Nova ministra de Dilma diz que aborto não é questão ideológica
"O aborto, como sanitarista, tenho que dizer, ele é uma questão de saúde pública, não é uma questão ideológica. Como o crack, as drogas, a dengue, o HIV, todas as doenças infecto-contagiosas." A frase foi dita por Eleonora Menicucci nesta terça-feira (7), na primeira entrevista coletiva após ser indicada como nova ministra da SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres).
Em entrevista à Folha, Menicucci prometeu defender a liberação do aborto à frente da secretaria. Hoje, bombardeada com perguntas sobre o tema, disse que o Executivo "não tem muito o que fazer" a respeito.
*Reportagem de Johanna Nublat
"O governo tem um projeto no Congresso Nacional, que foi enviado na gestão da ministra Nilcéa Freire, e reforçado pela gestão da ministra Iriny Lopes. Agora, esse projeto só andará no Congresso se assim os parlamentares quiserem e entenderem a importância dele. Neste momento, nós do Executivo não temos muito o que fazer."
A nova ministra não deixou, porém, de afirmar a importância do assunto. "Nenhuma pessoa de gestão que tenha sensibilidade e ouça os números admite que as mulheres continuem morrendo em decorrência de aborto."
Sua posição pessoal --de lutar pela descriminalização do aborto-- "a partir de hoje, não diz respeito", declarou Menicucci. "Minha posição pessoal está em todos os jornais, nas entrevistas que dei, não seria eu se não reafirmasse o que falei anteriormente. Mas sou governo, minha posição hoje é de governo."
Quando em campanha, a então candidata Dilma Rousseff se comprometeu com segmentos evangélicos em não capitanear mudanças na legislação pró-aborto.
VIZINHAS
A nova ministra contou que conheceu Dilma ainda em Belo Horizonte, antes de se reencontrarem na cadeia, durante a ditadura militar.
"Quem passou pelo que nós passamos na luta contra a ditadura cresce, amadurece, e não esquece nunca. São marcas que nos tornam mais fortes e mais sensíveis ao debate, sensíveis à espera, sem sentar-se numa cadeira e ficar esperando a banda passar. É espera com ação", disse Menicucci.
Ela descartou ter sido convidada para a SPM pela amizade com a presidente. "Meu currículo me credencia para estar nesse lugar. Não se faz governo com amigos."
Menicucci é professora titular do departamento de medicina preventiva da Unifesp e tem longa trajetória no movimento feminista e no combate à violência contra a mulher.
A indicada garantiu que o combate à violência doméstica e sexual será prioridade na sua gestão. "As delegacias de defesa das mulheres, a questão da Justiça criminal têm que avançar, têm que ser reformuladas. A fala da mulher não é respeitada, ouvida. É inadmissível que uma mulher vá a uma delegacia de defesa da mulher, faça uma denúncia e vá para casa."
Iriny Lopes, que deixa a secretaria para concorrer à Prefeitura de Vitória, citou o assassinato da procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo, morta a facadas na semana passada supostamente pelo marido.
"As medidas protetivas da procuradora foram de 30 metros, que proteção é essa que o agressor fica a 30 metros?", questionou Lopes.
Tribunadabahia.com.br
Gostaria de comentar a respeito,mas sou vou dizer uma coisa,tenho pena dem quem votou no PT, vão sofrer muito,.
ResponderExcluirso isto.
Jesus tenha misericordia,pois estão cego por poder.
Olá, Betão,
ResponderExcluirComo vai?
Paz e graça.
Moço, posso te dizer que tenho q concordar com sua afirmação.
Dias 'terríveis' virão por ái.
Meu agradecimento por sua participação.
Meu abraço.
Deus continue te abençoando.
Viva vencendo!!!
Seu irmão menor.