O OBREIRO E O NARCISISMO PATOLÓGICO

O narcisismo não é algo necessariamente ruim, desde que enriqueça e complemente o nosso amor pelos outros (Heinz Kohut). Tal conceito se harmoniza perfeitamente com a ideia de amor próprio manifesta em Mateus 22:36-40:
Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.
Nas palavras de Jesus, o amor ao próximo é precedido pelo amor próprio. Quem não se ama, não consegue amar ninguém.
O narcisismo nem sempre é algo bom, podendo manifestar um certo tipo de adoração a si mesmo. Na condição de “obreiros patologicamente narcisistas”, estão incluídos pastores, pregadores e mestres que:
- Usam os outros para se sobressaírem;
- Desejam ser atraentes a qualquer custo;
- Desejam ser importantes a qualquer custo;
- Desejam ser interessantes a qualquer custo;
- Não olham os outros como amigos e companheiros, mas como objetos descartáveis para alcançar seus desejos e saciar suas necessidades narcísicas.
Suas roupas, objetos, gestos, pregações e posturas extravagantes gritam insistentemente e desesperadamente: “Olhem para mim!”.
O obreiro patologicamente narcisista manifesta em seus atos a falta de autenticidade, de valor próprio e de uma autoimagem positiva e resistente.
O obreiro patologicamente narcisista é interiormente apático, vazio e incompleto.
O obreiro patologicamente narcisista se considera o centro do universo, em torno do qual todas as coisas orbitam.
O obreiro patologicamente narcisista se julga o maior de todos. Ele é grande demais aos próprios olhos.
O obreiro patologicamente narcisista é um contador de vantagens, um senhor sabe tudo, alguém muito especial.
Ao pensar em um sucessor para o seu narcísico ministério, o obreiro patologicamente narcisista diz: “Que tal Deus?”.
(Texto adaptado dos conceitos de narcisismo expostos na obra “Perdas Necessárias”, de Judith Viorst)
Jundiaí-SP, 23/04

O Ministério Evangélico Narcisista e Metrosexual
"Narcisismo descreve
a característica de personalidade de paixão por si mesmo.
A
palavra é derivada da Mitologia Grega. Narciso era um
jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que
desesperadamente o desejava. Como punição, foi amaldiçoado de
forma a apaixonar-se incontrolavelmente por sua própria imagem
refletida na água. Incapaz de levar a termos sua paixão, Narciso
suicidou-se por afogamento." (Fonte: wikipédia)
Qualquer
correspondência com fatos da vida real, principalmente os que
envolvem em especial pastores, pregadores e ensinadores evangélicos
da atualidade, não é mera coincidência.
Há muitos nos "palcos da fé", se afogando em caprichos, excessos de vaidade, paixão e culto a si mesmos. É o Ministério Evangélico Narcisista em plena atividade, e com tanta força, ao ponto de influenciar a criação de outro ministério cristão evangélico, o MinistérioEvangélico Metrosexual.
O ministro metrosexual é aquele que valoriza excessivamente a aparência, não se preocupando com o que os outros pensam ou falam ao seu respeito. Gasta muito tempo e dinheiro em clínicas de beleza, fazendo a unha, tratando da pele, dando um "grau" na sobrancelha, cuidando do cabelo (com direito a tintura, chapinha e tudo mais).
O ministro "metro", não dispensa de forma alguma, quando necessário, uma boa lipoaspiração, nem uma cirurgia estética corretora.
É um assíduo frequentador de academias e investe pesado em cremes, perfumes e shapoos. Na hora de se arrumar (principalmente para pregar) não dispensa uma boa maquiagem, um brilho nos lábios, um lápis nos olhos, aquele toque nos cílios, e uma bela lente de contato.
Seu vestuário é um verdadeiro show. Tons vivos, vibrantes, berrantes, "chegueis" e cintilantes, são a sua marca registrada.
Os sapatos são bicolores, tricolores e multicores. Quanto mais brilhosos, melhor (ops, tenho um preto verniz!).
Recebi a informação, de que o Ministério Evangélico Narcisista (MEN) e o MinistérioEvangélico Metrosexual (MEM) estão credenciando novos obreiros e ministros. Trata-se de entidades evangélicas interdenominacionais, sem nenhuma dificuldade em receber ministros das várias confissões e tendências teológicas (tradicionais, históricos, reformados, pentecostais, neopentecostais, ultrapentecostais, etc.)
Calma, não estou julgando ninguém pela aparência, mas apenas relatando os fatos.
Há muitos nos "palcos da fé", se afogando em caprichos, excessos de vaidade, paixão e culto a si mesmos. É o Ministério Evangélico Narcisista em plena atividade, e com tanta força, ao ponto de influenciar a criação de outro ministério cristão evangélico, o MinistérioEvangélico Metrosexual.
O ministro metrosexual é aquele que valoriza excessivamente a aparência, não se preocupando com o que os outros pensam ou falam ao seu respeito. Gasta muito tempo e dinheiro em clínicas de beleza, fazendo a unha, tratando da pele, dando um "grau" na sobrancelha, cuidando do cabelo (com direito a tintura, chapinha e tudo mais).
O ministro "metro", não dispensa de forma alguma, quando necessário, uma boa lipoaspiração, nem uma cirurgia estética corretora.
É um assíduo frequentador de academias e investe pesado em cremes, perfumes e shapoos. Na hora de se arrumar (principalmente para pregar) não dispensa uma boa maquiagem, um brilho nos lábios, um lápis nos olhos, aquele toque nos cílios, e uma bela lente de contato.
Seu vestuário é um verdadeiro show. Tons vivos, vibrantes, berrantes, "chegueis" e cintilantes, são a sua marca registrada.
Os sapatos são bicolores, tricolores e multicores. Quanto mais brilhosos, melhor (ops, tenho um preto verniz!).
Recebi a informação, de que o Ministério Evangélico Narcisista (MEN) e o MinistérioEvangélico Metrosexual (MEM) estão credenciando novos obreiros e ministros. Trata-se de entidades evangélicas interdenominacionais, sem nenhuma dificuldade em receber ministros das várias confissões e tendências teológicas (tradicionais, históricos, reformados, pentecostais, neopentecostais, ultrapentecostais, etc.)
Calma, não estou julgando ninguém pela aparência, mas apenas relatando os fatos.
PREGAÇÃO, DESEJO E MOTIVO: UM ALERTA PARA OS JOVENS PREGADORES NUMA CULTURA NARCÍSICA E NA SOCIEDADE DO ESPETÁCULO

"Com frequência, tem acontecido que alguns jovens com determinados dons, ao ouvirem um grande pregador, sentem-se cativados por ele e pelo que ele está fazendo. Ficam atraídos por sua personalidade ou por sua eloquência, deixam-se comover por ele e, insconscientemente, começam a sentir o desejo de ser semelhantes a ele e de fazer o que ele está fazendo. Ora, isso pode estar certo, mas pode estar inteiramente errado. Os jovens podem ficar fascinados somente pelo encanto da pregação, atraídos pela ideia de ministrarem a Palavra a audiências e de influenciá-las. Todas as formas de motivos falsos e errôneos podem se instroduzir sorrateiramente. A maneira de nos precavermos desse perigo é perguntar-nos: por que desejo fazer isso? Por que estou preocupado com isso? E, a menos que descubramos um interesse genuíno pelas pessoas, pelo seu estado e condição e tenhamos desejo de ajudá-las, estaremos corretos em duvidar de nossos motivos." (D. Martyn Lloyd-Jones)
O texto acima foi publicado originalmente em 1972, na obra intitulada Preaching and Preachers, traduzida para o português sob o título "Pregação e Pregadores", pela Editora Fiel. Apesar dos trinta e oito anos passados desde a sua primeira publicação, ele se mantém indiscutivelmente atualizado.
Há na atualidade, de formar clara, o risco de muitos jovens desejarem seguir carreira como pregadores, motivados pelos aspectos estéticos da pregação, e pela sensação de poder que ela provoca. Como bem colocou Lloyde-Jones, o interesse genuíno em ajudar as pessoas é que deve ser a razão central, o motivo único deste desejo.
Uma outra questão cabe aqui ser abordada. Muitos pregadores na atualidade, estão influenciando negativamente os mais jovens, pelo fato de que os motivos que o levaram ao ministério da pregação, terem uma relação direta e estarem sob a influência da chamada cultura do narcisismo e da sociedade do espetáculo.
Narciso, de onde se deriva o termo narcisismo, segundo a mitologia grego-romana, era um jovem de incomparável beleza. Ele pensava, em razão disto, ser semelhante a um deus. Como resultado de seus pensamentos, Narciso rejeitou a afeição de Eco, uma bela jovem até que esta, desesperada, definhou, deixando apenas um sussurro débil e melancólico. Para dar uma lição ao rapaz frívolo, a deusa Némesis condenou Narciso a apaixonar-se pelo seu próprio reflexo na lagoa de Eco. Encantado pela sua própria beleza, Narciso deitou-se no banco do rio e definhou, olhando-se na água e se embelezando. Outras versões dizem que enquanto caminhava pelos jardins de Eco, ele descobriu a lagoa de Eco e viu o seu reflexo na água. Apaixonando-se profundamente por si próprio, inclinou-se cada vez mais para o seu reflexo na água, acabando por cair na lagoa e se afogar.
A conceito de cultura do narcisismo, pode ser compreendido através da breve exposição sobre o tema, feita pela Dra. Ana Almeida em seu blog:
"A sociedade actual estimula a cultura do narcisismo. Cada vez mais competimos de forma acirrada por um “lugar ao sol” num mundo em que impera a lei do mais capaz e do sucesso ou da aparência dele. As exigências de sucesso provocam um enorme desgaste. As pessoas sentem-se obrigadass e a ultrapassarem a qualquer custo as suas limitações.

Como bem coloca Joel Birman no livro Mal-estar na atualidade: A psicanálise e as novas formas de subjetividade, a cultura do narcisismo e a sociedade do espetáculo enfatizam a exterioridade e o autocentramento. Dessa forma, em se tratando de pregação e pregadores, o motivo e o desejo ficam comprometidos, visto que as necessidades do outro deixam de ser relevantes e de terem primazia, na mesma proporção em que as necessidades do próprio sujeito, norteadas pelo pensamento, sentimento e desejo narcísico, mediante o exibicionismo espetacular, ganham exclusividade.
O outro se torna objeto de mero usufruto do sujeito narcísico, lhe servindo apenas como instrumento para o incremento da auto-imagem, mediante a manipulação através dos meios de comunicação de massa, e de uma forte ênfase na estetização da pregação, em detrimento do legítimo, salutar e bíblico propósito da pregação, e da verdadeira e bíblica razão de ser e fazer do pregador.
Apesar do triste e atual quadro, percebo mudanças no cenário evangélico nacional, onde vislumbro a restauração da verdadeira pregação bíblica, realizada por pregadores santos e vocacionados por Deus para esta privilegiada missão, movidos pelos mais nobres e excelentes motivos, e desejosos de proporcionar o bem maior ao seu próximo, ou seja, a sua salvação, libertação, restauração, transformação, edificação, consolação e exortação, tendo como base e fundamento a Bíblia Sagrada
Pr.Altairgermano
Nenhum comentário:
Postar um comentário