
Pergunta: O que significa a palavra superstição?
Resposta:
SUPERSTIÇÃO é uma atitude de espírito, crença ou prática mágico-religiosa para
as quais não há explicação lógica e que se baseiam na convicção de que certos
atos, palavras, números ou objetos trazem males, benefícios, azar ou sorte. As
superstições, de modo geral, podem ser classificadas como religiosas, culturais
e pessoais”. Segundo o Dicionário Michaelis, superstição é “1) sentimento
religioso excessivo ou errôneo, que muitas vezes arrasta as pessoas ignorantes
à prática de atos indevidos e absurdos; 2) temor absurdo de coisas
imaginárias”.
Em outras palavras, podemos dizer que superstição significa uma
crença ou prática sem bases fatuais, fundamentada no medo ou ignorância do
desconhecido.
O Dicionário Aurélio define superstição da seguinte maneira: 1)
Sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, que induz ao
conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança
em coisas ineficazes; 2) Crendice; 3) Crença em presságios tirados de fatos
puramente fortuitos; 4) Apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa.
Pergunta: O que significa a palavra fetiche?
Resposta: FETICHE é “objeto
animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido pela natureza, ao qual se
atribui poder sobrenatural e se presta culto”.
Pergunta: O que significa a
palavra amuleto?
Resposta: No Dicionário Aurélio, AMULETO é “pequeno objeto
(figura, medalha, figa etc.) que, desde a mais alta antiguidade,alguém traz
consigo ou guarda por acreditar em seu poder mágico passivo de afastar
desgraças ou malefícios”. Na Enciclopédia Britânica: AMULETO é “a designação
genérica de diferentes objetos aos quais se atribui a virtude mágica de guardar
ou proteger quem o porta. Usados tradicionalmente para afastar o azar e trazer
sorte”.
Pergunta: Quantas tipos de amuletos existem?
Resposta: Dentre os
diversos tipos de amuletos (olho de boto ou do peixe-boi; ferradura, meia-lua,
a estrela-de-davi) a figa é o que alcançou maior popularidade. Usada para
combater a esterilidade e o mau olhado, é representada por uma mão humana
fechada com o polegar entre os dedos indicador e médio.
Amuleto é uma figura,
medalha ou qualquer objeto portátil, qualquer coisa à qual supersticiosamente
se atribui virtude sobrenatural para livrar seu portador de males materiais e
espirituais, e para propiciar benefícios nessas áreas.
Pergunta: Quando uma
pessoa aceita a Cristo como Salvador continua ainda sob a proteção de amuletos?
Resposta: Não. Ao aceitarmos o senhorio de Jesus, recebemos o Espírito Santo
(ICoríntios 6.19; Efésios 1.13); nossos pecados são perdoados (Atos 10.43;
Romanos 4.6-8); somos recebidos como filhos de Deus (João 1.12); se somos
filhos, logo somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Romanos
8.17); passamos da morte espiritual para a vida espiritual (IJoão 3.14); somos
novas criaturas (IICoríntios 5.17); o diabo se afasta e não nos toca (Tiago
4.7; IJoão 5.18); não estamos mais sujeitos às maldições (João 8.32,36);
podemos usar o nome de Jesus para curar enfermos e expulsar demônios (Marcos
16.17-18); a salvação nos leva a um relacionamento pessoal com nosso Pai e com
Jesus como Senhor e Salvador (Mateus 6.9; João 14.18-23); estamos livres da ira
vindoura (Romanos 5.9; ITessalonicenses 1.10 e 4.16-17; Apocalipse 3.10), além
de outras bênçãos.
Pergunta: Mas há crentes que acreditam que podem ser alvo de
maldições. O que o Pastor diz sobre isso?
Resposta: Diante das promessas que
acabamos de relacionar, somente o retorno voluntário ao pecado poderá alterar a
nossa situação diante de Deus (João 15.6). O uso de qualquer objeto, seja no
corpo seja em nossa casa, não melhora em nada a nossa condição de filho, de
herdeiro, de abençoado, de isento das investidas do diabo. Objetos não expulsam
demônios, não quebram maldições, não substituem o poderoso nome de Jesus. O
nome de Jesus não pode ser substituído por um objeto ou um produto
industrializado. O uso de amuletos evidencia não uma atitude de fé, mas de
falta de fé. Deus não opera por esse meio, sejam cordões, pulseiras, pirâmides,
cristais, velas ou qualquer outro produto. A Bíblia não apoia tal prática. A
atitude de fé é esperarmos no Senhor e nEle confiarmos. Alegremo-nos no Senhor
e Ele nos concederá os desejos do nosso coração (Salmos 23.1 e 37.4-7).
Pergunta: Pode-se crer nos amuletos e também em Deus?
Resposta: Se dividirmos a
nossa fé entre Deus e os amuletos, estaremos coxeando entre dois pensamentos.
Isso não é uma manifestação de fé, mas de incredulidade, de dúvida nas promessas
de Deus. A nossa confiança deve ser depositada no Senhor. “Bem-aventurado o
homem que põe no Senhor a sua confiança” (Salmo 40.4). E a dúvida é inimiga da
fé (Mateus 21.21). “Abraão não duvidou da promessa de Deus, deixando-se levar
pela incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus, estando
certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para cumprir”
(Romanos 4.20-21). Abraão creu na promessa de que seria pai de muitas nações.
Aguardou confiantemente. Não apelou para objetos, amuletos, cordão, pulseiras,
vassoura atrás da porta.
Pergunta: Os amuletos podem trazer maldições em vez de
bênçãos?
Resposta: Sim. Os amuletos, longe de serem veículos de bênçãos, podem
trazer maldições, porque a fé não está centralizada exclusivamente em Deus.
Podemos ler em Isaías 31.1: “Ai dos que confiam no poder místico dos
amuletos,
mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor”.
O uso de
amuletos pelo povo de Deus equivale a tomar o caminho de volta para o Egito.
As
nossas superstições foram deixadas no esquecimento.
Não precisamos limpar
nossos olhos com óleo ungido, para não vermos as coisas do mundo.
Pela ação do
Espírito em nossas vidas, já morremos para essas coisas, para o sistema mundano
e para o pecado. O Espírito que em nós opera não nos permite colocar coisas
impuras diante de nossos olhos (Salmo 101.3).
Pergunta: A Bíblia condena a
superstição?
Resposta: A Bíblia não é baseada em superstições, pois é a
inerrante Palavra de Deus: “Toda a escritura é divinamente inspirada,
proveitosa para ensinar, redarguir, corrigir, instruir em justiça; para que o
homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda a boa obra”
(IITimóteo 3.16-17). O evangelho está enraizado em fatos históricos, não em
mitos (IIPedro 1.16). Além disso, a Palavra de Deus condena veementemente a
magia e a feitiçaria, bem como todo tipo de superstição. As fábulas, as
crendices e os falsos ensinos são por ela, combatidos: “Conjuro-te pois diante
de Deus e do senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua
vinda e ao seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo,
redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrinas, porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e
desviarão os ouvidos da verdade voltando às fábulas” (IITimóteo 4.1-4).
Pergunta: Os objetos que hoje se usam em algumas igrejas pentecostais podem
aumentar a nossa fé? Alguns líderes religiosos ensinam que esses objetos servem
de ponto contato para aumentar nossa fé. Isso está certo?
Resposta: Objetos, ou
qualquer tipo de material, seja sólido ou líquido, do reino mineral ou do reino
vegetal, não servem para aumentar a fé dos cristãos. O que transmite fé, o que
proporciona fé, o que dá origem à fé, é a Palavra de Deus (Romanos 10.17).
Jesus não distribuiu qualquer tipo de objeto para melhorar a fé de Seus
ouvintes. Nos primeiros passos da Igreja, vemos Pedro e demais apóstolos
anunciando insistentemente o Cristo vivo, e falando com paciência dos mistérios
de Deus e das palavras de Jesus. E todos se enchiam de alegria, e milhares
aceitavam o Evangelho: “Disse-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um seja batizado
em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E os que com bom grado
receberam a sua palavra foram batizados, e naquele dia agregaram-se quase três
mil almas” (Atos 2.38-41).
Pergunta: Então o uso de amuletos é incompatível com
a vida cristã?
Resposta:
Sim. O uso de amuletos é incompatível com a vida cristã e não proporciona
prosperidade material ou espiritual a ninguém. Quem deseja viver uma vida de
paz e de abundância, deve buscar “primeiro o reino de Deus e a Sua justiça, e
todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Salmo 37.25; Mateus 6.33; Marcos
10.29-30; Lucas 12.31; João 10.10).
Para viver a sua fé, o cristão não precisa
de figas, de cordão de ouro, varinha mágica, porque as maldições não prevalecem
contra nossas vidas. “Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu
vôo, assim a maldição sem causa não encontra repouso” algumas traduções dizem
“a maldição sem causa não se cumpre” (Provérbios 26.2).
A maldição nos alcança
se não estivermos sob a proteção de Deus, se não confiarmos nEle, se estivermos
em pecado.
Pergunta: Quem põe a fé na proteção de determinado objeto, na
verdade está pedindo uma proteção que não vem de Deus, é disso que se trata?
Resposta: Sim. A fé cristã rejeita o uso de qualquer objeto com o propósito de
obter favores espirituais, ou evitar a influência demoníaca. Do Egito já
viemos. Das superstições já nos libertamos. Do jugo do opressor já estamos
livres. Da Babilônia espiritual já saímos. Cristo quebrou na cruz todas as
amarras, grilhões, embaraços; quebrou os fortes laços que nos prendiam ao mundo
das trevas (Gálatas 3.13).
Um irmão escreveu num fórum de debate: “Deus nos fez
livres, livres de contatos físicos para O sentir; livres de pontos de apoio,
para crer; livres de toda e qualquer espécie de superstição e amuletos; livres
para crer num Deus que tudo supre, tudo faz, tudo opera naqueles que O amam”.
Quando estávamos na ignorância espiritual, fazíamos uso de incensos e
defumadores para afastar os maus espíritos. A Bíblia nos dá a receita para
isso: “Submetei- vos, pois a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”(Tiago
4.7). “Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Estai, pois, firmes
e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da escravidão” (Gálatas 5.1).
Pergunta: O Pastor tem mais alguma coisa a acrescentar a respeito da fé em
objetos?
Resposta: Sim. Estejamos atentos para a definição de FÉ que
encontramos em em Hebreus 11.1: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que
se esperam, e a prova das coisas que não se veem”. Como podemos ver no
versículo citado, ter fé não significa crer em algo que possamos ver. Pelo
contrário, fé é sabermos que Deus existe, mesmo sem podermos vê-Lo. Quem tem fé
não necessita ver Deus para crer nEle. E o autor de Hebreus acrescenta: “Ora,
sem fé é impossível agradar- lhe; porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”
(Hebreus 11.6).
Pergunta: E como o Pastor refuta através da Bíblia a
necessidade de “pontos de contato” para despertar a fé?
Resposta: À luz dos
versículos que acabamos de citar, podemos chegar à seguinte conclusão: não
necessitamos de um objeto ungido como ponto de contato para despertar nossa fé.
E podemos ainda acrescentar o que diz Romanos 10.17: “Logo, a fé é pelo ouvir,
e o ouvir pela palavra de Cristo”. Este versículo demonstra qual é o
instrumento utilizado por Deus para despertar a fé no coração humano: as
Escrituras Sagradas, pois a fé vem pelo ouvir a palavra de Deus. Com base
nisso, chegamos à outra conclusão: a Palavra de Deus é poderosa o suficiente
para despertar a fé no coração humano. Não necessitamos de “objetos ungidos”
para que a fé de alguém possa ser despertada.
Pergunta: E quanto à questão de
quem recebe a glória e a gratidão por algum benefício supostamente recebido?
Resposta: Certamente. Em Isaías 42.8 está escrito: “Eu sou o Senhor; este é o
meu nome; a minha glória, pois, a outrem não a darei, nem o meu louvor às
imagens esculpidas”. Observem, irmãos em Cristo, Deus não divide a glória Dele
com ninguém, pois somente Ele é digno de ser glorificado. O homem pode ser
honrado e exaltado, mas somente Deus é digno de ser glorificado: Ele é o
Senhor. Deus não admite que o louvor, que deve ser dado somente a Ele, seja
direcionado a objetos ou a imagens esculpidas. Daí, atribuir glória a um
objeto, seja ele qual for, está errado, pois todo poder e glória pertencem
somente a Deus.
Não existe este negócio de amuletos, talismãs ou “objetos
ungidos” que solucionam problemas alheios, isto é um êngodo, para não dizer um
grande pecado.
Pergunta: Em algum lugar na Bíblia foi atribuído a alguém, ou a
algum objeto, algum milagre?
Resposta: Não, pelo contrário. Podemos citar Atos
19.11-12, onde está escrito: “Deus fazia milagres extraordinários por meio de
Paulo, tanto que as pessoas pegavam lenços e aventais e os levavam para os
doentes tocarem”. O versículo acima nos permite, ao menos, chegar a cinco
conclusões:
1- Quem fazia os milagres era Deus, e não os lenços e aventais
usados por Paulo “Deus fazia milagres extraordinários…”;
2- Paulo não distribuiu
seus próprios lenços e aventais, foram as pessoas que pegaram seus lenços e
aventais. O apóstolo Paulo nunca fez apologia aos chamados “objetos ungidos”;
3- O apóstolo Paulo não cobrava pelos lenços e aventais, nem tampouco pelos
milagres realizados por Deus através dele;
4- Paulo não atribuiu poderes
miraculosos aos seus lenços e aventais: era Deus quem operava os milagres;
5-
Este fato não constitui uma doutrina a ser seguida. Deus, através deste
episódio, não está nos ensinando a buscarmos “objetos ungidos” sempre que
tivermos um problema.
A fé tem que estar voltada a Deus e não a um objeto
qualquer.
Infelizmente, amados irmãos, a realidade de grande parte das igrejas
evangélicas brasileiras é muito preocupante. Pastores estão se apoiando em
textos bíblicos isolados, fora de contexto, para “justificarem” o comércio de
uma grande lista de bugigangas, que a meu ver, não passam de superstição
evangélica, tais como: água ungida; cajado ungido, caneta ungida para passar em
concursos públicos; lenço ungido; martelos; meias; chaves ungidas; água do Rio
Jordão; azeite ungido; sal ungido; cajado ungido etc. etc. etc.
Todas as
supostas facilidades obtidas através destes‘objetos ungidos” levam a igreja
para longe da presença de Deus.
Pergunta: Por trás disso há outros interesses
nada bíblicos, Pastor?
Resposta: Sim, pois essa prática permite a exploração
financeira, obtida através do desespero de quem necessita de uma cura,
libertação ou uma bênção da parte de Deus, pois, toda essa superstição
evangélica sai caro. E tudo isso se dá por analfabetismo bíblico, pois, os
cristãos estão aprendendo a honrar mais a criatura (cajados, lenços etc.) do
que o Criador, como escreveu o apóstolo Paulo em Romanos 1.21-23 “porquanto,
tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças,
antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se
obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos, e mudaram a glória do Deus
incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de
quadrúpedes e de répteis”.
O que é preocupante em tudo isso é a obtenção de
vantagens financeiras.
O apóstolo Paulo nunca cobrou por seus lenços e
aventais, nem tão pouco pelos milagres realizados através dele. Já os “ungidos
do senhor” (pastores, bispos, apóstolos) de hoje, cobram e cobram caro pelos
seus “objetos ungidos e abençoados”. Essa superstição evangélica dentro da
igreja tem que acabar. Até quando este “tristemunho” vai continuar?
Desperta
igreja, chega de tanta passividade. Está na hora de darmos um bom testemunho,
exigindo a pureza doutrinária por parte de nossos pastores. Ou eles mudam de
atitude, ou teremos de escolher de pastores que tenham as qualificações
indicadas pelo apóstolo em ITimóteo 3.1-3: “Esta é uma palavra fiel: se alguém
deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja
irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro,
apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,
mas moderado, não contencioso, não avarento”.
Pergunta: Essas vantagens são
obtidas em cima da ignorância e dos medos das pessoas?
Resposta:
Por isso esses líderes vêm atraindo a muitos e obtendo algum sucesso. É
provável que conheçamos pessoas que apregoam ‘certas verdades’, baseadas em
crenças infundadas, ou que até mesmo utilizam amuletos, e usam certas
expressões, com o fim de afastarem maus espíritos. Muitas destas pessoas agem
assim por temerem aquilo que desconhecem, ou seja, são supersticiosos.
Superstições são crenças alicerçadas sobre sentimentos irracionais, que levam
as pessoas a temerem o desconhecido, o sobrenatural, em razão da sua
credulidade excessiva. Quem é supersticioso acredita em presságios,
encantamentos, sinais, ritos específicos e tantos outros elementos que repousam
sobre a fé em coisas irracionais. A Palavra de Deus reprova vigorosamente as
superstições.
Atos dos apóstolos registra um episódio em que Paulo e Barnabé,
quando pelo poder de Cristo, curaram um coxo em Listra. Quase foram idolatrados
como os deuses gregos Júpiter e Mercúrio pelos habitantes daquele país. Os
servos de Deus protestaram com veemência contra esse ato supersticioso.
No
Antigo Testamento eram proibidas as advinhações (Levítico 19.31), a bruxaria, os
augúrios, a feitiçaria e a magia (IIReis 21.6). Temos de ter muito cuidado para
que essas práticas não solapem nossa fé e assolem nossas igrejas.
Pergunta:
Existem superstições tão comuns que fazem parte do cotidiano das pessoas, até
dos crentes?
Resposta: Temos várias superstições do cotidiano. Damos três como
exemplos:
1- Uso de amuletos e talismãs. É a crenca no afastamento dos maus
espíritos apenas pelo uso de certos objetos como galho de arruda; ferradura de
cavalo na porta de casa; pé de coelho, muitas vezes. são usados como objetos de
adorno. O profeta Isaías incluiu os amuletos na lista de adornos femininos
(Isaías 3.20). Um talismã é um adorno que consite em letras, símbolos ou
palavras sagradas, nomes de anjos ou demônios, com o objetivo de afastar o mal
de quem os usa.
2- Rogos do espirro: “saúde”, “Deus te crie”, ou uma expressão
mais erudita como “dominus caetumi” (o Senhor te crie).
3- Sexta- feira 13. O
número 13 é tido por alguns como bom agouro, e para outros como infortúnio.
Pergunta: A superstição entre os evangélicos não seria uma volta ao misticismo
medieval, tão condenado pelos reformadores? A teologia da maldição hereditária
não seria um vilipêndio à doutrina da graca e uma superstição religiosa em sua
essência?
Resposta: Lamentavelmente. É nítida a existência de casos de
superstição entre evangélicos, mas como resultado da ausência de orientação
bíblica nas igrejas. Onde o povo recebe o ensino sistemático e claro da Palavra
de Deus raramente existe isso.
Alguns casos de supersticiosidade entre os
evangélicos são menores, outros são mais graves. Alguns exemplos do primeiro
tipo são deixar a Bíblia aberta no salmo 91 para afastar desgraças; utilizar a
expressão “tá amarrado” de forma séria, como uma espécie de precaucão
espiritual; abrir a Bíblia aleatoriamente para ‘tirar um versículo’, que
funciona como orientação de Deus para tomarmos uma decisão; trocar a leitura
sistemática e regular da Bíblia pela ‘caixinha de promessas’; reputar que
oração no monte tem mais eficácia do que a feita dentro do quarto ou na igreja;
dormir empacotado para que Deus, ao nos visitar à noite, não se entristeça;
acreditar que objetos ou algum suvenir de Israel (pedrinha, água do Rio Jordão,
folhas de árvores) têm algum poder especial.
Um exemplo de caso grave de
superstição é a teologia da maldição hereditária, que declara insuficiente a
obra de Cristo na vida da pessoa, pois afirma que mesmo depois de salvo por
Jesus o cristão deve desenterrar o seu passado, e de seus familiares, para
quebrar uma a uma todas as possíveis maldições que acometeram, e que ainda
repousariam sobre ele, senão a libertação não será completa.
Além de não ter
base bíblica (II Coríntios 5.17), essa teologia defende um princípio quase
reencarnacionista, estabelecendo um carma na vida da pessoa a partir de seus
parentes.
Fujamos de toda a sorte de superstição, que nossa fé seja
absolutamente bíblica.
Pr.
Natanael Rinaldi
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