11 fevereiro 2012

Caso Maranata: presidente da Igreja contratou empresa de sobrinho 


Firma de sonorização recebeu R$ 23,7 milhões em seis anos


Uma das empresas contratadas pela Igreja Cristã Maranata pertence ao sobrinho do presidente da instituição, Gedelti Gueiros. O dono da Work Sistemas e Equipamentos, responsável pela sonorização dos templos, é Hélvio Freitas Gueiros. Pelos serviços prestados nos últimos seis anos a microempresa recebeu R$ 23,7 milhões, o que dá uma média de quase R$ 4 milhões ao ano.


Por meio de nota, a Maranata informou que "Gedelti Gueiros não tem qualquer tipo de ingerência na gestão administrativa da instituição". A contratação de fornecedores para construção e aparelhamento da igreja, acrescenta a nota, segue o critério de cotação de preços.


Diversos fornecedores prestaram depoimento na investigação feita pela própria igreja. Nela, não há relatos dos proprietários da Work – Hélvio Gueiros e Sandra Pretti Gueiros.


Estimativas iniciais apontam que o rombo pode chegar a R$ 21 milhões. A igreja já ingressou com uma ação na Justiça para solicitar a ressarcimento de R$ 2,1 milhões.


Documentos obtidos por A GAZETA mostram que, entre as empresas cujos proprietários foram ouvidos pela comissão que fez a investigação da igreja, todas têm faturamento bem inferior ao da Work Sistemas e Equipamentos. A maior delas recebeu no mesmo período – entre os anos de 2005 e 2011 – R$ 4 milhões.


Resposta


Os proprietários da Work Sistemas e Equipamentos, Sandra Pretti Gueiros e Hélvio Freitas Gueiros, não retornaram às ligações daimprensa. Sandra Gueiros chegou a atender ao telefone, mas, ao saber que se tratava da imprensa, pediu para que retornasse dez minutos após. A reportagem retornou, mas até o fechamento desta edição não conseguiu mais contato com ela.



"Ele está abalado", diz novo advogado


Um novo advogado assumiu ontem a defesa da Igreja Cristã Maranata. Homero Mafra – que ocupa a presidência da Ordem dos Advogados (OAB) no Estado – vai cuidar dos processos criminais da igreja.


O fato foi comunicado na manhã de ontem, no horário em que o presidente da igreja, Gedelti Gueiros, deveria prestar seu depoimento na Delegacia de Defraudações. Por telefone, Mafra comunicou ao delegado Gilson Gomes que Gedelti não poderia atender à intimação recebida na quarta-feira.


O argumento foi de que Mafra havia sido convidado a assumir o caso no dia anterior e não teve tempo de analisar todas as informações. "Por isso solicitei ao delegado um prazo maior", afirmou o advogado.


De acordo com Mafra, foi uma boa oportunidade para evitar que Gedelti tivesse que comparecer a mais de um depoimento.


"É um senhor de 80 anos e que está muito abalado com a situação", falou. O advogado adiantou também que uma das questões que precisarão ser analisadas diz respeito a um conflito de atribuições na investigação. "O trabalho está sendo feito pelo Ministério Público Estadual e pela polícia. É preciso se definir quem vai ficar com o caso", disse.


O delegado informou que se reúne hoje com Mafra e adiantou que espera que o presidente da Maranata compareça para depor. "Ele terá que ratificar o que estamos apurando."


Na avaliação dele, a igreja não deve ter motivos para manter em segredo dados relativos à apuração. "O grande pecado deles é tentar manter isso no âmbito interno. Já não é possível mais", destacou.


Ausência repercute na internet


O não comparecimento do presidente da Maranata, Gedelti Gueiros, à polícia repercutiu na internet e redes sociais. Os comentários mais frequentes foram nas comunidades virtuais que tratam dos desvios ocorridos na igreja. "Quem não deve não teme e não precisa criar estratégias", relatava um post do Orkut. "Contratou o melhor criminalista do Estado. A situação deve estar complicada", relata outro post no Orkut.



Igreja, fundação e acusados têm o mesmo advogado


A Igreja Cristã Maranata, a sua fundação – Manoel de Passos Barros –, o vice-presidente e o contador que ela afastou têm em comum o mesmo advogado. De acordo com o site do Tribunal de Justiça do Estado, José Luiz Oliveira de Abreu faz a defesa de Antonio Ângelo Pereira dos Santos, de Leonardo Meirelles de Alvarenga, além da igreja e da fundação, em alguns processos.


Antônio Ângelo e Leonardo são apontados pela igreja como os cabeças do esquema de corrupção que desviou recursos do dízimo doados por fiéis. Os dois são citados numa ação judicial movida pela Maranata e que tramita na 8ª Vara Cível de Vitória.


José Luiz também faz a defesa de Leonardo em uma outra ação que tramita na Serra e garante já ter atuado em favor de Antônio Ângelo em outros processos.


Nome


O nome de José Luiz aparece ainda como advogado da Maranata em processos que tramitam em Vitória e em Vila Velha. O nome dele também consta no processo da fundação pertencente à igreja que tramita na Serra.


José Luiz confirma que já advogou para igreja e para fundação, mas renunciou há quatro meses. O motivo foi a necessidade de fazer a defesa de seus dois clientes – Antônio Ângelo e Leonardo –, que foram acusados de desvio pela igreja.


Ele acrescenta que deixou de prestar serviços para a Maranata logo que as informações sobre a fraude dentro da instituição começaram a circular entre os membros. “Fica incompatível fazer os dois serviços”, disse ele, ao se referir à defesa da igreja e dos acusados.


José Luiz garante ainda que não advogou em muitos processos da Maranata. “Somente em alguns, repassados a mim por um outro advogado da igreja”, assinalou.


Já a Maranata, por meio de nota, afirma que José Luiz “foi contratado pela gestão anterior para tratar de questões pontuais”. A nota informa que novos profissionais já estão sendo designados para assumir os processos que estavam com José Luiz.


Arte A Gazeta

Os membros afastados


Antônio Ângelo Pereira dos Santos
- Vice-presidente e pastor afastado da Maranata
- Acusado de liderar o esquema de desvio de dízimo


Leonardo Meirelles de Alvarenga
- Diácono e contador da Maranata, também foi afastado das duas funções
- Possui duas empresas que também são alvo de ações da Maranata



“Fui humilhado e perseguido”
Paulo Macedo Fernandes, 48 anos
Empresário e ex-pastor da Maranata de Santo André, São Paulo


“Após 18 anos na Igreja Cristã Maranata, recebi a herança dos excluídos: fui humilhado, perseguido, desprezado e abandonado. Tudo aconteceu logo após a morte de minha esposa, vítima de um câncer que a fez sofrer durante dois anos. No desespero e solidão – uma vez que nenhum pastor, diácono ou mesmo fiel me visitou durante o período de luto –, acabei conhecendo uma pessoa na internet. Com essa mulher, que hoje é minha esposa, desabafei minhas dores. Colegas pastores tiveram acesso ao meu diálogo na internet, e, mesmo sendo viúvo, fui condenado. O sistema que eles adotam é tão perverso que até os seus amigos ficam constrangidos em manter a amizade. Da noite para o dia, perdi todas as minhas referências. Até mesmo quando sofri um acidente e fiquei meses na cadeira de rodas, fui menosprezado. Há um ano decidi abandonar a Maranata de Santo André, em São Paulo, e renasci. Hoje posso dizer que muitas pessoas continuam sendo enganadas e iludidas por essa igreja, como aconteceu comigo. Atualmente, sou pastor de um pequeno grupo e prego a liberdade religiosa, sem a necessidade de templos. E sou feliz.”

Imagem: Reprodução

Colunista: Ivan de Freitas

Fonte: G1-ES 


Maranata pagou R$ 941 mil em materiais nunca entregues

Papelaria teria fornecido notas fiscais para justificar dinheiro desviado de instituição

Uma pequena papelaria localizada em São Torquato, Vila Velha, foi uma das empresas que forneceram notas frias para o desvio de recursos do dízimo doado por fiéis. O esquema foi montado na cúpula da Igreja Cristã Maranata com o envolvimento de pastores, fornecedores e diáconos. A JE Scabelo – cujo nome fantasia é Papelaria União – vendeu à igreja R$ 941 mil em materiais que nunca foram entregues.

A afirmação está no texto da ação movida pela Maranata, que corre em segredo de Justiça na 8ª Vara Cível de Vitória. "Nos exames que fizemos dos livros de entradas de 2009 e 2010, não se verifica a entrada dos produtos. Podemos concluir tratar-se de notas fiscais fraudulentas", diz um trecho da ação.


Pequena

O estabelecimento é descrito pela igreja como uma pequena papelaria. Ela está ainda na lista das empresas que teriam fornecido as notas fiscais frias que viabilizaram o desvio, fato apontado pela auditoria externa que apura o tamanho do rombo e também pela investigação que a própria Maranata realizou.


Uma das pessoas que prestaram depoimento na investigação da igreja foi Elionay Lopes Scabelo, filho do dono da papelaria, José Eloy Scabelo. Ele diz que as notas fiscais eram emitidas a pedido de Antônio Ângelo Pereira dos Santos, vice-presidente afastado da igreja. O argumento era de ajudar aos "irmãos" no exterior e custear viagens a outros países.


Elionay afirmou ainda que o valor das notas que foram emitidas era determinado pelo próprio Antônio Ângelo. E mais: era ao vice-presidente que o dinheiro era entregue, deduzido o valor referente aos impostos. "Garanto que isso ocorreu no máximo umas seis vezes", afirmou o filho.


Estimativas iniciais indicam que o rombo causado pelos desvios pode superar os R$ 21 milhões. A igreja já solicitou o ressarcimento de R$ 2,1 milhões. Além de Antônio Ângelo, também foi apontado como cabeça do esquema o contador e diácono Leonardo Meirelles de Alvarenga.

foto: Bernardo Coutinho
 ES - Vila Velha - Papelaria União que fornecia nota fria para Igreja Maranata - Editoria: Cidades - Foto: Bernardo Coutinho
Resposta

Procurado na tarde de ontem, o proprietário da papelaria, José Eloy, se irritou e disse que não falaria sobre o assunto.

Já a Maranata, por intermédio de sua assessoria, informou que os relatórios parciais da auditoria externa indicam que a Papelaria JE Scabelo – conhecida como Papelaria União – nunca forneceu material para a igreja.

Verba federal para fundação

Além de recursos públicos estaduais, a Maranata também recebeu verbas públicas federais. Juntas elas totalizam R$ 2,1 milhões. O deputado federal Carlos Manato (PDT), também utilizou a cota de emendas parlamentares, de 2008, para doar R$ 300 mil à Fundação Manoel dos Passos Barros, que pertence à Maranata. Ele é membro da igreja.

Na quinta-feira, A GAZETA informou que parlamentares estaduais haviam doado R$ 1,8 milhão à fundação, entre 2005 e 2011.

Manato afirma que o dinheiro serviu para atender a um programa de tratamento de câncer. Em 2006, o parlamentar chegou a indicar a destinação de
R$ 250 mil, que acabou não sendo autorizada pelo Ministério da Saúde porque a fundação não apresentou a documentação necessária.

Nesta semana, Manato utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados para defender a igreja. "Não podemos nos deixar contaminar por três ou quatro pessoas que cometeram delitos. A igreja teve uma atitude exemplar e já tomou todas as providências", disse.

Igreja discorda de títulos de matérias publicadas na quinta e na sexta-feira

A Igreja Cristã Maranata enviou nota à redação de A GAZETA para manifestar sua discordância em relação às manchetes publicadas na quinta-feira ("Assembleia deu quase R$ 2 milhões à Maranata") e na sexta-feira ("Líder da Maranata contratou sobrinho por R$ 23 milhões").

Diz a igreja: "Os recursos oriundos de emendas de deputados estaduais foram destinados à Fundação Passos Barros e não à Igreja Cristã Maranata. Tal prática é legal e legítima e beneficia inúmeras instituições que realizam trabalhos sociais em todo o Espírito Santo".

A nota diz, ainda, que a atuação e constituição jurídica da Fundação, "apesar de ter sido criada dentro da igreja e receber recursos da mesma", é completamente independente, sendo obrigada a prestar contas, como todas as fundações, ao Ministério Público.

Quanto à manchete de sexta-feira, a igreja diz que o presidente da denominação não assina contratos com fornecedores e nunca determinou a contratação de qualquer tipo de serviço ou empresa.

"A contratação de serviços se dá através de pesquisa de mercado e tomada de preços, obedecendo o critério de menor custo/benefício", diz a nota.


R$ 1,8 milhão doados à igreja Maranata


Rádio CBN Vitória (93,5 FM)
foto: Bernardo Coutinho
Elcio Alvares, deputado estadual pelo DEM, junto com a mesa diretora, anuncia a devolução do dinheiro que não foi usado na última gestão - Editoria: Política - Foto: Bernardo Coutinho
O deputado Elcio Álvares doou R$ 860 mil  à instituição nos últimos seis anos
Letícia Cardoso
lcardoso@redegazeta.com.br
Vilmara Fernandes

vfernandes@redegazeta.com.br


Um total de 1,8 milhão de recursos públicos foi destinado por deputados estaduais para a fundação da Igreja Cristã Maranata. Entre os parlamentares que destinaram os recursos para a fundação Ademar Passos de Barros – no período de 2005 a 2011 – estão Elcio Álvares, Aparecida Denadai, Geovani Silva e Jurandy Loureiro. Os três primeiros são fiéis da igreja; e o último, amigo pessoal do presidente da instituição, Gedelti Victalino Gueiros.

Os valores foram entregues para compra de ambulâncias, subvenções sociais, apoio a entidades filantrópicas, compras de equipamentos e até para melhorias no atendimento. Quem mais fez doações no período foi Elcio (R$ 860 mil), seguido de Aparecida (R$ 450 mil), de Geovani (R$ 410 mil) e, por último, Jurandy (R$ 80 mil). 
A fundação leva o nome do primeiro presidente da Maranata, Manoel dos Passos Barros, sogro do atual líder da igreja, Gedelti. Hoje é administrada por Nilson Ladeira. 
O administrador anterior era Antônio Tarcísio Correa de Mello, cujo nome aparece em um dos muitos documentos relativos ao esquema de fraude montado por membros da instituição.

Crédito
O documento – um comprovante  de crédito em conta corrente –  teria sido feito por uma parente de José Gomes Filho. De acordo com ele, o valor refere-se ao pagamento de um empréstimo que conseguiu com Antônio Ângelo Pereira dos Santos, o vice-presidente afastado pela igreja e apontado como cabeça do esquema de desvios. “Fui orientado por Antônio Ângelo a depositar na conta de Tarcísio como pagamento de parte de um lote em Domingos Martins”, diz José Gomes, no mesmo documento.
Também participava da diretoria da fundação o coronel reformado da Polícia Militar Renato Duguay Siqueira. Ele foi um dos militares que comandaram a “rebelião de coronéis contra o ex-secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, após a publicação do livro “Espírito Santo”. A obra relata a participação de militares, incluindo coronéis, na morte do juiz Alexandre Martins  Filho.

Desvio
O desvio de recursos na Maranata contava com a participação de pastores, diáconos e até fonecedores, segundo investigações da  igreja. Estimativas iniciais apontam para um rombo de R$ 21 milhões. A igreja recorreu à Justiça, pedindo ressarcimento de R$ 2,1 milhões. Além  do vice-presidente, o contador Leonardo Meirelles de Alvarenga foi afastado.

 A Maranata, por meio de sua assessoria, informou que  Tarcísio e Duguay não atuam na fundação há um ano e que as transações que envolvem ao nome deles são particulares.
 
Ex-deputado não se arrepende de ter apoiado  doações
O deputado Élcio Alvares (DEM), a ex-deputada Aparecida Denadai (PDT) e os ex-deputados  Geovani Silva e Jurandy Loureiro (PSC) foram procurados por A GAZETA para comentar sobre as emendas parlamentares que apresentaram na Assembleia Legislativa  a favor de repasses financeiros do Estado para a Fundação Manoel Carlos de Barros. Somente o ex-deputado Geovani Silva atendeu às ligações.
Ele afirmou que não se arrepende de ter apoiado a doação de recursos à fundação, coordenada pela Igreja Maranata. “Se a igreja está com problemas isso não significa que as emendas também estão. Não há nenhum problema e prova alguma que diga o contrário. Não fiz nada errado”, defende-se Geovani Silva.


Prevenção
Ao todo, entre 2005 e 2011, foram mais de R$ 1,8 milhão destinados para ações sociais. Segundo o ex-deputado Geovani Silva, parte dessa verba, aprovada pela Assembleia Legislativa, foi destinada a programas de prevenção ao câncer de pele. “Visitei os espaços ajudados pela fundação e vi para onde parte do dinheiro foi. Entre os locais está o Cacon (Centro de Alta Complexidade em Oncologia)”, disse.
O ex-deputado frisou que acredita na palavra do presidente da Igreja Maranata, Gedelti Gueiros. “Por ele, boto a minha mão no fogo”, frisou Geovani Silva. Ele, o deputado Elcio Álvares e a ex-deputada Aparecida Denadai são membros da igreja. O  ex-deputado Jurandy Loureiro é amigo de Gueiros. (Maurílio Mendonça)

Preocupação com malha fina nos EUA
Uma troca de e-mails entre pastores revela que a remessa de dólares para o exterior chamou a atenção do Banco Central dos Estados Unidos. O comunicado foi feito pelo pastor americano Ben Kennedy a Antônio Ângelo Pereira dos Santos, o pastor que ocupava a vice-presidência da Maranata e que foi afastado após ser apontado como o cabeça do esquema desvio de recursos.

Todo mês, Kennedy enviava a Antônio um relato sobre as remessas de recursos destinados ao Leste Europeu. Em março de 2011, relatou ter recebido um telefonema do representante do Banco Central norte-americano.

“A impressão que tive foi de que estamos em alguma malha fina da auditoria do governo americano, que sempre procura indícios  de lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo”, diz Kennedy, em seu e-mail. E orienta: “Talvez seja interessante considerar fazer estas transferências pela Europa”.
A Maranata informou que desconhece irregularidades nesse sentido. Caso tenha ocorrido, terá sido mais uma atitude irregular do antigo gestor. Diz que mantém seu compromisso de apurar as denúncias e exigir, pelos meios legais, a punição dos responsáveis e o ressarcimento do que lhe foi subtraído.
 
Pastor omitiu bens em sua declaração de imposto  

O nome de Antônio Ângelo Pereira dos Santos, o homem que ocupava a vice-presidência da Igreja Cristã Maranata, aparece em documentos de compras de imóveis que não foram declarados ao Imposto de Renda. Ele foi afastado de suas funções – administrativas e religiosas – após ser acusado de montar um esquema de desvio de recursos do dízmo.

Um desses imóveis é um apartamento localizado em Valparaíso, na Serra, comprado em 2007. No mesmo município, há outro imóvel em um condomínio fechado, que ainda não foi declarado ao fisco.
O curioso é que, no mesmo município e das mesmas construtores, outro membro da igreja comprou imóveis bem semelhantes, que juntos totalizam mais de R$ 600 mil. Essa pessoa – que em 2009 declarou ser solteira e ter como profissão “pavimentador” – passou para Antônio Ângelo uma procuração com amplos poderes. Há indícios de que essa pessoa seria um laranjas do vice-presidente afastado.


Em casa

Há documentos ainda que que mostram a movimentação financeira de Antônio Ângelo e que revelam que ele vendeu para a própria igreja uma área localizada em Serra-Sede.

além de ser apontado como o responsável pelo desvio de recursos do dízmo, documentos mostram ainda que antonio angelo também atuava nas empresas que prestavam serviço para o presbitério de vilavelha, que ele administrava como vice-presidente.

Uma delas é uma empresa de serviços elétricos que o contratou como consultor. Pelo serviço “extra”, praticado em quinze horas semanais para esta empresa, ele recebia, mensalmente, R$ 12 mil.

Há ainda dezenas de cheques e transferencias para  contas correntes, todas nominais – obtidos por A gazeta – que foram creditados na conta de antonio angelo por diversas empresa. Todas elas prestaram depoimento na investigação feita pela maranata e revelando que do faturamento qwue obtiveram junto ao presbitério, cerca de 60% a 70% eram destinados ao antonio angelo.


Defesa

O advogado josé luiz oliveira de abreu, que defe3nde antonio angelo e o contador Leonardo meuirelles de alvarenga, tambpem acusado pelos desvios, diz que todo o material obtido pela investigação da igreja não tem relevância e que boa parte dos documentos são anônimos.

Acrescenta ainda que seus clientes não tiveram o direto de se defenderem junto á igreja e que só podem ser considerados culpados após julgamento.

Pastor teve bagagem retida por trazer equipamentos para igreja
Em maio de 2009, o pastor Paulo Roberto de Souza teve sua bagagem retida pela Alfândega no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O motivo era a presença  de 14 equipamentos eletrônicos – destinados a transmissão de imagem e som – em sua mala, sem comprovação fiscal.

O material, segundo o laudo de retenção da alfândega, destinava-se “ao uso de uma igreja”.  Há indícios de que os equipamentos seriam destinados ao sistema de videoconferêencia que a Maranata montou. Segundo relatos que constam da investigação feita pela própria igreja, parte desse material   era comprada  nos Estados Unidos e trazida na mala de fiéis.

Ordem

Por meio da assessoria da Maranata, Souza –  que atua nos Estados Unidos – informou que “trouxe os equipamentos a mando do Antônio Ângelo Pereira dos Santos”, se referindo ao vice-presidente afastado.

O laudo da Alfândega não chegou a ser encaminhado à Polícia Federal, o que inviabilizou a abertura de um inquérito, segundo a própria PF.

Em agosto de 2009, foi detonada uma operação da PF chamada de “Duty Free”, que resultou na prisão do auditor José Augusto Fregonazzi e de seu irmão, João Luiz, que chefiava a Alfândega de Vitória. Ambos, membros da Maranata,  foram acusados de comandar uma organização que facilitava a vida de empresas sonegadoras.

Outro fiel da igreja, Julio Cesar Viana, também foi detido pela PF com equipamentos eletrônicos.  Ele é investigado pelo Ministério Público Federal.

 Fonte: radiocbn
  
Veja o vídeo: 


Veja também a Reportagem da TV Gazeta, afiliada Rede Globo no ES

Um comentário:

  1. Daniel Moreira de Jesus !15 de abril de 2012 às 16:02

    DIABOLOCOS , AVARENTOS E CHEIOS DE VAIDADES !!!
    DEUS NAO NUS ENCINA ESTAS ATITUDES VERGONHOSAS A NEIHUM DE SEUES SERVOS!
    CADE A CARA DOS OUTROS PASTORES E DO OUTRO DIACONO CADE ???? QUEREMOS VER MILHARES DE FIEIS ESTAO SOFRENDO COM ESTES ATOS ILICITOS DE VOCES QUE ERA PRA DAR UM EXEMPLO A TODOS OS FIEIS E TAMBEM A TODA SOCIEDADE NO BRASIL E NO EXTERIOR ,O QUE VCS ESTAO PESSANDO DA VIDA SERA QUE VCS ESTAO DORMINDO , TRAVISEIRO NAO FOI FEITO PRA DPRME, NAO VIU ppMAS SIM PRA PODERMOS MEDETAMOS EM NOSSOS ATIS DIARIO ESTAMOS SAFRENDO PASTOR GEFELTI V GUIRROS COMO VAI FICAR A NOSSA VIDA COMO CRITAO COMO NUS RESPODEM A OMDE OS FIEIS VAM E CHACOTA E CGAMANDO AHENTE DE LAFROES DE DEIS ETC...O QUE VAI SER DA GEMTE EH...??? VCS PASTORES ETC,,, QUE TEM UMA POSIÇAO NO NOSSO MEIO VCS TEM ESTES ATOS ORIVEIS MESMO DE DESPRESAR OS IRMAOS QUE TALVEZ DERAM UM MA TETENUMHO ISTO E COISA DA VIDA MESMO E VCS MANDAM ENBORA ESPUÇA DO TEMPLO QUE NAO SAO DE VOCES O QUE E ISTO MUITOS ESTAO EM DEPRESAO BASTA O QUE FIZERAM COM AGEMTE EM MINAS GERAIS POXA ROUBARAM AGEMTE NO GOLP DAS PIRAMIDES, E AGORA O QUE MAIS VCS VAM FAZER COM O SE0HUMANO EH AGUARFANOS A RESPOSTA E QUEREMOS OS DEMAIS PRA TODA SOCIEDADE VER QUEM SAO ELES E OS DIZIMOS PRESIDENTA TEN QUE VIM UMA LEI SEVERA PRA TODO DIA 30 DO MES ELES MOSTRAREM NOS TELOIES QUE ESTAO SENDO USADO PRA FALAR DE PERGUNTAS ,POE ESTE TELAO SOMENTE PRA FALAR DO QUE ESTAO FAZENDO COM OS NOSSOS DIZIMOS QUE ENTRFAMOS AO NOSSO DEUS ATISSIMO QUE NUS CHAMOU PRA SUA PRESENÇA PRA SALVAÇAO DE VIDAS NAO PRA ESCANDALIZAR COMO ESTES ESTAO ESCANDALIZANDO ,AS ESPOSAS DELES E SO VEMDOI A VAIDADE DIABOLICA E AS CONVERÇAS TORPIS ,MAS DEUS E PODEROSA ELE E FIGO COMSUMIDOR ,OBS: QUANDO ESTES TELOES CGEGARM AOS TEMPLOS TODAS AS VEZES QUE ELES LIGAM NUS DAR AREPIOS MEDO ACABOU COM OS CULTOS DA IGREJA FIEL DO DEUS ALTISSIMO NAO DE PESTOR GEDELT E DEMAIS , RESPEITAMOS MAS ESTA OBRA E DO SENHOR JESUS CRISTO ! DE NIVI DEPOIS QUE CILOCARAMN ESTA MALDIÇAO AVABOU DESCARECTERISOU OS CULTOS NAO E A MESMA DE 3 ANOS ATRAZ ARRASOU ESTES ABIJETOS QUE FORAM TRAZIDOS INLICITAMENTE CONTRABANDIADO
    A OBRA DE DEUS NAO PRECISA DESSES EQUIPAMENTO NUMCA PRECISOU A ITRJA QUER QUE VCS RETIRAM ESTA MAFIÇAO , HERANÇA MALDITA A OS FIEIS A IGREJA VORPO DE CROSTO QUE QUE RETIRA URGENTE ESTA HERANÇA MALDETA OBJETOS INLICITOS NA CASA DE DEUS! ISTO E UM ABISURDO !!!! Por: DANIEL MOREIRA e a igreja corpo de cristo! Governador Valadares Lste de Mg

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