Lição 12 - 23/12/12 - "ZACARIAS O REINADO
MESSIÂNICO"
VERDADE PRÁTICA = Jesus é tanto o Salvador do mundo, como rei do Universo.
LEITURA BIBLICA = Zacarias 1: 1; 8:1-3,20-23
INTRODUÇÃO
Entre os Profetas Menores, Oséias é o livro de mais difícil aceitação
quanto à razão, enquanto que Zacarias é o de mais difícil interpretação.
Ambos têm 14 capítulos. Em Zacarias, o último capítulo é mais longo,
tomando-se assim o maior em tamanho dentre os 12 Profetas Menores Com
suas visões, símbolos e parábolas, enquadra-se na mesma categoria de
Daniel, Ezequiel e Apocalipse Ao pesquisar suas páginas, encontramos
fatos, verdades e mensagens destacadas concernentes a Israel, tanto para
aqueles dias, como para o futuro. Daniel escreveu sobre o futuro dos
impérios gentílicos e Zacarias profetizou sobre o futuro próximo e
distante dos judeus.
Quanto à sua relação com outros profetas, Zacarias e Isaías foram os
grandes mensageiros messiânicos (o Messias é um tema importante do seu
livro, não somente no que tange o seu primeiro advento, como também, no
segundo). Como Ageu, Zacarias profetizou acerca do templo de Jerusalém e
salientou o Dia do SENHOR.
Zacarias é um dos livros de maior ênfase messiânica e dos mais
apocalípticos e escatológicos de todos os escritos do Ai Procure então
aproveitar o máximo deste tratado profético, misterioso e sobretudo,
ungido pelo Santo Espírito; útil, portanto, ao extremo para a edificação
de nossa vida cristã.
O LIVRO DE ZACARIAS
Autor - Zacarias
Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se Lembra”, foi um dos profetas
pós – exílicos, um contemporâneo de Ageu. Com Ageu, ele foi chamado para
despertar os judeus que retornaram, para completar a tarefa de
reconstruir o templo (ver Ed 6.14). Como filho de Baraquias, filhos de
Ido, ele era de umas das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um
dos mais messiânicos de todos os profetas do AT, dado referências
distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.
Data
O ministério de Zacarias começou em 520 aC, dois meses após Ageu haver
completado sua profecia.
A visão dos primeiros capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o
profeta ainda era um jovem (2.4). Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais
tarde, em 518 aC. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que os
caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a
Pérsia como o grande poder mundial. As profecias que abrangem o Livro de
Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475 aC.
Contexto Histórico
Os exilados que retornaram à sua terra natal em 536 aC sob o decreto de
Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus cativos. Cerca de
cinqüenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a liderança de
Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o altar e iniciaram a
construção do templo. Logo, todavia, a apatia se estabeleceu, à medida
que eles foram cercados com a oposição dos vizinhos samaritanos, que,
finalmente foram capazes de conseguir uma ordem do governo da Pérsia
para interromper a construção. Durante cerca de doze anos a construção
foi obstruída pelo desânimo e pela preocupação com outras atividades.
Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus
propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou o povo de Deus
indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um templo restaurado,
numa cidade restaurada.
Conteúdo
O livro de Zacarias começa com a veemente palavra do Senhor para o povo
se arrepender e se voltar novamente para seu Deus. O livro está repleto
de referências de Zacarias à palavra do Senhor. O profeta não entrega
sua própria mensagem, mas ele, fielmente, transmite a mensagem dada ele
por Deus. O povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a
tarefa que não foi terminada.
Deus, então, assegura ao seu povo o seu amor e cuidado por eles, através
de oito visões. A
visão do homem e dos cavalos lembra ao povo o cuidado de Deus. A Visão
dos quatros chifres e dos quatro ferreiros trazem à memória o julgamento
de Deus. A Visão do homem com um cordel de medir, existe uma olhada
apocalíptica na vele e pacífica cidade de Deus. A visão grandiosa do
castiçal todo revestido de ouro entre os vasos de azeite assegura a
Zorobabel que os propósitos de Deus serão cumpridos somente pelo seu
Espírito. A visão do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o
furto e contra o juramento falso. A visão da mulher num efa significa a
santidade de Deus e a remoção do pecado. A visão dos quatro carros
retrata o soberano controle de Deus sobre a Terra.
As visões são seguidas por uma cena de coroação na qual Josué é coroado
tanto como rei como sacerdote. Isso é poderosamente um simbolismo da
vinda do Messias.
Nos caps 7-9, Deus usa a ocasião de uma questão sobre o jejum para
reforçar sua ordem para justiça e juízo, para substituir as formalidades
religiosas.
Os caps 9-14 Contêm muita escatologia. (Estudos das últimas coisas)
Seis aspectos básicos caracterizam o livro de Zacarias.
(1) É o mais messiânico dos livros do AT, em virtude de suas muitas
referências ao Messias, que ocorrem em seus catorze capítulos. Somente
Isaías, com seus sessenta e seis capítulos, contém mais profecias a
respeito do Messias do que Zacarias.
(2) Entre os profetas menores, possui ele as profecias mais específicas e
compreensíveis a respeito dos eventos que marcarão o final dos tempos.
(3) Representa a harmonização mais bem sucedida entre os ofícios
sacerdotal e profético em toda a história de Israel.
(4) Mais do que qualquer outro livro do AT, suas visões e linguagem
altamente simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel e
Apocalipse.
(5) Revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a traição do
Messias por trinta moedas de prata, tratando-as como “esse belo preço em
que fui avaliado por eles” (11.13).
(6) A profecia de Zacarias a respeito do Messias no capítulo 14, como o
grande Rei-guerreiro reinando sobre Jerusalém, é uma das que mais
inspiram reverente temor em todo o AT.
O Livro de Zacarias ante o NT Há uma aplicação profunda de Zacarias no
NT. A harmonização da vida pessoal de Zacarias, entre os aspectos
sacerdotal e profético pode ter contribuído para o ensino do NT de que
Cristo é tanto sacerdote quanto profeta. Além disso, Zacarias profetizou
a respeito da morte expiatória de Cristo pelas mãos dos judeus, que, no
fim dos tempos, leva-los-á a prantearem-no, arrependerem-se e serem
salvos (12.10—13.9; Rm 11.25-27). Mas a contribuição mais importante de
Zacarias diz respeito a suas numerosas profecias concernentes a Cristo.
A Unidade de Zacarias
A erudição bíblica conservadora levanta sérias objeções à teoria
pós-alexandrina e pós-zacariana de Zacarias, e firma-se nos seguintes
fundamentos:
1) O argumento mais forte aduzido a favor da teoria pós-alexandrina é a
referência aos filhos da Grécia em 9.13. Na época, pensava-se que os
gregos fossem uma ameaça contra Sião e os consideravam potência
mundialmente dominante. No entanto, a profecia é de derrota, não de
vitória, para os filhos da Grécia. Além disso, a passagem de 9. 12,13
não descreve uma batalha, mas profetiza um futuro confronto entre Sião e
a Grécia, do qual os judeus sairiam triunfantes. Nos dias de Zacarias,
as vitórias gregas sobre Xerxes em Salamina, Platéia e Micale (480-479
a.C.) seriam suficientes para colocá-las na atenção de seus
contemporâneos.
A menos que rejeitemos a possibilidade da predição profética em base
dogmática, não há motivo para Zacarias não poder ter escrito estas
palavras na década de 470 a.C.
2) O argumento literário também foi abordado. Os críticos afirmam que o
estilo de Zacarias II difere de Zacarias 1. A frase: “Assim diz o
Senhor”, tão freqüente nos capítulos 1 a 8, ocorre apenas uma vez na
segunda divisão. Por outro lado, a expressão “naquele dia” é usada 18
vezes em Zacarias II contra somente quatro ocorrências em Zacarias 1.
Ademais, dizem que o estilo da última seção é mais poético. Contudo, os
estudiosos conservadores mostram que há características de estilo até
mais significativas que são comuns a ambas as seções. E de comum acordo
que o estilo de um autor muda com o transcurso dos anos e ao tratar de
uma situação histórica diferente. Nos dias em que o profeta convocava os
compatriotas judeus a reconstruir o Templo, a frase profética: “Assim
diz o Senhor” era necessária para reforçar a autoridade divina da
convocação. Por outro lado, a expressão escatológica “naquele dia” é
mais apropriada em profecias que olham o futuro mais distante de Israel,
o tema de Zacarias II.
Os defensores da unidade da autoria de Zacarias ressaltam a persistência
das seguintes características estilísticas:
a) A expressão: “Diz o Senhor”, ocorre 27 vezes em Zacarias 1 e sete
vezes em Zacarias II.
b) A frase hebraica traduzida com o sentido de “os olhos do Senhor”
ocorre duas vezes em Zacarias 1(4.10; 8.6) e uma vez em Zacarias 11(9.8;
duas vezes se aceitarmos 12.4: “os meus olhos”).
c) O título divino: “O Senhor dos Exércitos”, é encontrado 46 vezes, ou
seja, 38 na primeira divisão e oito na segunda.
d) O verbo hebraico traduzido por “habitar”, no sentido especial de
“estar habitado”, “estar povoado”, “estar instalado”, acha-se duas vezes
em cada divisão e muito raramente em qualquer outro lugar do Antigo
Testamento.
e) Há um tipo peculiar de paralelismo hebraico dividido em cinco partes
que ocorre escassamente fora de Zacarias, mas que aparece uma vez em
Zacarias 1(6.13) e três em Zacarias 11(9.5,7; 12.4).
No que tange ao idioma, todos os estudiosos concordam que o hebraico em
ambas as partes de Zacarias é puro e notavelmente livre de aramaísmo.
Pusey observa: “Em ambas as divisões há certa completude de linguagem,
produzida pela insistência no mesmo pensamento ou palavra: em ambas as
seções, o todo e suas partes são, para dar ênfase, mencionados juntos.
Em ambas as partes, como conseqüência desta completude, ocorrem a
divisão do versículo em cinco porções, ao contrário da regra habitual do
paralelismo hebraico”.
3) Por fim, temos de observar que aqueles que rejeitam a autoria de
Zacarias dos capítulos 9 a 14 estão em discordância extrema e
incorrigível entre si concernente a uma teoria alternativa. As
referências nos capítulos 9 a 14 conduzem a diversas datações de suas
diversas partes integrantes, variam desde aproximadamente 330 a 140
a.C., e dependem de quais correlações sejam feitas com episódios e
personagens ligados com a história helenística.
As dessemelhanças aceitas entre Zacarias 1 e Zacarias II podem ser
tratadas sem comprometer a convicção na unidade da autoria. Collins
expressou bem a idéia:
[...] Nos capítulos 1 a 8, o profeta preocupa-se primariamente com os
acontecimentos contemporâneos, particularmente com a reconstrução do
Templo; ao passo que nos capítulos 9 a 14, lida com os acontecimentos
futuros, como a vinda do Messias e a glória de seu reinado. Por
conseguinte, é natural que a primeira divisão seja de estilo histórico,
enquanto que a última, de estilo apocalíptico.
Outrossim, é provável que a primeira parte da profecia pertença à vida
do jovem Zacarias, e a segunda à sua idade avançada. As evidências
internas do livro são favoráveis, como mostra tão claramente W. H. Lowe,
à origem pós-exílica de ambas as divisões e à unidade de autoria.
AS PRIMEIRAS QUATRO VISÕES = (Zc 1.1-3.10)
Este Texto e o próximo ressaltam a primeira divisão do Livro de
Zacarias, que tem por conteúdo oito visões noturnas. As oito revelações
constituem uma base ou introdução para o restante do livro e salienta a
sobrevivência de Israel em meio à queda das nações vizinhas. As
primeiras cinco visões têm uma mensagem conciliadora, enquanto que as
últimas três, um aspecto condenador.
1º.- visão: os cavalos entre as murteiras ( Zc 1:7-17)
Antes de cada comentário sobre as visões de Zacarias, você deve ler com
muita atenção na Bíblia o relato do profeta sobre a respectiva visão.
A primeira visão ocorreu no décimo primeiro mês do ano 520. Nesta visão,
Zacarias viu três grupos de personagens em cavalos vermelhos, baios e
brancos a andar entre as murteiras, com um dos personagens montado, à
frente dos demais, em um cavalo vermelho.
O homem do cavalo vermelho que pára entre as murteiras e o anjo do
SENHOR (vv. 8,10,12) são a mesma pessoa — Cristo. As murteiras
representam Israel, ou o povo de Deus. As murteiras são arbustos comuns
em Israel, dos quais exalam um perfume agradável, têm flores brancas,
frutos comestíveis e madeira amarelada e muito bonita.
Os cavalos representam guerra (vermelho), pragas (baios) e vitória e
glória (brancos). Os cavaleiros (possivelmente anjos), após percorrerem a
terra, anunciam que ela “... está, agora, repousada e tranquila.” (v.
11).
Isto indica que as nações estavam gozando tempos de prosperidade e de
paz. Israel, porém, não estava. O anjo do SENHOR clama a Deus: “... até
quando não terás compaixão de Jerusalém... contra as quais estás
indignado faz já setenta anos?” (v. 12). Deus responde que está zelando
por Jerusalém e que está irritado com os países que agravaram o mal
contra ela (vv. 14,15). Brevemente, Ele tomará providências e Seu povo
será restaurado, sua cidade principal, reedificada e habitada (vv.
16,17). Notem as palavras “será” e “ainda” nesses últimos versículos,
indicando cumprimento futuro da profecia.
Em suma, a interpretação da visão é a de que Deus, por intermédio de Seu
Filho, está prestes a intervir ao mundo, que se encontra acomodado e
indiferente, para restabelecer e abençoar Sua cidade e Seu povo.
2º.- visão: quatro chifres e quatro ferreiros ( Zc 1:18-21)
A segunda revelação simboliza a derrota dos inimigos de Israel. Os
quatro chifres representam forças opressoras, possivelmente Babilônia,
Pérsia, Grécia e Roma (ou Assíria, Egito, Babilônia e Medo-Pérsia). Os
quatro ferreiros são os agentes de Deus (anjos ou homens) que esmagarão
os chifres, findando assim suas ameaças e tirania.
3º.- Visão: Jerusalém medida ( Zc 2:1-13)
A explicação da terceira visão em que a cidade de Jerusalém é medida
mostra que a cidade santa será grande e populosa. Fala da volta à
Jerusalém dos judeus espalhados pelo mundo afora. A população será tão
numerosa que se estenderá além das muralhas da cidade. Deus estará no
meio deles, habitando (v. 11) e oferecendo Sua proteção (v. 5). Esse
trabalho do SENHOR é tão vital que Ele requer silêncio de toda a terra
para efetuá-lo (v. 13).
Notemos que, durante essa terceira revelação, um segundo intérprete
angelical aparece para transmitir informações ao primeiro anjo que
falava com Zacarias (v. 3). O primeiro mensageiro tinha explicado o
significado das primeiras duas visões para o profeta (1.9,19,21).
4º.- visão: Josué o sumo sacerdote ( Zc 3.1-10)
“Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do
SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. Mas, o
SENHOR disse a Satanás: o SENHOR te repreende, á Satanás; sim, o SENHOR,
que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do
fogo? Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo.” (Zc
3.1-3).
Na quarta visão, o sacerdote Josué simboliza todo o sacerdócio de
Israel. Suas vestes sujas representam manchas do pecado. A remoção
dessas vestes e os finos trajes que lhe foram dados significam perdão,
bem como a sua restauração ao seu primeiro estado glorioso. O simbolismo
abrange todos os judeus, um povo de vocação sacerdotal, representado
por Josué. Vemos aí, a promessa da purificação da nação israelita.
O sumo sacerdote e os homens de presságio (ou “homens que são um sinal”,
isto é, protótipos de eventos e coisas futuras) precederão a vinda do
“Renovo”, o Messias. E uma segunda promessa registrada nessa visão que
iria se cumprir em meio ao povo escolhido de Deus.
AS SEGUNDAS QUATRO VISÕES (Zc 4.1-6,15)
Entre a quarta e a quinta visão, o profeta entrou em um estado de
profunda sonolência. Note no primeiro versículo do capítulo quatro que,
antes que o anjo falasse Zacarias despertou. Ou o profeta estava exausto
e adormeceu, ou, extasiado pelas maravilhas sobrenaturais das
revelações, ficou atônito com isso. Seu ajudante celestial o acordou e
perguntou: “... Que vês?,..” (4.2)
5º.- visão: o candelabro entre duas oliveiras ( Zc 4: 1-14)
O que o servo do SENHOR vislumbrava nesta quinta visão era um castiçal
dourado, completo, com um vaso de azeite, sete lâmpadas e sete tubos que
estava entre duas oliveiras.
A mensagem principal do trecho se encontra no versículo 6: “... Não por
força nem por poder, mas, pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos
Exércitos.” O sucesso da obra divina depende da unção do Espírito Santo.
Deus, por meio dos “... dois ungidos..” (v. 14) iria reconstruir o Seu
templo em Jerusalém.
Os dois servos: Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel, o governador de
Judá e responsável pela reedificação do templo (Ag 1.1; 2.23), são
simbolizados pelas duas oliveiras.
O óleo, obviamente, representa o Espírito Santo; o candelabro é o
templo que, por sua vez, representa Israel. A montanha (v. 7) simboliza
os obstáculos que serão derrubados e não impedirão o avanço do trabalho
restaurador do SENHOR.
Os sete olhos de Deus (v. 10) significa a perfeição da Sua visão, que
percorre toda a terra e olha com grande satisfação o empenho de
Zorobabel, com o prumo na mão.
Deus mostra ao mensageiro que Seus desígnios se cumprem quando Seus
servos são ungidos pelo Espírito Santo e cooperam com o Mestre
Arquiteto, lançando mãos à obra. Sua energia vem do SENHOR, não de
fontes humanas.
6º.- visão: o rolo voante ( Zc 5.1-4)
As últimas visões de Zacarias falam de condenação e juízo. O rolo enorme
que aparece na sexta visão representa a maldição ou o julgamento que
recairá sobre os pecadores (v. 3). O rolo simboliza a lei do SENHOR que
declara que aquele que a transgride será amaldiçoado. Por toda a terra
os rebeldes serão procurados, alcançados e expulsos do reino do Messias.
Suas casas e suas vidas serão consumidas (vv. 3,4).
7º.- visão: a mulher e o efa ( Zc 5:5-11)
Na sétima visão, o efa, uma cesta, significa o mercantilismo e também,
como o versículo 6 indica, “... a iniquidade em roda a terra”. Somando
os dois, o resultado são os negócios ímpios que os comerciantes
praticam. A mulher é a “impiedade”.
A iniquidade é fruto de um coração ímpio. Na visão, o pecado (o efa e a
mulher) é transportado à terra de Sinear pelas duas mulheres com asas.
As mulheres voadoras que levam a “praga” são também impuras. Isto se
nota no tipo de asas que tinham, as de cegonha, considerada uma ave
imunda pelos judeus. Elas retornam à Babilônia (terra de Sinear), onde
se originou a iniquidade e a impiedade. Nos dias de Zacarias, esse local
era centro mundial de idolatria e perversidade. Contudo, observamos
nessa visão a remoção do pecado do mundo, principalmente, a ganância e a
ambição.
8º.- visão: os quatro carros ( Zc 6,l-8 )
Nesta oitava e última revelação o ponto comum entre esta revelação e a
primeira é os cavalos. Agora, há também cavalos pretos que
possivelmente, representam a morte. A ideia geral é a de que os carros
puxados por esses cavalos, que são ventos (anjos) ou espíritos do céu
(v. 5), percorrerão a terra, principalmente, o Norte, executando os
propósitos judiciais do SENHOR.
O ciclo das revelações se completa aqui. Começou com o soberano Deus
prestes a intervir no mundo e se encerra com Ele, enviando os Seus anjos
para julgar as nações. Isto acontecerá no fim da Grande Tribulação,
quando terá início a era messiânica.
A coroação de Josué (Zc 6.9-15)
A seqüência das visões de Zacarias é a coroação simbólica de Josué. Sua
coroação representa a glorificação do Messias, o Renovo, como rei e
sacerdote. O ouro e a prata trazidos de volta do cativeiro por alguns
dos exilados seriam usados para fazer a coroa (uma só coroa com outras
sobrepostas, daí a expressão “coroas”) a ser colocada “... como memorial
no templo do SENHOR.” (v, 14). Não quer dizer que as coroas serão de
Helém, Tobias, Jedaías, Hem, mas que o memorial será em honra a eles por
terem trazido o material para a sua confecção.
No tempo certo, segundo o plano de Deus, Jesus realizará o que está
escrito no Livro de Zacarias, que são atos típicos ou sombras da imagem
real.
“Ele mesmo (o Messias) edificará o templo do SENHOR e será revestido de
glória; assentar-se-á no seu trono, e dominará, e será -sacerdote no seu
trono; e reinará perfeita união entre ambos os ofícios.” (Zc 6.13)
A PRIMEIRA MENSAGEM DO SENHOR (Zc 7 )
Quase dois anos se passaram (compare 1.1 e 7.1) até que a Palavra de
Deus viesse novamente a Zacarias. Desta vez, o SENHOR não recorre a
visões, mas a mensagens diretas. Os assuntos das duas mensagens
específicas são: “A Repreensão a Israel por seus Falsos Motivos” e “A
Promessa de sua Restauração”.
Uma pergunta ( Zc 7: 1-3 )
“... Continuaremos nós a chorar, com jejum, no quinto mês, como temos
feito por tantos anos?” (v. 3).
A pergunta é feita por um grupo de judeus de Betel representado por
Sarezer e Regén-Meleque (líderes da comunidade) aos sacerdotes e
profetas em Jerusalém. No cativeiro, tinham jejuado. Agora, estavam
indagando se ainda seria necessário tal prática, uma vez que já haviam
regressado à sua terra natal.
A resposta (Zc 7:4-7 )
A resposta provém da boca de Deus. O SENHOR revela a rebeldia de seus
corações. Não responde diretamente a pergunta, mas chega ao âmago do
assunto mostrando que eles realmente não querem mais jejuar. Em
Babilônia, suas festas e orações não agradavam a Deus porque procediam
hipocritamente dos seus lábios. Os seus jejuns não tinham valor e
continuariam deste modo, caso não mudassem de atitude e permitissem que a
misericórdia e a justiça reinassem em seu meio.
A causa do exílio ( Zc 7: 8-14)
Deus continua Sua mensagem e alerta a memória do profeta para aquilo que
Ele havia mandado o Seu povo praticar: juízo, bondade e misericórdia
(vv. 9,10). Mas ele não fez assim e a ira do Altíssimo recaiu sobre
todos (v. 12). Escolheram a vereda da desobediência e o efeito foi um
triste e penoso período de escravidão nas mãos de vizinhos opressores.
Viraram as costas e taparam os ouvidos (v. 11); seus corações estavam
duros como diamante (v. 12), isto é, nada poderia quebrar, cortar ou
penetrar a sua resistência rebelde e obstinada. O SENHOR, ao
bradar-lhes, encontrava somente portas fechadas, assim, teve que
espalhá-los com um turbilhão (tempestade ou redemoinho de vento) e
permitir a derrocada da sua terra (v. 14).
A SEGUNDA MENSAGEM DO SENHOR = (Zc 8)
“A Justiça de Deus” foi o tema do capítulo anterior de Zacarias. No
presente capítulo se evidencia “A Misericórdia de Deus”.
Vemos freqüentemente no AT um Criador amoroso, abençoador, cuidando do
Seu povo e este se afastando; Deus chamando-o de volta e a rebeldia se
intensificando; o SENHOR castigando o e ele, arrependido, voltando ao
Criador. Ele aceitando-os novamente, por Seu grande amor. Um dia, porém,
a misericórdia de Deus findará e aqueles que ainda não O reconhecem
como Messias experimentarão somente a Sua justiça.
“... voltarei....salvarei..,” (Zc 8.1-8 )
A promessa de Deus aos Seus filhos é que Ele voltará para Sião (Seu
povo) e habitará no meio de Jerusalém. O retorno do SENHOR ao Seu povo
marca o início da sua restauração. O povo se arrependerá, Deus o
perdoará e permitirá que retorne à sua terra. A capital terá, então, o
nome de cidade fiel; o monte do SENHOR dos Exércitos (sobre qual estava
sendo edificado o templo) será chamado Monte Santo (v. 3).
“... sejam fortes...”(Zc 8.9-17)
Deus procura encorajar Seu povo, mencionando a atitude que prevalecia no
início do trabalho de reconstruir o templo: ninguém recebia salário e
havia inimigos em volta; mesmo assim dedicou-se à obra com vontade e
ardor (v. 10). Zacarias fala que Deus irá abençoá-lo novamente. Não será
envergonhado perante as outras nações, mas, será herdeiro das riquezas
celestiais (vv. 12,13). Por isso, precisa ficar firme, levantar a
cabeça, não temer e começar uma segunda vez esse seu trabalho digno e
proveitoso. Ao lado da tarefa física, os filhos de Israel são advertidos
a praticar a justiça, a viver retamente perante o SENHOR e seu próximo
(vv. 16,17). Dessa maneira, garantirão o sucesso, o avivamento e as
bênçãos contínuas dos céus.
“... amai, pois, a verdade e a paz” (Zc 8.18-23)
Os pensamentos do SENHOR através de Zacarias, nessa passagem, estão
ligados aos dois últimos versículos precedentes (vv. 16,17). Deus volta
ao assunto do jejum, desta vez afirmando que os filhos de Israel serão
“... para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes...”
(v. 19). A diferença entre o resultado dos jejuns judaicos agora e no
passado (Cativeiro) provinha do tipo de atitude. Antes, só havia ritos e
cerimônias; agora, porém, seriam festas e atos sagrados de honra e
louvor genuíno ao SENHOR. Com corações justos, seus filhos poderiam
observar suas festividades, sabendo que Deus se agradava deles.
Para continuar assim, no entanto, o Pai os instrui: “... amai, pois, a
verdade e a paz.” (8.19). Não meramente gostar, mas, amar de corpo, alma
e espírito. Alguém que se dedica a obedecer e a seguir o caminho da
verdade e da paz é, sem dúvida, uma pessoa santa e exemplar diante do
SENHOR e do mundo. Assim fazendo, pode confiar que a felicidade
celestial será sua porção.
PROFECIAS SOBRE O MESSIAS = (Zc 9-11)
Zacarias, no começo do capítulo 9, transporta-se dos seus dias (520
a.C.) a épocas futuras, principalmente, para os dias de Cristo, quando
Ele viver na terra. Falando desses eventos futuros, o profeta inicia
suas mensagens sobre os dois adventos do Messias.
Primeiro, fala sobre a Primeira Vinda de Jesus e a rejeição (caps. 9-1
1), depois prega sobre a Sua Segunda Vinda e recepção por parte dos
israelitas (caps. 12-14).
“Alegra-te... Sião. aí te vem o tei rei...” ( Zc 9)
As várias cidades (Tiro, Sidom, Asquelom etc.) mencionadas na primeira
divisão desse trecho (1-8) foram derrotadas ou conquistadas por
Alexandre, o Grande, no ano 330 antes de Cristo. Sua invasão aniquilou e
dominou estas cidades da Síria, Fenícia e Filístia. O que impressiona,
porém, é que durante suas investidas, Alexandre deixou Jerusalém em paz.
Conforme narram os historiadores, ele passou várias vezes perto da
cidade, mas não a atacou. O SENHOR levou Seu arauto a declarar,
“Acampar-me-ei ao redor da minha casa para defendê-la contra forças
militantes, para que ninguém passe, nem volte...” (v. 8).
Serão fortalecidos no SENHOR ( Zc l0 )
Zacarias continua suas declarações admoestando o povo a buscar a Deus
(v. 1) e deixar de lado os ídolos e adivinhos que ainda estavam
influenciando suas vidas. O profeta ressalta a ira divina contra os
pastores rebeldes e bodes-guias.
Note que, no versículo dois, os judeus são comparados a ovelhas aflitas,
porque não há pastor. Daí, entendemos que os pastores e bodes do
versículo três não são autênticos, ou melhor, são falsos: são os líderes
inimigos que dominavam os judeus. A salvação viria da tribo de Judá, a
“... pedra angular... a estaca da tenda... o arco de guerra;...” (v. 4).
Os dois pastores (Zc 11)
Este capítulo é uma profecia sobre as terríveis invasões romanas que
assolaram Israel, culminando com a destruição absoluta de Jerusalém e o
templo em 70 d.C. (vv. 1-3). Um historiador comenta que, durante essa
época (o tempo em que Tito sitiou Jerusalém e finalmente a destruiu),
mais ou menos um milhão de pessoas morreu no holocausto.
O profeta usa de linguagem figurativa para expressar o choro intenso do
povo: “Geme, á cipreste... gemei, á carvalhos de Basã.... Eis o uivo dos
pastores, porque a sua glória é destruída! Eís o bramido dos filhos de
leões, porque foi destruída a soberba do Jordão!” (vv. 2,3).
PROFECIAS SOBRE A SALVAÇÃO DE ISRAEL = ( Zc 12-14 )
O Livro de Zacarias termina salientando a Segunda Vinda de Cristo e a
libertação do povo de Deus. O profeta comenta que desta vez “o SENHOR
será Rei sobre toda a terra;..,” (14.9).
Israel será vingado, exercerá poderes estupendos que aniquilarão seus
inimigos. Com prantos de arrependimento receberá o Supremo Pastor, a
quem tinha crucificado na Sua Primeira Vinda. Ele, por sua vez, o
restaurará e purificará, acolhendo-o a Si novamente. Será a época das
vitórias finais de Deus sobre os homens maus e o estabelecimento da Sua
supremacia sobre tudo e sobre todos; é, enfim, o início do Milênio e do
aguardado estado de restauração e favor divino para os remidos do
SENHOR.
Jerusalém, desagravada e arrependida (Zc 12)
O tema do livro alcança o seu auge neste trecho. O Dia do SENHOR, que se
segue ao arrebatamento da Igreja, prevalecerá durante toda a
Tribulação. Começará então a salvação de Israel. Os primeiros nove
versículos do capítulo ressaltam a vingança do SENHOR contra os
adversários de Suas ovelhas.
“... farei de Jerusalém um cálice de tontear para todos os povos em
redor ... farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos
os que a erguerem se ferirão gravemente;...” (vv. 2,3).
“Naquele dia, porei os chefes de Judá como um braseiro ardente debaixo
da lenha e como uma tocha entre a palha, eles devorarão, a direita e a
esquerda, a todos os povos em redor, “ (v 6)
Será o dia quando as forças hostis serão subjugadas, esmiuçadas pelo
SENHOR dos Exércitos, a grande batalha de Armagedom (v. 9). Jerusalém
passará a ser habitada outra vez pelo seu próprio povo e no seu próprio
lugar — lugar da presença gloriosa do Rei dos reis (v. 6).
Jerusalém, purificada e provada ( Zc 13)
O penúltimo capítulo de Zacarias, em sua maioria, comenta a purificação
de Israel “Naquele dia,,..” (vv. 1,2,4), não somente no que tange o
pecado em geral, mas, principalmente, à remoção dos falsos profetas (vv.
2,6).
A conclusão deste capítulo (vv. 7-9) converge para o Messias e o golpe
máximo que O levou à crucificação e à morte (v. 7). O resultado da morte
do Pastor é a dispersão das ovelhas, ou de Israel — basta olhar as
páginas da História para verificar o cumprimento dessa profecia.
Notamos, contudo, que Zacarias prevê o primeiro advento de Jesus, quando
Ele seria rejeitado. Já os versículos 8 e 9 apontam eventos em um
futuro mais distante. Fala da eliminação de 2/3 das ovelhas, isto é, de
judeus. A terceira parte restante será purificada e provada pelo fogo.
Essa parte, o remanescente, será salvo e usufruirá das graças eternas de
Deus.
Muitos pensam erroneamente que todos os israelitas serão salvos. A
Bíblia diz em Romanos 11.26: “... todo o Israel será salvo... “, mas
isso é uma figura de linguagem chamada “sinédoque”, em que se toma a
parte pelo todo ou o todo pela parte. Nem todo judeu entrará pelas
portas celestiais, mas aquele que confessar Jesus como o Cristo fará
parte do grupo que será bem vindo nos céus. O que for salvo é o
remanescente que escapar, a terceira parte purificada. (Compare Romanos
11.26 com 9.27 e Isaías 10.22).
As palavras “em toda a terra”, de Zacarias 13.8, têm a mesma aplicação.
Não é o mundo significando todas as nações, mas toda a terra de Israel,
ou a parte pelo todo.
Enfim, a triste verdade é que, durante a Grande Tribulação, grande
número de judeus perecerão. Sendo infiéis e sem aceitar o Messias como
seu Salvador pessoal, expirarão debaixo de Sua ira vingadora. Aqueles
que aceitarem o Messias como o SENHOR de suas vidas depois do processo
purificador clamarão a Deus e Ele responderá, dizendo: “... é meu povo, e
ela (Israel) dirá: O SENHOR é meu Deus.” (v. 9).
Jerusalém, libertada e glorificada (Zc 14)
O apogeu da purificação de Israel encontra-se registrado nesses
versículos. A expressão “Dia do SENHOR” ou “Naquele dia...” acha-se nove
vezes no capítulo. O profeta fala da chegada do Messias sobre a terra,
especificamente sobre o Monte das Oliveiras (v. 4); da peleja contra os
inimigos do Seu povo (vv. 2,3); das pragas que cairão sobre as nações e
os animais (vv. 12,15); da santificação das panelas na Casa do SENHOR
(vv. 20,21), que eram os utensílios de menos valor no trabalho
sacerdotal, mas, agora, como todos os outros vasos de maior valor (como
as bacias), serão igualmente consagradas ao SENHOR.
Zacarias não somente observa os aspectos do julgamento nesse terrível
dia como salienta algumas das suas bênçãos, como:
1. as águas vivas que correrão de Jerusalém (v. 8);
2. a ausência de
maldição e a segurança que haverá na cidade santa (v. 11);
3. as riquezas vindas de outras nações que serão ajuntadas na cidade
santa (vv. 1,14);
4. não haverá mercador (cananeu, pessoa imunda) na Casa do SENHOR e Seu
reino será caracterizado pela santidade (vv. 20,21).
CONCLUSÃO
A magnificência do novo centro governamental do SENHOR vê-se no
versículo 10, onde Jerusalém “... será exaltada e habitada no seu
lugar,... “. Tudo em volta será transformado em planície, a cidade santa
será elevada e será um ponto central, acima de todo o Israel. Nisso,
observamos a futura exaltação da cidade de Deus: Jerusalém liberta,
glorificada, cheia de santos — a nova capital da teocracia eterna do Rei
dos reis e grande SENHOR.
Subsídio para o Professor
Nesta lição, estudaremos o livro do profeta Zacarias, que trata
basicamente de dois temas principais, a saber: a conclusão do Templo e
as Promessas Messiânicas. O Templo que outrora fora destruído por
Nabucodonosor, deveria ser reconstruído, mas o povo estava
negligenciando tal reconstrução, o que implicou em diversos castigos
divinos. A ira do Senhor, porém, haveria de durar só um momento e a
libertação de Israel do domínio estrangeiro e a implantação do Reino
Messiânico se tornaria uma realidade.
I - INFORMAÇÕES SOBRE O PROFETA ZACARIAS
Zacarias foi um sacerdote que voltou para Israel com seu pai e seu
avô no primeiro retorno da Babilônia com Zorobabel. É possível constatar
isso, observando a contagem sacerdotal registrada no livro de Neemias
(Ne 12.4,16). Alguns supõem que o seu pai tenha morrido antes do retorno
e que ele tivesse sido criado pelo avô. Possivelmente Jesus se referiu
ao profeta Zacarias (Mt 23.35).
Dentre os profetas menores, Zacarias é o único que é apontado também
como sacerdote. Dentre os profetas maiores, Jeremias e Ezequiel também
exerciam ambos ministérios.
1.1 Nome. O nome Zacarias, Zekar-Yah, no hebraico, significa “O Senhor se lembrou”. Os nomes de seu pai e de seu avô têm significados interessantes (Zc 1.1). Ido significa “tempo designado”, e Berequias significa “o Senhor abençoa”. Segundo Ellisen (2012, p.389) “até
os nomes sugerem a mensagem do livro: O Senhor não esquecerá suas
promessas da aliança para abençoar Israel no tempo designado”.
1.2 Livro. O livro de Zacarias é o mais longo dos Doze Profetas Menores. Ele pode ser dividido em duas partes: a primeira parte (Zc
1-8), começa com uma exortação aos judeus para que voltem ao Senhor e
assim também Deus se voltaria a eles (1.1-6). Enquanto encorajava o povo
a terminar a reedificação do Templo, o profeta Zacarias recebeu uma
série de oito visões (1.7-6.8), garantindo que Deus cuida de seu povo,
sendo o Senhor de sua história. As cinco primeiras visões transmitiam
esperança e consolação, mas as últimas três apontavam para um juízo. A
quarta visão e a cena da coroação de Josué são profecias messiânicas. Já
a segunda parte do livro de Zacarias (Zc 9-14), contém dois blocos de profecias apocalípticas. Cada um deles é introduzido pela expressão “Peso da Palavra do Senhor” (9.1;
12.1). O primeiro peso (9.1-11.17) inclui a promessa de salvação
messiânica para Israel, mas que o Pastor-Messias seria primeiramente
rejeitado e ferido (Zc 11.4-17 cf. 13.7). O “peso” (12.1-14.21) focaliza a restauração e conversão de Israel (12.10).
Naquele dia, uma fonte será aberta à Casa de Davi para a purificação do pecado (13.1); então Israel dirá: “O Senhor é o meu Deus” (13.9). E o Messias reinará em Jerusalém (14).
1.3 Período em que profetizou. O profeta Zacarias
exerceu o seu ministério entre os anos 520 e 480 a.C. Agora é importante
observar que três seções deste livro têm data exata, mas os últimos
seis capítulos não têm. Podemos situar (Zc 1.1-6) no ano 520 a.C., pois
tal relato se dá pouco mais de um mês após a segunda profecia de Ageu
(Ag 2.1). Podemos situar (Zc 1.7-6.15) no ano 519: “Aos vinte e quatro dias do mês undécimo (que é o mês de sebate), no ano segundo de Dario…” (Zc
1.7). E ainda podemos situar Zc 7 e 8 no ano 518 a.C. Já os capítulos 9
ao 14, devem descrever o período de mais ou menos 480 a.C, talvez pelo
fato da Grécia começar a se tornar a grande potência mundial.
1.4 Contemporâneos. Zacarias era um contemporâneo do
profeta Ageu. Certamente Zacarias era mais jovem. No livro de Esdras
está escrito que ambos animaram os judeus, em Judá e Jerusalém, a
persistirem na reedificação do Templo nos dias de Zorobabel (Ed 5.1).
Como resultado do ministério de Zacarias e Ageu, o Templo foi completado
e dedicado por volta do ano 515 a.C.
II - A SITUAÇÃO DE JUDÁ NA ÉPOCA DE ZACARIAS
Zacarias que começou a profetizar por volta do ano 520 a.C. como os
demais judeus, aguardava ansiosamente pela libertação da nação do
domínio estrangeiro, e com confiança esperava que um povo renovado fosse
governado por um descendente da casa de Davi. O Templo estava sendo
reconstruído e os persas não impuseram maiores dificuldades. A verdade é
que eles começaram a apoiar um novo governo teocrático que estava
surgindo àquela época.
2.1 Situação política. Após os 70 anos de cativeiro
na Babilônia, os judeus retornaram, sob a nova política persa que
encorajava a volta dos cativos, e lhes foi proporcionada uma nova
situação de vida, um distrito na província daquém do rio Eufrates (Ed 1
1-5). Esse tratamento por parte de Ciro pode ter resultado da influência
do profeta Daniel. A oposição à reconstrução do Templo veio dos
vizinhos samaritanos que tentaram integrar-se com os judeus e misturar
as religiões. Essa oposição teve como resultado perseguições, e a
construção ficou suspensa durante 14 anos (Ed 4.1-24; 6.1-12).
2.2 Situação espiritual. Em 537 a.C., começou uma
grande era para os judeus com a volta do cativeiro e o reinício das
ofertas da aliança em Jerusalém. Mas a pausa na reconstrução esfriou o
entusiasmo de todos, e eles se voltaram para interesses seculares.
Todavia, essas atividades não se mostraram lucrativas, o que pode ter
sido um castigo por não terem dado a atenção devida à fundação do novo
Templo (Ed 3.12; Ag 1; 2.3). Tal realidade nos mostra que a entrega dos
dízimos e das ofertas pode ser considerada uma espécie de termômetro
espiritual, pois o povo não estava bem diante de Deus e, por isso,
cerrou a sua mão para com o Templo. Depois de 14 anos de negligência
para com o Templo, o Senhor lhes mandou seca e má colheita a fim de
alertar o povo, e Zacarias foi um dos profetas que apontaram para a
causa de todos aqueles males (Zc 1.1-6; 7).
- É o livro mais messiânico dos Profetas Menores, e está no mesmo nível de Salmos e Isaías quanto ao conteúdo messiânico;
- Ele possui as profecias mais específicas e compreensíveis a respeito dos eventos que marcarão o final dos tempos;
- O livro representa a harmonização mais bem sucedida entre os ofícios sacerdotais e proféticos em toda a história de Israel;
- Suas visões e linguagem altamente simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse;
- O livro revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a traição do Messias por trinta moedas de prata (Zc 11.13);
- A profecia a respeito do Messias no capítulo 14, como o grande Rei e Guerreiro, reinando sobre Jerusalém, é uma das que mais inspiram reverente temor em todo o Antigo Testamento.
No avanço esmagador dos impérios poderosos da Palestina nos tempos
dos gentios, os poucos sobreviventes de Israel seriam atingidos pela
voragem das lutas internacionais e desafios religiosos. Mas seu rei, o
Messias, viria, primeiro em humildade e rejeição, e mais tarde com
grande poder, a fim de trazer salvação espiritual e expressão
internacional a seu povo, em cumprimento de suas alianças.
4.1 Um livro apocalíptico. Do mesmo modo que o Novo Testamento
termina com uma grande visão apocalíptica, o Antigo Testamento também
termina com essa visão, no livro de Zacarias. Ambos os livros resumem e
esclarecem profecias já apresentadas em termos de realização. Em
Zacarias, as duas vindas do Messias são encaixadas com a intenção de
apresentar uma vasta pré-estreia do futuro de Israel. Há um forte
paralelo entre o livro do profeta Zacarias e o Apocalipse (Zc 9.9,10; Ap
12.6; 13.5; 14.14). Neste livro, observamos relatos acerca da Grande
Tribulação, da Batalha do Armagedom, da segunda fase da Segunda Vinda de
Cristo e do Reino Milenial (Zc 12-14).
4.2 Um livro de “mistérios”. Muitos intérpretes, tanto judeus como
cristãos, consideram esse livro muito obscuro e de difícil explicação.
Mas a profecia não foi escrita para mistificar, e sim para esclarecer as
verdades referentes ao futuro de Israel. Quando as verdades centrais
das visões são observadas, e todas as visões são relacionadas a
profecias anteriores, o motivo messiânico torna-se central durante as
lutas e a marcha dos acontecimentos de Israel. Essa profecia forneceu
alguns esclarecimentos muito importantes para Israel sobre sua redenção e
o futuro nacional, quando o povo entrou em uma outra fase dos tempos
dos gentios, com seus anseios ainda não cumpridos a respeito da vinda do
Messias (Zc 8.7,8; 9.9,10; 11.9,13; 12.10). O resumo das visões é o
seguinte: visão do cavaleiro entre as murtas (1.7-17); visão dos quatro
chifres e dos quatro ferreiros (1.18-21); visão de um homem medindo
Jerusalém (2.1-13); visão do castiçal de ouro e das duas oliveiras
(4.1-14); visão do Rolo voador (5.1-4); visão da mulher num efa
(5.5-11); visão dos quatro carros (6.1-8).
4.3 O Dia da batalha. Zacarias concluiu sua profecia com uma
descrição da culminante batalha terrena, quando o próprio Senhor se
envolverá na peleja. Esse “homem de guerra”, característica do Senhor,
foi aludido em (Êx 15.3), dramatizado em (Na 1.2, Hc 2.8-15 e Sf 3.8).
Quando o Senhor sair para a peleja, se confrontará com todas as nações
reunidas contra Jerusalém (Zc 14.2; Ap 19.9). Suas armas não são
reveladas, mas a batalha será ganha (Zc 14.12).
V - O LIVRO DE ZACARIAS E O NOVO TESTAMENTONão há dúvidas acerca da influência do livro de Zacarias nas páginas do Novo Testamento. Vejamos:
5.1 Sacerdote e Profeta. A harmonização da vida
pessoal de Zacarias no desenvolvimento dos serviços profético e
sacerdotal certamente contribuiu para demonstrar mais à frente que Cristo tanto era profeta como sacerdote.
5.2 A morte de Cristo e o arrependimento dos judeus.
Além disso, Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de
Cristo pelas mãos dos próprios judeus, que, no fim dos tempos, levará
esses mesmos judeus a se arrependerem profundamente de terem crucificado
o Messias que eles tanto esperavam. Tal reconhecimento só terá lugar na
segunda fase da Segunda Vinda de Cristo (Zc 12.8-10).
5.3 Profecias Messiânicas. Trata-se da contribuição mais importante
do livro de Zacarias. Os escritos do Novo Testamento citam Zacarias,
declarando que suas profecias foram cumpridas em Jesus Cristo. Vejamos
algumas destas profecias:
- Ele viria de modo humilde e modesto (Zc 9.9; 13.7 cf. Mt 21.5; 26.31,56);
- Ele restaurará Israel pelo sangue do seu concerto (Zc 9.11 cf. Mc 14.24);
- Ele seria pastor das ovelhas de Deus que estavam dispersas e desgarradas (Zc 10.2; 13.7 cf. Mt 24.30; 26.31,56);
- Ele seria traído e rejeitado (Zc 11.12,13 cf Mt 26.15; 27.9,10);
- Ele seria traspassado e abatido (Zc 12.10; 13.7 cf Mt 24.30; 26.31);
- Ele Voltaria em glória para livrar Israel de seus inimigos (Zc 14.1-6 cf. Mt 25.31; Ap 19.15);
- Ele reinará como rei em paz e retidão, bem como estabelecerá seu Reino Glorioso para sempre sobre todas as nações (Zc 9.9,10; 14.6-19 cf. Rm 14.17; Ap 11.15; 21.24-26).
Vimos que o livro de Zacarias trata da reconstrução do Templo e da
Vinda do Messias a esta terra. Trata-se de um livro de vasto conteúdo
escatológico, sendo possível traçar um paralelo com os livros de Daniel e
do Apocalipse. Apesar das visões parecerem ser misteriosas, elas são
perfeitamente compreensíveis, pois se relacionam com a nação de Israel e
com o Messias. O Senhor demonstra ser justo e misericordioso,
garantindo um futuro glorioso e de paz ao seu povo, quando o Cristo
haverá de reinar sobre a terra com base em Jerusalém.
Bibliografia:
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRA CHAVE. SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia. CPAD.
ELLISEN, Stanley. Conheça Melhor o Antigo Testamento. VIDA.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento. CPAD.
ZACARIAS O REINADO
MESSIÂNICO TEXTO ÁUREO = “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que
levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e
praticará o juízo e a justiça na terra” (ir 23.5). VERDADE PRÁTICA =
Jesus é tanto o Salvador do mundo, como rei do Universo. LEITURA BIBLICA
= Zacarias 1: 1; 8:1-3,20-23 INTRODUÇÃO Entre os Profetas Menores,
Oséias é o livro de mais difícil aceitação quanto à razão, enquanto que
Zacarias é o de mais difícil interpretação. Ambos têm 14 capítulos. Em
Zacarias, o último capítulo é mais longo, tomando-se assim o maior em
tamanho dentre os 12 Profetas Menores Com suas visões, símbolos e
parábolas, enquadra-se na mesma categoria de Daniel, Ezequiel e
Apocalipse Ao pesquisar suas páginas, encontramos fatos, verdades e
mensagens destacadas concernentes a Israel, tanto para aqueles dias,
como para o futuro. Daniel escreveu sobre o futuro dos impérios
gentílicos e Zacarias profetizou sobre o futuro próximo e distante dos
judeus. Quanto à sua relação com outros profetas, Zacarias e Isaías
foram os grandes mensageiros messiânicos (o Messias é um tema importante
do seu livro, não somente no que tange o seu primeiro advento, como
também, no segundo). Como Ageu, Zacarias profetizou acerca do templo de
Jerusalém e salientou o Dia do SENHOR. Zacarias é um dos livros de maior
ênfase messiânica e dos mais apocalípticos e escatológicos de todos os
escritos do Ai Procure então aproveitar o máximo deste tratado
profético, misterioso e sobretudo, ungido pelo Santo Espírito; útil,
portanto, ao extremo para a edificação de nossa vida cristã. O LIVRO DE
ZACARIAS Autor - Zacarias Zacarias, cujo nome significa “O Senhor se
Lembra”, foi um dos profetas pós – exílicos, um contemporâneo de Ageu.
Com Ageu, ele foi chamado para despertar os judeus que retornaram, para
completar a tarefa de reconstruir o templo (ver Ed 6.14). Como filho de
Baraquias, filhos de Ido, ele era de umas das famílias sacerdotais da
tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os profetas do AT,
dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias. Data
O ministério de Zacarias começou em 520 aC, dois meses após Ageu haver
completado sua profecia. A visão dos primeiros capítulos foi dada,
aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (2.4). Os caps 7-8
ocorrem dois anos mais tarde, em 518 aC. A referência à Grécia em 9.13
pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a
Grécia substituiu a Pérsia como o grande poder mundial. As profecias que
abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475
aC. Contexto Histórico Os exilados que retornaram à sua terra natal em
536 aC sob o decreto de Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus
cativos. Cerca de cinqüenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a
liderança de Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o altar e
iniciaram a construção do templo. Logo, todavia, a apatia se
estabeleceu, à medida que eles foram cercados com a oposição dos
vizinhos samaritanos, que, finalmente foram capazes de conseguir uma
ordem do governo da Pérsia para interromper a construção. Durante cerca
de doze anos a construção foi obstruída pelo desânimo e pela preocupação
com outras atividades. Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao
Senhor e aos seus propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou
o povo de Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um
templo restaurado, numa cidade restaurada. Conteúdo O livro de Zacarias
começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e se
voltar novamente para seu Deus. O livro está repleto de referências de
Zacarias à palavra do Senhor. O profeta não entrega sua própria
mensagem, mas ele, fielmente, transmite a mensagem dada ele por Deus. O
povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a tarefa que
não foi terminada. Deus, então, assegura ao seu povo o seu amor e
cuidado por eles, através de oito visões. A visão do homem e dos cavalos
lembra ao povo o cuidado de Deus. A Visão dos quatros chifres e dos
quatro ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus. A Visão do homem
com um cordel de medir, existe uma olhada apocalíptica na vele e
pacífica cidade de Deus. A visão grandiosa do castiçal todo revestido de
ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de
Deus serão cumpridos somente pelo seu Espírito. A visão do rolo voante
emite o pronunciamento de Deus contra o furto e contra o juramento
falso. A visão da mulher num efa significa a santidade de Deus e a
remoção do pecado. A visão dos quatro carros retrata o soberano controle
de Deus sobre a Terra. As visões são seguidas por uma cena de coroação
na qual Josué é coroado tanto como rei como sacerdote. Isso é
poderosamente um simbolismo da vinda do Messias. Nos caps 7-9, Deus usa a
ocasião de uma questão sobre o jejum para reforçar sua ordem para
justiça e juízo, para substituir as formalidades religiosas. Os caps
9-14 Contêm muita escatologia. (Estudos das últimas coisas) Seis
aspectos básicos caracterizam o livro de Zacarias. (1) É o mais
messiânico dos livros do AT, em virtude de suas muitas referências ao
Messias, que ocorrem em seus catorze capítulos. Somente Isaías, com seus
sessenta e seis capítulos, contém mais profecias a respeito do Messias
do que Zacarias. (2) Entre os profetas menores, possui ele as profecias
mais específicas e compreensíveis a respeito dos eventos que marcarão o
final dos tempos. (3) Representa a harmonização mais bem sucedida entre
os ofícios sacerdotal e profético em toda a história de Israel. (4) Mais
do que qualquer outro livro do AT, suas visões e linguagem altamente
simbólicas assemelham-se aos livros apocalípticos de Daniel e
Apocalipse. (5) Revela um exemplo notável de ironia divina ao prever a
traição do Messias por trinta moedas de prata, tratando-as como “esse
belo preço em que fui avaliado por eles” (11.13). (6) A profecia de
Zacarias a respeito do Messias no capítulo 14, como o grande
Rei-guerreiro reinando sobre Jerusalém, é uma das que mais inspiram
reverente temor em todo o AT. O Livro de Zacarias ante o NT Há uma
aplicação profunda de Zacarias no NT. A harmonização da vida pessoal de
Zacarias, entre os aspectos sacerdotal e profético pode ter contribuído
para o ensino do NT de que Cristo é tanto sacerdote quanto profeta. Além
disso, Zacarias profetizou a respeito da morte expiatória de Cristo
pelas mãos dos judeus, que, no fim dos tempos, leva-los-á a
prantearem-no, arrependerem-se e serem salvos (12.10—13.9; Rm 11.25-27).
Mas a contribuição mais importante de Zacarias diz respeito a suas
numerosas profecias concernentes a Cristo. A Unidade de Zacarias A
erudição bíblica conservadora levanta sérias objeções à teoria
pós-alexandrina e pós-zacariana de Zacarias, e firma-se nos seguintes
fundamentos: 1) O argumento mais forte aduzido a favor da teoria
pós-alexandrina é a referência aos filhos da Grécia em 9.13. Na época,
pensava-se que os gregos fossem uma ameaça contra Sião e os consideravam
potência mundialmente dominante. No entanto, a profecia é de derrota,
não de vitória, para os filhos da Grécia. Além disso, a passagem de 9.
12,13 não descreve uma batalha, mas profetiza um futuro confronto entre
Sião e a Grécia, do qual os judeus sairiam triunfantes. Nos dias de
Zacarias, as vitórias gregas sobre Xerxes em Salamina, Platéia e Micale
(480-479 a.C.) seriam suficientes para colocá-las na atenção de seus
contemporâneos. A menos que rejeitemos a possibilidade da predição
profética em base dogmática, não há motivo para Zacarias não poder ter
escrito estas palavras na década de 470 a.C. 2) O argumento literário
também foi abordado. Os críticos afirmam que o estilo de Zacarias II
difere de Zacarias 1. A frase: “Assim diz o Senhor”, tão freqüente nos
capítulos 1 a 8, ocorre apenas uma vez na segunda divisão. Por outro
lado, a expressão “naquele dia” é usada 18 vezes em Zacarias II contra
somente quatro ocorrências em Zacarias 1. Ademais, dizem que o estilo da
última seção é mais poético. Contudo, os estudiosos conservadores
mostram que há características de estilo até mais significativas que são
comuns a ambas as seções. E de comum acordo que o estilo de um autor
muda com o transcurso dos anos e ao tratar de uma situação histórica
diferente. Nos dias em que o profeta convocava os compatriotas judeus a
reconstruir o Templo, a frase profética: “Assim diz o Senhor” era
necessária para reforçar a autoridade divina da convocação. Por outro
lado, a expressão escatológica “naquele dia” é mais apropriada em
profecias que olham o futuro mais distante de Israel, o tema de Zacarias
II. Os defensores da unidade da autoria de Zacarias ressaltam a
persistência das seguintes características estilísticas: a) A expressão:
“Diz o Senhor”, ocorre 27 vezes em Zacarias 1 e sete vezes em Zacarias
II. b) A frase hebraica traduzida com o sentido de “os olhos do Senhor”
ocorre duas vezes em Zacarias 1(4.10; 8.6) e uma vez em Zacarias 11(9.8;
duas vezes se aceitarmos 12.4: “os meus olhos”). c) O título divino: “O
Senhor dos Exércitos”, é encontrado 46 vezes, ou seja, 38 na primeira
divisão e oito na segunda. d) O verbo hebraico traduzido por “habitar”,
no sentido especial de “estar habitado”, “estar povoado”, “estar
instalado”, acha-se duas vezes em cada divisão e muito raramente em
qualquer outro lugar do Antigo Testamento. e) Há um tipo peculiar de
paralelismo hebraico dividido em cinco partes que ocorre escassamente
fora de Zacarias, mas que aparece uma vez em Zacarias 1(6.13) e três em
Zacarias 11(9.5,7; 12.4). No que tange ao idioma, todos os estudiosos
concordam que o hebraico em ambas as partes de Zacarias é puro e
notavelmente livre de aramaísmo. Pusey observa: “Em ambas as divisões há
certa completude de linguagem, produzida pela insistência no mesmo
pensamento ou palavra: em ambas as seções, o todo e suas partes são,
para dar ênfase, mencionados juntos. Em ambas as partes, como
conseqüência desta completude, ocorrem a divisão do versículo em cinco
porções, ao contrário da regra habitual do paralelismo hebraico”. 3) Por
fim, temos de observar que aqueles que rejeitam a autoria de Zacarias
dos capítulos 9 a 14 estão em discordância extrema e incorrigível entre
si concernente a uma teoria alternativa. As referências nos capítulos 9 a
14 conduzem a diversas datações de suas diversas partes integrantes,
variam desde aproximadamente 330 a 140 a.C., e dependem de quais
correlações sejam feitas com episódios e personagens ligados com a
história helenística. As dessemelhanças aceitas entre Zacarias 1 e
Zacarias II podem ser tratadas sem comprometer a convicção na unidade da
autoria. Collins expressou bem a idéia: [...] Nos capítulos 1 a 8, o
profeta preocupa-se primariamente com os acontecimentos contemporâneos,
particularmente com a reconstrução do Templo; ao passo que nos capítulos
9 a 14, lida com os acontecimentos futuros, como a vinda do Messias e a
glória de seu reinado. Por conseguinte, é natural que a primeira
divisão seja de estilo histórico, enquanto que a última, de estilo
apocalíptico. Outrossim, é provável que a primeira parte da profecia
pertença à vida do jovem Zacarias, e a segunda à sua idade avançada. As
evidências internas do livro são favoráveis, como mostra tão claramente
W. H. Lowe, à origem pós-exílica de ambas as divisões e à unidade de
autoria. AS PRIMEIRAS QUATRO VISÕES = (Zc 1.1-3.10) Este Texto e o
próximo ressaltam a primeira divisão do Livro de Zacarias, que tem por
conteúdo oito visões noturnas. As oito revelações constituem uma base ou
introdução para o restante do livro e salienta a sobrevivência de
Israel em meio à queda das nações vizinhas. As primeiras cinco visões
têm uma mensagem conciliadora, enquanto que as últimas três, um aspecto
condenador. 1º.- visão: os cavalos entre as murteiras ( Zc 1:7-17) Antes
de cada comentário sobre as visões de Zacarias, você deve ler com muita
atenção na Bíblia o relato do profeta sobre a respectiva visão. A
primeira visão ocorreu no décimo primeiro mês do ano 520. Nesta visão,
Zacarias viu três grupos de personagens em cavalos vermelhos, baios e
brancos a andar entre as murteiras, com um dos personagens montado, à
frente dos demais, em um cavalo vermelho. O homem do cavalo vermelho que
pára entre as murteiras e o anjo do SENHOR (vv. 8,10,12) são a mesma
pessoa — Cristo. As murteiras representam Israel, ou o povo de Deus. As
murteiras são arbustos comuns em Israel, dos quais exalam um perfume
agradável, têm flores brancas, frutos comestíveis e madeira amarelada e
muito bonita. Os cavalos representam guerra (vermelho), pragas (baios) e
vitória e glória (brancos). Os cavaleiros (possivelmente anjos), após
percorrerem a terra, anunciam que ela “... está, agora, repousada e
tranquila.” (v. 11). Isto indica que as nações estavam gozando tempos de
prosperidade e de paz. Israel, porém, não estava. O anjo do SENHOR
clama a Deus: “... até quando não terás compaixão de Jerusalém... contra
as quais estás indignado faz já setenta anos?” (v. 12). Deus responde
que está zelando por Jerusalém e que está irritado com os países que
agravaram o mal contra ela (vv. 14,15). Brevemente, Ele tomará
providências e Seu povo será restaurado, sua cidade principal,
reedificada e habitada (vv. 16,17). Notem as palavras “será” e “ainda”
nesses últimos versículos, indicando cumprimento futuro da profecia. Em
suma, a interpretação da visão é a de que Deus, por intermédio de Seu
Filho, está prestes a intervir ao mundo, que se encontra acomodado e
indiferente, para restabelecer e abençoar Sua cidade e Seu povo. 2º.-
visão: quatro chifres e quatro ferreiros ( Zc 1:18-21) A segunda
revelação simboliza a derrota dos inimigos de Israel. Os quatro chifres
representam forças opressoras, possivelmente Babilônia, Pérsia, Grécia e
Roma (ou Assíria, Egito, Babilônia e Medo-Pérsia). Os quatro ferreiros
são os agentes de Deus (anjos ou homens) que esmagarão os chifres,
findando assim suas ameaças e tirania. 3º.- Visão: Jerusalém medida ( Zc
2:1-13) A explicação da terceira visão em que a cidade de Jerusalém é
medida mostra que a cidade santa será grande e populosa. Fala da volta à
Jerusalém dos judeus espalhados pelo mundo afora. A população será tão
numerosa que se estenderá além das muralhas da cidade. Deus estará no
meio deles, habitando (v. 11) e oferecendo Sua proteção (v. 5). Esse
trabalho do SENHOR é tão vital que Ele requer silêncio de toda a terra
para efetuá-lo (v. 13). Notemos que, durante essa terceira revelação, um
segundo intérprete angelical aparece para transmitir informações ao
primeiro anjo que falava com Zacarias (v. 3). O primeiro mensageiro
tinha explicado o significado das primeiras duas visões para o profeta
(1.9,19,21). 4º.- visão: Josué o sumo sacerdote ( Zc 3.1-10) “Deus me
mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e
Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. Mas, o SENHOR
disse a Satanás: o SENHOR te repreende, á Satanás; sim, o SENHOR, que
escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?
Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo.” (Zc 3.1-3).
Na quarta visão, o sacerdote Josué simboliza todo o sacerdócio de
Israel. Suas vestes sujas representam manchas do pecado. A remoção
dessas vestes e os finos trajes que lhe foram dados significam perdão,
bem como a sua restauração ao seu primeiro estado glorioso. O simbolismo
abrange todos os judeus, um povo de vocação sacerdotal, representado
por Josué. Vemos aí, a promessa da purificação da nação israelita. O
sumo sacerdote e os homens de presságio (ou “homens que são um sinal”,
isto é, protótipos de eventos e coisas futuras) precederão a vinda do
“Renovo”, o Messias. E uma segunda promessa registrada nessa visão que
iria se cumprir em meio ao povo escolhido de Deus. AS SEGUNDAS QUATRO
VISÕES (Zc 4.1-6,15) Entre a quarta e a quinta visão, o profeta entrou
em um estado de profunda sonolência. Note no primeiro versículo do
capítulo quatro que, antes que o anjo falasse Zacarias despertou. Ou o
profeta estava exausto e adormeceu, ou, extasiado pelas maravilhas
sobrenaturais das revelações, ficou atônito com isso. Seu ajudante
celestial o acordou e perguntou: “... Que vês?,..” (4.2) 5º.- visão: o
candelabro entre duas oliveiras ( Zc 4: 1-14) O que o servo do SENHOR
vislumbrava nesta quinta visão era um castiçal dourado, completo, com um
vaso de azeite, sete lâmpadas e sete tubos que estava entre duas
oliveiras. A mensagem principal do trecho se encontra no versículo 6:
“... Não por força nem por poder, mas, pelo meu Espírito, diz o SENHOR
dos Exércitos.” O sucesso da obra divina depende da unção do Espírito
Santo. Deus, por meio dos “... dois revenda de hospedagem ungidos..” (v. 14) iria reconstruir o Seu templo em Jerusalém. Os dois
servos: Josué, o sumo sacerdote, e Zorobabel, o governador de Judá e
responsável pela reedificação do templo (Ag 1.1; 2.23), são simbolizados
pelas duas oliveiras. revenda de hospedagem O óleo, obviamente,
representa o Espírito Santo; o candelabro é o templo que, por sua vez,
representa Israel. A montanha (v. 7) simboliza os obstáculos que serão
derrubados e não impedirão o avanço do trabalho restaurador do SENHOR.
Os sete olhos de Deus (v. 10) significa a perfeição da Sua visão, que
percorre toda a terra e olha com grande satisfação o empenho de
Zorobabel, com o prumo na mão. Deus mostra ao mensageiro que Seus
desígnios se cumprem quando Seus servos são ungidos pelo Espírito Santo e
cooperam com o Mestre Arquiteto, lançando mãos à obra. Sua energia vem
do SENHOR, não de fontes humanas. 6º.- visão: o rolo voante ( Zc 5.1-4)
As últimas visões de Zacarias falam de condenação e juízo. O rolo enorme
que aparece na sexta visão representa a maldição ou o julgamento que
recairá sobre os pecadores (v. 3). O rolo simboliza a lei do SENHOR que
declara que aquele que a transgride será amaldiçoado. Por toda a terra
os rebeldes serão procurados, alcançados e expulsos do reino do Messias.
Suas casas e suas vidas serão consumidas (vv. 3,4). 7º.- visão: a
mulher e o efa ( Zc 5:5-11) Na sétima visão, o efa, uma cesta, significa
o mercantilismo e também, como o versículo 6 indica, “... a iniquidade
em roda a terra”. Somando os dois, o resultado são os negócios ímpios
que os comerciantes praticam. A mulher é a “impiedade”. A iniquidade é
fruto de um coração ímpio. Na visão, o pecado (o efa e a mulher) é
transportado à terra de Sinear pelas duas mulheres com asas. As mulheres
voadoras que levam a “praga” são também impuras. Isto se nota no tipo
de asas que tinham, as de cegonha, considerada uma ave imunda pelos
judeus. Elas retornam à Babilônia (terra de Sinear), onde se originou a
iniquidade e a impiedade. Nos dias de Zacarias, esse local era centro
mundial de idolatria e perversidade. Contudo, observamos nessa visão a
remoção do pecado do mundo, principalmente, a ganância e a ambição. 8º.-
visão: os quatro carros ( Zc 6,l-8 ) Nesta oitava e última revelação o
ponto comum entre esta revelação e a primeira é os cavalos. Agora, há
também cavalos pretos que possivelmente, representam a morte. A ideia
geral é a de que os carros puxados por esses cavalos, que são ventos
(anjos) ou espíritos do céu (v. 5), percorrerão a terra, principalmente,
o Norte, executando os propósitos judiciais do SENHOR. O ciclo das
revelações se completa aqui. Começou com o soberano Deus prestes a
intervir no mundo e se encerra com Ele, enviando os Seus anjos para
julgar as nações. Isto acontecerá no fim da Grande Tribulação, quando
terá início a era messiânica. A coroação de Josué (Zc 6.9-15) A
seqüência das visões de Zacarias é a coroação simbólica de Josué. Sua
coroação representa a glorificação do Messias, o Renovo, como rei e
sacerdote. O ouro e a prata trazidos de volta do cativeiro por alguns
dos exilados seriam usados para fazer a coroa (uma só coroa com outras
sobrepostas, daí a expressão “coroas”) a ser colocada “... como memorial
no templo do SENHOR.” (v, 14). Não quer dizer que as coroas serão de
Helém, Tobias, Jedaías, Hem, mas que o memorial será em honra a eles por
terem trazido o material para a sua confecção. No tempo certo, segundo o
plano de Deus, Jesus realizará o que está escrito no Livro de Zacarias,
que são atos típicos ou sombras da imagem real. “Ele mesmo (o Messias)
edificará o templo do SENHOR e será revestido de glória; assentar-se-á
no seu trono, e dominará, e será -sacerdote no seu trono; e reinará
perfeita união entre ambos os ofícios.” (Zc 6.13) A PRIMEIRA MENSAGEM DO
SENHOR (Zc 7 ) Quase dois anos se passaram (compare 1.1 e 7.1) até que a
Palavra de Deus viesse novamente a Zacarias. Desta vez, o SENHOR não
recorre a visões, mas a mensagens diretas. Os assuntos das duas
mensagens específicas são: “A Repreensão a Israel por seus Falsos
Motivos” e “A Promessa de sua Restauração”. Uma pergunta ( Zc 7: 1-3 )
“... Continuaremos nós a chorar, com jejum, no quinto mês, como temos
feito por tantos anos?” (v. 3). A pergunta é feita por um grupo de
judeus de Betel representado por Sarezer e Regén-Meleque (líderes da
comunidade) aos sacerdotes e profetas em Jerusalém. No cativeiro, tinham
jejuado. Agora, estavam indagando se ainda seria necessário tal
prática, uma vez que já haviam regressado à sua terra natal. A resposta
(Zc 7:4-7 ) A resposta provém da boca de Deus. O SENHOR revela a
rebeldia de seus corações. Não responde diretamente a pergunta, mas
chega ao âmago do assunto mostrando que eles realmente não querem mais
jejuar. Em Babilônia, suas festas e orações não agradavam a Deus porque
procediam hipocritamente dos seus lábios. Os seus jejuns não tinham
valor e continuariam deste modo, caso não mudassem de atitude e
permitissem que a misericórdia e a justiça reinassem em seu meio. A
causa do exílio ( Zc 7: 8-14) Deus continua Sua mensagem e alerta a
memória do profeta para aquilo que Ele havia mandado o Seu povo
praticar: juízo, bondade e misericórdia (vv. 9,10). Mas ele não fez
assim e a ira do Altíssimo recaiu sobre todos (v. 12). Escolheram a
vereda da desobediência e o efeito foi um triste e penoso período de
escravidão nas mãos de vizinhos opressores. Viraram as costas e taparam
os ouvidos (v. 11); seus corações estavam duros como diamante (v. 12),
isto é, nada poderia quebrar, cortar ou penetrar a sua resistência
rebelde e obstinada. O SENHOR, ao bradar-lhes, encontrava somente portas
fechadas, assim, teve que espalhá-los com um turbilhão (tempestade ou
redemoinho de vento) e permitir a derrocada da sua terra (v. 14). A
SEGUNDA MENSAGEM DO SENHOR = (Zc 8) “A Justiça de Deus” foi o tema do
capítulo anterior de Zacarias. No presente capítulo se evidencia “A
Misericórdia de Deus”. Vemos freqüentemente no AT um Criador amoroso,
abençoador, cuidando do Seu povo e este se afastando; Deus chamando-o de
volta e a rebeldia se intensificando; o SENHOR castigando o e ele,
arrependido, voltando ao Criador. Ele aceitando-os novamente, por Seu
grande amor. Um dia, porém, a misericórdia de Deus findará e aqueles que
ainda não O reconhecem como Messias experimentarão somente a Sua
justiça. “... voltarei....salvarei..,” (Zc 8.1-8 ) A promessa de Deus
aos Seus filhos é que Ele voltará para Sião (Seu povo) e habitará no
meio de Jerusalém. O retorno do SENHOR ao Seu povo marca o início da sua
restauração. O povo se arrependerá, Deus o perdoará e permitirá que
retorne à sua terra. A capital terá, então, o nome de cidade fiel; o
monte do SENHOR dos Exércitos (sobre qual estava sendo edificado o
templo) será chamado Monte Santo (v. 3). “... sejam fortes...”(Zc
8.9-17) Deus procura encorajar Seu povo, mencionando a atitude que
prevalecia no início do trabalho de reconstruir o templo: ninguém
recebia salário e havia inimigos em volta; mesmo assim dedicou-se à obra
com vontade e ardor (v. 10). Zacarias fala que Deus irá abençoá-lo
novamente. Não será envergonhado perante as outras nações, mas, será
herdeiro das riquezas celestiais (vv. 12,13). Por isso, precisa ficar
firme, levantar a cabeça, não temer e começar uma segunda vez esse seu
trabalho digno e proveitoscéus. “... amai, pois, a verdade e
a paz” (Zc 8.18-23) Os pensamentos do SENHOR através de Zacarias, nessa
passagem, estão ligados aos dois
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