18 dezembro 2015

LIÇÃO 12 - 20/12/15 - "ISAQUE, O SORRISO DE UMA PROMESSA"


Texto Áureo 

 “E disse Sara: Deus me tem feito riso; e todo aquele que o ouvir se rirá comigo” (Gn 21.6).

Verdade Prática 

 A promessa divina, ainda que pareça tardia, sempre nos sorri no momento certo e na estação apropriada.

Leitura Bíblica:

Gênesis 21: 1-8

Introdução

Este capítulo não somente relata o cumprimento da promessa de Deus, mas também é usado por Paulo como uma alegoria para ensinar a teologia da graça.

I. Deus Mantém a Sua Palavra - versículos 1-2

Somos lembrados por três vezes, nestes dois versículos, que Deus fez exatamente aquilo que Ele disse que faria. Os anos podem se passar e a fé pode falhar, mas a Palavra de Deus nunca cai por terra.
II. O Novo Filho de Abraão - versículos 3-5

Quem, exceto Deus, poderia dar um filho a um casal idoso. Devemos deixar claro, para crédito de Abraão, que ele creu na promessa de Deus antes do nascimento de Isaque [Romanos 4:17-22]. Note que a fé produz obediência. Abraão obedeceu a Deus ao colocar o nome e ao circuncidar a criança [Gênesis 17:21 e 10-13].

III. A Alegria de Sara - versículos 6-7

Da mesma maneira Sara creu na promessa de Deus antes da concepção de Isaque [Hebreus 11:11]. O nascimento de seu primeiro e único filho trouxe grande alegria. Nós devemos destacar que o nome Isaque significa "risada". Entretanto, isto não parece ser uma referência àquela antiga risada de descrença [Gênesis 17:17 e 18:12], antes uma risada de alegria. Deus é misericordioso em perdoar as nossas falhas e observar o nosso crescimento e fé. Tanto Sara quanto Abraão são elogiados no Novo Testamento, e suas falhas não são mencionadas.

IV. Ismael Zomba de Isaque - versículos 8-9

Como era comum na época, uma festa foi feita quando Isaque foi desmamado. Nesta ocasião Sara viu Ismael, que era quatorze anos mais velho do que Isaque, zombando dele.

Não é surpresa para aqueles que conhecem a natureza humana ver Ismael ressentido com Isaque, que havia sido colocado no lugar dele como herdeiro de Abraão. Sara ficou muito nervosa e talvez preocupada com a segurança de Isaque.
V. Um Castigo Chocante - versículos 10-13

Para espanto e terror de Abraão, Sara demandou que Agar e Ismael fossem expulsados. Isto foi demasiadamente doloroso para Abraão, pois ele era contra deserdar ou abandonar Ismael. Indubitavelmente, ele sentiu que isto era uma injustiça contra Agar. Somente depois que Deus confirmou as palavras de Sara é que ele foi capaz de tomar esta atitude. Deus revelou duas coisas para Abraão e ambas o confortaram e explicaram a necessidade desta separação:
A. Apenas Isaque foi escolhido por Deus como instrumento para que a nação judia e finalmente o Salvador viessem ao mundo. Outras crianças não deveriam se misturar com os seus descendentes [Gênesis 25:1-6].
B. Deus iria abençoar e cuidar de Ismael por causa de Abraão. Isto sem dúvida o confortou.

VI. Uma Alegoria

A história de Isaque e Ismael é usada pelo Apóstolo Paulo como uma alegoria, a fim de ilustrar a diferença entre a lei e a graça [Gálatas 4:19-5:1]. Uma alegoria usa pessoas e acontecimentos para simbolizar certas verdades. Vejamos as doutrinas que Paulo ilustra:
A. Duas Alianças - Agar, a escrava, representa a Aliança feita no Monte Sinai, que poderia apenas gerar escravidão. Sara, a mulher livre, representa a nova Aliança da graça.

B. Os Dois Nascimentos - Ismael nasceu pelo poder e sabedoria da carne. Sendo assim, ele representa o homem natural cuja religião não vai além de planos e requintes da carne [João 3:6-7]. Isaque nasceu pelo milagre da promessa. Ele era filho da fé e representa todos os que pelo divino poder são nascidos lá do alto [Tito 3:5].


C. Ismael nasceu sob escravidão e representa a falta de esperança daqueles que, sendo nascidos da carne, estão tentando ser salvos pela lei. Isaque nasceu sendo livre e representa aqueles em Cristo que estão livres da condenação da lei [Gálatas 5:1].

D. Ismael tinha uma natureza carnal e mundana. A sua esperança e amor estavam colocadas nas coisas deste mundo. Isaque, como Abraão, era um homem de fé que adorava a Deus.

E. Ismael zombou e perseguiu Isaque. Os que são nascidos da carne sempre perseguem aqueles que são nascidos do Espírito. Isaque, como todos os justos, era o alvo da perseguição. Os grandes "Ismaéis" deste mundo, sempre perseguirão os pequenos "Isaques" cuja fé e vida eles não entendem.

F. Ismael foi expulso. Todos que estão sob o regime da lei serão expulsos [Romanos 3:19-20]. Isaque era o herdeiro. Aqueles que são nascidos do Espírito herdarão o reino de Deus.

VII. A Expulsão da Escrava - versículos 14-21

Agar e Ismael foram despedidos conforme a ordem de Deus. Logo lhes faltou água e a morte parecia iminente. Agar deixou Ismael sob um arbusto e saiu para não muito longe a fim de chorar. Ela não queria ver a morte do menino. Deus, entretanto, ouviu a voz do menino. Abraão amava Ismael e havia orado por ele, por este motivo Deus cuidou da mãe e do menino. Foi mostrado a Agar um poço e então eles foram poupados. Ismael se tornou um flecheiro e se casou com uma mulher egípcia. Assim se deu a origem dos Árabes.

VIII. Deus Cuida de Abraão - versículos 22-32

Este pequeno relato mostra como Deus cuidava de Abraão. Até mesmo o infiel podia ver que Deus estava abençoando Abraão. O Senhor pode fazer com que seu povo encontre o favor dos ímpios, se isto for para o bem deles. O incidente a respeito do poço de Berseba revela a natureza pacífica de Abraão. Em vez de lutar ou ultrajar, ele fez uma aliança pacífica e generosa com Abimeleque a respeito do poço. Devemos sempre que possível buscar a paz.

IX. A Adoração Pública - versículos 33-34

Que quadro maravilhoso. Abraão plantou um bosque onde podia publicamente adorar a Deus. Nós só podemos crer que ele também ensinava a outros a respeito do Deus verdadeiro. (Mais tarde na história de Israel, a adoração em bosques foi proibida, pois eles acabaram se associando com a idolatria).

 X. Abraão é Provado – Gn 22, versículos 1-2

Que choque Abraão recebeu quando Deus falou com ele aqui. Ele deveria oferecer Isaque, o filho da promessa, como uma oferta de holocausto. Isto deveria ter parecido totalmente contrário ao caráter de Deus. Não eram os pagãos que faziam tais coisas? Deus não estaria destruindo os seus próprios planos de formar a nação de Israel e por meio dela trazer o Salvador? Que prova isto deve ter sido para a fé de Abraão. Nada parecia fazer sentido.

Vamos considerar várias coisas a respeito das provações que Deus permite ao Seu povo:
A. Deus não tenta ninguém a pecar [Tiago 1:13].
B. Deus prova o Seu povo para testar a realidade da fé deles [Mateus 13:18-23].
C. Satanás provoca estas provas muitas vezes [Jó 1:6-12; Lucas 22:31].
D. As provações são usadas para amadurecer os santos [Tiago 1:3-4].
E. Deus prova os santos para dar a eles a oportunidade de glorificá-lO por suas ações durante este período.
F. Deus dá forças aos verdadeiros santos para vencerem as provações [Lucas 22:31-32; I Coríntios 10:13].
G. Estas provações são de grande valor para o povo de Deus [I Pedro 1:7].

XI. Obedecendo Sem Questionar – Gn 22,  versículos 3-5

A fé verdadeira agi na Palavra de Deus mesmo quando nada parece ser racional. No dia seguinte Abraão partiu para cumprir a vontade de Deus. Em nenhum momento Abraão questionou as ordens de Deus. Como Abraão reconciliou a ordem de Deus com a Sua antiga promessa? Em Hebreus 11:17-19, aprendemos que Abraão acreditou que Deus iria ressuscitar Isaque da morte. Isto também é visto no versículo 5, onde Abraão diz a seus servos que ele e Isaque iriam retornar. A obediência de Abraão foi estritamente um ato de fé.

XII. Na salvação, Deus é o Provedor -  Gn 22,  versículos 6-8 e 13-14
Que revelação da graça nós temos aqui. A salvação não é comprada ou merecida, mas concedida por Deus. Na providência de Deus um carneiro foi fornecido para morrer no lugar de Isaque. Deus provou Abraão, mas Ele mesmo providenciou o sacrifício. O lugar foi então chamado de Jeová-Jire, que significa "Jeová proverá". Deus deu Seu Filho para morrer em nosso lugar. Um outro título de "Jeová" é Jeová Tsidkenu, que significa "Jeová é a Nossa Justiça" [Jeremias 23:6]. Deus o Pai, como Jeová, deu o Seu Filho para morrer pelos nossos pecados e se tornar a nossa justiça [II Coríntios 5:21]. Como Jesus é também Jeová, podemos ver que Jeová provê e ao mesmo tempo é a nossa justiça.

 XIII. O CASAMENTO DE ISAQUE= Gn 24-1-7

Esta história amorosa não somente toca profundamente as emoções humanas, como também é de grande valor espiritual.

Note os vários aspectos de sua riqueza espiritual:
A. Temos aqui uma importante ligação entre a história da salvação e a linhagem de nosso Salvador.
B. Este relato nos dá um exemplo maravilhoso de uma conduta reta. Não somente a fé e a oração são exemplificadas, como também podemos ver um lindo quadro do verdadeiro amor.
C. Gênesis 24 nos dá um belo exemplo da especial providência de Deus na vida do Seu povo. Os Cristãos podem estar confiantes de que Deus os guiará nos caminhos da justiça [Salmo 23:3, Provérbios 3:6].
D. Na história nós temos alguns tipos evidentes do plano da redenção.

I. A História - versículos 1-6-7

A. Os planos de Abraão - versículos 1-6.
Abraão sabia que através de Isaque viriam a nação de Israel e o Messias. A sua preocupação era que Isaque tivesse uma esposa consagrada e que adorasse ao Senhor. Ele nem imaginava um casamento com os idólatras Cananeus.

Note como Abraão não queria que Isaque deixasse a terra da promessa. Os planos e promessas de Deus eram as únicas coisas que interessavam a Abraão. Vamos ter os mesmos desejos e objetivos espirituais para os nossos filhos.

B. Fé - versículos 7-9

Abraão sabia que Deus encaminha os passos daqueles que O temem. Que os jovens que buscam companheiros e carreiras possam se lembrar disso. Nós não precisamos fazer o errado para cumprir a vontade de Deus.

XIV. A Concepção de Rebeca – Gn 25, versículo 19-23

O fato de Rebeca ser estéril foi uma prova tanto para Abraão quanto para Isaque. Isaque estava com sessenta anos antes que crianças nasceram. Talvez Abraão foi tentado a pensar que havia escolhido a moça errada para Isaque. Finalmente Isaque orou e Deus respondeu.

Provavelmente Deus queria deixar claro que a Sua especial providência tomava conta do nascimento destes homens, pois através deles, Cristo viria ao mundo. Deus muitas vezes realiza a sua obra de maneira que a fé do Seu povo seja provada.

Durante a gravidez Rebeca sentiu mais movimento do que o normal em seu ventre. Ela perguntou ao Senhor a razão disso; e ficou sabendo que esperava por gêmeos. Estes gêmeos seriam pais de duas nações (Edom e Israel). Os seus descendentes seriam uns tipos de pessoas bem diferentes.
No plano de Deus o mais jovem deveria ser o mais importante dos dois. Apesar disso parecer contrário aos costumes humanos, é desta maneira que Deus age muitas vezes no plano da eleição da graça [Romanos 9:10-15]. Deus não segue os caminhos da sabedoria humana.
XV. ISAQUE O BENDITO DO SENHOR
Isaque foi um homem de verdadeira fé, mas as suas falhas e fraquezas são plenamente registrados. Os filhos de Deus são nascidos do Espírito e têm uma fé imortal, mas ainda não estão livres da carne nesta vida [Romanos 8:10]. A Bíblia nunca ensina esta verdade ou recorda estas falhas a fim de justificar nossos pecados [I João 2:1], antes para dar entendimento do conflito que nos acompanha durante esta vida. O desejo pela redenção dos nossos corpos pecaminosos é uma das coisas que nos levam a ansiar ardentemente pelo retorno de Cristo [Filipenses 3:20-21]. Como nós ficaríamos confusos se a Bíblia ocultasse estas falhas no caráter dos santos.

XVI. O Mundo Reconhece a Presença de Deus na Vida de Isaque - versículos 26-33

As bênçãos de Deus na vida de Isaque eram tão perceptíveis que os Filisteus começaram a temer isto. Eles propuseram uma aliança de paz com ele, pois temiam pela própria segurança. Hoje nós também podemos viver de maneira tal para que o mundo reconheça que Deus está conosco.

XVII. A Soberania de Deus - versículos 30-38

No versículo 29, vemos Isaque pensando que havia invertido o decreto de Deus. Aqui ele descobri que os propósitos de Deus são firmes [Provérbios 19:21]. As palavras finais do versículo 33 refletem a conscientização de Isaque de que não pode haver mudanças no plano de Deus. Ele parece estar dizendo: "ele será abençoado, a despeito do que você ou eu gostaríamos, porque esta é a vontade de Deus".

Alguém pode sentir pena de Esaú, mas devemos lembrar que ele foi um homem ímpio que não somente foi indigno do direito de primogenitura e da benção, como também tinha conhecimento de que, pela vontade de Deus, estas coisas não pertenciam a ele. Hebreus 12:17 não é uma indicação de que Esaú estava arrependido de seu pecado, mas o desejo de que Isaque mudasse ou aniquilasse as bênçãos dadas a Jacó. Ele estava tentando aniquilar o plano de Deus. É triste o fato de que Esaú pudesse acusar Jacó de trapaça [vers. 36]. Como Jacó prejudicou o seu testemunho com tudo isso.

XVIII. A Profecia - versículos 39-40

Esta profecia se cumpriu nos Edomitas que foram descendentes de Esaú como uma tribo. Eles nunca foram totalmente subjugados por Israel.

CONCLUSÃO
No Antigo Testamento são poucos os que vieram ao mundo com tantas expectativas como Isaque. Nisto foi um tipo de Cristo, essa Semente que o santo Deus prometera muito tempo antes e que os homens santos esperaram por tanto tempo. Nasceu conforme com a promessa, no momento designado do qual Deus tinha falado. As misericórdias prometidas por Deus certamente chegarão no momento em que Ele determina, e esse é o melhor momento. Isaque significa "riso", tendo boa razão para o nome (capítulo 17.17; 18.13). Quando o Sol do consolo se levanta na alma, é bom lembrar quão bem recebido foi o alvorecer do dia.

Quando Sara recebeu a promessa, riu-se com desconfiança e dúvida. Quando Deus nos dá as misericórdias das que começamos a desesperar, deveríamos lembrar com pena e vergonha nossa pecadora desconfiança em seu poder e promessa, quando estávamos em busca delas.

Esta misericórdia encheu a Sara de gozo e assombro. Os favores de Deus para seu povo da aliança são tais que superam seus próprios pensamentos e expectativas, como também os alheios: quem poderia imaginar que Ele fizesse tanto por aqueles que merecem tão pouco, mais ainda, por aqueles que merecem receber o mal? Quem teria dito que Deus enviaria seu Filho a morrer por nós, seu Espírito para fazer-nos santos, seus anjos para servir-nos? Quem teria pensado que pecados tão grandes seriam perdoados, que serviços tão mesquinhos seriam aceitos e que vermes tão indignos seriam integrados na aliança?


Faze-se um breve relato da infância de Isaque. Deve reconhecer-se a bênção de Deus sobre a criadagem das crianças e sua preservação através dos perigos da idade infantil, como exemplo os sinais do cuidado e ternura da providência divina. Veja o Salmo 22.9-10; Os 11.1-2.

Abraços.

Viva vencendo com o Senhor das promessas!!!

Seu irmão menor.

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