14 junho 2012


LIÇÃO 12

O JUÍZO FINAL

17 de Junho de 2012

TEXTO ÁUREO
“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”. (Apocalipse 21.8). 
 -Tímidos: Coragem e resistência paciente são indispensáveis no conflito entre o Cordeiro e o Dragão. Incrédulo é o oposto de fiel. Abomináveis significa poluídos pelas abominações da terra (17.5). Feiticeiros: O grego literal refere-se àqueles que traficam drogas. Mentirosos são aqueles que se desviam da verdade e juntam-se aos enganadores. [a].
VERDADE PRÁTICA
Deus é amor, mas não permitirá que nenhum pecador impenitente fique impune.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Apocalipse 20.7-15.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Definir o Juízo Final;
- Compreender o sistema do julgamento divino e seus personagens; e
- Conscientizar-se de que o Juízo Final é uma doutrina fundamental das Escrituras.
Palavra Chave
Juízo: Ato, processo ou efeito de julgar; Ato de julgar. Faculdade intelectual de julgar, entender, comparar e tirar conclusões. Julgamento, apreciação: fazer bom juízo de alguém. Sensatez, bom senso, tino, siso [b].
COMENTÁRIO
Introdução
E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,” (Hb 9.27). Segundo as Escrituras, aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o Juízo final. O Juízo Final, Julgamento Final, o Dia do Juízo Final, ou Dia do Senhor nas Escrituras, é o julgamento final e eterno feito por Deus sobre todas as nações. Terá lugar depois da ressurreição dos mortos e a Segunda Vinda de Cristo (Ap 20.12-15). A Escola Pré-Milenista dispensacionalista [c], ensina que a Segunda Vinda acontecerá em duas fases distintas: na primeira, Cristo se encontrará com a Igreja nos ares e levará os salvos para participar das Bodas do Cordeiro nas regiões celestiais; na segunda, após sete anos de Tribulação na Terra sem a presença da Igreja, Cristo regressará com ela para reinar neste mundo por mil anos. Fazemos distinção entre a ressurreição para a Igreja, na ocasião do Arrebatamento; a ressurreição para aqueles que virão a crer durante a Grande Tribulação de sete anos (ressurreição esta que ocorrerá na segunda fase da Segunda Vinda de Jesus, no final da Grande Tribulação); e a ressurreição dos incrédulos no final do Milênio. Distingue também o julgamento dos crentes após o Arrebatamento (Tribunal de Cristo), o julgamento dos judeus e gentios convertidos no final da Grande Tribulação (Julgamento das Nações) e o julgamento dos incrédulos no final do Milênio (Juízo Final ou Juízo do Grande Trono Branco). Cremos que o período de sete anos da Grande Tribulação será literal, e que a Igreja será arrebatada antes dessa tribulação. O Milênio será inaugurado e estabelecido com a Segunda Vinda de Jesus (na segunda fase), após a Grande Tribulação, e durará literalmente mil anos. Para esta escola, há distinção entre Israel e a Igreja. Boa aula!
I. O QUE É O JUÍZO FINAL
1. O Juízo Final. A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa. A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos que estão a sua frente. Os termos usados para descrever o Trono “Grande e Branco” salienta a Soberania e Santidade. A última rebelião é [imediatamente] seguida pelo Julgamento do Grande Trono Branco, sobre os não salvos. Esta é a segunda ressurreição e a segunda morte. A primeira ressurreição [mesmo em etapas] foi aquela dos salvos, enquanto que a segunda é a dos que não foram salvos. A primeira morte é a separação entre o espírito e o corpo, enquanto que a segunda é a separação eterna de Deus, no Lago de Fogo.
2. As bases do Juízo Final.E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.12-13). Será um julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores (Rm 3.9-18), e “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam” (Is 64.6). Salvação, por outro lado, não é pelas obras, mas é pela graça de Cristo, que morreu em nosso lugar; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef 2.8-9). A obra (singular) do crente será julgada no Tribunal de Cristo: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.” (1Co 3.13,14), referindo-se a um exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas ou as perca. Mas os descrentes darão conta de suas “obras” (plural), referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus. As “boas obras” de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, como vimos, até mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície, diante um Deus triplamente santo: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6).
3. A ocasião do Juízo Final.E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (Ap 20.12).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final.

II. O JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO PROFETA E DO DRAGÃO
1. O juízo sobre a Besta. Um anjo que estava no sol fez um convite para todas as aves que voavam pelo meio do céu a virem se fartarem das carnes dos poderosos, (Apocalipse 19:17 e 18) “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus, para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam, e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes”. A besta, os reis da terra e seus exércitos avançaram contra ao que estava montado no cavalo branco e seu Exercito, (Apocalipse 19:19) “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército”. A besta e o falso profeta foram presos e lançados no lago de fogo, (Apocalipse 19:20 e 21) “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes” [d].
2. O juízo sobre o Falso Profeta. Os dois aliados do dragão introduzidos no capítulo 13 - a besta (do mar) e o falso profeta (a besta da terra que induzia as pessoas a adorarem a besta) são tomados pelas forças do Cordeiro. Foi comum nas guerras tomar os reis ou comandantes como prisioneiros, ou para o cativeiro (cf. 2 Reis 25.5-7) ou para serem executados diante do povo vitorioso (cf. Juízes 8.12,21). O destino destes líderes dos ímpios: Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre: O “lago de fogo” é mencionado somente no Apocalipse (cf. 20.10,14,15). Destes versículos aprendemos que é o lugar do tormento perpétuo das duas bestas, do diabo e daqueles que não são achados no Livro da Vida. A morte e o inferno (hades), também, são lançados neste lago. Enxofre sempre representa castigo ou destruição que vem de Deus (cf. 9.17-18; 14.10; Salmo 11.5-7). A destruição, porém, não significa cessar de existir. O tormento deles continua “pelos séculos dos séculos” (20.10) [e].
Qualquer que seja a interpretação sobre o milênio, a verdade central da derrota de Satanás em estágios, continua a mesma. O objetivo da prisão do diab3. O juízo sobre o Dragão.  Satanás será acorrentado durante estes mil anos dentro do abismo, conforme Apocalipse 20:1-3: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo (poço sem fundo), e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente [dos primórdios], que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o [seguramente] por mil anos. E lançou-o no abismo (poço sem fundo), e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.” O diabo, que habilitou a besta e o Falso Profeta, compartilha de seu destino. No primeiro estágio de seu julgamento, ele é amarrado por mil anos no abismo. o é para que não engane as nações. Desde a época do primeiro advento de Jesus e do derramamento do Espírito Santo, não foi mais possível para Satanás manter o povo do mundo nas trevas sem disputa (Lc 2.29-32), uma vez que os discípulos proclamam o evangelho para “todas as nações” (Mt 28.18-20) [e]. A trindade profana estará reunida para passar a eternidade em tormentos. Em seguida, ocorrerá o julgamento diante do Grande Trono Branco, no qual os perdidos de todas as épocas - os espíritos não regenerados daqueles que morreram sem Cristo, incluindo aqueles que foram consumidos pelo fogo ao seguirem a Satanás no fim do Milênio - serão julgados de acordo com suas obras, conforme registradas nos “livros” (plural) (Ap 20.12).

 

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.

III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO
Os últimos versículos do capítulo 20 descrevem uma cena de julgamento de destruição dos mortos. A santidade de Deus não aceita a impureza daqueles cujos nomes não foram achados no Livro da Vida. O trono branco aparece somente aqui, mas a idéia do julgamento divino aparece em diversos textos no Antigo e Novo Testamento.
1. O Trono Branco. É um trono que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim [absoluto e final] e cada não é não [absoluto e final], para além do qual não há mais possibilidade de recurso, de apelo [muito menos de segunda chance. Branco significa santidade e retidão. Trata-se do trono do santo [e final] julgamento de Deus contra todos os pecados. Não há um arco-íris como havia em Apocalipse 4. Não há nenhuma graça, nem misericórdia, não há nenhum pacto de esperança. Em contraste com os crentes, que vêem livre e corajosamente a um “trono da graça”, em razão do sangue de Cristo [sobre eles aplicado]: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno“; “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,” (Hb 4.16, 10.19), o descrente é arrastado até um aterrorizador, flamejante trono branco para receber julgamento sem nenhuma diminuição. “Quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas” (Na 1.6 ). “Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso” (Dt 4.24); “Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono. Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor“(Sl 97.2,3); “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor” (Hb 12.29). (Ap 20.11: “E vi um grande trono branco…) É grande, o que significa a onipotência de Deus. O pecador, que invariavelmente pensa de si como importante e digno de graça, será plenamente consciente de sua insignificância e inutilidade de sua vaidade quando ele ficar diante deste grande trono.
2. Os Tronos dos Justos. O plural tronos é usado somente quatro vezes em Apocalipse (ver 4.4; 11.16), e aqueles sentados neles sempre são os vinte e quatro anciãos, a quem foi dado o poder de julgar como representantes da Igreja no céu e na terra (ver Dn 7.9,22,27; Mt 19.28; Lc 22.30; Hb 12.1,2). [f]. Essa foi a promessa do Cristo glorificado à igreja de Laodicéia: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. (Ap 3.21).
3. O Supremo Juiz.E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles” (Ap 20.11). O ocupante do trono este é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o julgamento: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22). O homem disse, “Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.” (Lc 19.14 ) mas agora eles comparecerão perante Ele, contra Quem se rebelaram, e darão conta a Ele.
4. Os livros do Juízo Final. O livro da vida será aberto. Este é o livro que contém os nomes das pessoas de todos os séculos que estão eleitas em Cristo, de acordo com o pré-conhecimento de Deus “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo.”; “A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.” (Ap 13.8; 17.8). A própria existência deste livro irá relembrar todo pecador que um Salvador veio ao mundo para morrer pelos pecados do homem, e que a salvação foi oferecida a “todo e qualquer que a queira”. “O Livro da Vida será desenrolado ali, porque muitas pessoas naquela grande multidão têm tido como garantido que os seus nomes estão lá, meramente porque, por acaso, foram listadas no rol de membros de alguma igreja ou sociedade religiosa”. “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mt 7.23). O livro de obras será aberto. É mantido registro de todas as obras do homem, incluindo cada palavra inútil e cada coisa secreta: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.”; “Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.”; “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” (Mt 12.36; Lc 8.17; Rm 2.16). Salmos 50.16-21 descreve o tipo de coisas que serão vistas no Julgamento do Grande Trono Branco:”Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos“. O livro de Deus [a Bíblia] também vai estar lá. Em João 12.48 Jesus disse: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia“. Assim, a Bíblia será aberta nessa ocasião como um testemunho para cada pecador.
SINOPSE DO TÓPICO (III) Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do juízo.

IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono: A tendência de muitos comentaristas é ver aqui a ressurreição no último dia e o julgamento final. A Bíblia claramente ensina que haverá uma ressurreição de todos e um julgamento “perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10; Jo 5.27-29). Os mortos, neste caso, seriam aqueles que se dedicavam à besta. Não há menção aqui de galardão para os fiéis, somente de condenação dos ímpios. Na “primeira ressurreição” (20.5), os adoradores do Cordeiro foram exaltados para reinar com ele. Aqui, podemos ver uma segunda ressurreição - dos adoradores da besta, os grandes e os pequenos (cf. 13.16), que serão condenados com ela.
1. A segunda ressurreição. “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia”: Nenhum morto foi isento deste julgamento. Até os ímpios entregues à Morte e ao Inferno (6.7-8) são apresentados para o julgamento. Deus tem domínio, e ninguém consegue proteger os mortos do julgamento dele. “E foram julgados, um por um, segundo as suas obras”: Os servos da besta são julgados da mesma maneira que todos serão julgados no último dia (2 Coríntios 5:10). Deus é justo, e dará a cada um segundo as suas obras.
2. Os mortos da segunda ressurreição. No discurso feito logo após a cura do paralítico de Betesda, Jesus falou de duas ressurreições distintas. A primeira é a ressurreição figurada: “Eu lhes asseguro: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas passou da morte para a vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão” (Jo 5.24-26). A segunda é a ressurreição literal: “Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5.28-29). Jesus explicou que a hora da primeira ressurreição “já chegou”, mas a hora da segunda “está chegando”. É o tempo que separa e diferencia uma ressurreição da outra. Em outras palavras, a primeira ressurreição está acontecendo e a segunda está para acontecer. [g]. Os mortos da segunda ressurreição são os fisicamente mortos. A ressurreição para a vida é chamada de Primeira Ressurreição. A ressurreição que é para a morte, é chamada de Segunda Ressurreição (”E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” Daniel 12.2; “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.28-29) [h].
3. A segunda morte. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo: A Morte e o Inferno são inimigos de Deus, mas são dominados, utilizados e vencidos pelo Senhor. Existem vários sentidos ou contextos em que Jesus vence a morte e o inferno (a palavra grega aqui é hades - região dos mortos). No passado, ele a venceu na sua ressurreição (Atos 2:24-31; Romanos 6:9; 2 Timóteo 1:10). No presente, os servos fiéis participam da vitória sobre a morte (Romanos 8:2,38-39; Hebreus 2:15; 1 João 3:14). No futuro, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Coríntios 15:26). Aqui, em relação à guerra do dragão e suas bestas contra os santos, a morte e o inferno são derrotados e lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo: O vencedor é isento desta morte (2:11; 20:6). Ele participa da vida que há em Cristo Jesus. O lago de fogo já foi representado como lugar de castigo perpétuo (20:10). Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap 21.8. Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da presença de Deus (2 Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios serão lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que arde continuamente com fogo inapagável - o tormento eterno (Ap 14.10,11).
SINOPSE DO TÓPICO (IV) No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.

V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO
O inferno e a morte (o lugar de separação), tendo sido esvaziados pela segunda ressurreição, serão lançados como lixo para dentro do lago de fogo, e assim eliminados completamente.
1. O juízo sobre a morte. Enfim, da morte nunca mais se dirá “Em Adão todos morrem” (1Co 15.22). A morte está sendo personificada aqui pois é a grande inimiga do homem, e está ligada ao inferno, ou Hades, o equivalente do grego para o hebraico Sheol - é o lugar para onde atualmente só descem as almas dos mortos ímpios, pois as dos justos sobem para estar com Cristo no céu (2Co 5.8).
2. O juízo sobre o inferno. A palavra “inferno” aparece na Bíblia por 30 vezes, sendo apenas 10 vezes em todo o Velho Testamento e 20 vezes no Novo Testamento, porém não foi registrada a mesma palavra para inferno em todas as passagens. Não houve na realidade falha do tradutor quando menciona inferno no lugar delas, pois cada uma das palavras originais tem um significado próprio e complexo na sua descrição. Em primeiro lugar não podemos associar a palavra “inferno” a todos os lugares citados, sem dúvida seria incorreto. Em algumas traduções mais equivocadas ainda está mencionado “sepultura” outras o “alem”, nesses casos não houve nenhuma fidelidade na tradução da palavra. Sequer foi deixado claro que o lugar é de tormento terrível quando a tradução está dessa forma.
SINOPSE DO TÓPICO (V)
Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade.

CONCLUSÃO
A mensagem do Julgamento do Grande Trono Branco é que não existe qualquer possibilidade de salvação após a morte, e que o homem deve confiar em Cristo na presente vida, ou ser condenado eternamente. “Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável E socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2Co 6.2). São do próprio Senhor Jesus estas palavras: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, TEM a vida eterna, e NÃO entrará em condenação, mas passou da morte para a vida(Jo 5.24). A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de Cristo. Sua morte e ressurreição são a garantia total de que Ele voltará. Sua vitória sobre a morte foi com glória, triunfo e poder. Esse assunto não é agradável nem fácil de ser compreendido. A justiça divina não deve ser pesada por nossos vãos pensamentos, devemos apenas cumprir a Palavra e submetermo-nos à sua autoridade. Nosso papel como atalaia é o de anunciarmos as Palavras do Senhor e alertarmos os ímpios de seus maus caminhos. Não é o desejo divino que alguém se perca, por isso mesmo Ele nos levantou por atalaias neste mundo! Eia!Vamos alcançar os perdidos e adverti-los acerca do futuro e do juízo de Deus. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo’ (Hb 10.31). 
Subsídio para o Professor


Após o Reino de Cristo na Terra por mil anos, e com Satanás fora do cenário, ocorrerá o “Juízo Final”, que diante do Trono Branco representa o poder ilimitado de Deus e a perfeição da execução dos Seus atos de justiça. O que está assentado sobre o Trono é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ninguém, exceto a Igreja e os integrantes da Primeira Ressurreição, escapará do julgamento final. Lá estarão senhores e servos, sábios e indoutos, ricos e plebeus. Lá a justiça divina será aplicada a todos. Será o momento em que serão julgados todos os ímpios que se rebelaram contra Deus, em todos as eras, bem como aqueles que não aceitaram o sacrifício de Jesus Cristo em prol da Salvação da humanidade.
I. O QUE É O JUIZO FINAL
Na Bíblia inteira, Deus é visto como Justo Juiz. Ele pronunciou juízos, nos tempos antigos, contra Israel, e também contra as nações. No fim dos tempos não vai ser diferente. Todo ser humano devia se preocupar com esse momento, pois fora da Salvação em Cristo, indubitavelmente, enfrentará esse momento que, infelizmente, nele só haverá um veredicto: a condenação eterna (Ap 20:15).
1. O Juízo final. O “Juízo Final” será o julgamento a que serão submetidos os incrédulos de todas as eras, que foram ressuscitados, na consumação de todas as coisas(Ap 20:5). É chamado também de “Juízo do Trono Branco”, porque a narrativa bíblica se inicia com a visão de um “Grande Trono Branco”. Ocorrerá depois do término do reino milenial de Cristo, depois da condenação definitiva do Diabo e suas hostes. Na Bíblia, este julgamento é explicitamente mencionado, pela primeira vez, por Daniel (Dn 7:9,10). Era algo de pleno conhecimento dos judeus, como mostra Marta, irmã de Lázaro, ao se dirigir ao Senhor, quando este chegou a Betânia quatro dias após a morte de seu amigo(João 11:24). Terá como objetivo retribuir a cada um segundo as suas obras(Ap 20:11-15). A Igreja - a Universal Assembleia dos Santos (Hb 12:23) - não será submetida ao Juízo Final, por haver crida na eficácia da morte e da ressurreição do Filho de Deus.
O Novo Testamento menciona cinco categorias de Julgamentos definitivos:
a) Julgamento da Igreja (2Co 5:10). O julgamento da Igreja é o chamado “Tribunal de Cristo”, que ocorrerá logo após o arrebatamento, antes das Bodas do Cordeiro. Acontecerá nas regiões celestiais. Neste tribunal, os crentes serão julgados pelas obras que tiverem feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (Rm 14:10; 2Co 5:10). Este julgamento não envolve salvação ou perdição, pois todos os crentes que forem arrebatados estarão salvos, mas serão julgadas as obras com vistas à entrega de recompensas, do “galardão”. Nesta oportunidade, muitos serão surpreendidos, pois Deus conhece o coração do homem (1Sm 16:7) e sabe a qualidade de tudo o que está sendo feito em Sua obra, não atentando para a aparência. Diante disto, muitos que, aparentemente, terão feito muito pela obra do Senhor, nada receberão, porquanto suas obras serão consideradas como palha, como madeira, sem condição de resistir ao crivo divino; e outros, que, aparentemente, nada teriam feito pelo Senhor, receberão galardões, pois trabalharam em silêncio, sem alarde, mas com dedicação e real devoção. Os critérios do julgamento e o seu tratamento são descritos em 1Co 3:12-15.
b) Julgamento de Israel (Ez 20:34-38;Ml 3:2-5). O segundo julgamento é o julgamento de Israel, o povo escolhido de Deus. A Grande Tribulação será o instante em que Deus tratará com a nação israelita e, ao término da Grande Tribulação, Deus terá provado este povo e só o remanescente será salvo. Aqui, de imediato, vemos uma diferença entre quem fez parte do arrebatamento e quem não fez. Enquanto que o julgamento da Igreja não envolve salvação ou condenação eternas, os demais julgamentos têm em vista o destino eterno dos indivíduos. Na Igreja vitoriosa e glorificada, os crentes não correm risco de perder a vida eterna, conquistada pela fé em Cristo Jesus, mas, tanto em Israel quanto entre os gentios incrédulos, o julgamento divino envolve a possibilidade concreta e bem provável de se viver eternamente sem Deus e sem salvação. É o remanescente que será salvo (Rm 9:27), porque se arrependerão de seus pecados e aclamarão a Jesus como o Messias (Zc 12:10).
c) Julgamento das Nações (Mt 25:31-46). Esse julgamento acontecerá na terra sobre aqueles que sobreviveram ao Armagedom. Serão julgados com base no tratamento dado a mensagem do reino, aos seus mensageiros e ao modo como trataram a nação de Israel. Este julgamento terá como finalidade apartar os “bodes” das “ovelhas”, ou seja, decidir quem passará com Cristo o reino milenial e quem não passará o milênio, ficando a aguardar o julgamento final e definitivo. Neste julgamento, serão ressuscitados apenas aqueles que desfrutarão o milênio com Cristo, os bem-aventurados que completam o número daqueles que tomam parte da primeira ressurreição (Ap 20:6). Os demais indivíduos, com exceção do Anticristo e do Falso Profeta, que já terão sido lançados vivos no lago de fogo e de enxofre, que será inaugurado naquela oportunidade(Ap 19:20), aguardarão o julgamento que ocorrerá somente ao término do Milênio.
d) Julgamento dos anjos maus (1Co 6:3;Jd 6). Judas revela o fato de que anjos serão trazidos a julgamento: “e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia” (Jd 6). Serão julgados e condenados ao lago de fogo juntamente com o Diabo, logo após o Milênio e antes do juízo do Trono Branco (Mt 25:41).
e) Julgamento do Trono Branco (Ap 20:11-15). Este é o chamado “Julgamento Final” ou “Juízo Final” ou, ainda, o “Juízo do Trono Branco”, que terá lugar depois do término do reino milenial de Cristo. Logo após os rebeldes serem devorados pelo fogo do céu que cairá sobre os exércitos que estarão a cercar o lugar santo em Israel, terá findado a história humana. O tempo deixará de existir e Deus chamará à sua presença todos os seres humanos que foram criados e que ainda não tinham sido julgados até então, ou seja, todo ser humano que não pertence nem à Igreja, nem ao Israel salvo e nem ao grupo dos mártires da Grande Tribulação, que já terão sido julgados. Estes outros homens são os que serão levados a julgamento neste último grande tribunal da história.
2. Não confundir o Julgamento das Nações (Mt 25:31-46) com o do “Grande Trono Branco”(Ap 20:11-15). Há quem considere e ensine que a passagem bíblica de Mt 25:31-46(Julgamento das Nações) e a de Ap 20:15(Julgamento Final ou do Trono Branco) se referem a um só acontecimento, ou seja, para estes ensinadores, haverá um único julgamento, que eles denominam de Juízo Universal. Isto, porém, não se sustenta diante de uma análise, mesmo superficial, da Palavra de Deus. Entretanto, seja como for, para o crente salvo não haverá julgamento para condenação, pois conforme afirmou o Senhor Jesus em João 5:24: “… quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida“. Também Paulo afirmou: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus…” (Ro 8:1). Nossos pecados já foram julgados na Cruz do Calvário, na Pessoa de Jesus Cristo - Ler Is 53:5. Veja a seguir as diferenças entre esses dois julgamentos, que impossibilitam torná-los um só acontecimento: Em Mateus não há nenhuma ressurreição antes do julgamento, mas apenas uma reunião dos eleitos (Mt 24:31). Enquanto em Apocalipse há uma ressurreição de todos os incrédulos. Em Mateus o julgamento é de nações viventes. Em Apocalipse é dos mortos. Em Mateus as nações são julgadas. Em Apocalipse não trata de entidades nacionais, pois o céu e a terra fugiram e, já que as nações estão confinadas à Terra, o mesmo acontecimento não poderia ser descrito. Em Mateus o julgamento é na Terra. Em Apocalipse o céu e a Terra fugiram. Em Mateus não há livros a ser consultados. Enquanto em Apocalipse os livros são abertos, o livro da vida é trazido, e os que não se encontram nele são lançados no lago de fogo. Em Mateus o julgamento ocorre no retorno de Cristo à Terra. Em Apocalipse ocorre após o fim dos mil anos da presença de Cristo na Terra. Em Mateus aparecem duas classes de pessoas, os justos e os incrédulos. Em Apocalipse apenas os incrédulos aparecem. Em Mateus alguns foram para o reino e outros para o castigo. Em Apocalipse nenhum dos que são julgados vai para a bênção, mas todos vão para o castigo eterno. Em Mateus o juiz está sentado no “trono da sua glória” (Mt 25:31). Em Apocalipse Ele está sentado no “Grande Trono Branco”. Em Mateus a base do julgamento é o tratamento dos irmãos. Enquanto em Apocalipse o julgamento se baseia nas suas obras. Em Mateus a vinda de Cristo precede o julgamento. Em Apocalipse nenhuma vinda é mencionada. Em Mateus a sentença é pronunciada e a separação é feita antes de ser conhecida a causa do julgamento. Em Apocalipse não há nenhum julgamento até que ocorra cuidadoso exame dos livros. Em Mateus não há um milênio precedente, pois há o registro dos que passaram fome, sede, nudez, doença, aprisionamento e foram estrangeiros. Em Apocalipse uma era milenar precede o acontecimento (Ap 20:5). Essas considerações parecem suficientes para apoiar a afirmação de que não se trata de um único e mesmo julgamento, mas de duas partes separadas do plano de julgamento de Deus.
II. O JULGAMENTO DA BESTA (ANTICRISTO), DO FALSO PROFETA (SEGUNDA BESTA) E DO DRAGÃO (SATANÁS)
1. O Juízo sobre o Anticristo e o Falso profeta. Assim está narrado o fim do Anticristo e do Falso profeta: “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre” (Ap 19.20). Portanto, o Anticristo e o Falso profeta, na Batalha do Armagedon, serão aniquilados pela espada que sai da boca de Cristo (isto é, por sua Palavra), e serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre, que é o inferno propriamente dito (Ap 19:20). É o fim das duas “bestas”. Amém!
2. O Juízo sobre o Dragão (Ap 20:9). Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações hostis a Cristo que há nos quatro cantos da Terra, chamados de Gogue e Magogue(Ap 20:7-8). Aqui, Gogue e Magogue não devem ser confundidos com os dos textos de Ezequiel 38-39. Na passagem do Antigo Testamento, Magogue é um território extenso ao norte de Israel, e Gogue é seu governante. Neste texto de Apocalipse, as palavras se referem às nações do mundo em geral. Em Ezequiel, o contexto é pré-milenar; Em Apocalipse, é pós-milenar. Depois de recrutar um exército de rebeldes ímpios, o Diabo marchará contra Jerusalém, a cidade do Grande Rei, “a cidade amada”. Mas fogo descerá do céu vindo de Deus e consumirá as forças hostis (cf Ap 20:9). Pode parecer surpreendente que Satanás conseguirá reunir um exército de incrédulos no final do milênio. É importante lembrar, porém, que todas as crianças geradas durante o reinado de Cristo nascerão com a natureza gentílica, pecadora, e precisarão ser salvas. Nem todos aceitarão a Cristo como Rei legítimo. Os rebeldes se dispersarão por toda a Terra, procurando afastar-se o máximo possível de Jerusalém, a capital do Governo de Cristo. Após os exércitos de Satanás ser devorados por Cristo, Satanás será, para sempre, destruído, esmagado - “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo sempre” (Ap 20:10). O julgamento divino é a destruição e ruína total de Satanás. No inferno (o lago de fogo e enxofre), ele não reinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.
III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO
Lançado o diabo no lago de fogo e de enxofre, cessará o tempo histórico e será instalado o Grande Tribunal, também conhecido como o Grande Trono Branco, a ser presidido por nosso Senhor Jesus Cristo - “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros”(Ap 20:11,12).
1. O Grande Trono Branco. O Grande Trono Branco simboliza o poder ilimitado de Deus e a perfeição da execução de seus atos de justiça. É Grande por causa das questões envolvidas, e é Branco devido a perfeição e pureza dos veredictos que ali serão dados. Os ímpios, os incrédulos, aqueles que morreram sem Cristo, de todas as épocas, os grandes e os pequenos, estarão postos em pé diante do Juiz para serem julgados.
a) O Juiz que irá presidir este Julgamento. O Senhor Jesus Cristo, o Justo Juiz, conduzirá esse último Julgamento. Ele foi designado pelo Pai para essa missão. Assim diz o texto Sagrado: “Mas Deus […] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17:31). Ele mesmo expressou: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (João 5:22). Portanto, no Juízo Final, todos estarão em pé ante o trono (Ap 20:12, ARA), mas haverão de se prostrar diante do Justo Juiz para receber a sentença (João 5:22,23). Todos aqueles que não quiseram se prostrar diante do Rei dos reis, antes da Segunda Vinda, durante a Grande Tribulação e por ocasião do Milênio, estarão ali, onde terá pleno cumprimento o que diz Filipenses 2:10,11: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai“.
b) O Local e o tempo do Julgamento Final. Pela Bíblia sabemos o local e o tempo dos outros Julgamentos. Sabemos que o Julgamento dos nossos pecados foi realizado na Cruz do Calvário, no ano 29 d.C. O Julgamento de nossas obras será realizado no Céu, diante do Tribunal de Cristo, após o Arrebatamento da Igreja. O Julgamento da Nação de Israel será realizado na Terra, durante a Grande Tribulação. O Julgamento das Nações - Mateus 25:31-46 - será realizado na Terra, no término da Grande Tribulação e antes do Milênio. Todavia, ninguém pode determinar o local em que será realizado o Julgamento Final. Não será no Céu e não será na Terra, pois, estes fugiram da presença daquele que estava assentado sobre o Trono Branco - “… e não se achou lugar para eles“(Ap 20:11). Sabe-se, somente, que será depois do Milênio.
c) Os réus do Julgamento. Fica evidente pelo texto de Apocalipse 20:11-15 que esse é um julgamento dos chamados “os mortos”(Ap 20:12,13) - “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras“. Não há nenhuma referencia aos vivos. Assim, podemos afirmar que, no Julgamento Final, diante do Trono Branco, estarão todos os mortos ímpios de todos os tempos, não importa quando, onde ou como tenham morrido. Ninguém será esquecido na terra, no mar, no inferno (hades), em lugar nenhum - “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram…” (Ap 20:5). Estes, ao ressuscitarem, receberão um corpo dotado de vida eterna, porém, não será um corpo de glória como os que receberam os salvos. Será um corpo sem glória “… para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12:2). Conforme afirmou o Senhor Jesus: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:29).
d) A base do Julgamento. Esse Julgamento, ao contrário de uma concepção popular errada, não tem por finalidade apurar se aqueles que o enfrentam serão salvos ou não. Todos os que devem ser salvos já foram salvos e entraram no seu estado eterno. Os que serão abençoados eternamente já entraram na sua bênção. Esse é antes um julgamento das más obras dos incrédulos - “[…] E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”(Ap 20:12).
e) O resultado do Julgamento. Nesse último grande Juízo não serão proferidas duas sentenças, como ocorreu no Julgamento das Nações (Mt 25:46). Haverá uma única condenação para os ímpios (Ap 20:15). Alguns dizem que os salvos também hão de ser julgados, mas isso contraria o que Jesus afirmou, em João 5:24: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entrará em juízo, mas passou da morte para a vida” (ARA). Portanto, o salvo em Cristo tem a vida eterna hoje e não será julgado mais quanto ao pecado (cf. Rm 8:1,33,34), a menos que se desvie do caminho da justiça (2Pe 2:20-22; Mt 24:13; Ap 3:5). O resultado desse julgamento fica bem claro em Apocalipse 20:15: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”. A eterna separação de Deus é o destino eterno dos incrédulos. É o que a Bíblia considera de segunda morte (Ap 20:14).
2. Os livros do juízo final - E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida…”(Ap 20:12). Naquela ocasião, vários livros serão abertos e tudo o que está gravado no coração dos seres humanos, na parte mais profunda de seu ser, virá à tona. Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os segredos de cada um (Rm 2:16). Os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras (Ap 20:12). Isso significa que o Senhor tem o registro de tudo o que fazemos (Sl 139:16; Ml 3:16; Sl 56:8; Mc 4:22). E aquele cujo nome não constar do Livro da Vida será lançado no Lago de Fogo (Ap 20:15). Conforme ensina o pr. Ciro Sanches Zibordi, o Livro da Vida é o registro de todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12:1; Ap 13:8; 21:27), “desde a fundação do mundo” (Ap 17:8). Os outros livros contêm um registro detalhado das obras dos incrédulos. Nenhum dos presentes no julgamento do Grande Trono Branco encontra-se registrado no Livro da Vida. De acordo com a Palavra de Deus, existe a possibilidade de pessoas salvas, que não perseverarem até ao fim, terem os seus nomes riscados do Livro da Vida do Cordeiro (Ap 3:5). Em Êxodo 32:32,33 vemos essa verdade na intercessão de Moisés pelo povo: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então, disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro”. Alguns, ainda, afirmam que “Deus relacionou toda a humanidade no Livro da Vida e só risca quem não recebe a Cristo como Salvador”. Não obstante, a promessa “de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3:5) é dirigida aos salvos que vencerem, e não aos pecadores que se converterem. Estes, conquanto tenham os seus nomes arrolados no Céu ao receberem a Cristo, precisam perseverar até ao fim (Mt 24:13). Em Filipenses 4:3, o apóstolo Paulo mencionou cooperadores “cujos nomes estão no Livro da Vida”, porém antes ele asseverara: “estai sempre firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1). Não foi por acaso que os pastores das sete igrejas da Ásia ouviram do Senhor a mensagem: “Quem vencer” (Ap 2-3). A manutenção no nome de alguém no Livro da Vida está condicionada à sua vitória até ao fim (Ap 3:5). Somos filhos de Deus hoje (João 1:11,12), mas devemos atentar para o que diz Apocalipse 21:7: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (ZIBORDI, Ciro Sanches - Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD).
IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS
Diante do Trono Branco estarão todos os mortos que não fazem parte da Primeira Ressurreição. Em Apocalipse 20:13 está escrito que o mar dará os mortos que nele há. Jesus também afirmou que “vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (João 5:28). Onde quer que estiverem, os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do Trono Branco. O Senhor Jesus falou sobre Duas Ressurreições: uma ele chamou de Ressurreição da Vida, e a outra de Ressurreição da Condenação - “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram mal, para a ressurreição da condenação“(João 5:28,29). Nesta passagem bíblica fica claro que uma é a Ressurreição dos Justos e a outra é a  Ressurreição dos Ímpios. Os justos ressuscitarão primeiro, por isto chamamos a ressurreição dos justos de Primeira Ressurreição. Os ímpios somente ressuscitarão depois do Milênio, diante do Trono Branco, e para o Julgamento Final, por isto chamamos a ressurreição dos ímpios de Segunda Ressurreição (ler Ap 20:5). Na Primeira Ressurreição, os salvos ressuscitarão num corpo glorificado, conforme o corpo de Cristo(Fp 3:21). Na Segunda Ressurreição, os ímpios ressuscitarão num corpo imortal, porém, sem nenhuma glória, sem qualquer beleza, “para vergonha e desprezo eterno”(Dn 12:2). Esta Segunda Ressurreição acontecerá numa única etapa. Todos os ímpios, de todos os tempos, ressuscitarão e comparecerão diante do Trono Branco, para o Julgamento Final. Instalado o Tribunal, ante o Grande Trono Branco, onde estará assentado Jesus Cristo - não como Salvador, mas como Juiz -, serão chamados os réus, que são todos os homens e mulheres que ainda não tiverem sido julgados até então. Nesse momento da chamada dos acusados, haverá a ressurreição geral dos mortos, ou seja, a chamada “ressurreição do último dia”, mencionada por Marta quando abordada por Jesus no dia da ressurreição de Lázaro em Betânia. Essa ressurreição será uma ressurreição em carne, ou seja, Deus promoverá a reunião da matéria e restabelecerá os corpos daqueles que, durante toda a história da humanidade, viveram sobre a face da Terra e desprezaram deliberadamente e conscientemente a oferta de Deus para trazer o ser humano ao estado original da criação, ou seja, à comunhão eterna com o seu Criador. Esta é uma das provas bíblicas de que ressurreição não se confunde com reencarnação, pois se Deus irá retomar toda a matéria de que foi criado o ser humano que viveu durante toda a história da humanidade dos locais em que eles morreram (Ap 20:13), isto é uma demonstração de que se morre apenas uma vez sobre a face da Terra(cf Hb 9:27), ao contrário do que afirmam os reencarnacionistas. Ainda mais, não há notícia de que venha a ser ressuscitado qualquer corpo que venha de outro planeta, a comprovar, também, que a teoria reencarnacionista, que sustenta a vida em outros planetas para justificar o crescimento populacional, não tem qualquer fundamento bíblico. A Sentença - ou o Resultado deste Julgamento: “… E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”(Ap 20:14-15). São com estas palavras, e com esta afirmação, que será encerrada a Ata do Julgamento Final. Assim, os ímpios, os réus do Julgamento dos Mortos, estarão no “lago de fogo” enquanto viverem, e, viverão eternamente - “… de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”(Ap 20:10). Chamamos isso de a “segunda morte“, que significa a separação eterna de Deus. “O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a maior razão para levar o Evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a Cristo antes que seja tarde demais” (Nota da Bíblia de Estudo Pentecostal). 
 V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO
O pastor Ciro Sanches Zibordi explica com muita substância este assunto. Diz ele: Segundo a Palavra de Deus, a morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades) darão os seus mortos, os quais, após o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20.13,14). O vocábulo “morte”, na passagem em análise, tem sentido figurado; trata-se de uma metonímia (figura de linguagem expressa pelo emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade), numa alusão a todos os corpos de ímpios, oriundos de todas as partes da Terra, seja qual for a condição deles. Há pessoas cujos corpos são cremados; outras morrem em decorrência de grandes explosões, etc. Todas terão os seus corpos reconstituídos para que, em seu estado tríplice (cf. I Ts 5.23), compareçam perante o Juiz. No entanto, para que alguém compareça ao julgamento em seu estado pleno - espírito, alma e corpo -, estes elementos terão de ser reunidos. Daí a ênfase de que “a morte” e também “o inferno” darão os seus mortos. O termo “inferno” aqui é hades, também empregado de forma metonímica. Em outras palavras, assim como a “morte” dará o corpo, o Hades dará a parte que não está neste mundo físico, isto é, a alma (na verdade, alma+espírito). Todos os sentenciados ao Lago de Fogo, no Trono Branco, serão pecadores já condenados (cf. João 3.18,36), haja vista o Hades ser um lugar de tormentos onde os injustos aguardam a sentença definitiva (cf. Lc 16.23). Nenhuma alma salva em Cristo se encontra no Hades, mas no Paraíso (Lc 23.43; 2 Co 12.2-4). Nesse caso, os mortos salvos durante o Milênio ressuscitarão antes do Juízo Final, mas não para comparecerem diante do Justo Juiz como réus (cf. João 5.22-29). Com base no que foi dito acima, podemos entender melhor a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.14). Isso denota que os corpos e as almas dos perdidos - que saíram do lugar onde estavam e foram reunidos na “segunda ressurreição”, a da condenação (João 5.29b) -, depois de ouvirem a sentença do Justo Juiz, serão lançados no Inferno propriamente dito, o Lago de Fogo. A frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.14) tem uma correlação com o que Jesus disse em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (ARA). Ou seja, as almas (”o Hades”) e os corpos (”a morte”) serão lançados no Geena. Depois disso, nunca mais haverá morte, o último inimigo a ser vencido (I Co 15.26) (ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD).
  CONCLUSÃO
À luz da Palavra de Deus, o Senhor anuncia a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam, pois tem determinado um Dia em que, com justiça, há de julgar o mundo por meio do Senhor Jesus Cristo (At 17:31). Como vimos nesta aula, o resultado desse julgamento é a separação eterna de Deus. É descrito por João: “E aquele que não foi escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo”. Esta advertência não pode passar despercebida. É clarividente que o visto de entrada para o Céu é: ter o nosso nome escrito no Livro da Vida. Isso significa aceitar a Jesus como Salvador e Senhor. Portanto, viver de forma que agrademos a Deus é, sem dúvida alguma, uma motivação para que não sejamos partícipes do Juízo Final, pois nele não serão julgados aqueles que receberam a Salvação em Cristo Jesus e foram fiéis até o fim. —-
Bibliográfia
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Novo Testamento).
Bíblia de Estudo Pentecostal. Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.
Revista Ensinador Cristão - nº 50.
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.
Antonio Gilberto - Calendário do Apocalipse.
Ciro Sanches Zibordi - Teologia Sistemática Pentecostal.
Caramuru Afonso Francisco - O julgamento Final.
J.Dwight Pentecost - Manual de Escatologia

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