
TEXTO ÁUREO
“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu
por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8)
VERDADE PRÁTICA
A justificação pela fé em Cristo nos libertou de Adão,
símbolo do velho homem, para nos colocar em Cristo, onde fomos feitos uma nova
criação.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.1-12
Introdução
Nesta aula, vamos estudar o capítulo 5 de Romanos, que trata
dos frutos ou benefícios da justificação. Justificação é o grande tema da Epístola
aos romanos; aliás, o grande tema do cristianismo, o núcleo, a essência do
cristianismo. Sem a Justificação a Igreja cai. Em Rm 1:18-3:20, Paulo defende a
tese da necessidade absoluta da justificação pela fé, uma vez que se julgado
pelas obras o homem está irremediavelmente perdido, pois todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus. Do capítulo 3:21 ao capítulo 4:25, Paulo
vai argumenta como essa justificação aconteceu em Cristo Jesus: não foi pelas
obras, foi pela graça; não foi por merecimento nosso, foi pelos méritos de
Cristo; não é por aquilo que fazemos para Deus, mas por aquilo que Deus fez por
nós. A justificação, portanto, é um ato exclusivo de Deus (Rm 3:21-31).
No capítulo 5, o apóstolo Paulo avança em sua argumentação
em favor da justificação pela fé ao tratar acerca dos benefícios que ela traz
para a vida do cristão. Paulo mostra os benefícios que emanam da justificação
quanto ao passado, presente e futuro. Todos os que têm esta nova vida em Cristo
estão livres da ira vindoura (capítulo 5), livres do pecado (capítulo 6),
livres da lei (capítulo 7) e livres da morte eterna (capítulo 8). Para Paulo, a
justificação não significa somente perdão e absolvição da culpa do pecado;
também traz dentro de si a esperança da glória de Deus (Rm 5:2) e a promessa da
salvação final (Rm 5:9,10). Temos mais que os benefícios atuais da
justificação; nossa atenção é dirigida para seu resultado final. A ênfase do
capítulo 5 é a glória futura, é a vida eterna com Deus, é a nossa glorificação,
a plenitude da salvação.
I. A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA (Rm 5:1-5)
A bênção da Paz com Deus (Rm 5:1) – “Sendo, pois,
justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo”.
Observe que o texto fala de “Paz com Deus”, não “Paz de Deus” (Fp 4:7). A “Paz
com Deus” é uma bênção ligada ao passado; trata-se de algo que já aconteceu, é
a paz da reconciliação com Deus. É diferente da Paz de Deus que Paulo fala em
Fp 4:7. Esta pode denotar a paz que Deus mesmo usufrui ou a paz que ele inspira
no coração de seus filhos. Esta Paz é um sentimento, que pode estar com tanque
cheio hoje e pode estar com o tanque vazio amanhã. Você pode estar com uma
gostosa Paz de Deus hoje e amanhã você pode estar num vale de muito aperto, de
muita angústia, precisando da Paz de Deus no seu coração. Mas, a Paz com Deus
não sofre variação, porque a Paz com Deus não é um sentimento, é um estado, o
estado objetivo de estar em paz em vez de estar em inimizade.
A “Paz com Deus”, portanto, não é uma mudança em nossos
sentimentos, mas uma modificação no relacionamento de Deus conosco. Por
intermédio do sacrifício de Cristo, a barreira que nos separava de Deus foi
destruída. Não somos mais filhos da sua ira, mas filhos do seu amor. O pecado
consumou uma ruptura, mas Jesus Cristo veio para restabelecer a comunicação
suspensa. A Obra de Cristo removeu todas as causas de inimizade entre nossa
alma e Deus. Por meio da graça, deixamos de ser inimigos de Deus e nos tornamos
seus amigos.
Todas as religiões se esforçam para reconciliar o homem com
Deus. Contudo, essa reconciliação, não é fruto do esforço que o homem faz, mas
do sacrifício que Cristo fez. Pela morte de Cristo fomos reconciliados com
Deus. Não somos mais réus nem inimigos de Deus. Agora temos Paz com Deus. Esta
é uma grande bênção da graça justificadora.
A bênção do Acesso à Graça de Deus – “por intermédio de quem
obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça…” (Rm 5:2 – ARA). O Rev.
Hernandes Dias Lopes, comentando sobre este benefício da justificação, diz: “Se
a Paz com Deus é uma bênção passada, consumada no ato de nossa justificação, o
acesso à graça da justificação é um privilégio presente e contínuo. Trata-se de
uma condição permanente e inabalável, que se origina de uma ação realizada no
passado. Os judeus eram separados da presença de Deus pelo véu do templo, e os
gentios eram isolados pelo muro externo do templo. No entanto, quando Jesus
morreu, rasgou o véu (Lc 23:45) e destruiu o muro (Ef 2:14). Em Cristo, judeus
e gentios que creem têm Acesso a Deus”. Agora, somos tão queridos e próximos de
Deus quanto o próprio Filho amado. O Pai estende seu cetro de ouro para nós e
nos recebe como filhos, e não como forasteiros.
A palavra “acesso”, em Romanos 5:2, na língua grega, tinha
três significados:
a) alguém entrando na presença da realeza, no palácio do
Rei. Nós, agora, temos acesso à sala do trono. Você pode ser feio, você pode
ser bonito; você pode ser velho, você pode ser jovem; você pode ser rico, você
pode ser pobre; você pode ser doutor, você pode ser analfabeto. Não importa,
você agora tem livre acesso ao trono do Rei. Você, agora, entra na presença do
Rei não é pelos atributos secundários que você tem. Você, agora, entra na
presença do Rei porque você é filho do Rei.
b) alguém entrando no templo para adorar. Deus não habita em
casa humanas, feita por mãos humanas. Deus é Espirito e importa que os seus
adoradores o adorem em espírito e em verdade. Não importa que você esteja na
rua, não importa que você esteja no hospital, não importa que você esteja no
seu escritório de trabalho ou no seu campo de atividade, não importa se é no
templo. Não importa o lugar que você esteja. Você tem, em qualquer tempo, em
qualquer lugar, livre acesso à presença de Deus como adorador.
c) significava ancorar no porto, seguro. Na vida, temos
muitas tempestades, mas, com certeza, podemos fincar nossas âncoras e chegar no
porto, seguro, porque temos livre acesso a esta graça na qual estamos firmes.
A bênção da firmeza (Rm 5:2) – “… temos entrada pela fé a
esta graça, na qual estamos firmes…”. Esta firmeza é um complemento à fé
salvadora. Ao ouvirmos pela palavra de Deus, recebemos a fé e cremos em Jesus
Cristo, o que nos proporciona a justificação; depois, como resultado desta
justificação, passamos a ter firmeza, ou seja, nossa fé cresce a cada dia, pois
a fé é dinâmica, que deve ser acrescida continuadamente (Lc 17:5), razão pela
qual Jesus a comparou ao grão de mostarda, que é a semente de maior índice
relativo de crescimento entre os vegetais superiores (Mt 17:20; Lc.17:6).
A bênção de esperar em Deus (Rm 5:2b) – “… e nos gloriamos
na esperança da glória de Deus”. Quando somos justificados, passamos a ter uma
nova perspectiva de vida; nossa razão de viver passa a ser a esperança da glória
de Deus. O homem justificado sabe que seu destino é estar para sempre com o
Senhor e passa a almejar este dia, quando o Senhor arrebatar a Igreja. Se a Paz
com Deus é uma bênção passada, consumada no ato de nossa justificação, e o
Acesso à graça de Deus é um privilégio presente e contínuo, a Expectativa da
glória está atrelada ao futuro. A palavra traduzida por “gloriamos” significa
um regozijo exultante, uma alegria triunfante, uma firme confiança em Deus,
inspirada pela certeza de que “temos Paz com Deus”.
Como se não bastasse a quebra da barreira que nos separava
de Deus, dando-nos acesso a uma condição indescritível de favor diante Deus,
nos levando a uma condição de filhos de Deus, como herdeiros, como cidadãos do
Céu, também nos regozijamos “na esperança da glória de Deus”. Ou seja, olhamos
adiante com alegria, aguardando com expectativa o tempo em que não apenas
contemplaremos o esplendor de Deus, mas também seremos manifestados com Ele em
glória (João 17:22; Cl 3:4).
Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, “compartilhar desse
celeste esplendor, contemplar o Rei em sua formosura e ser como ele quando o
virmos em sua majestade e glória, tudo isso é a inspiradora esperança daqueles
que foram justificados pela fé. John Stott diz que a esperança cristã não é
algo incerto como nossas esperanças comuns do dia-a-dia, mas uma expectativa
jubilosa e confiante que se baseia nas promessas de Deus. O objeto de nossa
esperança é a glória de Deus (Rm 5:2), ou seja, seu radiante esplendor, que um
dia se manifestará em toda a sua plenitude. Então, a cortina se erguerá e a
glória de Deus será inteiramente desvendada. Nesse dia, veremos o Senhor da
glória face a face e receberemos um corpo de glória”. Sem dúvida, esta é a
maior expectativa da Igreja.
A bênção de sofrer por Jesus (Rm 5:3,4) – “E não somente
isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz
a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança”.
Como efeito da esperança da glória de Deus, a justificação
também produz um comportamento distinto com relação à tribulação, que passa a
ser enfrentada pelo justificado sob uma nova perspectiva. A partir do instante
em que surge a esperança da glória de Deus, o justificado sabe que as
tribulações que passar nesta vida são um instrumento de aperfeiçoamento
espiritual, tanto que ela gera paciência, a paciência, experiência; a
experiência, esperança e a esperança não traz confusão (Rm 5:3-5).
Portanto, tanto as tribulações presentes como a glória
vindoura são objetos de júbilo do cristão. Em outras palavras, regozijamo-nos
não somente no alvo – a glória – mas também nos meios que conduzem a ela, isto
é, nos sofrimentos. Não no desconforto presente, mas nos resultados futuros.
Diz o apóstolo Tiago: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a
provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual
o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1:12). Observe a expressão:
“Bem-aventurado [feliz] o homem que suporta, com perseverança, a provação…”. Passar
por provações e ao mesmo tempo ser feliz parece ser paradoxal. Mas, é isso que
a Bíblia recomenda: que nos alegremos em Deus porque a tribulação produz a
paciência, e esta, a experiência que, finalmente, culmina na esperança (Rm
5:3-5).
Tiago novamente nos instrui: “Meus irmãos, tende por motivo
de toda alegria o passardes por várias provações” (Tg 1:2). Observe que Tiago
não diz “se passardes por várias provações”, mas “o passardes”. Devemos estar
cientes de que, enquanto estivermos neste mundo, enfrentaremos muitas
tribulações. A Bíblia diz que somos peregrinos neste mundo. Nossa pátria
permanente não é aqui; nossa pátria está no Céu. Diz o apóstolo Paulo: “pois a
nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual
ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até
subordinar a si todas as coisas“ (Fp 3:20,21).
Amados irmãos, a vida cristã não é um mar de rosas, não é
uma redoma de vidro, não é uma estufa espiritual. Cristianismo não é uma sala
vip, não é uma colônia de férias, antes, é um campo de batalha. Não temos
imunidade das provações da vida. Jesus advertiu: “no mundo tereis tribulações…
“ (João 16:33). O apóstolo Paulo disse: “… por muitas tribulações nos é
necessário entrar no reino de deus” (At 14:22). Ainda, Paulo disse: “… todos os
que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2Tm 3:12). O
grande patriarca Jó disse: “… o homem nasce para a tribulação, como as faíscas
voam para cima” (Jó 5:7).
Muitos que se dizem cristãos têm se iludo com a filosofia
enganosa do “não sofrimento” que a falaciosa teologia da prosperidade tem
propagado. De forma irresponsável, falsos pregadores vociferam frases de efeitos
como estas: “pare de sofrer”, “é tempo de vitória”, “você vai conquistar”.
Nestas frases, está presente a ideia de que o cristão não sofre. Mas, quando
chega o sofrimento, as pessoas que foram iludidas com estes clichês têm sua fé
definhada e sua esperança apagada. Infelizmente, muitos desabam no esgoto da
apostasia.
II. AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5:5-11)
"E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus
está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo
pelos ímpios.Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser
que pelo bom alguém ouse morrer.
Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu
por nós, sendo nós ainda pecadores".
O Amor que o Pai outorga. “… porquanto o amor de Deus está
derramado em nosso coração…” (Rm 5:5). Aqui, Paulo menciona uma espécie de
inundação do amor de Deus. Somos banhados pelo próprio ser de Deus, uma vez que
Deus é amor. Assim como o Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja no
Pentecostes, o amor de Deus é derramado no coração daqueles que são
justificados. O amor de Deus revelado a nós é algo profuso, caudaloso e
abundante. Não nos é dado por medida, mas copiosamente derramado em nós. Esse sublime
amor de Deus por nós, pecadores, não foi despertado pela cruz de Cristo; ao
contrário, foi o amor de Deus por nós que produziu a cruz. A cruz não é a causa
do amor de Deus, mas seu resultado. Esse amor não é retido em Deus, mas
derramado sobre nós.
O Amor que o Espírito distribui (Rm 5:5). “… porquanto o
amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi
dado”. A esperança na salvação jamais será envergonhada. Não seremos
decepcionados nem descobriremos que confiamos numa ilusão. Com temos certeza
disso? O texto sagrado nos responde: “porquanto o amor de Deus está derramado
em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. O Espírito Santo que
nos foi outorgado no momento em que cremos inunda nosso coração com essas expressões
do amor eterno de Deus. Depois que recebemos o Espírito Santo, percebemos que
Deus no ama. Não se trata de uma sensação vaga e mística de que “Alguém lá em
cima” se preocupa com a humanidade, mas de uma convicção profunda de que um
Deus pessoal nos ama de fato como indivíduos. Sob a vívida metáfora de uma
chuvarada que cai sobre uma terra seca, o que o Espírito Santo faz é
proporcionar-nos a consciência profunda e revigorante de que Deus nos ama.
O Amor que o Filho realiza (Rm 5:6) – “Porque Cristo,
estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”. O Amor de Deus é
provado. É procedente do Pai, operacionalizado pelo Espírito Santo e realizado
pelo Filho. Você é tão especial para Deus, que ele amou você de tal maneira que
deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu único Filho (João 3:16). A prova mais
eloquente desse amor é a cruz de Cristo. Pela cruz temos uma abertura ao
coração de Deus e vemos que se trata de um amor que se dá e se sacrifica. Em
Romanos 3:25,26, Paulo já havia provado que, na cruz, Deus revelou sua plena
justiça; em Romanos 5:8, ele afirma que, na cruz, Deus revelou seu abundante
amor. Portanto, a cruz de Cristo não foi um acidente, mas um apontamento de
Deus desde a eternidade. Ele foi morto desde a fundação do mundo. Ele nasceu para
ser o nosso substituto, representante e fiador. A cruz, sempre esteve
encrustrada no coração de Deus, sempre esteve diante dos olhos de Cristo. Ele
jamais recuou da cruz. Ele marchou para ela como um rei caminha para a sua
coroação.
Portanto, o Amor de Deus não é apenas um sentimento, é uma
ação. Não consiste apenas em palavras; é uma dádiva. Não é uma dádiva qualquer,
mas uma dádiva de si mesmo. Deus deu seu Filho. Ele deu tudo, deu a si mesmo.
Deus não amou aqueles que nutriam amor por ele, mas aqueles que lhe viraram as
costas. Deus amou aqueles que eram inimigos. Cristo morreu no momento
determinado por Deus e de acordo com seu eterno propósito (João 8:20; 12:27;
17:1; Gl 4:4; Hb 9:26).
III. AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5:12-21)
Em Romanos 5:12-21, Paulo faz uma analogia entre o Adão
histórico e o Cristo histórico. As Escrituras chamam Cristo de “o segundo Adão”
ou “o último Adão”. O primeiro Adão caiu num jardim; o segundo Adão triunfou
num deserto. O primeiro Adão é da terra; o segundo Adão é do céu. O primeiro
Adão introduziu no mundo o pecado e por ele a morte; o segundo Adão trouxe ao
mundo a justiça e a imortalidade. O primeiro Adão foi expulso do paraíso; o
segundo Adão nos levará de volta ao paraíso.
Tanto Adão como Cristo nos são apresentados como cabeças de
uma raça. Adão era para Paulo um indivíduo histórico, o primeiro homem. Era
mais ainda: era o que o seu nome significa em hebraico: “humanidade”. A
humanidade inteira é vista como tendo originalmente pecado em Adão. Há,
portanto, dois homens: Adão e Cristo, e todos os outros estão dependurados nos
cinturões destes dois. Alguém disse que todas as pessoas estão em Adão (por
nascimento) ou em Cristo (pelo novo nascimento e pela fé).
Paulo não pensa na humanidade como uma reunião de indivíduos
ao acaso, mas como uma unidade orgânica, um único corpo sob uma única cabeça.
Esta cabeça é Cristo ou Adão. Este, sobretudo, é antítipo de Cristo. Nele
caímos e morremos; em Cristo nos levantamos e vivemos. Por meio do seu pecado
entrou a morte no mundo; por meio da obediência de Cristo recebemos vida
eterna. Adão é a cabeça federal da velha humanidade; Cristo é a cabeça da nova
humanidade espiritual, que significa seu corpo, a Igreja. Pelo pecado de Adão
os homens são condenados; pela justiça de Cristo os homens são justificados.
Portanto, estamos em Adão ou em Cristo. Não há ponto neutro. Só há dois grupos:
os que estão perdidos em Adão e os que estão salvos em Cristo.
O homem em Adão (Rm 5:12-14).”Pelo que, como por um homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, por isso que todos pecaram. Porque até à lei estava o pecado
no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei. No entanto, a morte
reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da
transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir”.
Na história humana o pecado foi introduzido pela queda de
Adão. Sendo livre, Adão escolheu desobedecer. Conquanto tendo livre-arbítrio,
tornou-se escravo do pecado e por meio do seu pecado precipitou toda a raça no
estado de rebelião contra Deus. O pecado é uma conspiração contra Deus. É a
transgressão da sua lei, um ato de rebeldia e desobediência a Deus.
Pelo menos em cinco ocasiões, nos versículos 15-19 do
capítulo 5, a verdade de que, pelo pecado de um único homem, todos nós pecamos
é repetida: “Pela ofensa de um só, morreram muitos” (5:15); “O julgamento
derivou de uma só ofensa, para a condenação” (5:16); “Pela ofensa de um e por
meio de um só, reinou a morte” (5:17); “Por uma só ofensa, veio o juízo sobre
todos os homens para condenação” (5:18) e “Pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores” (5:19).
Portanto, não apenas herdamos o pecado de Adão, mas somos
como ele. O pecado tem sua origem em Adão porque estamos em Adão de modo
especial, não apenas porque ele é a raiz que nos gerou, mas também porque é
nosso representante e cabeça. Em Adão, todos pecaram; em Adão todos morreram.
Segundo John Stott, a pena de morte cai hoje sobre todos os homens não apenas
porque todos pecaram como Adão, mas porque todos pecaram em Adão. Porque todos
pecaram em Adão e porque o salário do pecado é a morte, a morte passou a todos
os homens, uma vez que todos pecaram. Ela atinge a todos sem distinção e sem
exceção; seus dedos gélidos repousam sobre ricos e pobres, reis e vassalos,
servos e chefes, doutores e analfabetos, pequenos e grandes, velhos e crianças,
religiosos e ateus. Não podemos nos esconder da morte. Ela será o último
inimigo a ser vencido (1Co 15:26).
Que tipo de morte entrou no mundo pelo pecado? A morte
física, espiritual e eterna. A morte física é a separação entre a alma e o
corpo (2Co 5:8); a morte espiritual é a separação entre o ser e Deus, devido a
um ato de desobediência (Rm 7:9); a morte eterna ou a “segunda morte” é a
separação irremediável e eterna entre o homem e Deus. Trata-se da ida da alma e
do corpo para o inferno (Mt 10:28). Essas três modalidades de morte são
consequência do pecado. O pecado é, portanto, o maior de todos os males.
Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, o pecado é pior que a pobreza, que o
sofrimento, que a doença e até mesmo pior que a morte. Todos esses males não
podem afastar o homem de Deus, mas o pecado o afasta de Deus no tempo e na
eternidade. O pecado é maligno.
O homem em Cristo (Rm 5:15-17) “Mas não é assim o dom
gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito
mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo,
abundou sobre muitos. E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou;
porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom
gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se, pela ofensa de
um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça
e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo”.
Nestes textos, o apóstolo Paulo faz um contraste entre Adão
e Cristo. Na verdade, há cinco contrastes entre Adão e Cristo nos versículos
15-21 do capítulo 5. Primeiro, o contraste entre a transgressão de Adão e o dom
gratuito de Cristo (5:15). Segundo, o contraste entre as consequências do
pecado de Adão e as consequências da obediência de Cristo (5:16). Terceiro, o
contraste entre os dois reinos (5:17). Quarto, o contraste entre o “ato único”
de Adão e o de Cristo (5:18,19). Quinto, o contraste entre a lei e a graça
(5:20,21).
O contraste entre a transgressão de Adão e o dom gratuito
de Cristo (Rm 5:15).Devido à transgressão do primeiro homem, morreram muitos.
Trata-se, evidentemente, de uma referência aos descendentes de Adão. Nesse
caso, a morte em questão pode ser tanto física quanto espiritual. Porém, o dom
gratuito é mais abundante sobre muitos. Constitui a manifestação maravilhosa da
graça de Deus concedida ricamente a uma raça de pecadores. É possibilitado pela
graça de um só homem, Jesus Cristo. Foi uma demonstração maravilhosa de graça
da sua parte morrer por suas criaturas rebeldes. Por meio de sua morte
sacrificial, o dom da vida eterna é oferecido a muitos.
O contraste entre as consequências do pecado de Adão e as
consequências da obediência de Cristo (Rm 5:16). Uma só transgressão de Adão
trouxe julgamento inevitável e condenação. Mas, o dom gratuito de Cristo, em
contrapartida, tratou de maneira eficaz das muitas ofensas, e não apenas de
uma, e resultou na absolvição. Paulo ressalta as diferenças entre o pecado de
Adão e o dom de Cristo, entre a destruição terrível provocada por um pecado e a
graça que transcorre de muitas transgressões e, por fim, entre o veredicto de
condenação e o veredicto de justificação.
O contraste entre os dois reinos (Rm 5:17) Pela
transgressão de um só homem, reinou a morte, como um tirano cruel. Mas, pela
abundância da graça e o dom da justiça, todos os cristãos reinarão em vida por
meio de um só, a saber, Jesus Cristo (Rm 5:17).
Que graça maravilhosa! Além de sermos livrados da tirania da
morte, governamos como reis, desfrutando a vida presente e a vida eterna. Será
que entendemos e apreciamos, de fato, o valor dessa dádiva? Vivemos,
verdadeiramente, como parte da nobreza celestial, ou rastejamos no meio da escória
deste mundo?
O “homem em Cristo”, símbolo da nova criação de Deus (2Co
5:17), é justificado, obediente, dominado pela graça e dominado pela nova vida
com Deus.
CONCLUSÃO
Concluo esta Aula fazendo uma pergunta que, certamente,
muitos gostariam de fazer: “Por que Deus permitiu que o pecado entrasse no
mundo?”. Resposta: por meio do sacrifício de Cristo, Deus recebeu mais glória e
o homem recebeu mais bênçãos que se o pecado não tivesse entrado no mundo.
Nossa condição em Cristo é melhor que jamais poderia ter sido em Adão antes da
queda. Se Adão não tivesse pecado, teríamos desfrutado uma vida contínua na
Terra, habitando no Jardim do Éden. Porém, não teríamos nenhuma perspectiva de
nos tornar filhos remidos de Deus, herdeiros de Deus, coerdeiros com Cristo e
semelhantes a Ele para sempre. Essas bênçãos foram concedidas somente mediante
a Obra redentora de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
SUBSÍDIO PARA O PROFESSOR
Não é correto nos pautarmos nas divisões de textos como capítulos e versículos quando da interpretação das cartas bíblicas. Ao analisar o texto, não podemos atrelar a análise tão somente a um capítulo ou a um, dois ou três versículos. Antes, a análise de qualquer versículo ou frase deve ser considerada dentro do contexto geral da carta. Precisamos estar atentos, pois as divisões em versículos e capítulos acabam por influenciar a leitura bíblica. As divisões em capítulos e versículos devem ser considerados somente como auxilio para localização e referenciamos certos textos. A observação anterior é válida na análise deste capítulo.
Quando o apóstolo diz: "Tendo sido, pois, justificados pela fé..." ( Rm 5:1 ), ele termina uma argumentação e introduz uma nova ideia. Quando o apóstolo escreve 'Tendo sido, pois, justificados pela fé...', ele dá por encerrada a discussão sobre a superioridade dos judeus, ou que somente os gentios eram pecadores, ou que a justiça de Deus era proveniente da lei mosaica. Ao ser justificado pela fé em Deus, as questões abordadas anteriormente passam à segundo plano, uma vez que não há distinção alguma entre gentios e judeus. "Sendo, pois, justificados pela fé..." remete à versículos anteriores ( Rm 1:16 -17 e Rm 3:21 -22), e apresenta um novo aspecto da justificação pela fé. Os cristãos pela fé adquiriram paz com Deus, por intermédio de Cristo Jesus. Por meio da fé os cristãos são declarados justos e obtiveram paz com Deus. A condição alcançada em Cristo contrasta com a condição apresentada no verso 10. O homem por causa do pecado tornou-se inimigo de Deus, e bem sabemos que por conta própria o homem não buscou e nem busca tal reconciliação (Rm 3.10-12). Coube a Deus, em Seu infinito amor trazer e proporcionar ao homem tamanha reconciliação, ou seja, a “Paz” que somente obtemos por meio da Fé salvadora em Cristo Jesus.
I – A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTIFICADORA
1.1 A
bênção da paz com Deus
Vamos buscar a
razoabilidade desta paz a que Paulo se refere, considerando inicialmente que
éramos inimigos de Deus por conta do pecado. Rm. 5:10
1 – Estávamos separados de Deus e sem paz. Ef. 2:12.
2 – As nossas iniquidades faziam separação entre nós e Deus,
Is. 59-2.
Fomos reconciliados. -
Rm. 5:10
Fomos declarados filhos de Deus – IJo. 3:2.
Fomos agraciados com o milagre do novo nascimento. Ef. 2:15.
Tornamo-nos herdeiros da maior herança que alguém possa
desejar. Rm 8:17
1.2 -A
bênção de esperar em Deus.
Este tópico abordado pelo autor que certamente poderia
expandir o pensamento para outras direções, caso houvesse espaço suficiente,
nos permite pensar e resumir o que significa esperar e não esperar quando
depender do ponto de referência:
1 – Esperar em Deus conforme o propósito da lição é
suportar com paciência e resignação o que representar sofrimento, sabendo para
qual eternidade nos salvavou pela esperança da nossa salvação. 'Cristo em nós,
esperança da glória'. Cl.1:27.
2 – Esperar em Deus não significa abandonar todas as
possibilidades que por Ele nos foi entregue no tocante a vida comum, suas
conquistas e defesa da justiça.
Desde já, vale observar
que, ao falar da salvação em Cristo, Paulo apresenta a condição dos cristãos
(paz com Deus), para depois apresentar como alcançaram tal condição (pelo qual
também temos entrada pela fé a esta graça). Ou seja, durante a análise da carta
aos Romanos, demonstraremos que, geralmente, o ponto de partida para o apóstolo
apresentar o plano da salvação é o da condição alcançada (paz com Deus), e em
seguida, ele retroage até demonstrar qual era a condição anterior (inimizade).
Por intermédio de Jesus os cristãos têm entrada a esta graça, ou seja, alcança
a graça da justificação e amizade com Deus pela fé. Este versículo demonstra
que por Cristo e pela fé os cristãos recebem a graça de Deus, e o verso
anterior fixa-se em demonstrar a graça alcançada: justificação e amizade com
Deus. Paulo reitera que ele e todos quantos estão em Cristo (...também
temos...), estão firme na graça proveniente do evangelho (...na qual estamos
firmes...).
Enquanto muitos se gloriam das questões relativo à carne ( 2Co
11:18 ), os cristãos gloriam-se na esperança proposta por meio do evangelho.
Embora o apóstolo não volte a falar que não há diferenças entre gentil e judeu
explicitamente, ele acaba por falar de modo velado destas distinções promovidas
pelos homens, e não por Deus. Gloriar-se na esperança da glória de Deus é uma
das maneiras de trazer à lembrança dos cristãos àqueles que se vangloriam da
carne. Enquanto os da fé gloriam-se na esperança proposta e nas tribulações, os
segundo à carne gloriam-se em questões meramente humanas "Pois que muitos
se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei" ( 2Co 11:18 );
"Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha
fraqueza" ( 2Co 11:30 ). Enquanto os da carne buscavam elementos para
gloriarem-se na carne dos irmãos em Cristo "Porque nem ainda esses mesmos
que se circuncidam guardam a lei, mas querem que vos circuncideis, para se
gloriarem na vossa carne" ( Gl 6:13 ), Paulo demonstra que o cristão deve
gloriar-se tão somente na cruz de Cristo, esperança da glória "Mas longe
esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela
qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" ( Gl 6:14 ).
1.3 A bênção de sofrer por Jesus
Na linguagem de muitos significa pagar o preço. A bem da verdade, não sei se pagamos algum preço quando
o maior preço foi pago pelo Senhor, por nossas vidas. ICo 6:20. Mas, consideramos 'pagar o preço', no nosso dia a dia, sofrendo por '...não fazer a vontade da carne e dos pensamentos'.
Cada período da história tem características próprias
do seu tempo e governos. No tempo atual, grande parte dos nossos sofrimentos
são os sofrimentos de todos, independente da fé.
Penso que é possível separar perseguição e tribulação:
1-A perseguição tem caráter odioso e causa tribulação e
geralmente leva a morte.
2-A tribulação não tem como causa necessária, a
perseguição, mas o desprezo, o que chamam de “bullying” e a perseguição velada
em local de trabalho, escola, faculdade, junto a familiares não crentes em Jesus. Aliás, comum em sistema competitivo como o nosso.
O que nos leva a sofrer por Jesus:
-Lutamos por uma vida honesta.
-Lutamos para não causar danos a quem quer que seja.
-Lutamos para manter nossas vidas e famílias segundo os
padrões bíblicos.
-Plena obediência à palavra do Senhor.
-Dispenso comentar o que um cristão decente e sincero
pode passar dentro de algumas igrejas quando há visível prática de injustiças.
De qualquer maneira, suportar tudo por amor a Jesus é o
maior ganho.
II – AS BÊNÇÃOS
DO AMOR TRINITÁRIO
É reconhecidamente o amor dispensado pelo Pai, pelo Filho e pelo Espírito Santo:
2.1 O amor que o pai outorga
A visão que Paulo tem acerca de Deus é muito diferente
da visão que o judaísmo tem acerca do mesmo Deus.
A visão judaica acerca de Deus ficou parada no Sinai.
Deus não evoluiu no percurso do Sinai ao Calvário, mas,
fez evoluir Seu plano de salvar as vidas por tê-las amado. Jo. 3:16.
Quem nos separará do amor de Cristo? Rm. 8:35.
2.2 O amor que o Espírito distribui
Abençoar o homem
de coração aberto. A dádiva do Espírito Santo, que além de consolar e 'interceder por nós com gemidos inexprimíveis' (Rm 8:26), ainda reveste de poder
os crentes desejosos de servi-Lo de maneira eficaz.
Rm 5:5 “O amor de Deus derramado em nossos corações
pelo Espírito Santo que nos foi dado”.
Significa dizer que além de nos amar, Deus ainda
facilitou o nosso caminho para receber e dar este amor, razão pela qual, o
crente sincero não é raivoso nem vingativo.
2.3 O amor que o Filho realiza
Não daria para colocar o Filho em uma escala menor de
poder ou de demonstração de afeto e amor. O que o mundo não conheceu de Deus, Ele nos revelou em Sua própria vida.
Jo.13:1 declara a forma intensa do amor de Cristo por
nossas vidas.
Jo.14:11 O Senhor queria mostrar aos discípulos que Ele
não era uma pessoa comum e isto podia ser visto pelas obras.
Deus amou o mundo de tal maneira? O filho igualmente
nos amou e Se entregou por nós.Jo. 3:16 e Ef. 5:2.
III – AS BÊNÇÃOS
DA NOVA CRIAÇÃO
É interessante notar que a
palavra ‘portanto’ usada no começo do versículo 12, indica que aquilo que se
segue está ligado, na mente de Paulo, com o que precedeu, pelo que a comparação
e o contraste que ele traça entre Adão e Cristo é sua elaboração teológica do
que já havia sido dito. Paulo salienta a idéia de ‘um só homem’ por toda essa
passagem, e isso indica que ele encarava tanto Adão como Cristo como indivíduos
históricos.
No caso de Adão, ele enfoca a atenção sobre a sua ‘ofensa’,
mediante a qual todos os homens se ‘tornaram pecadores’ (v 19). Eles
mostraram-se solidários com Adão, que foi o representante deles diante de Deus,
e isso os constitui pecadores, quando Adão pecou. Essa comparação que Paulo faz
só será concluída nos versículos 18-21. Paulo não explica como toda a
humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, simplesmente assevera o
fato.
Pecado é descrito na Bíblia como transgressão da lei de Deus (1Jo 3.4) e
rebelião contra Deus (Dt 9.7; Js 1.18). Quando Adão caiu (pecado original),
isso resultou em seus descendentes sendo “contaminados” pelo pecado. Davi
lamentou esse fato em um de seus Salmos: “Eis que em iniqüidade fui formado, e
em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Note a progressão em Romanos 5.12:
O pecado entrou no mundo através de Adão, morte segue o pecado, morte vem a
todas as pessoas, todas as pessoas pecam porque herdaram pecado de Adão. Porque
“...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), precisamos
de um sacrifício perfeito e sem pecado para purificar nosso pecado – isso é
algo que somos incapazes de fazer sozinhos.
3.1 O homem em Adão
O texto do autor indica que há algum grau de complexidade quando afirma que
“existem várias interpretações a respeito de Rm 5:12-14 quando o apóstolo
declara que pelo pecado de um homem, a morte veio a todos.
As dificuldades deixam de existir quando percebemos que
não foi um ato viral, termo usado com frequência nas redes sociais para mostrar
que algo saiu do controle, mas Adão pelo seu ato inconsequente, deu
conhecimento de uma nova vida a que chamamos vida de pecado, muito mais
“próxima” de uma questão genética que filosófica.
“Como se” o código genético trouxesse as
características da natureza do pecado original, consideremos Salmos 51:5 “Eis
que em iniquidade eu fui formado e em pecado me concebeu a minha mãe”.
Uma nova possibilidade se abriu para o homem em Adão e
todos assumiram o risco para viver sob o pecado e pelo pecado a morte.
Não podemos ignorar que o apóstolo Paulo declara
textualmente que pela ofensa de um “morreram muitos”. Morte aqui, não significa
aniquilação da espécie, mas separação entre o homem e Deus-Rm 5:15.
3.2 O homem em Cristo
Algo que está sendo ignorado em nossas igrejas pela
falta de ensino e dispensa comentários
sobre o desprezo dado pelas igrejas chamadas “neopentecostais”:H a um assunto que
diz tanto sobre a nossa salvação como a nossa reconciliação com Deus e mais
importante ainda, o novo nascimento traz à vida os verdadeiros filhos de Deus,
não segundo a carne, mas segundo o Espírito. IJo 3:2.
Diz o texto citado (IJo.3:2) que ainda 'nem está
manifestado o que havemos de ser, mas quando Ele (JESUS), se manifestar seremos
semelhantes a ele'.
Paulo escreve a igreja de Coríntios que o corpo é
semeado em ignomínia, em fraqueza e ressuscitará em glória e em força. ICo 15:43.
Conclusão
O grande amor de Deus para com a humanidade é
demonstrado pelo fato de o Filho de Deus não ter vindo à terra como um anjo, e,
sim, como homem, o homem Cristo Jesus, tendo a natureza humana como a nossa.
Estamos todos ligados ao primeiro Adão (o cabeça natural e legal da raça
humana) como pecadores e culpados, e por isso sobre nós recai a sentença de
morte que Deus pronunciou sobre ele. No entanto, todos os que estão ligados com
o último Adão, Jesus, através do arrependimento e fé na Sua obra redentora,
estão perdoados, e “receberam o dom gratuito da justiça”, e assim “já passamos
da morte para a vida” (Cl 1.14, Rm 5.17, 1Jo 3.14)] “NaquEle que
me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de
vós, é dom de Deus" (Ef 2.8)”.
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