EUA pedem clemência ao Irã por pena de morte contra pastor cristão
WASHINGTON, EUA, 29 Set 2011 (AFP) – Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira que o Irã mostrará um “desprezo total” pela liberdade religiosa se suas autoridades executarem um pastor iraniano que se recusa a negar sua fé cristã para se converter ao islã.
“Os Estados Unidos condenam a pena de morte imposta ao pastor Youssef Nadarkhani. A execução da pena capital constituirá uma nova prova do desprezo das autoridades iranianas pela liberdade de culto”, declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado.
“O pastor Nadarkhani não fez nada além de manter sua fé devota, que é um direito universal de todas as pessoas”.
“A tentativa das autoridades iranianas de forçá-lo a renunciar a sua fé viola os valores religiosos que elas alegam defender, atravessa todos os limites da decência e viola as próprias obrigações internacionais do Irã”.
“Nós convocamos as autoridades iranianas a libertar o pastor Nadarkhani e a demonstrar compromisso com os Direitos Humanos básicos e universais, incluindo a liberdade de religião”.
Nadarkhani, de cerca de 30 anos, tornou-se pastor de uma pequena comunidade evangélica chamada de Igreja do Irã após se converter do Islã aos 19 anos.
Autoridades iranianas o prenderam por apostasia em 2009 e o condenaram à morte sob a lei islâmica da Sharia.
O pastor foi poupado por um recurso da Suprema Corte em julho, afirmou seu advogado à AFP, mas foi condenado à morte novamente depois que o caso foi reexaminado em um tribunal de sua cidade natal, Gilan, de acordo com meios de comunicação locais.
Nas últimas horas as manifestações em favor de Yousef Nadarkhani se proliferaram em várias partes do mundo. Enquanto isso, os advogados do pastor iraniano tentam recorrer a Suprema Corte do Irã para tentar anular a sentença de morte, mas como o processe pode levar alguns dias, eles temem que Nadarkhani seja enforcado a qualquer momento. Pelas leis locais o enforcamento pode acontecer entre um e sete dias depois da sentença.
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