filha também, e, sua neta, tem tendências imorais, com certeza há uma maldição nesta família que está sendo passada de pai para filho.
   Vários exemplos são citados para ilustrar esta ideia.
   As constantes guerras entre tribos no continente africano configuram um desses exemplos: segundo a doutrina de maldição hereditária, as guerras na África são consequências de pecados de adoração a demônios, ódio e massacres entre as tribos, cometidos por seus antepassados.
   Assim “cada tribo é governada por um determinado demônio”, que se encarrega que as tribos cometam os mesmos pecados e sofram as mesmas aflições de seu antepassados.
   Até mesmo na América ocorre violência entre gangues: esta violência é ocasionada porque elas são compostas de negros que seriam alvo da maldição de seus antepassados africanos.
   Desta forma, faz-se necessário reconhecer o pecado cometido pelos antepassados e confessá-los a Deus.
   Para apoiar esta ideia usa-se uma série de textos bíblicos (principalmente veterotestamentários), onde se mostra que “toda vez que houve um avivamento em Israel, a primeira coisa que aconteceu na nação dos hebreus foi a confissão da iniquidade de seus antepassados”.
   Dentre estes textos pode-se citar Neemias (que incitou o povo a confessar os pecados de seus pais — Neemias 9:1-3); Daniel (que confessou os pecados de seus antepassados — Daniel 9:16-17) e Esdras (que, de semelhante forma, confessou os pecados de gerações passadas — Esdras 9:7).
   Ilustrando este pensamento, Rebecca Brown cita — em seu livro “Maldições não Quebradas” — o caso de sua amiga Sandy.
   Sandy era uma cristã dedicada, no entanto foi-se constatado que estava com câncer no pâncreas: Sandy sabia que esta doença era uma maldição da família (pois todos os membros de sua família haviam morrido de câncer no fígado ou no pâncreas, ainda jovens), porém esta jovem senhora, por mais que tentasse, não conseguia quebrar esta maldição.
   Sob o conselho de Rebecca, Sandy fez uma pesquisa da causa desta maldição em sua família e constatou que nela havia uma história de imoralidade sexual e divórcios… somente ela possuía um casamento duradouro, além de que poucos haviam-se convertido a Cristo.
   Depois de confessar estes pecados, Sandy foi fazer a cirurgia, e, neste momento, foi constatado que não estava mais com câncer.
   2.3.3b — Maldição em Objetos

   De acordo com os mestres da doutrina de maldição hereditária, os objetos podem ser amaldiçoados: isso significa que eles podem estar sob influência demoníaca ou, até mesmo, demonizados.
   Estando assim, estes objetos teriam o poder de influenciar negativamente o local ao seu redor e às pessoas envolvidas com ele.
   A simples presença desses objetos malditos em algum lugar, ou o seu uso, ou, até mesmo, um simples toque, pode acarretar em muito sofrimento para o indivíduo.
   Desta forma, faz-se necessário todo um cuidado com os pertences que há em casa, como também com aqueles que vai-se adquirir; por isso:
   “… vasculhe a sua casa. Será que você tem estatuetas de entidades demoníacas em sua casa? (…) fique atento, porque muitos dos brinquedos infantis na verdade são estatuetas de demônios.”
(Rebecca Brown — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS, pág. 43)
   Estes objetos, geralmente, são pertencentes ao rito do culto afro, estatuetas e suvenires indígenas, símbolos de outras religiões ou brinquedos infantis.
   Para respaldar esta ideia, são citados vários versículos bíblicos como Levítico 5:2; Ezequiel 44:23; Neemias 16:26; Deuteronômio 7:25-26; 2 Coríntios 6:17.
   Jorge Linhares, em seu livro Bênção e Maldição, expressa seu pensamento sobre o assunto da seguinte forma:
   “Precisamos verificar se não temos permitido adentrar em nosso lar objetos que são por natureza amaldiçoados — objetos que temos de lançar fora e de preferência queimar ou destruir.

  • Imagens de escultura ou ídolos — Deus proibiu terminantemente que tenhamos por objeto de culto qualquer imagem à semelhança de homem, de nada que existe nos céus, na terra, nem nas águas debaixo da terra; imagem, quadros ou gravura de santos, esculturas de Buda, etc. (Êxodo 20.2-3).
  • Objetos usados ou levados a centro espírita e terreiros de macumba para serem benzidos — lenços, roupas íntimas, garrafas com chá, patuás, correntes, braceletes, figas, pedras, amuletos em geral.
  • Objetos de práticas ocultistas — baralho, cartas de tarô, horóscopo, búzios, roda de numerologia, pirâmides, duendes.
  • Quadros ou objetos artesanais, de origem desconhecida, e que transmitem mensagem deprimente, de pavor, de tristeza — As vezes pensamos que estamos lidando apenas com peças de artesanato, quando na verdade são símbolos de cultos ou cerimoniais pagãos.”
(Jorge Linhares – BÊNÇÃO E MALDIÇÃO, pág. 41)
   Rebecca Brown concorda com Jorge Linhares e, em seu livro, fala algo semelhante:
   “Qualquer objeto que foi feito para uso no culto a Satanás é amaldiçoado e não pode ser purificado. Tem que ser destruído. Exemplos de coisas assim são ídolos, estátuas de santos e entidades, e joias com símbolos ocultistas. Cerca de metade das lembranças de turismo encontradas nas lojas em todo o mundo são objetos amaldiçoados. Por quê? Porque com frequência são artigos pertencentes à cultura local que geralmente têm envolvimento com algum tipo de culto a demônios.
   Você já viajou para o exterior e trouxe para casa imagens esculpidas de entidades, como souvenires? Em muitas igrejas por onde passei, a primeira coisa que vi ao entrar no gabinete pastoral foi um conjunto de lembranças trazidas de suas viagens ao exterior, e de suas viagens missionárias. Muito frequentemente tais "lembranças" incluíam estátuas de deuses demoníacos! Essas coisas trazem uma maldição para a vida do pastor e para a igreja.”
(Rebecca Brown — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS, pág. 40)
   Ainda argumentando sobre o conceito de maldição em objetos, Rebecca conta sua experiência com os artefatos do rei egípcio Tutancâmon.
   De acordo com Rebecca, em seu tempo como estudante de medicina, foi a uma exposição, realizada em seu país, dos objetos escavados do túmulo do Rei Tutancâmon do Egito.
   De corrente desta visita aos artefatos, Rebecca ficou muito doente por treze anos. Depois de muito sofrimento, chegou à conclusão que suas enfermidades foram consequência de sua exposição aos objetos amaldiçoados de Tutancâmon.
   2.3.3c — Maldição em Lugares

   Os mestres da doutrina de maldição hereditária acreditam que não só objetos podem ser amaldiçoados mas, também, que lugares podem sê-lo.
   De acordo com estes mestres, casas, vilarejos, bairros, cidades, nações inteiras e, até mesmo, igrejas podem ser vítimas de maldição, acarretando aos seus moradores sofrimentos crônicos de miséria, pobreza, adultério, mortes prematuras, etc.
   Jorge Linhares, ensinando sobre isso, diz:
   ”As cidades também podem estar amaldiçoadas; portanto, tudo o que há nelas – o povo, o solo, hospitais, fábricas, etc. – está sob maldição.”
(Jorge Linhares — BÊNÇÃO E MALDIÇÃO, pág. 43)
   Rebecca Brown também fala do assunto:
   “Uma terra e uma propriedade podem tornar-se amaldiçoadas por diversas razões. A primeira delas pode ser porque alguém, a serviço de Satanás, lançou uma específica maldição sobre uma determinada área. Muitas terras nos Estados Unidos acham-se amaldiçoadas pelos índios americanos.
   Um exemplo disso é a região do desfiladeiro do rio Colúmbia, na fronteira dos estados de Oregon e Washington. Os dois lados do rio Colúmbia estão pontilhados por uma série de pequenas cidades. Nessas cidades há muitas igrejas que são pequenas e derrotadas. Nunca ocorreu um avivamento ou um movimento maior do Espírito Santo naquela região.
   A segunda maneira pela qual propriedades podem estar amaldiçoadas para os cristãos é por terem sido dedicadas ao serviço de Satanás e de espíritos demoníacos. Todo cristão que venha à propriedade para nela viver é oprimido por espíritos demoníacos residentes no local, e é amaldiçoado por esses demônios.”
(Rebecca Brown — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS)
   Finalmente, determinadas propriedades às vezes têm uma maldição em si por causa dos pecados dos antigos proprietários e residentes: os espíritos demoníacos tomam residência na propriedade pelo pecado das pessoas que a possuem ou que moram nela.
   Uma outra pessoa que depois vem morar no local ficará sob opressão por aqueles demônios (por suas maldições), a menos que a propriedade seja purificada.
   2.3.3d — O Poder das Palavras
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   Nos tempos do Velho Testamento, era comum entre as nações fetichistas, a crença em espíritos bons e maus que preenchiam toda a atmosfera. Estes espíritos poderiam ser manipulados para o bem ou para o mal através da magia.
   Esta magia era efetivada por ritos que incluíam sacrifícios e, também, palavras: considerava-se que estas palavras “mágicas” tinham poder em si mesmas para realizar o objetivo pelo qual foram proferidas.
   Nessa perspectiva, vê-se Balaque pedindo para Balaão proferir uma fórmula de maldição que provocasse a ruína de Israel (Números 22), como, também, Golias, esconjurando a Davi (1 Samuel 17).
   Da mesma forma que a doutrina de Maldição hereditária têm ensinado que as palavras proferidas pelo indivíduo têm o poder de trazer (a ele mesmo ou a outros) bênção ou maldição, diz-se que o indivíduo deve prestar mais atenção no que diz, principalmente nas palavras negativas como: “você é um burro, não sabe fazer nada”, etc.
   Estas palavras são respaldadas por espíritos maus (demônios) que fazem com que se realizem.
   Jorge Linhares fala sobre o assunto da forma como se segue:
   “Maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado. Na maioria das vezes não temos consciência de estar passando-lhe essa autorização; em geral o fazemos mediante prognósticos negativos, o que é popularmente conhecido como "rogar praga". E um dizer profético negativo sobre alguém.
   A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso de vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos propósitos de Deus.
   As pragas se cumprem.É por desconhecermos o poder de nossas palavras que vivemos amaldiçoando nossos filhos, nossos parentes, as autoridades, e, inclusive, nossos próprios negócios.
   Quando usamos os lábios para amaldiçoar estamos chamando a nós o que existe no inferno.
   É temerário amaldiçoar porque as maldições podem acarretar grandes consequências, dentre elas a opressão e a possessão demoníacas.”
(Jorge Linhares — BÊNÇÃO E MALDIÇÃO, pág. 16)
   Kenneth Copeland, falando sobre o poder da palavra de trazer maldição, diz o seguinte:
   “A língua de vocês é o fator decisivo na sua vida… Vocês podem controlar Satanás aprendendo a controlar a própria língua.
   Vocês têm sido condicionados, desde o nascimento, a falar palavras negativas, carregadas de sentimentos de morte. Inconscientemente, em sua conversação diária, vocês usam palavras que se referem a morte, enfermidade, ausência, temor, dúvida e incredulidade: Quase morri de susto! Estou morrendo de vontade de fazer isso ou aquilo. Pensei que ia morrer de tanto rir. Ainda morro disso! Isso me deixa doente! Essa confusão está acabando comigo. Acho que vou pegar um resfriado. Não aguento mais isso. Duvido que…
   Quando proferem essas palavras vocês nem suspeitam do que acontece, mas estão trazendo sobre si mesmos forças negativas e brasas incandescentes… Suas palavras liberam os poderes de Satanás.”
(Hank Hanegraaff — CRISTIANISMO EM CRISE, Op. Cit. pág. 278)
   A Missão Shekinah também fala sobre isso da seguinte forma:
   “Há poder em nossas palavras, para morte e para vida.
   Toda palavra que sai de nossa boca, é usada ou por satanás ou pelo Espírito Santo. Não há palavra perdida.
   Toda palavra torpe ou maldita é usada por Satanás para transformá-la em produto contra nós, ou contra quem pronunciamos. Toda palavra de benção é usada pelo Espírito Santo de Deus, para transformá-la em produto para abençoar nossas vidas, ou de quem abençoamos. Quantas vezes, apesar do Espírito Santo morar em seu interior, você usou a sua boca e lançou palavras.
   Talvez até em momentos de ira, nervosismo, e estas palavras estão ecoando até hoje como maldição: Contra você mesmo : “Eu não presto para nada”, “Eu sou gorda demais”;
   Contra seu marido/esposa: “Você não presta”, “Você nunca será alguém na vida”;
   Contra seu salário: “Esta micharia de novo”, “Este mês não vai dar”;
   Contra seus filhos: “Você é burro”, “Você é preguiçoso”, “Você é rebelde”, “Você é igual ao seu pai (mãe)”
   Pejorativamente: “Você é uma prostituta”.
   Às vezes recebemos palavras de maldição de nossos pais, irmãos, pessoas, etc.
   Temos autoridade no Nome de Jesus, para cancelar toda palavra de maldição, toda sentença laçada contra nós.”
(Missão Evangélica Shekinah — PREPARAÇÃO DE MINISTRADORES NA ÁREA DE LIBERTAÇÃO E CURA INTERIOR, pág.59. Obra não publicada)
   2.3.3e — A Feitiçaria

   Magia é “a exploração de poderes miraculosos ou ocultos, por métodos cuidadosamente especificados para atingir finalidades que doutro modo não podiam ser alcançadas.”
(D. Douglas — O NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA, pág. 978)
   Esta magia envolve rituais que visam manipular os espíritos bons e maus para fazer, respectivamente, o bem e o mau a um determinado indivíduo ou lugar.
   A doutrina de maldição hereditária crê que maldições podem ser lançadas, com sucesso, à pessoas — inclusive cristãs — e lugares, através de rituais de feitiçaria, magia negra, vodu, umbanda, candomblé e outros.
   Rebecca Brown comenta sobre isso:
   “Pessoas envolvidas no ocultismo frequentemente se voltam contra os cristãos. Eles têm que realizar vários rituais, ou ‘trabalhos’, para fazer com que os demônios realizem as tarefas que eles desejam.”
(Rebecca Brown — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS, pág. 83).
   Para melhor compreensão faz-se necessário ver alguns destes rituais.
   Um ritual muito interessante são os desenhos: crê-se que existem determinados desenhos — feitos em muros, casas, igrejas, empresas, etc. — de procedência ocultista, que são alojamento de demônios “observadores”. que teriam a função de observar a região em redor e impor sofrimentos àqueles que foram destinados.
   Para quebrar esta maldição faz-se necessário ungir com óleo o desenho e, em seguida, apagá-lo do local em que foi desenhado.
   Um outro ritual usado para lançar maldições é a utilização de objetos pessoais.
   Nesse ritual, o feiticeiro utiliza um objeto pessoal para realizar seu agouro à pessoa objeto: alguns, mais comumente usados, são:
   “fotos, fios de cabelo, pedaços de unha e roupas da pessoa. Essas coisas são usadas como marcadores. O espírito demoníaco envolvido com tais rituais exige essas coisas para que possa identificar a pessoa a quem ele está sendo enviado para afligir.”
(Rebecca Brown — MALDIÇÕES NÃO QUEBRADAS, pág. 95)
   Para quebrar esta maldição, faz-se necessário pedir para Deus destruir o objeto que está de posse do feiticeiro e, em seguida, expelir todos os demônios oriundos desta maldição.
   A maldição pode ser lançada, também, através de animais ou bichinhos de estimação, assim como presentes recebidos.
   Neste caso, o feiticeiro pode lançar uma maldição sobre o animal da pessoa ou colocar um feitiço em um objeto e presentear a pessoa com o mesmo.
   Neste dois casos, as consequências são infortúnios para a pessoa objeto.
   Em ambos os casos, a maldição é desfeita através da unção com o óleo.
   2.3.3f — Espíritos Familiares


   Um outro conceito da doutrina de maldição hereditária, amplamente divulgado, é o de “espíritos familiares”.
   Espíritos familiares são demônios que, devido ao pecado de algum antepassado, acompanham geração a geração, impondo-lhes aquele mesmo pecado.
   Se uma determinada pessoa comete o pecado de adultério, por exemplo, ela deu oportunidade a demônios de transmitirem os mesmos pecados à sua descendência.
   Ricardo Mariano define esta ideia da seguinte forma:
   “Os que pregam acerca de tais espíritos creem que um indivíduo, crente ou não, tendo ancestral que pecara ou mantivera ligações com espiritismo, idolatria ou quaisquer práticas religiosas antibíblicas, carrega consigo a maldição provocada pelo demônio herdado.
   Para libertar-se, precisa renunciar ao pecado e às ligações demoníacas de seus ancestrais e ‘quebrar’, por meio do poder de Deus posto em ação pelo culto de intercessão, as maldições hereditárias.”
(61)Ricardo Mariano – Neo Pentecostais – p. 139
   O texto mais usado para defender esta ideia é (na versão King James):
   “Não vos voltarei para os que tem espíritos familiares, para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor.” (Levítico 19:31)
   Robson Rodovalho, em seu livro “Quebrando as maldições”, explica este pensamento da maneira como se segue:
   “Deus tão somente entrega aquela família ou indivíduo, a sofrer as ações dos espíritos familiares que induziam seu antepassados àquelas práticas pecaminosas. Desta forma, as heranças espirituais são transmitidas de geração a geração e é por isso que se cumpre o provérbio popular: tal pai… tal filho.”
(Robson Rodovalho — QUEBRANDO AS MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS, pág. 10)
   “Há um acompanhamento, por parte destes demônios, sobre as famílias. E eles transmitem os mesmos vícios, comportamentos e atitudes de que temos falado.”
(Robson Rodovalho — QUEBRANDO AS MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS, pág. 12)
   Segundo Robson Rodovalho, estes espíritos familiares são encarregados de transmitir maldições para as gerações posteriores e seus campos de atuação são: casamento, violência, enfermidade, vícios, loucura e destruição das finanças.
   A Missão Evangélica Shekinah ainda fala sobre isso da seguinte forma:
   “O problema teológico é facilmente explicado. O pecado dá direito legal à satanás de gerar consequências nas gerações futuras.
   Ele se utiliza de espíritos malignos familiares, demônios específicos que controlam cada família.
   Veja porque no espiritismo realiza-se uma sessão chamada de consulta ao morto (falecido): muitos, por ignorância, creem que o espírito que incorporou no médium é verdadeiramente do falecido, pois ele fala como se fosse o falecido, diz as coisas que ele gostava, etc.
   Mas, na verdade, é o espírito familiar maligno que acompanha aquela família, por alguma legalidade: estes espíritos familiares cumprem a função descrita em I Pedro 5: 8 “…o diabo, vosso adversário, anda em derredor…”, pois ele não é onipresente.
   Eles acompanham aquela família, geração após geração, esperando uma brecha para penetrar (assim como no caso de Judá até Davi). Também se utilizam da ignorância do homem.”
(Missão Evangélica Shekinah — PREPARAÇÃO DE MINISTRADORES NA ÁREA DE LIBERTAÇÃO E CURA INTERIOR, pág.56. Obra não publicada)

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