09 julho 2015

LIÇÃO 02 - 12/07/15 - "O EVANGELHO DA GRAÇA"


Texto Áureo:

 “(...) contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.” (At 20.24)

Verdade Prática:

 O evangelho da graça de Deus é por excelência o evangelho da libertação do homem através do sacrifício salvífico de Jesus Cristo.


LEITURA BÍBLICA: I TIMÓTEO 1: 3-10


INTRODUÇÃO

Os ministros necessitam de mais graça do que outros, para realizar seu dever com fidelidade; e precisam de mais misericórdia do que outros, para perdoar o que está errado neles. E se, Timóteo, um ministro tão notável, necessitava da misericórdia de Deus, e precisava crescer e prosseguir nela, quanto mais nós, ministros, precisamos dela nesses tempos em que temos tão pouco do seu espírito excelente!

AS FALSAS DOUTRINAS CORROMPEM O EVANGELHO DA GRAÇA

Paulo diz a Timóteo qual era sua finalidade ao- nomeá-lo para esse ofício: te roguei que ficasses em Éfeso. Timóteo, que tinha em mente ir com Paulo, estava relutante em sair debaixo das asas dele, mas Paulo queria que fosse assim porque era necessário para o serviço público: Te roguei, diz ele. Embora pudesse advogar autoridade sobre ele para mandá-lo, foi, na verdade, por amor que escolheu pedir a ele. A tarefa dele era cuidar para firmar os ministros e o povo daquela igreja:

Adverte-os para que não ensinem outra doutrina além da que receberam, e nada acrescentem à doutrina cristã com o pretexto de melhorá-la, ou de corrigir os defeitos dela. Não permita que a alterem, mas sejam fiéis a ela da forma como foi entregue a eles.
Observe: Os ministros não devem apenas ser exortados a pregar a verdadeira doutrina do evangelho, mas também a não pregar nenhuma outra doutrina. Ainda que um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, seja anátema (Gl 1.8).

Nos tempos dos apóstolos havia pessoas que procuravam corromper o cristianismo (nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, 2 Co 2.17), caso contrário essa exortação a Timóteo não precisava ser feita. Ele não somente precisava cuidar para não pregar uma outra doutrina, mas ele deve exortar os outros para que não acrescentem coisa alguma ao evangelho, ou tirem algum detalhe dele, mas que o preguem de maneira pura e incorrupta. 

Ele também deve se empenhar em prevenir que não se ocupem com fábulas ou genealogias intermináveis e competição de palavras. Esse aspecto é repetido com freqüência nessas duas epístolas (como cap. 4.7; 6.4; 2Tm 2.23), bem como na epístola de Tito.

No meio dos judeus havia alguns que introduziam o judaísmo no cristianismo; e no meio dos gentios havia aqueles que introduziam o paganismo no cristianismo. “Guarde-se desses”, ele diz, “esteja atento em relação a eles, ou eles acabarão corrompendo e destruindo a religião no meio de vocês, porque mais produzem questões do que edificação”.

Aquilo que produz questões não visa à edificação; aquilo que dá oportunidade para discussões dúbias enfraquece a igreja em vez de edificá-la. E, creio, por analogia, que tudo o mais que produz questões em vez da edificação divina deveria ser repudiado e desprezado por nós, para que haja uma sucessão ou herança contínua no ministério dos apóstolos até os nossos dias, a absoluta necessidade da ordenação episcopal e da intenção do ministro na eficácia e validade dos sacramentos que ele ministra.

A Tarefa de Timóteo (1.3,4)

A responsabilidade imediata de Timóteo era esta: Para advertires a alguns que não ensinem outra doutrina (3). O apóstolo não nos informa a quem ele se referia quando emitiu esta ordem; Timóteo provavelmente já sabia muito bem quem eram os envolvidos.

Paulo usa termos vagos para descrever a natureza destas heresias: Fábulas ou-.. genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé (4).

Mesmo que seja impossível concluir com plena certeza quais eram estes ensinos que o apóstolo percebia que estavam minando a fé dos cristãos efésios, não é forçar a interpretação sugerir que se tratava de um começo de gnosticismo. A heresia conhecida por gnosticismo, que no século II se tornou ameaça séria à integridade do ensino cristão, tinha raízes judaicas e gentias. Houve três fases sucessivas da influência judaica na igreja primitiva (ver Introdução). A segunda era a fase judaizante que Paulo combateu com tanta eficácia na Epístola aos Gálatas. E sobre a terceira fase, em que havia “revelações fingidas sobre nomes e genealogias de anjos”, que o apóstolo procura avisar Timóteo na passagem sob análise.

A falácia básica do gnosticismo era o posicionamento de um dualismo fundamental entre o espírito e a matéria, entre o bem e o mal. Reconhecidamente, Deus era bom, mas o mundo era essencialmente mau. 

Diante disso, como explicar que o bom Deus criou um mundo mau? Isto era realizado pelo conceito de um demiurgo — uma espécie de “semideus” suficientemente afastado do Deus santo a ponto de este não ser responsabilizado pela criação do mundo mau. Entendemos prontamente o fato de Paulo caracterizar essas especulações por fábulas (ou “mitos intermináveis”, NEB; cf. CH, NVT), e por que havia genealogias intermináveis. Esta última expressão refere-se à importância que o judaísmo dá a genealogias.

O Amor Fraternal tem de ser Preservado (1.5-7)

Outro fator, igual em seriedade ao primeiro, era este: estes ensinos tolerados na igreja não poderiam deixar de destruir o espírito do amor cristão, o qual é certeiro em identificar o grupo dos remidos. Ora, o fim do mandamento é a caridade (“o amor”, ACF, AEC, BAB, NVI) de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fénão fingida (5). Esta não é a primeira vez que Paulo ressalta que o amor é a essência da vida e experiência cristã. Ao longo dos seus escritos, mas particularmente em Romanos 13.8-10, o amor é para o apóstolo um resumo da totalidade da religião. Este é o seu desafio para os cristãos: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros” (Rm 13.8).

A FUNÇÃO DA LEI NA VIDA CRISTÃ, 1.8-11

Aqui em Éfeso, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas (6; “a um deserto de palavras”, NEB). Eles desejavam ser doutores da lei (7; “mestres da lei”, ACF, AEC, BAR, CH, NTLH, NVI, RA), mas eram totalmente ignorantes de sua interpretação cristã. A atmosfera essencial de amor não sobrevive por muito tempo em tal situação.

O apóstolo está transportando sua acusação do gnosticismo incipiente, que tinha aparecido em Efeso, para esta avaliação adicional da função da lei. E verdade que os deturpadores do caminho cristão contra quem ele está advertindo desejam ser mestres da lei — lei cujo significado eles torcem para servir aos seus propósitos nocivos. Não temos justificativa em repudiar a lei, porque uns poucos não a usam legitimamente (8). Paulo, que na controvérsia da “lei versus graça” tomou indiscutivelmente o lado da graça, deixou claro que há uma função válida e permanente a ser exercida pela lei, sobretudo a lei moral exarada nos Dez Mandamentos, Nos versículos 9 e 10, há uma referência consciente e óbvia à denominada “segunda tábua” do Decálogo (cf. Ex 20.12-17).

O que devemos entender pelas palavras: Alei não é feita para o justo (9)? Lógico que não significa que o justo não é mais susceptível à lei moral que o Decálogo enuncia de forma tão clara e perene.
Crer de outra maneira seria entregar-se ao antinomianismo. Essa lei foi nossa “professora” para levar-nos a Cristo. Mas conhecer Cristo como Salvador e Senhor é ter essa lei inscrita em nosso coração. Falando dos dias do novo concerto, Jeremias profetizou: “Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33).

Mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores (9) e para todos os outros transgressores na lista de malfeitores do apóstolo, a lei profere estrondosamente o seu “não”. Na descrição de Phillips, os profanos e irreligiosos são os “que não têm escrúpulos nem reverência” (CH).

Para estes e todos os outros que basicamente carecem de integridade moral, a lei pronuncia sua terrível palavra de julgamento. Este é o julgamento que o apóstolo indica claramente que aguarda os que desejam ser mestre da lei, mas que são tão estranhos à sua mensagem essencial que não entendem “nem o que dizem nem o que afirmam” (7).

Esta nota de julgamento do pecado, que W. M. Clow denomina “o lado escuro da face de Deus”, é o elemento negativo, mas fundamental, no evangelho da glória do Deus bem-aventurado (11). E cremos que este evangelho foi entregue a Paulo, em sua geração, e a nós, na nossa.

E difícil imaginar uma mensagem mais espantosa que este evangelho glorioso. Esta tradução mostra indistintamente o significado desse evangelho: “O evangelho que fala da glória de Deus em sua felicidade eterna” (11, NEB).

Era habitual nas cartas dos tempos antigos colocar, imediatamente depois da saudação, expressões de preocupação pelo bem-estar do destinatário. Em geral, Paulo segue esta convenção, embora por alguma razão, dentre as três Epístolas Pastorais só aqui ele o fez: Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia (3).

O apóstolo está falando de seu histórico até certo ponto totalmente diferente do que escreveu na primeira carta. Lá (1Tm 1.13), ele diz que outrora era “blasfemo, e perseguidor, e opressor”, ao passo que aqui ele fala em servir ao Deus dos seus antepassados com uma consciência boa. Estas duas atitudes não são mutuamente excludentes. Na primeira carta, ele estava pensando em sua oposição a Cristo, a quem, até que os seus olhos se abriram, ele considerava impostor.


Nesta carta, ele admite que houve em sua vida certa continuidade entre judaísmo e cristianismo. Ainda que reconhecesse as fraquezas inerentes ao judaísmo sem o seu cumprimento em Cristo, ele nunca deixou de apreciar os valores permanentes de sua herança. Esta verdade se mostra claramente em Romanos 9.3-5 e novamente em Filipenses 3.4-8.

O apóstolo nos dá quase que casualmente um vislumbre da intensidade e continuidade de sua vida de oração. Timóteo é levado ao trono da graça noite e dia (3). Paulo declara o mesmo fato concernente às suas igrejas e companheiros no evangelho. Como é ampla a solidariedade e como é grande a preocupação de alguém que tinha responsabilidade tão constante! Chegamos a pensar que entre as pressões da vida prisional ele tenha querido dar uma pausa nessa tremenda responsabilidade. Contudo, sua responsabilidade pela obra de Deus é ainda maior que antes, agora que a voz pregadora fora silenciada.

A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR

Paulo, em suas pregações e escritos, não se acanha de usar as próprias experiências como exemplos, e fala das próprias frustrações, batalhas e fracassos interiores. Ele não denigre sua própria sinceridade e integridade(2 Coríntios 1:23; Romanos 9:1, 2), mas também não as exalça indevidamente. “Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo, além do que convém, antes, pense com moderação segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3).

Paulo estava plenamente cônscio de suas próprias falhas e deficiências, visto que seu padrão era a maturidade segundo a “estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4:1 3). Ele confessou suas próprias limitações: “Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 3:12). Em vez de desanimá-lo de mais esforço moral, o reconhecimento de suas próprias deficiências levava-o a avançar “para as [coisas] que diante de mim estão”Seus ditos refletem sua auto-imagem.

“Não havia falta de confiança com Deus no concernente a Paulo. A fé na palavra de Deus, que Paulo exibiu nos altos mares, era típica da confiança que ele tinha em Deus de fazer tudo quanto prometia. “Pois eu confio em Deus, que sucederá do modo por que me foi dito” (Atos 27:25). Uma das importantes funções do guia espiritual é comunicar aos que o seguem a fé e visão que ele próprio possui. Paulo era, acima de tudo, um homem de fé. Sua confiança em Cristo era absoluta, e aonde quer que fosse, deixava pessoas cuja fé havia sido reavivada e renovada.

Em suas cartas ele tinha muito que dizer acerca da fé que revelam seus próprios discernimentos. Ele via a fé como o princípio da vida diária do cristão. “Andamos por fé, e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5:7). Um desejo ardente de sinais exteriores ou milagres ou de sentimentos interiores para amparar a fé era, para ele, marca de imaturidade espiritual. A fé se ocupa com o invisível e espiritual. A vista está interessada no tangível e visível. A vista concede realidade somente às coisas presentes e visíveis. “A fé é a certeza de coisas que se esperam a convicção de fatos que se não vêem” (Hebreus11:1).

Fé é confiança, esperança, crença, e trata diretamente com Deus. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus” (HebreuS 1 1:6). A fé que Paulo tinha em Deus era como a de uma criança, confiança sem esforço que nunca foi traída. Com tal Deus conforme as Escrituras revelavam, ele se sentia muito à vontade tanto no reino do impossível como no do possível. Seu Deus não conhecia limitações, e, portanto era digno de confiança ilimitada.

Humildade

O currículo dos cursos de liderança do mundo, nos quais se avolumam a preeminência, a publicidade e autopromoção, não inclui a humildade. Falando a... discípulos, Jesus disse: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva” (Marcos 10:43) . Quanto a este assunto, Paulo seguia de perto pegadas de seu Senhor. “Paulo nada tinha de obstinação que é a peremptoriedade exclusiva do homem consciente de sua própria grandeza.” Ele viveu na humildade de um grande arrependimento. Embora não insistisse nesse ponto de maneira mórbida, ele nunca se esqueceu de que fora implacável na perseguição à igreja de Deus; e quando seus inimigos disseram que ele não merecia viver, não discutiu tal avaliação. Um sentido sempre presente de dívida levava-o a fazer uma humilde estimativa de si próprio. Não desejava ter reputação mais elevada do que merecia. “Pois se eu vier a gloriar-me não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve” (2 Coríntios 12:6).


Ele admoestou os cristãos colossenses a que se acautelassem de uma humildade autoconsciente, ascética, que na realidade é a mais sutil forma de orgulho. “Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos... e não retendo a Cabeça. . .“ (Colossenses 2:18, 19).

A humildade de Paulo era uma característica progressiva, que se aprofundava com o passar dos anos. Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo (1 Coríntios 15:9).
A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Efésios 3:8).Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal (1 Timóteo 1:15)

UM CONVITE A COMBATER O BOM COMBATE

A fé na Palavra de Deus deve ser a nossa única luta.

Por isto Timóteo foi encarregado de corrigir todas as distorções doutrinárias da Palavra de Deus (vs 18). Afinal, toda a Palavra de Deus é fidelíssima e digna de total aceitação (vs 15) por ser a receita da verdadeira felicidade (vs 11). Porém, a fé nas escrituras não é algo que simplesmente devemos pregar. Antes, é aquilo pelo qual devemos lutar, ou seja, nos dedicarmos inteiramente, sem distrações.

Contudo, tal luta não pode ser travada de qualquer jeito. O combate a ser travado deve ser (vs 18 e 19):

1. Bom; buscando na virtude e na Palavra de Deus a solução de todas as demandas;
2. Conforme aquilo que Deus falou conosco; não é para servirmos a Deus do nosso jeito, mas do jeito Dele e conforme aquilo que Ele designou para nós;
3. Conservante da f; a nossa confiança em Deus deve ser mantida, a ponto de jamais querermos usar de violência (usarmos nossa força e capacidade) para resolvermos as pendências. Antes, como crianças recém-nascidas (Mc 10.14,15; 1Pe 2.2), devemos desejar a manifestação sobrenatural do Pai;

4. Conservador da boa consciência; ou seja, o importante não é apenas o que fazemos, mas aquilo que está sendo implantado no coração de cada pessoa, incluindo o nosso. De que adianta ajudar muitas pessoas, se isto trouxer dano e dor a outros (ver Mt 18.6-9; Rm 14.22; 1Co 10.29-32).

Quem rejeita tais coisas acaba naufragando (perdendo-se) na fé (vs 19). Ou seja, a pessoa continua tendo fé em Jesus. Todavia, de modo completamente pervertido, confuso, desproposital, tal como se deu com:

1. Himeneu; este se dedicou aos falatórios inúteis e profanos que produzem maior impiedade (2Tm 2.16-18), que corrói a alma como gangrena. Ele estava afirmando que a ressurreição já tinha acontecido, o qual fez com que a fé de alguns ficasse pervertida.

2. Alexandre; É difícil saber se este Alexandre é o latoeiro (2Tm 4.14), filho de Simão, o cireneu (Mc 15.21), que quis falar ao povo de Éfeso em (At 19.33), mas que, por ter naufragado na fé, causou muitos males a Paulo (2Tm 4.14).

Admitindo que todos estes Alexandres são a mesma pessoa, podemos comprovar o que Jesus disse em (Mt 12.44,45).
           
Paulo os excluiu da comunhão da Igreja, o que deixou eles entregues a satanás (ver 1Co 5.3-5). Afinal, apenas esta detém as revelações espirituais. Fora da Igreja a pessoa fica na escuridão, alheias aos oráculos de Deus (1Jo 1.5; Rm 3.2; Hb 5.12; 1Pe 4.11). O objetivo era a destruição da carne a fim de que o espírito pudesse ser salvo no dia do Senhor Jesus (1Co 5.3-5) e eles parassem de blasfemar (vs 20).

A rejeição da fé e suas consequências

Aquele amor caracterizado em 1 Coríntios l 3 não é demonstrado pelo falso mestre. E claro que ninguém consegue chegar à plenitude do amor referido por Paulo naquele texto, mas o verdadeiro mestre se esforça em apresentá-lo.O falso mestre pode demonstrar amor de várias maneiras, mas não vai ser o amor verdadeiro, o amor cristão. A sua preocupação não está na decisão de amar, mas em influenciar as pessoas, com determinado objetivo que pode ser hipócrita.

1. Coração puro. Lembre-se de que coração para a cultura oriental não está relacionado estritamente ao sentimento, mas à vontade e aos desejos. Um falso mestre tem desejos impuros e sua vontade está em satisfazer a esses desejos.

2. Consciência boa. Ter consciência boa é reflexo de coração puro. Se temos desejos puros, se o Espírito Santo habita em nós (I Co 2: lo- 16), se buscamos experiência com Deus e conhecimento na Palavra (como vimos em Hb 5:11-14), teremos uma consciência boa.

3. Fé hipócrita. Quem tem coração impuro e consciência má écerto que terá uma fé hipócrita. Hipócrita era o ator do teatro grego (alguém que fingia seralgo que não era). Uma fé hipócrita é aquela que finge ser uma fé verdadeira, mas não é.

CONCLUSÃO

Paulo lembra Timóteo do propósito do seu trabalho como evangelista em Éfeso: a correção do erro. "Certas pessoas" estavam deixando de ensinar a doutrina de Cristo em favor de "outra doutrina" e "fábulas e genealogias sem fim". Por causa destas coisas, alguns não estavam crescendo no "serviço de Deus", mas estavam se perdendo em discussões inúteis (1:3-4). Timóteo precisava exortar a igreja acerca de "amor... de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia" (1:5). Onde não há amor pela verdade de Deus e pelas pessoas que precisam da salvação, a consciência se engana, e ao seguir e ensinar com fervor as doutrinas de homens, a fé e as obras se tornam vãs e hipócritas (1:6-7; veja 2 Tessalonicenses 2:9-12; 1 Timóteo 4:1-2; 2 Timóteo 4:1-4; Mateus 15:7-20).

Subsídio para o Professor



O apóstolo Paulo foi levantado por Deus para ser um desbravador do evangelho, um bandeirante do cristianismo, um embaixador de Cristo, um arauto do Rei dos reis. Plantou igrejas nas províncias da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor. Por sua influência, igrejas se espalharam em todo o mundo Oriental e Ocidental.

Quando Paulo despediu-se dos presbíteros de Éfeso, fez um dos mais belos discursos de sua carreira. Com palavras eloquentes, desafiou os líderes daquela igreja a assumirem um compromisso solene com Deus, com a Palavra e com a igreja. Para encorajá-los, deu seu próprio testemunho, como segue: “Porém, em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.24).

Paulo se preocupava com o aumento do numero dos falsos mestres que se aproveitavam da ingenuidade de alguns para semear outra doutrina contrária à Palavra da verdade.  Por  isso havia deixado Timóteo em Éfeso, para cuidar da igreja e refutar os falsos mestres que estavam em atividade lá. Por causa dessas ameaças, há um enfoque maior em se concentrar na doutrina sadia.“Por terem apartado desta linha, alguns se extraviaram num palavreado oco; pretendem ser doutores da lei, ao passo que não sabem o que dizem, nem o que afirmam com tanta veemência.”

AS FALSAS DOUTRINAS E A CORRUPÇÃO DO VERDADEIRO EVANGELHO DE CRISTO

O fato é que as igrejas fundamentadas na Bíblia e onde há reverência ao nome de Deus estão diminuindo cada vez mais nestes últimos dias. Muitos ‘pastores’ e líderes, esqueceram-se de Deus e da sã doutrina e levam suas igrejas às falsas doutrinas e a uma grande contemporização.
A Bíblia diz claramente que haverá uma grande apostasia nos últimos dias. Não haverá um grande reavivamento, como alguns estão anunciando, mas, ao contrário, apostasia, a rejeição e o afastamento da sã doutrina bíblica. Eis o que diz a Bíblia: “Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.” [2 Tessalonicenses 2:3].

O verso referido diz que chegará um tempo nos últimos dias quando os fundamentos da doutrina cristã serão contemporizados e derribados pela aceitação do erro e da heresia. Os homens esquecerão o ensino bíblico sadio. Já se observa nos dias de hoje, uma marginalização a aqueles que persistem em manter um ensino coerente com os freais princípios bíblicos.
As falsas doutrinas (v.3)

Os falsos mestres seriam presbíteros, a quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (1Tm 5.17; 3.2). As falsas doutrinas eram apresentadas como “fábulas ou genealogias intermináveis” (1.4). As “fábulas” (gr.mythoi) eram narrativas imaginárias, lendas, ficção. Na literatura, têm seu lugar. Mas, na Igreja, não deve haver espaço para fábulas ou mitos. No texto, não fica claro qual o conteúdo das “genealogias”, mas, ao lado das fábulas, eram ensinos que traziam especulações e controvérsias inúteis que não edificavam os irmãos em nada. Timóteo foi o mensageiro, enviado por Paulo, para enfrentar e combater tais ensinos. 

Há igrejas evangélicas que aceitam esse tipo de ensino e permitem que o emocionalismo tome lugar do verdadeiro avivamento espiritual durante uma exposição das Escrituras ou o ensino delas, mas ele fala de pessoas que estariam se apegando a fábulas como elas fossem um fim ou a verdade em si mesmas. Em outras traduções, ao invés de "fábulas" encontramos "mitos" e "lendas", o que parece fazer mais sentido. Como ele fala de doutrina no versículo 3, acredito que uma leitura mas atual seria: "nem se deem a doutrinas fantasiosas, mitos, lendas ou a genealogias". 

“OU A GENEALOGIAS INTERMINÁVEIS” - Os Judeus se gastavam em suas intermináveis comprovações genealógicas para demostrarem de que pertenciam as mais importantes linhagens familiares. Usando instrumentos legalistas da antiga aliança é que se ufanavam de pertencerem às tribos das personagens que se destacaram na história de Israel. Já os gnósticos se utilizavam das árvores genealógicas para batizarem seus filhos em nome dos heróis históricos de suas nações. 

Na atualidade os mórmons são praticantes destes rituais, é tanto que em Salt Lake, nos Estados Unidos, possuem os mais completos registros genealógicos do mundo e que pertencem aos mórmons. Tudo isso o apóstolo refuta como descartáveis comparados ao evangelho de Cristo.

 “QUE MAIS PRODUZEM QUESTÕES” - Coisas mais importantes do que as fábulas judaicas e as intermináveis genealogias era se voltar para as coisas que pertencem ao evangelho de Cristo. O religioso se ocupa de coisas pequenas que não levam a nada, enquanto que o cristão verdadeiro se aplica as coisas que produzem edificação espiritual. As escrituras falam sobre mandamentos de homens que são regras religiosas dos líderes tentando dominar os outros com suas intermináveis filosofias e ideologias pessoas. O evangelho é simples e qualquer pessoa que tem o Espírito de Deus tem condições de entender sua mensagem principal. 

A principal função do gnosticismo dentro das igrejas era para deturpar o evangelho de Cristo. 

“DO QUE EDIFICAÇÃO DE DEUS” - O evangelho genuíno, esse sim produz na vida da igreja a benéfica edificação espiritual. A tentativa de implantar no cristianismo os elementos confusos da antiga aliança de Deus com Israel, só trazia confusão e divisão dentro da comunidade cristã. Assim como a bagagem mitológica do gnosticismo, nada de bom acrescentava no bem estar da igreja. Pelo contrário, estes chamados mistérios ocultos produzidos por mentes diabólicas, mas trazem confusão e destruição do que edificação da de Deus. Nem tudo que há nas igrejas vem da parte de Deus. 

“QUE CONSISTE NA FÉ, ASSIM O FAÇO AGORA” - O evangelho de Cristo tem um fator primordial no crescimento de nossa fé, e na esperança que temos segundo nos promete a nova aliança de Deus com a humanidade. Tendo feito muitas atividades missionárias, agora, Paulo se ocupava na edificação das igrejas por ele fundadas. Transmitindo os ensinos do reino de Deus e provando que Cristo era o Messias prometido.


Semelhança da igreja do primeiro século com algumas igrejas de hoje

O problema comum entre as igrejas de Éfeso e Creta era as falsas doutrinas.
Surgiram falsos mestres ensinando uma mistura de doutrinas e práticas judaicas e pagãs: proibição do casamento, abstinência de alimentos (1 Tm 4.3), alguns afirmavam que a ressurreição já se realizou (2 Tm 2.18) e ensinos de demônios (1 Tm 4.1).
Havia, ainda, muitas contendas e discussões nas igrejas (Tt 2.9-11).
Para combater as falsas doutrinas, Paulo recomenda a nomeação de obreiros qualificados, em cada igreja (Tt 1.5).
É importante que o obreiro nomeado seja irrepreensível (1 Tm 3.1-13, 1.5-9).
No combate contra as heresias, Paulo reafirma as verdades centrais do cristianismo:
-Salvação pela graça, através da fé em Cristo;
-Vida santificada, livre do pecado;
-O juízo de Deus, etc. É a chamada “sã doutrina” (1 Tm 1.15, 2.5, 2 Tm 2.11,12, Tt 2.-11-14, 3.3-8). E esta são doutrina deve ser ensinada para o povo (2 Tm 2.2, 3.25, Tt 2.1).
TENHA CUIDADO COM FALSOS MESTRES – 1 Timóteo 6:3-11

Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, injúrias, suspeitas maliciosas, disputas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade é fonte de lucro” – 1 Timóteo 6:3-5.

Paulo iniciou esta carta a Timóteo com alertas sobre falsos mestres “te pedi quando parti para a Macedónia, espero que fiques aí em Éfeso para avisar algumas pessoas que não ensinem outra doutrina” – 1 Timóteo 1:3. Ele também refutou alguns dos ensinamentos perigosos: “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.” – 1 Timóteo 4:1

Pastores e líderes religiosos, especialmente na igreja local, devem constantemente vigiar o que está sendo ensinado, porque é fácil para falsas doutrinas serem inseridas. “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu vigilantes. Sejam pastores da igreja de Deus, que Ele comprou com Seu próprio sangue. Eu sei que depois que eu sair, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês e não pouparão o rebanho. Há mesmo alguns de vocês que torcerão a verdade só para arranjar adeptos. Então não baixe a guarda! Lembre-se que por três anos, eu nunca parei de alertar cada um de vocês, noite e dia com lágrimas” – Atos 20:28-31.

Uma das marcas de identificação de um falso mestre é que eles se recusam a aderir ao ensino religioso genuinamente bíblico – “Se alguém ensina alguma doutrina diversa, e não se conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe” – 1 Timóteo 6:3. No Antigo Testamento o primeiro teste que Isaías fazia para qualquer professor é “se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” – Isaías 8:20

Paulo disse para Timóteo para “pregar a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino”- 2 Timóteo 4:2. Seu propósito foi para convencer estes mestres “para que sejam são na fé” – (Tito 1:13).
Os líderes religiosos devem proteger a igreja de ensinos falsos porque as doutrinas falsas se parecem com a levedura. Ela entra secretamente, cresce rapidamente, e penetra completamente (Gálatas 5:9). O melhor tempo para atacar a doutrina falsa é no começo, antes que ela tenha uma possibilidade de estender-se.
Paulo continua dizendo a Timóteo: “Mas tu, homem de Deus, fuja de tudo isso, e siga a justiça, a piedade, a fé, o amor, a mansidão” – 1 Timóteo 6:11.
Hendriksen alerta sobre o fato de algumas pessoas estarem sempre ansiosas para receber de bom grado tudo o que é novo e diferente, como os atenienses na época de Paulo (At 17.21). Geralmente, o que eles consideram “novo” é heresia antiga, vestida com roupagens modernas.
Ensinando doutrina falsa (1:3-4)
O argumento apresentado nestes dois versículos que vamos considerar agora (vs. 3 e 4) é que Timóteo deveria advertir quem ensinasse doutrina falsa e se entregasse a fábulas ou genealogias, pois estas coisas, ao invés de produzir “edificação de Deus”, produzem “questões”. 
Para advertires
Timóteo foi deixado em Éfeso para advertir alguns. Não simplesmente para combater a falsa doutrina, mas sim para advertir a pessoa que ensina a falsa doutrina. A palavra traduzida “advertir” indica a atitude de um comandante militar transmitindo ordens aos seus soldados. Diante do ensino falso é necessário agir com autoridade e firmeza. 
Outra doutrina
A “outra doutrina” é, obviamente, aquilo que difere da “sã doutrina”. Convém destacar a importância dada a este assunto, especialmente diante da ideia popularizada hoje em dia de que “Cristo une — a doutrina divide”. Tal ideia é totalmente errada, pois está bem claro em Atos 2 que a perseverança na “doutrina dos apóstolos” é a base da comunhão de uma igreja local. Sem obediência à doutrina, não pode haver comunhão, pois cada um seguiria seu próprio caminho.
Fábulas
A palavra usada no texto grego, traduzida “fábulas”, é a raiz de nossa palavra “mitos”; indica algo que é apresentado como sendo verdadeiro mas que é apenas ficção, apenas fruto da imaginação. Creio que podemos incluir na palavra “fábulas” aqui tudo aquilo que não é baseado na verdade.
Produzem questões
“Questões” quer dizer, literalmente, “contendas”. É a mesma palavra usada em At 15 para descrever as contendas produzidas pelos irmãos que pregavam a Lei, e não Cristo. A conclusão é clara: quem ensina outra doutrina, sendo atraído por fábulas e genealogias, não vai jamais promover a edificação do povo de Deus.
Desviando da sã doutrina — 1:5-7
Tendo falado sobre o perigo de ensinar outra doutrina, agora o Espírito Santo fala de desviar da verdade. Quem se desvia da verdade começa a perambular pelos caminhos tortuosos do engano e da mentira, “não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam”. Ou seja: a sã doutrina instrui; “outra doutrina” apenas confunde.
A GRAÇA DO SENHOR SUPERABUNDOU COM FÉ E AMOR EM JESUS

I Timóteo 1:14; I Timóteo 1:12-15. Não há pensamento mais maravilhoso e mais rico em conforto do que este de sabermos que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo superabundou, pela fé, em nossas vidas. Deus não apenas a fez abundar (a graça), mas a fez superabundar em nós.
Graça é um “favor não merecido” que Deus nos concede, mas, neste caso, que Deus multiplicou muitas vezes, ao grau mais alto, em nós. Que bênção! Que alegria, que vitórias Deus nos concedeu sem que nós para tanto tivéssemos quaisquer merecimentos.
Paulo estava considerando o seu passado de blasfemo, perseguidor, opressor, mas a quem Deus expressou a Sua misericórdia, fazendo habitar nele a Sua superabundante graça. A sua religião judaica tinha sido insuficiente, mas a sua fé em Jesus levou-o ao perdão e à maravilhosa graça de Deus.
Esta graça também é para ti e para mim e para o mundo perdido e morto em delitos e pecados. Basta que olhemos para Jesus, como Paulo olhou, e logo as riquezas da Sua graça se manifestarão. Pela graça sereis salvos, por meio da fé. Pela graça de Deus ficareis Seus herdeiros e co-herdeiros do Senhor Jesus.
A fonte para a salvação é a graça de Deus (II Coríntios 8:9). O caminho, ou meio, é a fé na Obra que Jesus fez na cruz do Calvário, onde pagou a pena que nos estava reservada. Os frutos são o amor, a bondade, a longanimidade, a fé, a temperança e a mansidão, pois o Espírito Santo passa a habitar em nós (Gálatas 5:22).
COMBATER O BOM COMBATE

I Timóteo 1:1-2. Ao escrever para encorajar o jovem Timóteo, Paulo assume os dois papéis de apóstolo e de “pai” espiritual. Como apóstolo “pelo mandato de Deus”, suas palavras carregam a autoridade da revelação divina, e devem ser obedecidas como sendo de Deus (veja 1 Coríntios 14:37). Como “pai” escrevendo para seu “verdadeiro filho na fé”, suas palavras têm um tom de afeição e oferecem conforto.
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.”

O apóstolo Paulo está chegando ao final de sua vida. Olha para trás e faz um balanço de tudo o que se passou. Verifica que muita coisa havia sido feita. Muitas almas ganhas para o Senhor, várias igrejas levantadas e a sã doutrina havia sido impartida com as igrejas.
“Combati”. A ideia é de uma luta bem renhida e constante. Combateu pela causa de Cristo e gastou sua vida nisso. Ele havia combatido. Em momento algum vemos o apóstolo reclamando de seu combati na vida. Também não o vemos amarrando demônios em possíveis batalhas espirituais, mas pelo contrário, ele afirma em I Cor. 9:27: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.

A ideia é de uma luta bem renhida e constante. Combateu pela causa de Cristo e gastou sua vida nisso.
O que Paulo quis dizer na frase combati com bom combate?

“Quanto a mim, já fui oferecido em libação, e chegou o tempo de minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo juiz, naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua aparição” (2 Timóteo 4,6-8).
Para entender essa passagem poderíamos lembrar aquilo que Paulo escreve no início da primeira carta a Timóteo, recordando as suas responsabilidades:
“Esta é a instrução que te confio Timóteo meu filho, segundo as profecias pronunciadas outrora sobre ti: combate, firmado nelas, o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, naufragaram na fé” (1Timóteo 1,18-19).
Fica claro que o combate de Paulo não é literalmente uma batalha, uma guerra, mas uma imagem que descreve a vida do cristão, o seu comportamento sobretudo em relação ao perseverar na fé. A vida do cristão é feita de escolhas e a liberdade que nos foi dada faz com que cada vez tenhamos que decidir qual estrada tomar; o bom cristão deve seguir fiel ao ensinamento divino. Esse processo é chamado por Paulo de “combate”. O êxito final vai defini-lo como “bom” ou “mau”.
Sobre o “bom combate”

Combateu o combate correto. Desgastou-se naquilo que valia a pena. Nem todo combate é bom combate. Aplicou suas energias na obra de Deus e esse mesmo Deus havia reservado para ele uma coroa de vitória.
Paulo conclui seu pensamento com a afirmativa: “guardei a fé”. Apesar das lutas e desafios Paulo manteve a fé. Fé conforme disse Judas que uma vez foi entregue aos santos. Fé que expressa sua confiança em Cristo como uma doutrina sadia. Não precisamos sacrificar a Sã Doutrina porque passamos por lutas e provações. Serão a doutrina correta e a graça de Deus nossos sustentáculos durante os combates desta vida. Eles nos garantirão a vitória.
Caros irmãos, o meu sincero desejo é que nesse domingo, você possa estar muito ciente sobre o Evangelho da Graça, para poder ensina-lo, como ele o foi por Jesus e mais detalhadamente por Paulo.
Que seus alunos possam, ao final da Aula, terem o discernimento correto sobre o que é ser "salvo pela graça' e o que é "procurar ser salvo por méritos próprios". Que você, professor, faça-os saber que somos salvos tão somente pela misericórdia de Deus e por obediência á Sua Palavra e por nada, absolutamente mais nada.
Viva vencendo com a Graça- favor que é dado a quem não o merece!!!
Abraços.
Seu irmão menor.









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