30 anos sem Paulo Leivas Macalão
No dia 26 de
agosto de 2012, completou 30 anos do falecimento do pastor Paulo Leivas
Macalão, um dos maiores (e polêmicos) líderes das Assembleias de Deus
no Brasil. A data foi relembrada pelo Ministério de Madureira através de
redes sociais, onde fotos e textos foram compartilhados para marcar as
três décadas de ausência de seu fundador e antigo líder máximo.
Macalão e esposa: incompreendido e segundo Vingen muito independente
Naquele
agosto de 1982, o Ministério de Madureira sofreu duas grande perdas.
Vinte um dias antes da morte do pastor Paulo Macalão, seu
vice-presidente e amigo, pastor Alípio da Silva faleceu. Pastor Alípio
era o braço direito de Macalão e ao que tudo indica, seu eventual
sucessor no ministério. Dentro dessa situação, o Ministério de Madureira
elegeu o pastor da AD do Brás, Lupércio Vergniano para a presidência.
Manuel Ferreira, hoje presidente vitalício do ministério já estava
em ascensão naquela época. Foram esses senhores (e pelo que se percebe),
junto com a viúva de Macalão a missionária Zélia Brito Macalão, deram
continuidade aos projetos da igreja.
Passados 30 anos de sua morte, sua obra ainda é motivo de diversas analises e reflexões. Macalão foi um pioneiro do pentecostalismo sem dúvida alguma, mas também foi pioneiro na formação da primeira cisão ministerial da denominação e inspirou muitos outros a fazerem o mesmo. Ainda em vida, a palavra mais usada pelos textos oficiais para justificar a iniciativa de Paulo Leivas de formar um ministério à parte do suecos foi incompreensão. Sim, Macalão foi um incompreendido, um jovem que ao entrar em choque com os líderes escandinavos se deslocou para os subúrbios da cidade do Rio de Janeiro, para ali formar seu próprio rebanho. E esse rebanho cresceu muito, sempre inspirado na veia nacionalista e autoritária de seu líder. A AD passou então em muitas regiões do Brasil a ser conhecida como Missão, em alusão aos trabalhos fundados ou dirigidos pelos suecos, e Madureira, a AD verdadeiramente nacional.
Passados 30 anos de sua morte, sua obra ainda é motivo de diversas analises e reflexões. Macalão foi um pioneiro do pentecostalismo sem dúvida alguma, mas também foi pioneiro na formação da primeira cisão ministerial da denominação e inspirou muitos outros a fazerem o mesmo. Ainda em vida, a palavra mais usada pelos textos oficiais para justificar a iniciativa de Paulo Leivas de formar um ministério à parte do suecos foi incompreensão. Sim, Macalão foi um incompreendido, um jovem que ao entrar em choque com os líderes escandinavos se deslocou para os subúrbios da cidade do Rio de Janeiro, para ali formar seu próprio rebanho. E esse rebanho cresceu muito, sempre inspirado na veia nacionalista e autoritária de seu líder. A AD passou então em muitas regiões do Brasil a ser conhecida como Missão, em alusão aos trabalhos fundados ou dirigidos pelos suecos, e Madureira, a AD verdadeiramente nacional.
Após
a saída do Ministério de Madureira da CGADB, a literatura da CPAD ainda
continua a reconhecer Paulo Leivas como grande líder, porém sempre é
destacado um trecho do diário de Vingren onde ele registra uma
interessante observação sobre Macalão: "ele é muito independente".
Outras faces do "Apóstolo do século XX" são reveladas nas edições
posteriores, sob um ângulo nem sempre favorável, legitimando assim a
cisão ocorrida em 1989 como algo inevitável, pois o germe da divisão
estaria nas ações expansionistas e polêmicas do fundador de Madureira. Assim,
após 30 do seu falecimento, sua memória cada vez mais é exaltada por
Madureira, mas por outro lado é questionada nem sempre de forma sutil
pelas AD's ligadas a Missão.
Outro ponto que envolve a figura de Macalão em mistério seria a sua provável filiação a maçonaria. Antigos líderes e membros afirmam essa ligação, mas não há evidências claras de que isso tenha ocorrido. Sua amizade com o Reverendo Isaías de Souza Maciel, ministro evangélico, o qual chegou a ser grão-mestre na maçonaria é destacada para afirmar essa hipótese. Gedeon Alencar registra em seu livro, que o questionamento de um pastor pertencer ou não a maçonaria foi ventilado na CGADB de 1966, e ainda, segundo alguns entrevistados para sua tese, uma comissão teria realizado um solenidade em sua homenagem. Mas esse é um caso onde não há confirmações ou desmentidos convincentes.
A certeza de tudo isso é que, passados 30 anos de sua morte, a vida e obra de Paulo Leivas Macalão ainda merecem um estudo mais aprofundado. Poucas informações sobre ele se levantaram nesse período além das que já estão dadas pela historiografia oficial. Macalão ainda é uma incógnita para muitos pentecostais, um personagem mítico esperando por ser desvendado.
Outro ponto que envolve a figura de Macalão em mistério seria a sua provável filiação a maçonaria. Antigos líderes e membros afirmam essa ligação, mas não há evidências claras de que isso tenha ocorrido. Sua amizade com o Reverendo Isaías de Souza Maciel, ministro evangélico, o qual chegou a ser grão-mestre na maçonaria é destacada para afirmar essa hipótese. Gedeon Alencar registra em seu livro, que o questionamento de um pastor pertencer ou não a maçonaria foi ventilado na CGADB de 1966, e ainda, segundo alguns entrevistados para sua tese, uma comissão teria realizado um solenidade em sua homenagem. Mas esse é um caso onde não há confirmações ou desmentidos convincentes.
A certeza de tudo isso é que, passados 30 anos de sua morte, a vida e obra de Paulo Leivas Macalão ainda merecem um estudo mais aprofundado. Poucas informações sobre ele se levantaram nesse período além das que já estão dadas pela historiografia oficial. Macalão ainda é uma incógnita para muitos pentecostais, um personagem mítico esperando por ser desvendado.
Fontes:
ALENCAR, Gedon. Assembleia de Deus-origem, implantação e militância (1911-1946). São Paulo: Arte Editorial, 2010.
ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
DANIEL, Silas. História da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
FRESTON, Paul. Breve História do Pentecostalismo. In: ____. Nem anjos nem demônios; interpretações sociológicas do pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994.
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