13 outubro 2011

Pecado? O pecado ainda existe?
Práticas que Deus odeia

Não. Não existe. Seria essa a resposta de muita gente dentro das próprias igrejas.Esse pensamento não  é exclusivo dos jovens americanos ou brasileiros. Parece ser a pregação nas igrejas evangélicas, que baniram o pecado, a necessidade de expiação, a morte vicária de Cristo e a condenação para os que o rejeitam. E onde o Transcendente é apenas uma Força que pode ser manipulada em benefício do fiel. Num mundo egoísta, em que as pessoas querem apenas satisfazer suas carências e vêem Deus como o grande quebrador de galhos, que vai enriquecê-las e resolver todos os seus problemas, esta mensagem encontra grande aceitação. Deus existe para seu benefício e satisfação pessoal. Há igrejas que estão há anos sem ouvir um sermão sobre a obra vicária de Cristo, a chamada ao arrependimento e abandono do pecado. A mensagem parece ser esta: você tem direitos, deve exigi-los, e se souber exigir segundo aquela igreja ensina, será abençoado. Mesmo que viva em pecado. Aliás, pecado caiu em desuso. O único pecado é a falta de amor. Um livro bem interessante sobre este tema é de um teólogo católico, Moser: O pecado ainda existe? (Edições Paulinas). Parece que não. Existe apenas a necessidade dos clientes a serem satisfeitos na igreja. A pregação de hoje parece mais focada na terapia (como Deus pode tornar alguém feliz) do que nas exigências de Deus. As necessidades do cliente são mais fortes que a proclamação da santidade de Deus. Oferece-se graça (geralmente ligada à saúde,  bens materiais e resolução de conflitos familiares), mas omite-se a santidade de Deus. Quando você ouviu (ou pregou) pela última vez, um sermão falando da santidade de Deus e do pecado humano?
Não muito tempo atrás, nas igrejas, era comum as pessoas ouvirem sermões exaltados contra os chamados “sete pecados capitais” — luxúria, gula, avareza, preguiça, ira, inveja e orgulho. Muitas vezes se falava das sérias consequências do pecado e os ouvintes eram exortados a se arrepender. “Agora”, como disse certo escritor, “a maioria das mensagens religiosas deixa de lado a inconveniente realidade do pecado e se concentra em temas que giram em torno do ‘bem-estar’”.
Vários jornalistas têm notado essa tendência. Seguem-se alguns comentários da mídia:
  • “As antigas categorias do pecado, bem como o conceito de arrependimento e redenção, estão fora de moda, e a linguagem terapêutica sobre autoestima e amor-próprio entraram em cena.” — Star Beacon, Ashtabula, Ohio.
  • “O sentimento de angústia por se ter cometido um pecado praticamente desapareceu.” — Newsweek.
  • “Ninguém pergunta mais: ‘O que Deus quer de mim?’, e sim: ‘O que Deus pode fazer por mim?’” — Chicago Sun-Times.
Na sociedade diversificada e tolerante em que vivemos, as pessoas pensam duas vezes antes de fazer julgamentos morais. Dizem que isso não seria politicamente correto. O maior pecado é julgar as ações de outra pessoa. A ideia é: ‘O que você acredita pode até funcionar muito bem para você, mas não tente impor isso a outros. As pessoas hoje seguem valores diferentes na vida. Ninguém tem o monopólio da verdade moral. Os valores dos outros são tão válidos quanto os seus.’
Esse tipo de raciocínio trouxe uma mudança no vocabulário das pessoas. A palavra “pecado” raramente é usada com seriedade. Para muitos, se tornou tema de piada. Já não se diz que as pessoas “vivem em pecado”, elas apenas “vivem junto”. Não se fala mais em “adultério”, e sim em “ter um caso”. Agora é comum dizer que as pessoas preferem “um estilo alternativo de vida”, e não que elas são “homossexuais”.
Não há dúvida de que houve uma mudança naquilo que as pessoas estão dispostas a aceitar como “normal” ou a condenar como “pecado”. Mas por que o conceito mudou? O que aconteceu com o pecado? E será que aquilo em que você acredita realmente faz diferença?

A cultura religiosa do bem-estar

Comentando a situação nos Estados Unidos, a revista Newsweek declarou de forma franca: “Muitos clérigos se veem no meio de um mercado competitivo e sentem que não podem se dar ao luxo de repelir as pessoas.” Temem que se fizerem muitas exigências morais a seus ouvintes, perderão paroquianos. As pessoas não querem ouvir alguém dizendo para elas serem mais humildes, disciplinadas, virtuosas ou que precisam dar ouvidos à sua consciência pesada e se arrepender de seus pecados. Por isso, muitas igrejas estão adotando o que o Chicago Sun-Times chamou de “mensagem cristã terapêutica, utilitária e até narcisista, que gira em torno do ‘eu’ e que deixa o evangelho de lado”.
Esse tipo de pensamento deu origem a uma cultura religiosa que define Deus à sua maneira e a religiões que, em vez de se concentrar em Deus e no que Ele requer de nós, concentram-se na pessoa e no que promove sua autoestima. O único objetivo é atender as necessidades da congregação. O resultado é uma religião sem doutrinas. “O que preenche o vazio deixado pelo código moral cristão?”, pergunta The Wall Street Journal. “Uma ética de enorme tolerância, em que ‘ser uma pessoa boa’ serve de desculpa para tudo.”
Logicamente, o que se colhe disso é a ideia de que qualquer religião serve se fizer a pessoa se sentir bem. The Wall Street Journal observa que qem tiver esse ponto de vista “pode abraçar qualquer fé, desde que ela não faça grandes exigências morais — pode consolar, mas não julgar”. E as religiões, por sua vez, estão dispostas a aceitar as pessoas “exatamente como elas são”, sem fazer nenhuma exigência moral.

Obs.: Aproveitei uma Matéria do  The Wall Street Journal, e desenvolvi o assunto.
Deus te guarde.
Viva vençendo!!!


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