A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão iniciado no século XVI por Martinho Lutero, que, através da publicação de suas 95 teses, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da Reforma Protestante são conhecidos como os Cinco Solas (Sola Fide, Sola Gracia, Sola Scriptura, Solus Christus e Soli Deo Gloria).
Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como Contra-Reforma ou Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o Protestantismo.
A Pré-Reforma foi o período anterior à Reforma Protestante no qual se iniciaram as bases ideológicas que posteriormente resultaram na reforma iniciada por Martinho Lutero.
A Pré-Reforma tem suas origens em uma denominação cristã do século XII conhecida como Valdenses, que era formada pelos seguidores de Pedro Valdo, um comerciante de Lyon que se converteu ao Cristianismo por volta de 1174. Ele decidiu encomendar uma tradução da Bíblia para a linguagem popular e começou a pregá-la ao povo sem ser sacerdote. Ao mesmo tempo, renunciou à sua atividade e aos bens, que repartiu entre os pobres. Desde o início, os valdenses afirmavam o direito de cada fiel de ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas, clandestinamente, devido à perseguição da Igreja Católica Romana, já que negavam a supremacia de Roma e rejeitavam o culto às imagens, que consideravam como sendo idolatria.
No seguimento do colapso de instituições monásticas e da escolástica nos finais da Idade Média na Europa, acentuado pelo Cativeiro Babilônico da igreja no papado de Avignon, o Grande Cisma e o fracasso da conciliação, se viu no século XVI o fermentar de um enorme debate sobre a reforma da religião e dos posteriores valores religiosos fundamentais.
No século XIV, o inglês John Wycliffe, considerado como precursor da Reforma Protestante, levantou diversos questionamentos sobre questões controversas que envolviam o Cristianismo, mais precisamente a Igreja Católica Romana. Entre outras idéias, Wycliffe queria o retorno da Igreja à primitiva pobreza dos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder político do papa e dos cardeais, e que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder político exercido pelo Estado, representado pelo rei.
Contrário à rígida hierarquia eclesiástica, Wycliffe defendia a pobreza dos padres e os organizou em grupos. Estes padres foram conhecidos como “lolardos”. Mais tarde, surgiu outra figura importante deste período: Jan Hus. Este pensador tcheco iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe. Seus seguidores ficaram conhecidos como Hussitas.
No início do século XVI, o monge alemão Martinho Lutero(abaixo), abraçando as idéias dos pré-reformadores, proferiu três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517. Em 31 de outubro de 1517 foram pregadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Esse fato é considerado como o início da Reforma Protestante. Martinho Lutero, aos 46 anos de idade.
Essas teses condenavam a “avareza e o paganismo” na Igreja, e pediam um debate teológico sobre o que as indulgências significavam. As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês se haviam espalhado por toda a Europa.
Após diversos acontecimentos, em junho de 1518 foi aberto um processo por parte da Igreja Romana contra Lutero, a partir da publicação das suas 95 Teses. Alegava-se, com o exame do processo, que ele incorria em heresia. Depois disso, em agosto de 1518, o processo foi alterado para heresia notória. Finalmente, em junho de 1520 reapareceu a ameaça no escrito “Exsurge Domini” e, em janeiro de 1521, a bula “Decet Romanum Pontificem” excomungou Lutero. Devido a esses acontecimentos, Lutero foi exilado no Castelo de Wartburg, em Eisenach, onde permaneceu por cerca de um ano. Durante esse período de retiro forçado, Lutero trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, da qual foi impresso o Novo Testamento, em setembro de 1522.
Enquanto isso, em meio ao clero saxônio, aconteceram renúncias ao voto de castidade, ao mesmo tempo em que outros tantos atacavam os votos monásticos. Entre outras coisas, muitos realizaram a troca das formas de adoração e terminaram com as missas, assim como a eliminação das imagens nas igrejas e a ab-rogação do celibato. Ao mesmo tempo em que Lutero escrevia “a todos os cristãos para que se resguardem da insurreição e rebelião”. Seu casamento com a ex-freira cisterciense Catarina von Bora incentivou o casamento de outros padres e freiras que haviam adotado a Reforma. Com estes e outros atos consumou-se o rompimento definitivo com a Igreja Romana. Em janeiro de 1521 foi realizada a Dieta de Worms, que teve um papel importante na Reforma, pois nela Lutero foi convocado para desmentir as suas teses, no entanto ele defendeu-as e pediu a reforma. Autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e mesmo assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por religiosos com formação luterana.
Toda essa rebelião ideológica resultou também em rebeliões armadas, com destaque para a Guerra dos camponeses (1524-1525). Esta guerra foi, de muitas maneiras, uma resposta aos discursos de Lutero e de outros reformadores. Revoltas de camponeses já tinham existido em pequena escala em Flandres (1321-1323), na França (1358), na Inglaterra (1381-1388), durante as guerras hussitas do século XV, e muitas outras até o século XVIII. A revolta foi incitada principalmente pelo seguidor de Lutero, Thomas Münzer, que comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada, Lutero por sua vez defendia que a existência de “senhores e servos” era vontade divina, motivo pelo qual eles romperam, sendo que Lutero condenou Münzer e essa revolta.
Em 1530 foi apresentada na Dieta imperial convocada pelo Imperador Carlos V, realizada em abril desse ano, a Confissão de Augsburgo, escrita por Felipe Melanchton com o apoio da Liga de Esmalcalda. Os representantes católicos na Dieta resolveram preparar uma refutação ao documento luterano em agosto, a Confutatio Pontificia (Confutação), que foi lida na Dieta. O Imperador exigiu que os luteranos admitissem que sua Confissão havia sido refutada. A reação luterana surgiu na forma da Apologia da Confissão de Augsburgo, que estava pronta para ser apresentada em setembro do mesmo ano, mas foi rejeitada pelo Imperador. A Apologia foi publicada por Felipe Melanchton no fim de maio de 1531, tornando-se confissão de fé oficial quando foi assinada, juntamente com a Confissão de Augsburgo, em Esmalcalda, em 1537.
Ao mesmo tempo em que ocorria uma reforma em um sentido determinado, alguns grupos protestantes realizaram a chamada Reforma Radical. Queriam uma reforma mais profunda. Foram parte importante dessa reforma radical os Anabatistas, cujas principais características eram a defesa da total separação entre igreja e estado e o “novo batismo” (que em grego é anabaptizo).
Enquanto na Alemanha a reforma era liderada por Lutero, na França e na Suíça a Reforma teve como líderes João Calvino e Ulrico Zuínglio .
João Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante. Vítima das perseguições aos huguenotes na França, fugiu para Genebra em 1533 onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se um centro do protestantismo europeu e João Calvino permanece desde então como uma figura central da história da cidade e da Suíça. Calvino publicou as Institutas da Religião Cristã, que são uma importante referência para o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas.
Os problemas com os huguenotes somente concluíram quando o Rei Henry IV, um ex-huguenote, emitiu o Édito de Nantes, declarando tolerância religiosa e prometendo um reconhecimento oficial da minoria protestante, mas sob condições muito restritas. O catolicismo se manteve como religião oficial estatal e as fortunas dos protestantes franceses diminuíram gradualmente ao longo do próximo século, culminando na Louis XIV do Édito de Fontainebleau, que revogou o Édito de Nantes e fez do catolicismo única religião legal na França. Em resposta ao Édito de Fontainebleau, Frederick William de Brandemburgo declarou o Édito de Potsdam, dando passagem livre para franceses huguenotes refugiados e status de isenção de impostos a eles durante 10 anos.
Ulrico Zuínglio foi o líder da reforma suíça e fundador das igrejas reformadas suíças. Zuínglio não deixou igrejas organizadas, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas. A reforma de Zuínglio foi apoiada pelo magistrado e pela população de Zurique, levando a mudanças significativas na vida civil e em assuntos de estado em Zurique.
No Reino Unido
O curso da Reforma foi diferente na Inglaterra. Desde muito tempo atrás havia uma forte corrente anticlerical, tendo a Inglaterra já visto o movimento Lollardo, que inspirou os Hussitas na Boémia. No entanto, ao redor de 1520 os lollardos já não eram uma força ativa, ou pelo menos um movimento de massas.
Embora Henrique VIII tivesse defendido a Igreja Católica com o livro Assertio Septem Sacramentorum (Defesa dos Sete Sacramentos), que contrapunha as 95 Teses de Martinho Lutero, Henrique promoveu a Reforma Inglesa para satisfazer as suas necessidades políticas. Sendo este casado com Catarina de Aragão, que não lhe havia dado filho homem, Henrique solicitou ao Papa Clemente VII a anulação do casamento. Perante a recusa do Papado, Henrique fez-se proclamar, em 1531, protetor da Igreja inglesa. O Ato de Supremacia, votado no Parlamento em novembro de 1534, colocou Henrique e os seus sucessores na liderança da igreja, nascendo assim o Anglicanismo. Os súditos deveriam submeter-se ou então seriam excomungados, perseguidos e executados, tribunais religiosos foram instaurados e católicos foram obrigados à assistir cultos protestantes, muitos importantes opositores foram mortos, tais como Thomas More, o Bispo John Fischer e alguns sacerdotes, frades franciscanos e monges cartuchos. Quando Henrique foi sucedido pelo seu filho Eduardo VI em 1547, os protestantes viram-se em ascensão no governo. Uma reforma mais radical foi imposta diferenciando o anglicanismo ainda mais do catolicismo.
Seguiu-se uma breve reação católica durante o reinado de Maria I (1553-1558). De início moderada na sua política religiosa, Maria procura a reconciliação com Roma, consagrada em 1554, quando o Parlamento votou o regresso à obediência ao Papa.[26] Um consenso começou a surgir durante o reinado de Elizabeth I. Em 1559, Elizabeth I retornou ao anglicanismo com o restabelecimento do Ato de Supremacia e do Livro de Orações de Eduardo VI. Através da Confissão dos Trinta e Nove Artigos (1563), Elizabeth alcançou um compromisso entre o protestantismo e o catolicismo: embora o dogma se aproximasse do calvinismo, só admitindo como sacramentos o Batismo e a Eucaristia, foi mantida a hierarquia episcopal e o fausto das cerimônias religiosas.
John Knox
A Reforma na Inglaterra procurou preservar o máximo da Tradição Católica (episcopado, liturgia e sacramentos). A Igreja da Inglaterra sempre se viu como a ecclesia anglicanae, ou seja, A Igreja cristã na Inglaterra e não como uma derivação da Igreja de Roma ou do movimento reformista do século XVI. A Reforma Anglicana buscou ser a “via média” entre o catolicismo e o protestantismo.
Em 1561 apareceu uma confissão de fé com uma Exortação à Reforma da Igreja modificando seu sistema de liderança, pelo qual nenhuma igreja deveria exercer qualquer autoridade ou governo sobre outras, e ninguém deveria exercer autoridade na Igreja se isso não lhe fosse conferido por meio de eleição. Esse sistema, considerado “separatista” pela Igreja Anglicana, ficou conhecido como Congregacionalismo. Richard Fytz é considerado o primeiro pastor de uma igreja congregacional, entre os anos de 1567 e 1568, na cidade de Londres. Por volta de 1570 ele publicou um manifesto intitulado As Verdadeiras Marcas da Igreja de Cristo. Em 1580 Robert Browne, um clérigo anglicano que se tornou separatista, junto com o leigo Robert Harrison, organizou em Norwich uma congregação cujo sistema era congregacionalista, sendo um claro exemplo de igreja desse sistema.
Na Escócia, John Knox (1505-1572), que tinha estudado com João Calvino em Genebra, levou o Parlamento da Escócia a abraçar a Reforma Protestante em 1560, sendo estabelecido o Presbiterianismo. A primeira Igreja Presbiteriana, a Church of Scotland (ou Kirk), foi fundada como resultado disso.
Nos Países Baixos e na Escandinávia Erasmo de Roterdão
A Reforma nos Países Baixos, ao contrário de muitos outros países, não foi iniciado pelos governantes das Dezessete Províncias, mas sim por vários movimentos populares que, por sua vez, foram reforçados com a chegada dos protestantes refugiados de outras partes do continente. Enquanto o movimento Anabatista gozava de popularidade na região nas primeiras décadas da Reforma, o calvinismo, através da Igreja Reformada Holandesa, tornou a fé protestante dominante no país desde a década de 1560 em diante. No início de agosto de 1566, uma multidão de protestantes invadiu a Igreja de Hondschoote na Flandres (atualmente Norte da França) com a finalidade de destruir das imagens católicas, esse incidente provocou outros semelhantes nas províncias do norte e sul, até Beeldenstorm, em que calvinistas invadiram igrejas e outros edifícios católicos para destruir estátuas e imagens de santos em toda a Holanda, pois de acordo com os calvinistas, estas estátuas representavam culto de ídolos. Duras perseguições aos protestantes pelo governo espanhol de Felipe II contribuíram para um desejo de independência nas províncias, o que levou à Guerra dos Oitenta Anos e eventualmente, a separação da zona protestante (atual Holanda, ao norte) da zona católica (atual Bélgica, ao sul).
Teve grande importância durante a Reforma um teólogo holandês: Erasmo de Roterdã. No auge de sua fama literária, foi inevitavelmente chamado a tomar partido nas discussões sobre a Reforma. Inicialmente, Erasmo se simpatizou com os principais pontos da crítica de Lutero, descrevendo-o como “uma poderosa trombeta da verdade do evangelho” e admitindo que, “É claro que muitas das reformas que Lutero pede são urgentemente necessárias.” Lutero e Erasmo demonstraram admiração mútua, porém Erasmo hesitou em apoiar Lutero devido a seu medo de mudanças na doutrina. Em seu Catecismo (intitulado Explicação do Credo Apostólico, de 1533), Erasmo tomou uma posição contrária a Lutero por aceitar o ensinamento da “Sagrada Tradição” não escrita como válida fonte de inspiração além da Bíblia, por aceitar no cânon bíblico os livros deuterocanônicos e por reconhecer os sete sacramentos. Estas e outras discordâncias, como por exemplo, o tema do Livre arbítrio fizeram com que Lutero e Erasmo se tornassem opositores.
Na Dinamarca, a difusão das idéias de Lutero deveu-se a Hans Tausen. Em 1536 na Dieta de Copenhaga, o rei Cristiano III aboliu a autoridade dos bispos católicos, tendo sido confiscados os bens das igrejas e dos mosteiros. O rei atribuiu a Johann Bugenhagen, discípulo de Lutero, a responsabilidade de organizar uma Igreja Luterana nacional. A Reforma na Noruega e na Islândia foi uma conseqüência da dominação da Dinamarca sobre estes territórios; assim, logo em 1537 ela foi introduzida na Noruega e entre 1541 e 1550 na Islândia, tendo assumido neste último território características violentas.
Na Suécia, o movimento reformista foi liderado pelos irmãos Olaus Petri e Laurentius Petri. Teve o apoio do rei Gustavo I Vasa, que rompeu com Roma em 1525, na Dieta de Vasteras. O luteranismo, então, penetrou neste país estabelecendo-se em 1527. Em 1593, a Igreja sueca adotou a Confissão de Augsburgo. Na Finlândia, as igrejas faziam parte da Igreja sueca até o início do século XIX, quando foi formada uma igreja nacional independente, a Igreja Evangélica Luterana da Finlândia.
Em outras partes da Europa
Na Hungria, a disseminação do protestantismo foi auxiliada pela minoria étnica alemã, que podia traduzir os escritos de Lutero. Enquanto o Luteranismo ganhou uma posição entre a população de língua alemã, o Calvinismo se tornou amplamente popular entre a etnia húngara. Provavelmente, os protestantes chegaram a ser maioria na Hungria até o final do século XVI, mas os esforços da Contra-Reforma no século XVII levaram uma maioria do reino de volta ao catolicismo.
Fortemente perseguida, a Reforma praticamente não penetrou em Portugal e Espanha. Ainda assim, uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu em 1557 numa das ilhas da Baía de Guanabara, localizada no Brasil, então colônia de Portugal. Ainda que tenha durado pouco tempo, deixou como herança a Confissão de Fé da Guanabara. Na Espanha, as idéias reformadas influíram em dois monges católicos: Casiodoro de Reina, que fez a primeira tradução da Bíblia para o idioma espanhol, e Cipriano de Valera, que fez sua revisão, originando a conhecida como Biblia Reina-Valera.
Contra-reforma – Massacre de São Bartolomeu
Imediatamente após o início da Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana decidiu tomar medidas para frear o avanço da Reforma. Realizou-se, então, o Concílio de Trento (1545-1563), que resultou no início da Contra-Reforma ou Reforma Católica, na qual os Jesuítas tiveram um papel importante. A Inquisição e a censura exercida pela Igreja Católica foram igualmente determinantes para evitar que as idéias reformadoras encontrassem divulgação em Portugal, Espanha ou Itália, países católicos.
O biógrafo de João Calvino, o francês Bernard Cottret, escreveu: “Com o Concílio de Trento (1545-1563)… trata-se da racionalização e reforma da vida do clero. A Reforma Protestante é para ser entendida num sentido mais extenso: ela denomina a exortação ao regresso aos valores cristãos de cada “indivíduo””. Segundo Bernard Cottret, “A reforma cristã, em toda a sua diversidade, aparece centrada na teologia da salvação. A salvação, no Cristianismo, é forçosamente algo de individual, diz mais respeito ao indivíduo do que à comunidade”, diferente da pregação católica que defende a salvação na igreja.
O principal acontecimento da contra-reforma foi a Massacre da noite de São Bartolomeu. As matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de Agosto de 1572 e duraram vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e 100.000 protestantes franceses (chamados huguenotes).
Reforma e Protesto
POR QUE NÃO COMEMORAR O DIA DAS BRUXAS(HALLOWEEN)?
O halloween no Brasil é chamado de Dia das Bruxas. Sua
celebração acontece no dia 31 de outubro. Acredita-se que na passagem dessa
noite as almas saem de seus túmulos e partem pelas ruas amedrontando todos
aqueles que estão por perto.
A maioria das manifestações critica a posição dos
brasileiros em importar a cultura americana, já que o país tem grande
diversidade folclórica que não é aproveitada e comemorada.
Desde o século 18, historiadores apontam para um antigo
festival pagão ao falar da origem do Halloween: o festival celta de Samhain
(termo que significa "fim do verão").
O Samhain durava três dias e começava em 31 de outubro.
Segundo acadêmicos, era uma homenagem ao "Rei dos mortos". Estudos
recentes destacam que o Samhain tinha entre suas maiores marcas as fogueiras e
celebrava a abundância de comida após a época de colheita.
O Dia das Bruxas que conhecemos hoje tomou forma entre
1500 e 1800.
Fogueiras tornaram-se especialmente populares a partir
no Halloween. Elas eram usadas na queima do joio (que celebrava o fim da
colheita no Samhain), como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas cristãs no
purgatório ou para repelir bruxaria e a peste negra.
Outro costume de Halloween era o de prever o futuro -
previa-se a data da morte de uma pessoa ou o nome do futuro marido ou mulher.
Em seu poema Halloween, escrito em 1786, o escocês
Robert Burns descreve formas com as quais uma pessoa jovem podia descobrir quem
seria seu grande amor.
Igrejas de paróquias costumavam tocar seus sinos, às
vezes por toda a noite. A prática era tão incômoda que o rei Henrique 3º e a
rainha Elizabeth tentaram bani-la, mas não conseguiram. Este ritual prosseguiu,
apesar das multas regularmente aplicadas a quem fizesse isso.
Em 1845, durante o período conhecido na Irlanda como a
"Grande Fome", 1 milhão de pessoas foram forçadas a imigrar para os
Estados Unidos, levando junto sua história e tradições.
Não é coincidência que as primeiras referências ao
Halloween apareceram na América pouco depois disso. Em 1870, por exemplo, uma
revista feminina americana publicou uma reportagem em que o descrevia como
feriado "inglês".
Foi na América que a abóbora passou a ser sinônimo de
Halloween. No Reino Unido, o legume mais "entalhado" ou esculpido era
o turnip, um tipo de nabo.
Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu
ser mais esperto que o diabo e vagava como um morto-vivo deu origem às
luminárias feitas com abóboras que se tornaram uma marca do Halloween
americano, marcado pelas cores laranja e preta.
A maioria das pessoas consideram o Halloween como uma
festa inofensiva para os seus filhos, que lhes permite ter uma noite de
“fantasia e diversão.”
Na verdade, o que se quer, é desviar a atenção do dia
da Reforma Protestante. O interesse é que ninguém se lembre de tão grande dia,
até que seja esquecido e para isso, o diabo e seus servos, criaram o Dia das
Bruxas, que tem obtido sucesso e seguidores, inclusive no Brasil.
Mas, que é o Halloween?
Mas será que este padrão é válido para os cristãos?
Vestir-se como fantasmas, demônios e bruxas “não é grande coisa”?Ou fazer isto
é estar glorificando e dando poderes a Satanás?
Se temos verdadeiramente empenhado nossos corações e
nossas vidas a Cristo, nós devemos nos propor a estarmos separados do mundo,
como pessoas que procuram refletir a bondade e o amor de Deus. O apóstolo Paulo
em Filipenses 4:8 aconselha os cristãos a preencherem continuamente suas mentes
com o que é bom. Um olhar cuidadoso e honesto sobre o Halloween revela que
pouco ou nada é bom nesta festa. Pelo contrário, é um dia que aponta para o
satanismo, para o medo, e para a gula.
Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos;
porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que
comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que
união, do crente com o incrédulo? (2 Coríntios 6:14-15)
Embora a palavra Halloween signifique “santo ou noite
sagrada”, a história mostra que nada poderia estar mais longe da verdade do que
esta festa. Halloween é claramente uma relíquia dos tempos pagãos, e ela nunca
refletiu nenhuma verdade ou virtudes cristãs.
Os costumes ligados ao Halloween estão comumente
ligados a uma festa celebrada pelos sacerdotes druidas, das tribos Celticas que
ocuparam o norte e oeste da Europa. Esta festa, que remonta muitos séculos
antes de Cristo, começou em 31 de outubro de cada ano e foi chamada de festival
de Samhain, o senhor da morte.
Como parte de sua adoração à Samhain, os sacerdotes
druidas construíram grandes fogueiras nas quais tanto seres humanos como
animais eram sacrificados. Esta prática bárbara continuou abertamente durante
centenas de anos, até Roma conquistar a Bretanha e bani-la.
Anos se passaram, e Roma continuou a conquistar novos
territórios aumentando seu poder. O povo de cada nação conquistada não só eram
obrigados a tornarem-se cidadãos de Roma, como também se tornarem membros da
Igreja Romana. Como você pode imaginar, estes novos “convertidos” pouco se
importavam com o cristianismo e continuaram tenazmente agarrados as suas amadas
práticas pagãs.
Portanto, uma vez que a Igreja Romana não foi capaz de
fazer as pessoas abandonarem os seus festivais pagãos, ela decidiu então
“santificar” alguns deles. A celebração druida em honra ao senhor da morte
tornou-se o Dia de Todos os Santos, e passou a ser observado por todas as
igrejas.
Oficialmente, ela foi proclamada como um dia para se
homenagear todos os santos que tinham morrido, conhecidos ou desconhecidos.
Mas, na prática, permaneceu o que era verdadeiramente, uma festa pagã do “Dia
dos Mortos”.
Ao longo da sua história, o Halloween tem sido lembrado
como o momento em que as forças sobrenaturais do mal prevalecem. Anton Lavey,
autor de “A Bíblia Satânica” e sumo sacerdote da Igreja de Satanás, diz que o
Dia das Bruxas é considerado pelos satanistas e ocultistas o mais importante
dia do ano. Ele diz que, nesta noite, a magia e o poder chegam a seu nível mais
alto de potência, e que qualquer bruxa ou ocultista que tenha tido dificuldade
com algum feitiço ou maldição normalmente podem alcançar o sucesso em 31 de
outubro, porque Satanás e os seus poderes estão no auge nesta noite...
Os adivinhos também acreditam alcançar os mais altos
poderes no dia de Halloween, uma vez que as pessoas ficam ansiosas para saber o
que pode acontecer a elas no próximo ano. Ainda hoje, as previsões de videntes
e astrólogos são liberadas logo após o Halloween.
Claramente, os ritos e símbolos deste feriado revelam
que este é um dia que glorifica a Satanás. Olhe ao seu redor. Ainda q 31 de
outubro esteja distante, você provavelmente poderá ver evidências de que se
aproxima o Dia das Bruxas. Fotos de fantasmas, demônios, gnomos, esqueletos,
abóboras e máscaras de diabo aparecem nas vitrines das lojas em toda a parte.
Filmes de terror são promovidos na televisão e nos cinemas, livrarias passam a
dar mais ênfase aos livros que lidam com assuntos sobre a morte e o oculto.
Como cristãos, não devemos estar associados às coisas
de Satanás. Cristo nos diz que :
“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de
aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro…”
(Mateus 6:24)
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas
de poder, de amor e de moderação. (2 Timóteo 1:7).
Temos que entender que bruxaria não é apenas fantasia,
mas tão real a ponto de ter um comércio voltado para ela.
Os bruxos (as) e druidas possuem até mesmo uma opinião
de que bruxaria é uma religião.
O livro Wicca-Crenças e Práticas, Grary Cantrell,
Madras Editora, traz a seguinte definição: “Nossa religião, bruxaria-Wicca, é
legalmente reconhecida e está sob proteção da Primeira Emenda da Constituição
dos Estados Unidos e nosso isolamento do resto da comunidade religiosa deve e
precisa terminar.” Este depoimento é de um sacerdote da bruxaria americano. Que
também relata, na pág. 17 do mesmo livro: “o nosso ofício está crescendo e se
diversificando em velocidade fenomenal”. Todos têm o direito de escolher a
religião, mas não podemos permitir, assim como eles também não permitem, que
estas práticas e rituais façam parte da vida dos nossos filhos nos baseando na
desculpa de tratar se apenas de uma festa ou folclore.
O envolvimento do seu filho com esta religião, através
do Halloween, mesmo que por pouco tempo, pode acarretar sérios problemas em sua
vida espiritual, pois pode despertar o interesse em ser um pagão, e depois vir
a rejeitar Jesus Cristo como seu único salvador, a não aceitar mais a Deus como
soberano sobre sua vida, a rejeitar o batismo e a desejar adorar vários deuses.
Estas são as doutrinas da bruxaria. É claro que todos temos o livre arbítrio,
inclusive nossos filhos, mas ele é sempre influenciado por aquilo que nos
cerca!
Desde o seu início, a festa de Halloween tem jogado
sobre o medo que as pessoas sentem. Os celtas acreditavam que na noite de 31 de
outubro, demônios, bruxas, e os espíritos de todos aqueles que tinham morrido
perambulavam livremente. A maioria das pessoas tinham medo de sair de suas
casas nesta noite. Aqueles que tinham realmente que sair usavam máscaras
grotescas e fantasias aterrorizantes. Eles acreditavam que se eles estivessem
horríveis o suficiente, os espíritos iriam pensar que eram um deles e não lhes
fariam qualquer mal!
Como percebemos, o medo faz parte das grandes e
modernas comemorações do Halloween. Decorações sombrias, filmes de terror, e
casas mal-assombradas causam uma sensação muito real sobre as crianças
pequenas. É alguma surpresa a quantidade de jovens que têm tido pesadelos ou
estão com medo de ficarem sozinhos no escuro? Satanás se delicia em preencher
as mentes das pessoas com pensamentos de medo, morte e destruição. É uma tática
que ele tem utilizado durante séculos para manter a humanidade sob o seu
controle.
Deus, por outro lado, deseja dar a paz a Seus filhos.
Ele não quer que sejamos paralisados pelos nossos medos. Cristo morreu para nos livrar do pavor da
morte.
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de
carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua
morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse
todos que,pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a
vida.(Hebreus 2:14-15)
Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem
qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. (1 Coríntios 10:31).
Vários dias antes da festa começar, os sacerdotes
druidas iam de casa em casa exigindo alimentos ou outros itens que pudessem
utilizar em seus cultos a Samhain, o senhor da morte. Se um aldeão se recusasse
a dar aquilo que eles queriam, o sacerdote lançaria uma maldição demoníaca
sobre a casa. Esta não era uma vã ameaça, geralmente alguém da casa morria no
decorrer do ano. É a partir desta prática abominável que o nosso presente de
trick-or-treat “Travessuras ou gostosuras” evoluiu.
Tudo neste dia tem uma simbologia, porém, as escolas
seculares desconhecem, e por isso promovem esta festa. Espero que os pais
tenham a oportunidade de mostrar esta matéria ao professor ou à diretora da
escola de seu filho, pois tenho certeza que muitos, após conhecerem o
verdadeiro significado do Halloween, deixarão de festejá-lo. Cada peça,
brincadeira ou enfeite possui um simbolismo dentro da crença Wicca, vejamos
algumas:
ABÓBORA COM ROSTO – Originou-se da lenda de um homem
chamado Jack. Ele morreu, mas foi lhe negado a entrada tanto no céu, como no
inferno. Então, condenado a viver perambulando pela terra como uma alma penada,
ele colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco, para iluminar o seu
caminho à noite. Este talismã virou a abóbora que simboliza Jack.
NABOS – Os nabos também eram um tipo de lanterna com a
qual os Celtas acreditavam mandar os espíritos embora. Este símbolo continua
com o uso das abóboras iluminadas.
VELAS – Neste dia, são usadas muitas velas marrons e
alaranjadas.
USO DO PENTAGRAMA – O pentagrama tem sido usado como
amuleto, mas ele é um símbolo básico da feitiçaria. É o ponto central do
trabalho de encantamento e, geralmente, é colocado sobre ou na frente do altar.
PESCAR MAÇÃS EM UM TONEL - Esta antiga prática surgiu
da adivinhação do futuro. O participante que obtivesse sucesso, poderia contar
com a ajuda dos espíritos para a realização amorosa com a pessoa amada.
PEDIR DOCES - Esse costume surgiu da tradição
Irlandesa, quando um homem conduzia uma procissão para angariar contribuições
dos agricultores, afim de que suas colheitas não fossem amaldiçoadas por
demônios. Um paralelo que podemos fazer é que as crianças representam os
demônios, porque elas saem pedindo doces e dizendo: “Doces ou travessuras?”.
Assim, quando elas não conseguem os doces, fazem as travessuras aos que
negaram. Assim, o agricultor pedia alguma coisa para dar de oferta aos
demônios.
GATO PRETO - Os gatos eram objetos de adoração e
estavam presentes nesta festividade. Acreditava-se que, após um período de
silêncio, com a busca da meditação, o próprio diabo aparecia na forma de um
gato preto.
HALLOWEEN A LUZ DA PALAVRA DE DEUS
Infelizmente, o espaço é curto para muitas informações,
contudo quero levá-lo à luz da Palavra de Deus.
Pessoas que participam desta festa têm que se
conscientizar que o Halloween traz conseqüências. Estamos debaixo da lei da
semeadura, então, “o que o Homem semear, ele irá colher”. Neste tipo de ritual
encontramos a Necromancia, o animismo, o Politeísmo e outras práticas pagãs,
que não condizem com as Sagradas Escrituras, pois elas nos afirmam claramente
que não há possibilidade de alguém morto entrar em contato com o mundo dos
vivos. Para Deus isto é abominação!
Hebreus 9- 27: “Pois aos homens está ordenado viver e
morrer uma só vez, depois disso juízo”.
Isaias 8 v. 19-20
“Quando pois, vos disserem:Consultai os que tem
espíritos familiares e aos adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não
consultará o povo o seu Deus? A favor dos vivos, consultará aos mortos? Á lei e
ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz
neles”.
Assim, os que apóiam ou participam desta festa, devem
ter consciência que estão envolvidos com os rituais e, portanto, estão fazendo
parte da mesa dos espíritos malignos e demônios, porque unem-se com o mesmo
propósito da festa.
A Bíblia diz que
o corpo é o templo do Espírito Santo. Não devíamos poluir o templo com alimentos
que embotem nossas percepções de Deus e nos leve para longe dEle.
E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das
trevas; antes, porém, reprovai-as. (Efésios 5:1)
Satanás fica sem dúvida jubiloso ao ver uma grande
parte da “nação cristã”comemorando um feriado em sua homenagem, como algo que
fosse um inofensivo divertimento. Será que por nossa negligência, estamos
contribuindo para o extraordinário poder que Satanás parece ter no dia 31 de
outubro?
Não importa 'quão excitante ou divertido que possa
parecer', nenhuma festa de Halloween é para ter cristãos participando. Se
verdadeiramente buscamos glorificar a Deus, então como é que podemos dedicar um
dia do ano para adorar Satanás? Nós não podemos !
A Bíblia diz:
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; (1 Pedro 2:9).
Meus queridos irmãos, fujam dessa praga, chamada Dia
das Bruxas, ou Halloween, isso é um veneno maligno que vai, aos poucos, matando
a milhares e por fim, os conduzirá ao inferno.
Viva vencendo praticando coisas boas, puras e edificantes. Fora com as
bruxarias!!!
Abraços.
Seu irmão menor.
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