
O presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB-RJ, Reynaldo Velloso, afirmou que a entidade irá combater o sacrifício de animais em ritos das religiões afro-brasileiras a partir do próximo ano.
“Tradição tem que ser na África, não no Brasil”, disse Velloso, em discurso durante a XXII Conferência Nacional dos Advogados. Na umbanda, candomblé e outros cultos afro-brasileiros, o sacrifício de animais durante as celebrações é tido como sagrado.
De acordo com o jornal O Dia, representantes do candomblé alegaram perseguição religiosa. O babalorixá Ivanir dos Santos, que preside a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, afirmou que a iniciativa de Velloso é injusta e acusou grupos evangélicos de orquestrarem a medida.
“Isso é perseguição de grupos evangélicos, e ele está querendo usar isso como forma de se notabilizar”, afirmou. Para Ivanir, a prática do sacrifício é interpretada de maneira equivocada: “Os animais têm que ser defendidos, mas as pessoas têm que entender os limites da nossa tradição da sacralização do alimento”, argumentou.
O pai de santo também se disse tranquilo quanto à situação, pois “outras ações jurídicas já feitas em combate à pratica foram consideradas inconstitucionais”.
No entanto, Velloso sugere que o sacrifício é praticado por religiões com “pouca representação” na sociedade brasileira: “Só o candomblé e mais religiões de poucos adeptos cometem essa prática. Tem que prevalecer a vontade da maioria. Onde já se viu matar um ser indefeso para uma entidade evoluir? Isso só existe na cabeça das pessoas”, protestou.
Velloso rebateu o argumento do pai de santo e disse que não é evangélico, e reforçou a ideia de que o sacrifício de animais é uma afronta à Constituição Federal.
“A religião tem que ter um limite. Há leis que proíbem maus tratos aos animais. A religiosidade tem que se submeter a todas as regras da vida. Você não tem direito de matar um marginal se ele invadir sua casa”, disse Velloso.
TiagoChagas
Bom dia meu estimado colega.
ResponderExcluirÉ assim que eles começam. Primeiramente sacrificam animais e daqui a pouco estarão sacrificando os filhos do próximo, os que precisam ser defendidos de todos os abusos. O Sr. Reinaldo Velloso está certo. Muitas práticas religiosas precisam ser banidas. Lá no sertão prendem e multam um lavrador, que mata um tatu para alimento, e porque devemos permitir matar os mesmos animais para sacrifício religioso? Se o resultado do trabalho do Sr. Reinaldo acabar em pizza, será uma incoerência das leis brasileiras. Abraços.