Após vitória palestina na ONU, Israel aprova construção de 3 mil casas em territórios ocupados
Ocupação será feita em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, áreas reivindicadas pelos palestinos
O governo de Israel
aprovou nesta sexta-feira (30) a construção de 3 mil novas casas em
assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, áreas
reivindicadas pela Palestina. A decisão foi tomada um dia após o reconhecimento da Palestina como Estado observador na (Organização das Nações Unidas).
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, já
deu declarações afirmando que não voltará à mesa de negociações caso o
Estado judeu continue a colonização de território ocupado após
conflitos.
Segundo o Canal 10 da televisão israelense, que cita um funcionário do
Executivo, além das 3 mil casas, o governo deu sinal verde a um plano
para construir milhares de novas residências na área que liga Jerusalém
Oriental ao grande assentamento de Ma'ale Adumim, no nordeste da cidade e
já dentro do território da Cisjordânia. "Israel está considerando
outras diversas ações em resposta à ação unilateral dos palestinos na
ONU", disse o funcionário do governo.
O site do jornal Yedioth Ahronoth informou, por sua vez, que a decisão
de construir as casas foi adotada pelo grupo dos nove ministros mais
importantes do governo, que se reuniu na quinta-feira para analisar a
resposta israelense à iniciativa palestina nas Nações Unidas.
Na semana passada, os Estados Unidos
pediram a Israel para não autorizar a construção na área denominada E1,
entre o assentamento de Ma'ale Adumim e Jerusalém, como uma das
possíveis respostas à ação palestina na ONU.
A construção na área E1 criaria uma continuidade entre esse
assentamento e Jerusalém que vários governos israelenses tentaram, mas
ainda não tinham conseguido até agora devido à oposição dos EUA e outros
agentes internacionais como a União Europeia.
Tanto Bruxelas como Washington tinham apelado a Israel a não oferecer
uma resposta dura à iniciativa palestina na ONU que pudesse dificultar
um hipotético retorno às negociações de paz.
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou ontem à noite, com um
placar de 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções, o reconhecimento
da Palestina como Estado observador não membro da organização, nas
fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital.
http://revistaepoca.globo.com/Mundo/noticia/2012/11
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