Texto Áureo
“Como guardaste a palavra da minha paciência,
também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo,
para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10)
Verdade Prática
Depois que os crentes em Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande
Tribulação começará na Terra.
Leitura Bíblica
Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14
Introdução
Enquanto a Igreja galardoada estiver adentrando às mansões
celestiais, a fim de participar das Bodas do Cordeiro, já terá começado na
Terra o mais difícil período da História: a Grande Tribulação, através da qual
a ira do Senhor, o Justo Juiz, se manifestará contra os ímpios e adoradores da
Besta(Ap 6.16,17).
O que é a Grande Tribulação? A primeira alusão à Grande
Tribulação, nas Escrituras, está em Deuteronômio 4,30: “Quando estiveres em
angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias(literalmente “nos
últimos dias), te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz”. Esta e
outras passagens veterotestamentárias se referem, profeticamente, ao evento em
análise(Dt 31.4; Is 13.9-13; 34.8; Jr 30,7,8; Ez 20.33-37; Dn 12,1; Jl 1.15).
Há teólogos que se precipitam em afirmar que esse terrível e
aterrorizante evento escatológico não acontecerá. Estes deveriam atentar para o
que o Senhor Jesus disse em Mateus 24.21: “nesse tempo haverá grande
tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem
haverá jamais”.
Em Apocalipse 2.22, a expressão “grande tribulação” é
empregada com o sentido de punição à falsa profetisa Jezabel e seus seguidores.
Mas, no mesmo livro, encontramos a ênfase à “hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo”(3.10), isto é, a Grande Tribulação — expressão empregada
em Apocalipse 7.14 e que melhor define esse evento, apesar de as Escrituras o
apresentarem com outras designações: “tempo de angústia”(Dn 12.1); “dia da
vingança do nosso Deus”(Is 61.2), etc.
Para alguns teólogos, Apocalipse 7.13,14 não alude a esse
tempo de angústia, posto que — segundo eles — os servos de Deus ali mencionados
são os que sofrem aflições e tribulações hoje(cf. Rm 8.18; Jo 16.33). Afinal,
“por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus”(At 14.22).
Entretanto, ao lermos o contexto imediato(Ap 6.9-11), vemos
que os tais servos serão os “mortos por amor da palavra de Deus e por amor do
testemunho que deram”(v.9), vítimas do Anticristo(Ap 13.7,15). E estes, vestidos
de branco(Ap 6.11; 7.13), virão “da grande tribulação”(Ap 7.14), um
período de sofrimento que atingirá todos os habitantes da Terra.
A Igreja passará pela Grande Tribulação? É comum recorrer-se
à simbologia para se fundamentar a ideia de que a Igreja não enfrentará esse
tempo de angústia:
1) Assevera-se que Enoque foi arrebatado antes do dilúvio; e
que, antes deste, Noé e sua família entraram na arca.
2) Afirma-se que as águas do Mar Vermelho só caíram sobre os
egípcios depois que Israel passou; e que Elias subiu num redemoinho antes do
cativeiro.
3) Assegura-se que a Igreja, quando for arrebatada(posto
que é a 1uz do mundo), instalar-se-á um período de trevas; e ainda que, ao ser
tirada da Terra “a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade , o mundo
desmoronara.
No entanto, todos esses exemplos apenas ilustram uma verdade
revelada claramente nas páginas sagradas. Não há dúvidas de que a Igreja será
arrebatada “antes” desse período de trevas.
Por que a lgreja não passará pela
Grande Tribulação? Os teólogos pós e mesotribulacionistas têm as suas razões
pessoais para não crer no rapto dos salvos antes da Grande Tribulação. Não devemos ir além do que está escrito nas
Escrituras(1 Co 4.6), 'nem nos movermos facilmente de nossas convicções quanto
ao livramento da ira futura, por ocasião do Arrebatamento'(2 Ts 2.2-9).
Há muitas evidências de que a Igreja não passará pela Grande
Tribulação:
1) A Noiva de Cristo estará no Céu: durante esse período e
voltará com Ele para pôr termo ao império do mal: “vindas são as bodas do
Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de
linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos
santos. (...) E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e
vestidos de linho fino, branco e puro”(Ap 19.7-14).
2) A Palavra de Deus nos exorta a “esperar dos céus a seu
Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira
futura” (1Ts. 1.10).
E o próprio Senhor Jesus disse: “Vigiai, pois, a todo tempo,
orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e
estar em pé na presença do Filho do homem”(Lc 21.36). Note: “escapar de
todas estas coisas”, e não “participar delas”.
3) Em Apocalipse 3.10, Jesus fez uma promessa à igreja de
Filadélfia: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te
guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os
que habitam na terra”. Contudo, esta mensagem não foi apenas para aquela
igreja, haja vista o que está escrito nos versículos 13 e 22 do mesmo capítulo:
“Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
A promessa de livramento da tentação mundial é extensiva “às
igrejas”
Conquanto os crentes de Filadélfia estivessem passando por
tribulações, naqueles dias, não passaram pela “hora da tentação que há de vir
sobre todo o mundo”, pois todos os mortos em Cristo têm a garantia de que não
passarão pela Grande Tribulação; ressuscitarão e serão tirados da Terra antes
dela. Da mesma forma, os vivos que guardarem a Palavra não passarão pelo tempo
da angústia.
Todas as mensagens registradas em Apocalipse às igrejas da
Asia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, quanto à manutenção do amor
e da fidelidade(2.4,10; 3.11); quanto às falsas profecias(2.20-22); quanto ao
perigo de Jesus estar do lado de fora(3.20), etc. Portanto, não há dúvidas de
que a promessa de livramento da hora da tentação é extensiva a todos os salvos.
4) Antes de o Cordeiro de Deus desatar o primeiro selo,
dando início a uma série de juízos(Ap 6), João viu os 24 anciãos diante de
Deus, no Céu(Ap 4—5). Eles representam a totalidade da Igreja: as doze tribos
de Israel e os doze apóstolos de Cristo. E isso prova que, desde o início da
Grande Tribulação, os salvos já estarão no Céu!
5) Em Apocalipse 13.15, está escrito que 'serão mortos todos
os que não adorarem a imagem do Anticristo'. Se este fará guerra aos santos, a
fim de vencê-los(v.4), quantos deles restariam para um arrebatamento durante
ou depois do período tribulacionista? Como vimos acima, tais santos, mortos pela
Besta, serão os mártires da Grande Tribulação, e não a Igreja, que já terá sido
arrebatada.
6) Em suas duas Epístolas aos Tessalonicenses, a ênfase de
Paulo foi o Arrebatamento da Igreja. Ao mencionar esse glorioso evento pela
primeira vez, ele deixou claro que Jesus nos livrará da ira vindoura(1 Ts
1.10). E isso é confirmado ainda na primeira Epístola: “quando disserem: Há paz
e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição(...) e de modo nenhum
escaparão.
Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele
Dia vos surpreenda como um ladrão”(5.3,4).
Conforme o texto acima, são os que estão “em trevas” que não
escaparão da destruição. Os filhos da luz(5.5), já terão sido arrebatados(4.16-18). Por isso, mais adiante, Paulo reafirma que os salvos escaparão da
ira futura: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da
salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo”(5.9).
7) A passagem de 2 Tessalonicenses 2.6-8 é de difícil
interpretação, e não nos convém fazer especulações sobre o que não está
revelado claramente. Não obstante, vemos nela a reiteração de que a Igreja não
estará sob o domínio do Anticristo e seu comparsa, o iníquo Falso Profeta:
"E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio
tempo seja manifestado, Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um
que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então, será revelado o
iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo
esplendor da sua vinda".
Se o mistério da
injustiça opera, por que a Besta e o Falso Profeta ainda não se manifestaram de
maneira visível? O que os detém? Quem os resiste? Quem será tirado da Terra,
para que o Anticristo e seu aliado tenham total liberdade até à esplendorosa
vinda de Cristo?
A única revelação que temos, retratada pelo próprio apóstolo
Paulo, é que o povo de Deus será tirado do mundo, no aparecimento de Jesus
Cristo(Tt 2.13,14; 1 Ts 4.17). E, se é “depois disso” que será revelado o
Iníquo(gr. anomos, “transgressor”, “sem lei”, “desordeiro”, “subversivo”),
então estamos diante de mais uma prova de que a Igreja não passará pela Grande
Tribulação!
Quanto tempo durará a Grande Tribulação? Nos tempos
bíblicos, os meses eram de trinta dias. Não havia meses de 31 ou 28, tampouco
se considerava o ano bissexto. Os anos tinham sempre 360 dias(30x12360). Em
Apocalipse 11.3 está escrito que 'as duas testemunhas de Deus profetizarão por
1.260 dias ou três anos e meio'(1.260/360=3,5). Esse período também aparece em
Apocalipse 13,5 sob a forma de 42 meses(42x30 1.260).
Esses três anos e meio são apenas a “primeira metade” da
Grande Tribulação, que terá duração total de sete anos, conforme a profecia
registrada em Daniel 9.24-27. Esta passagem menciona o concerto que o Anticristo
firmará com muitos por uma semana de anos, Na metade desta(depois de três anos
e meio), ele romperá o pacto, inaugurando a segunda metade.
A septuagésima semana
é a última de um total de “setenta setes”, revelados ao profeta Daniel(9.24).
A contagem das setenta semanas — ou 490 anos — começou com o decreto de
Artaxerxes para restaurar Jerusalém e foi interrompida com a morte do Messias(Ne 1—2; Dn 9.25,26). De acordo com a revelação dada ao profeta, essas semanas
se subdividem em três períodos.
Eurico Bergstén explica isso com muita clareza:
A primeira parte compreende “sete semanas”, isto é 7x 7 ou
49 anos(Dn 9.25), e destaca, com clareza, o começo da contagem dessas semanas
— desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém”(.) Daquela data
até á conclusão desse trabalho(Ne 6. 15) passaram-se realmente 49 anos.
A segunda etapa compreende “sessenta e duas semanas”, isto é
62x 7, ou 434 anos, tempo que abrange da restauração de Jerusalém ao Messias, o
Príncipe, Dn 9.25. E realmente impressionante observar que desde a data do
decreto para a restauração até á data da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém(IvIt 2 1. 1— LO) passaram-se exatamente 69 “semanas” ou 69x7, que são 483
anos.
A terceira parte compreende a última semana, isto é, a
septuagésíma semana, sobre a qual a profecia diz: “Ele ,firmará um concerto com
muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a
oferta de manjares, e sobre a asa das abominações virá o assolador..,”, Dn
9.27. Comparando esta expressão com apalavra de Jesus, quando profetizava sobre
esses acontecimentos(Mt 24.15,2l), fica provado que a septuagésima semana,
sem dúvida, representa o tempo da grande aflição.
O estudo comparativo das passagens proféticas de Daniel,
Apocalipse e Mateus, 24 indica que, após a destruição de Jerusalém, no ano 70
d.C., haveria um lapso temporal indefinido — chamado de Dispensação da Igreja
ou Tempo dos Gentios — até que os eventos da septuagésima semana começassem a se
cumprir. Depois desse período parentético indeterminado, entre o século 1 d.C.
e o Arrebatamento da Igreja, a Besta firmará o tal concerto ou pacto com muitos
por sete anos, mas só cumprirá a sua parte nos primeiros três anos e meio.
Na segunda metade da semana, ela(besta), se voltará contra os
judeus, proibindo-lhes de sacrificarem e também exigirá adoração para sí; juízos divinos cairão de maneira intensa sobre o Império Anticristão(Dn 9.27; Ap 15-16).
Haverá salvação na Grande Tribulação? Nesse período, Deus
dará mais uma oportunidade de salvação a todos aqueles que não foram
arrebatados, Tudo será muito difícil, pois os poderes do mal estarão
multiplicados e atuando numa escala nunca vista, mas a salvação será possível(Ap 6.9-11; 7.9-17; 12.12,17; 14.1-5; 20.4). Mas, devemos nos lembrar que nesse período, Deus estará tratando especificamente com Israel, o Seu povo. A possibilidade de salvação para os judeus, será nessa época.
Não só os desviados
poderão se reconciliar com Cristo; todos os seres humanos terão oportunidade de
salvação, desde que invoquem o nome do Senhor(Jl 2.32). O texto de Apocalipse
7.14 menciona uma multidão de salvos durante esse período, os quais 'lavarão
suas vestiduras, branqueando-as no sangue do Cordeiro'.
Mas será difícil a
salvação nos angustiosos e inquietantes dias da Grande Tribulação.
Derramar-se-ão juízos de Deus sobre os adoradores da Besta(Ap 6—9), que, mesmo
assim, não se arrependerão(Ap 9.20,21; 16.9). A misericórdia do Senhor será
patente nesse período, pois todos os acontecimentos catastróficos visarão,
sobretudo, ao despertamento das pessoas para o arrependimento antes do último
grande juízo(cf. At 17.30,31).
A falsa trindade satânica. Na Grande Tribulação, o Diabo
terá permissão para dominar todas as ações na Terra. Quando a Igreja sair do
mundo, ele será precipitado de onde está — nas regiões celestiais(Ef 2.2;
6.12) —, juntamente com as suas hostes, e terá permissão para agir com mais
liberdade entre os homens, A Palavra de Deus diz que ele estará cheio de fúria,
sabendo que pouco tempo lhe resta(Ap 12.9,12).
Satanás jamais conseguirá ser igual a Deus(Is 14.12-14). E
essa frustração faz dele um “imitador” das obras divinas, porém com intentos
maus, Ele formará a sua falsa trindade — na verdade, uma tríade, haja vista não
ser ela uma união de três pessoas formando um único deus, e sim três pessoas
distintas agindo separadamente, tendo como líder Satanás.
Como lemos em Apocalipse 16,13, duas Bestas — uma que sobe
do mar(cf. Ap 13.1-10), e outra, que emerge da terra(Ap 13.11-18) — se
aliarão ao Adversário: “E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do
falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs”, Deus também
revelou ao apóstolo Paulo essas duas Bestas, em 2 Tessalonicenses 2: os
versículos 3 a 6 se referem à primeira (o Anticristo); e os 7 a 12, à segunda
(o Falso Profeta).
O Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta tomarão posse,
temporariamente, da Terra. Se a Santíssima Trindade é composta de Deus Pai,
Cristo e Espírito Santo(Mt 28,19; 2 Co 13.13), a falsa trindade satânica terá
como protagonistas o Antideus, o Anticristo e o Antiespírito.
Assim como Cristo veio ao mundo para revelar a glória do Pai(Jo 1.14), a Besta revelará a natureza funesta do Diabo, agindo segundo o seu
poder(Ap 13.1,2). E, da mesma forma que o Espírito convence os pecadores e
glorifica a Jesus(Jo 16.8-14), o Falso Profeta induzirá todos a adorarem o
Anticristo(Ap 13.11-15).
Quem receberá o sinal da Besta? Na Grande Tribulação, quem
desejar comprar alguma coisa só poderá fazê-lo mediante o sinal, o nome ou o
número do nome da Besta. Somente o número é revelado na Bíblia, Quanto ao nome e
ao sinal, que poderá ser colocado na mão direita ou na testa dos adoradores do
Anticristo (Ap 13.16-18), não há maiores informações nas Escrituras.
A Igreja não receberá o tal sinal, que será uma marca para
aqueles que, tendo ficado na Terra, após o Arrebatamento, forem convencidos
pela segunda Besta, o Falso Profeta, de que o Anticristo é o “salvador do
mundo”. O sinal os separará como adoradores conscientes do Homem do pecado.
Contrastes entre Cristo e o Anticristo. As diferenças entre
Cristo(o Cordeiro de Deus), e o Anticristo(a Besta do Diabo), são muitas:
1) Cristo é a imagem de Deus(Cl 1.15); o Anticristo, a de
Satanás.
2) Cristo é a segunda Pessoa da Trindade; o outro também
será a segunda pessoa, mas da falsa trindade satânica.
3) Cristo desceu do Céu(Jo 6.51); o outro subirá do abismo(Ap 11.7).
4) Cristo é o Cordeiro; o outro, a Besta.
5) Cristo é o Santo; o outro, amante da iniqüidade, terá um
aliado chamado de “o iníquo”(2 Ts 2.8).
6) Cristo veio em nome do Pai; o outro virá em seu próprio
nome.
7) Cristo subiu ao Céu(At 1.9-1 1); o outro descerá para o
Inferno.
8) Cristo é o Filho
de Deus; o outro, o filho da perdição.
9) Cristo é o mistério de Deus; o outro, o da iniqüidade.
10)Cristo recebe louvor dos santos; o outro o receberá dos
ímpios.
11)A Noiva de Cristo é a Igreja; a do outro será “uma
prostituta”(Ap 17.16,17).
12) Cristo é a verdade; o outro, a mentira,
13) Cristo é a luz(Jo 8.12); o outro, trevas,
14) Os seguidores de Cristo andam na luz; os do outro
andarão em trevas(Ap 16.10).
I5)O Reino de Cristo
é eterno; o Império do Anticristo durará apenas sete anos.
Os 144 mil judeus eleitos. Serão santos homens de Deus,
responsáveis pela pregação do evangelho durante a Grande Tribulação. Esses
servos do Senhor, provenientes das tribos de Israel(Ap 7.1-8), cumprirão
cabalmente a sua missão, não tendo por preciosas as suas vidas.
As suas testas serão assinaladas a fim de indicar a sua
consagração a Deus (Ap 14.1). Isso não os protegerá das perseguições e do
martírio. Haja vista o que está escrito em Apocalipse 7.13,14. Tal marcação
denota a proteção que eles terão quanto aos juízos divinos sobre o mundo(Ap
9.4). O Cordeiro os honrará por sua fidelidade, como lemos em Apocalipse
14.3-5:"E cantavam um cântico novo diante do trono e diante dos
quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprendei- aquele cântico, senão
os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. Estes são os que
não estão contaminados com mulheres, porque são virgens. Estes são os que
seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que dentre os homens
foram comprados como príncipes para Deus e para o Cordeiro. E na sua boca não
se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus".
As duas testemunhas. Haverá, no tenebroso período
tribulacionista, duas duplas: uma do mal e outra do bem, A primeira, bestial,
formada pelo Anticristo e pelo Falso Profeta, blasfemará e guerreará contra os
santos; também fará grandes sinais, para enganar os que habitam na Terra. A
segunda, celestial, será composta de duas testemunhas enviadas por Deus, que
profetizarão, com grande poder, e também farão sinais.
A duas testemunhas serão dois profetas do Altíssimo que — à
semelhança de Moisés, Enoque, Elias, Micaías, Jeremias, João Batista, Estevão, Paulo e
o próprio Senhor Jesus — entregarão mensagens de juízo com toda a ousadia, a ponto
de deixar os adoradores da Besta atormentados(Ap 11.10). As características
delas à luz de Apocalipse 11.1-13 serão as seguintes:
1) Elas exercerão o seu ministério na primeira metade da
Grande Tribulação: “e [os gentios] pisarão[lit. pisotearão] a Cidade Santa por
quarenta e dois meses, E darei poder às minhas testemunhas, e profetizarão por
mil duzentos e sessenta dias”(vv.2,3). Como vimos acima, 42 meses ou 1.260
dias equivalem a três anos e meio, tempo de duração de cada metade do período em
análise,
2) As duas testemunhas terão um especial poder e grande
autoridade da parte de Deus para cumprirem a sua missão (vv.3,5,6). Isso será
necessário em razão da terrível oposição que enfrentarão por parte dos
adoradores da Besta,
3) Trajar-se-ão de pano de saco (v.3).Vestir-se de pano de
saco, especificamente, denota pesar, coração quebrantado. Elas serão, por assim
dizer, antítipos dos profetas do passado, como João Batista, que não andava
ricamente vestido(Mt 11.8); antes, usava uma veste de pêlos de camelo e um
cinto de couro em torno de seus lombos (Mt 3.4).
4) Elas são identificadas apenas como “as duas oliveiras e
os dois castiçais que estão diante do Deus [lit. Senhor da terra” (v.4). O fato
de a Bíblia não mencionar as suas identidades tem motivado muitos a explorarem
o campo das especulações inúteis, Alguns teólogos afirmam que elas já estão no
Céu. Desta dedução decorre a especulação de que são Enoque e Elias, em razão de
não terem passado pela morte (Gn 5.24; 2 Rs 2.11; cf, Ap 11.7). Lembremo-nos
uma vez mais de que as coisas encobertas pertencem ao Senhor (Dt 29.29).
5) Enquanto elas não cumprirem a sua missão, ninguém poderá
vencê-las:
“se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e
devorará os seus inimigos; e se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim
seja morto” (v.5). Isso é uma prova de que Deus protege os seus mensageiros
(cf. At 12.11).
6) Farão sinais e prodígios: “têm poder para fechar o céu,
para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para
convertê-las em sangue e para ferir a terra com toda sorte de pragas, quantas
vezes quiserem” (v.6). Tudo isso será permitido por Deus, para que todos os
seres humanos, na Terra, ouçam a sua Palavra, não tendo nenhuma desculpa no dia
do juízo.
7) Quando acabarem a sua missão, serão mortas pelo
Anticristo (v.7). Isso acontece com todos os profetas verdadeiramente enviados
por Deus. O Senhor Jesus não foi preso ou morto antes de consumar a obra que o
Pai lhe dera, apesar das muitas tentativas do Inimigo (Lc 4.29,30; Jo 18.4-11).
8) Os corpos delas permanecerão expostos em praça pública,
em Jerusalém, chamada espiritualmente de “Sodoma e Egito” — devido à sua
imoralidade e ao seu mundanismo —, durante três dias e meio, e os adoradores da
Besta se regozijarão com isso, mandando presentes uns aos outros (vv.8-I0).
9) As testemunhas ressuscitarão depois de três dias e meio:
“o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e
caiu grande temor sobre os que os viram” (v.II).
10) Ao ressuscitarem, elas ouvirão uma grande voz do Céu:
“Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram” (v.I2).
Esse fato apresenta uma semelhança com ascensão de Cristo, que, observado por
seus discípulos, subiu aos céus (At 1.9-1 1).
A diferença é que as testemunhas subirão diante dos olhares
de seus inimigos. Há similaridade também com a ressurreição dos justos, por
ocasião do Arrebatamento (cf 1 Ts 4.16,17).
11) Após a ascensão das duas testemunhas, haverá um grande
terremoto, e sete mil homens morrerão. Os que restarem ficarão muito atemorizados
e darão glória ao Deus do Céu (v.13). Isso comprova que o trabalho desses dois
servos do Senhor não será em vão. Quando a Palavra do Senhor é pregada com
verdade, sempre há “alguns” que lhe dão ouvidos (Mt 13.23; At 17.34).
O julgamento de Israel. O julgamento dos israelitas durante
o período tribulacionista está previsto no Antigo Testamento(Ez 20.33-38; Zc
13.8,9; Am 9.8,10). Um dos objetivos dos juízos apresentados em Apocalipse, sob
selos, trombetas e taças (6—17), é levar Israel ao arrependimento. Como
resultado, o remanescente desse povo se voltará para Deus arrependido,
aceitando Jesus como o Messias (Rm 9.27; 11,25,36; Mt 23.39; Zc 12.10-14;
13.1).
Esse juízo divino ocorrerá durante a Grande Tribulação, como
está escrito em Daniel 12.1:"E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe,
que se levanta pelos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual
nunca houve, desde que houve nação até àquele; mas, naquele tempo, livrar—se—á
o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro".
Abraços.
Aproveite o domingo após a EBD e faça uma visita aquele irmão que está precisando muito de uma palavra e de um abraço. Ore com ele.
Dedique o domingo ao Senhor.
Viva vencendo com sua dedicação aos irmãos!!!
Seu irmão menor.
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