22 setembro 2011

Lição 13 – A Plenitude do Reino de Deus

25 de setembro de 2011
Texto Áureo
Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.” (Is 11.1). Renovo é título messiânico aplicado a Jesus, que produz fruto espiritual; Ap 5.5 denomina Cristo como ‘a Raiz de Davi’; “Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi e de Belém, da aldeia de onde era Davi?” (Jo 7.42, de onde temos o título ‘Filho de Davi - título messiânico que descreve o Senhor Jesus como herdeiro eterno do trono de Davi. A profecia Messiânica fala de um rei ideal da linhagem de Davi que combinaria poder e divindade (Jr 23.5; Zc 3.8). Entende-se que após a divisão do reino, vieram dificuldades, mas dessa raiz danificada Deus faz brotar nova vida como rebento/renovo da linhagem de Davi. Sem dúvida, uma mensagem de esperança anunciada por Isaías. Deus prometeu a Davi um trono eterno. A dinastia davídica seria perpetuada através do Rei-Messias, o Senhor Jesus Cristo (Sl 89.3,4, 34-37; Is 9.7; 11.1,10; Jr 23.5,6).
Verdade Prática
Na consumação de todas as coisas, Deus estabelecerá plenamente o seu Reino e o entregará como herança aos que tiverem recebido a Jesus Cristo como o seu Salvador.
Leitura Bíblica em ClasseIsaías 11.1-9
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender que a plenitude do Reino é a nossa bendita esperança;
- Saber que o Reino de Deus é uma sublime realidade, e
- Conscientizar-se de que a efetivação do Reino se dará com a segunda vinda de Cristo.
Palavra-chave
PLENITUDE
Estado ou qualidade do que está completo.
Comentário
(I. Introdução)
 Neste domingo estudaremos a última lição do trimestre! É oportunidade para programarmos um ‘marketing’ em nossa Escola Dominical a fim de atrair, convencer, cativar, conquistar e manter alunos. É nossa responsabilidade, portanto, esmero em realizar um ensino com cuidado especial, com dedicação e com amor é o que o Mestre por excelência espera de nós. Esforcemo-nos no ministério que Deus providenciou para cada uma de nós e que o Espírito Santo possa mostrar-nos a responsabilidade que temos (“De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, ... se é ensinar, haja dedicação ao ensino”, Rm 12.6,7).
De acordo com Isaías 9.6,7, o descendente de Davi, Rei-Messias, é divino, e seu Reino é eterno. Davi foi um “pai” temporário para seu povo; o Messias é um Pai imortal, eterno para todos os povos (Sl 2.6-8; Lc 22.29). Jesus é o eterno Renovo do tronco de Jessé. Ele não se manifestou no período áureo do reinado de Davi ou de Salomão, quando o reino de Israel era uma árvore frondosa e frutífera. Mas, na ocasião em que o machado derrubara o arvoredo, restou à descendência de Jessé, apenas um tronco, por amor a Davi. Desse tronco surge o Netzer, o ‘Renovo’. Deste termo origina-se a palavra Nazaré, região da qual surgiu o Profeta-Messias (Lc 24.19). Jesus brotou como um rebento da combalida dinastia davídica (“a raiz de Jessé”), a fim de cumprir as profecias messiânicas feitas a Davi, o rei teocrático do Eterno. Esta profecia demorou cerca de 700 anos para se cumprir. E, hoje, depois de dois milênios, nós, os eleitos, aguardamos o pleno cumprimento da restauração do trono de Davi, por meio do Rei dos reis e Senhor dos senhores. O Messias foi exaltado como Senhor pelo SENHOR (Sl 110.1). Em breve Ele voltará a este mundo para buscar os seus súditos: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre eles. Sim! Amém!” (Ap 1.7). Boa Aula!
(II. Desenvolvimento)
I. A PLENITUDE DO REINO: UMA BENDITA ESPERANÇA
1. O Deus da esperança. A autoridade para governar a Terra foi dada por Deus a Adão desde o princípio (Gn1:26-30). Enquanto ele viveu em sujeição a Deus tudo correu bem, mas quando decidiu ser independente e fazer sua própria vontade, foi apanhado pelas mentiras de Satanás (Gn3:1-7) e acabou ficando sujeito a este (Ef2:1-3); e com ele todos os seus descendentes (Rm3:23a) e também a própria terra que estava sob sua responsabilidade (Lc4:5). Como resultado da desobediência aos termos do seu governo, o homem cai, experimentando a perda do seu domínio (Gn 3.22,23), tudo o que se achava sob o seu domínio delegado passa a estar sob maldição, assim como o seu relacionamento com o Eterno, a principal fonte do seu poder para governar é interrompida e perde o poder da 'vida', essencial ao governo no Reino de Deus (Gn 3.17-22). Contudo, um fato oferece esperança, Deus age de forma redentora e promete um plano para restaurar todas as coisas (Gn 3.15). O Novo Testamento refere-se à segunda vinda de Cristo como sendo a bendita esperança de todo cristão verdadeiro: “A graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que… vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus“ (Tt 2.11,13). Não somente a manifestação ou aparição de Cristo, mas também uma nova ordem de coisas. “Nós, segundo a sua promessa, esperamos novos Céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2Pe 3.13).
2. Em Cristo, temos esperança. Quando Jesus Cristo veio em carne, o reino de Deus chegou outra vez aos homens (Mc 1.14-15; Lc 11.20). Ele exerceu a autoridade de Rei e Senhor sobre os homens, as doenças, os demônios, as forças da natureza, e até sobre a morte. Após sua morte e ressurreição Ele mesmo disse a seus discípulos: “toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28.18). A bendita esperança é quando os cristãos aguardam com esperança e alegria o estar com Cristo na glória para sempre. (Jo 14.1,2). Para muitos de nós, a vida, mesmo a vida cristã, é uma grande luta, às vezes uma luta bastante cruel. Mas isto não vai ficar assim, indefinidamente. Não foi isso que Deus planejou para nós. Ele planejou e vai fazer acontecer um futuro maravilhoso. Este seu propósito se cumprirá plenamente no dia da volta de Cristo: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.(1Co 2.9). A "bem-aventurada esperança" pela qual todo cristão deve ansiar é o "aparecimento da glória do grande DEUS e nosso Senhor JESUS CRISTO" e a nossa união com Ele por toda a eternidade (Jo 14.3). Essa esperança pode ser concretizada a qualquer momento (cf. Mt 24.42; Lc 12.36-40; Tg 5.7-9). Assim sendo, os cristãos nunca devem abrir mão da sua expectativa mantida em oração de que talvez ainda hoje a trombeta soará e o Senhor voltará. Essa é a verdadeira esperança da igreja, estamos aguardando Um que virá do Céu. Entendamos que esta esperança não é a de irmos para o Céu quando morrermos, nem se trata do glorioso Milênio, o qual virá a seu tempo, quando iremos morar com Ele. Nossa Bem-aventurada esperança é o retorno pessoal do mesmo Jesus que veio ao mundo para sofrer humilhação, tendo morrido na cruz em nosso lugar: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” (1Pe 3.18). Ele mesmo voltará, o Noivo celestial vai voltar para a Sua Noiva, a fim de conduzi-la ao lar celestial, onde ela viverá para sempre com Ele. No dizer de Paulo, “Porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.9,10); “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação” (Hb 9.28); “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3.20,21); “... mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23); “De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7); “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13); “E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1Ts 1.10); Estes textos mostram qual é a verdadeira esperança da igreja, ou seja, pelo que estamos esperando. Esta é nossa esperança, deliciosa, santificadora, e nada pode interpor-se a ela.
3. A esperança do Reino para a Igreja. Paulo declara enfaticamente que, sem Cristo, o homem não tem esperança (Ef 2.12), não pode ter o tipo de esperança a que a Bíblia se refere. A igreja é a expressão do Reino de Deus quando se torna anunciadora da esperança confirmada pela ressurreição de Jesus Cristo. A igreja, portanto, é chamada para mediar a presença de Cristo, que por sua vez media o futuro de Deus. O Reino de Deus é o real fundamento da teologia da igreja, pois à igreja é dada uma obrigatoriedade missionária, pois ela está ligada à sociedade e compartilha com ela os sofrimentos desta época, formulando esperança em Deus para as pessoas. O deplorável estado que se encontra o mundo com toda a sorte de tribulação, ilegalidade, malignidade, miséria, dor, tristeza e perplexidade não é novidade para o crente que vive a 'bem-aventurada esperança'. A esperança do futuro Reino de Deus é tarefa da igreja quando assume concretamente a sociedade em que esta inserida dando um horizonte de esperança, justiça, vida, humanidade. Isso só é possível com a pregação do evangelho. A missão é a proclamação de uma esperança viva, ativa e apaixonada pelo Reino de Deus e seus valores vivenciados por Jesus conforme os evangelhos.
Sinopse do Tópico (1)
A Igreja de Deus deve fazer a diferença neste mundo pecaminoso aguardando a plenitude do Reino.
RESPONDA
1. Qual era a função de Adão e Eva no Éden?
2. De acordo com a lição, o que somos convocados a cultivar?
II. O REINO DE DEUS: UMA SUBLIME REALIDADE
1. Nas Escrituras. É verdade que a Bíblia centraliza a sua atenção na primeira vinda de Cristo, que levou a efeito a salvação, e fez com que o futuro irrompesse no presente de forma promissora. Mas a Parousia de Cristo, que introduzirá a consumação do plano de Deus e da glória da qual compartilharemos, também está sempre em mira. Os profetas do Antigo Testamento anteviam os últimos dias sem indicarem quando exatamente ocorreriam. Seu propósito não era satisfazer a curiosidade das pessoas, mas focalizar o propósito de Deus e usar as profecias como incentivo para obedecer à vontade de Deus no tempo presente. Isaías, por exemplo, contava a respeito de um tempo em que o monte da casa de Deus seria exaltado 'e concorrerão a ele todas as nações. E virão povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR... para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas' (Is 2.2,3). O profeta Isaías identifica sua mensagem escatológica, no que diz respeito ao estabelecimento da Casa do Senhor, para a qual afluirão todos os povos. Após o julgamento e a correção de Deus os povos gozarão de paz universal (Is 2.1-5). A expressão usada por Isaías “naquele dia” é também indicadora da mensagem escatológica do profeta, na qual anuncia. O profeta prevê a extensão mundial do reino quando declara que: “Naquele dia, a raiz de Jessé será como uma bandeira aos povos, para onde as nações recorrerão; o seu descanso será glorioso” (Is 11.10). Há um kerigma escatológico na profecia de Isaías identificada à luz do Novo Testamento: “A glória do Senhor se revelará; e todos juntos a verão. Aqui está o meu servo a quem sustento; o meu escolhido, em quem me alegro; pus o meu Espírito sobre ele; ele trará justiça às nações” (Is 40.1-5; 42.1). O profeta Daniel também vaticina e renova a esperança do reino escatológico. Cativo na Babilônia, apresenta-se ao grande rei Nabucodonosor e relata a interpretação da visão dos reinos que sucederiam no cenário mundial, e deixa claro que o Soberano reina sobre a terra acima dos poderosos: “É Ele quem remove reis e estabelece reis. O Altíssimo tem domínio sobre os reinos dos homens e o dá a quem quer” (Dn 2.21; 4.25). De modo semelhante, o Novo Testamento emprega a esperança da Parousia de Cristo como motivação: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro" (1Jo 3.2,3). O teor da mensagem no Novo Testamento é a Parousia de Jesus e o estabelecimento do Reino de Deus.
2. No presente. Deus está ativo na história da humanidade, redimindo-a em Cristo a fim de fazer Sua vontade soberana conhecida e experimentada pelos homens (Ef 1.5-9; Rm 12.1-2). O Reino de Deus foi inaugurado em Cristo e continua através de Sua igreja. A igreja é muitas vezes referida nas Escrituras como o “corpo de Cristo”. “Corpo de Cristo” significa senão que somos unidos misticamente com Cristo e, conseqüentemente sua missão se torna nossa missão, como Júlio Zabatiero explica: “a missio Christi também deve ser a missio ecclesia. O Evangelho é as boas novas desse Reino (Mt 24.14). Proclamação, kerigma, é ato de anunciar os decretos reais, tornando-os conhecidos. A ordem do Rei é que proclamemos a chegada deste Reino, seus valores e caráter, a todos e em todo lugar. Obediência, vista nesta ótica não é um peso e sim um privilégio. A submissão à vontade de Cristo nos torna participantes do projeto do Rei. Como o palco do estabelecimento deste Reino é o mundo, existe uma resistência por parte das forças do “anti-Reino”, como afirma Leonardo Boff, em seu livro Igreja Carisma e Poder. Ele fala ainda mais que “impõe-se sempre um oneroso processo de libertação para que o mundo possa acolher em si o Reino e desembocar no termo feliz”. O apostolo Paulo escrevendo para a igreja de Colossos diz que “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13). A igreja como agente do Reino é o instrumento de Deus para libertar as pessoas das forcas opressivas e destrutivas. É a Ecclesia de Cristo, em obediência a Sua vontade soberana, existindo como extensão da Sua obra, que se move pelo mundo, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela! (Mt 16.18-19). Nos Evangelhos, a expressão “Reino de Deus” (basileia tou theou) aparece 51 vezes, sendo 4 em Mateus, 14 em Marcos, 31 em Lucas e 2 em João. Além dos Evangelhos a expressão também aparece em Atos e em algumas cartas de Paulo (Romanos, 1 Coríntios, Gálatas, Colossenses e 2 Tessalonicenses) totalizando 65 ocorrências no Novo Testamento. A expressão “Reino dos Céus” (basileia tôn ouranôn) aparece somente em Mateus em 32 ocorrências. Outras várias ocorrências usando apenas “Reino” também estão presentes nos Evangelhos, como a conhecidíssima expressão na oração do “Pai Nosso”: “...venha o teu reino...”.
3. No futuro. A segunda vinda de Cristo completará a colheita da ressurreição. Tendo vencido todos os inimigos, Cristo passará as rédeas do governo divino a Deus, o Pai. Na perícope de 1Co 15.24-28, Paulo argumenta que a ressurreição não é um evento isolado, com repercussão isolada, antes, é um acontecimento integrado e culminante no governo soberano de Deus sobre a história. A redenção estará completa até que Cristo “haja posto todos os inimigos debaixo dos pés” (v 25), uma referencia clara a Sl 110.1. Quando Jesus voltar em glória, destruirá todos seus inimigos, “os reinos deste mundo passarão a ser de nosso Senhor e de seu Cristo e Ele reinará para todo o sempre”. Este é o clamor da sétima trombeta (Ap 11.15). Diante Dele todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor (Fp 2.10-11). Ele iniciará um reino de mil anos sobre a terra, sem a interferência de Satanás, levando-a a um estado de paz e harmonia, resultantes de Seu governo no coração dos homens e toda terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as água cobrem o mar (Is 11.9).
Sinopse do Tópico (2)
No futuro o Reino de Deus será espiritual e universalmente pleno.
III. A CONSUMAÇÃO FINAL DO REINO DE DEUS
1. Aguarda a sua efetivação. O reino de Deus não é um lugar, nem um sistema, nem um povo, nem está restrito a apenas um período da história. O significado básico da palavra βασιλεια (Basiléia), traduzida por reino, é “reinado”, ela designa a posição e a existência do rei, trazendo o sentido de poder real e autoridade. Quando aplicada a Deus, o qualifica como o Soberano de todas as coisas, o Rei do Universo. Reino de Deus é a ação de reinar de Deus. A posição de Rei é inerente a Deus. Ele reina porque é Deus. Assim o reino de Deus é tão eterno quanto Ele, existe desde quando Deus existe e durará enquanto Deus durar (Sl 10.16, Sl 29.10, Jr 10.10, Lm 5.19); ele é ilimitado e abrange tudo e todos (Sl 103.19, Dn 4.17,25,32).Todos que rejeitam este reino sofrem as conseqüências perdendo seus benefícios, mas não conseguem se livrar da autoridade de Deus. Assim como ocorreu com Satanás e seus anjos (Is 14.12-15, Ez 28.11-19, Jd 6) e com os homens (Gn 2.15-17, 3.1-19; Rm 5.12). Hoje, os homens vivem “fora” do reino de Deus, pois não se sujeitam espontaneamente ao Seu governo e não fazem a Sua vontade. Porém não podem se livrar da autoridade do Rei, que lhes determina condenação eterna por causa dessa rebeldia. Esta situação só pode ser mudada quando uma pessoa se arrepende e recebe, pela fé, Jesus Cristo como o Senhor de sua vida (κυριοσ/kyrios = dono, senhor, soberano), demonstrando sujeição a sua vontade através da obediência. Assim, apesar de haver resistência, Deus reina soberano eternamente sobre os céus e sobre a terra e ironicamente ri daqueles que se levantam contra ele (Sl 2). Ninguém pode detê-lo, nada lhe escapa ao controle. Quem O impedirá de realizar os Seus desígnios? 
2. No Milênio. Reino Milenar é o nome dado aos 1000 anos do reinado de Jesus Cristo na terra. Alguns buscam interpretar os 1000 anos de forma alegórica. Alguns entendem os 1000 anos meramente como uma forma figurativa de dizer “um longo período de tempo”. Disto, resulta que alguns não esperam um reinado literal e físico de Jesus Cristo na terra. Entretanto, por 6 vezes, Apocalipse 20:2-7 fala do Reino Milenar com duração específica de 1000 anos. Se Deus quisesse dizer “um longo período de tempo”, Ele poderia facilmente tê-lo feito, sem explicitamente e repetidamente mencionar o exato período de tempo. Segundo a Bíblia, quando Cristo retornar à terra, Ele Se estabelecerá como Rei de Jerusalém, sentado no trono de Davi (Lucas 1:32-33). Os pactos incondicionais exigem uma volta literal e física de Cristo para estabelecer o reino. O pacto de Abraão prometia a Israel uma terra, uma posteridade, um governante e uma bênção espiritual (Gênesis 12-1-3). O pacto da Palestina prometia a Israel a restauração e ocupação da terra (Deuteronômio 30:1-10). O pacto de Davi prometia a Israel perdão: meio pelo qual a nação poderia ser abençoada (Jeremias 31:31-34). Na segunda vinda, estes pactos serão cumpridos quando Israel for “ajuntada” das nações (Mateus 24:31), se converter (Zacarias 12:10-14) e for restaurada à terra sob a liderança do Messias, Jesus Cristo. A Bíblia fala das condições durante o Milênio como um ambiente perfeito, fisicamente e espiritualmente. Será um tempo de paz (Miquéias 4:2-4; Isaías 32:17-18); gozo (Isaías 61:7,10); conforto (Isaías 40:1-2); sem qualquer pobreza (Amós 9:13-15) ou enfermidade (Joel 2:28-29). A Bíblia também nos diz que somente os crentes terão acesso ao Reino Milenar. Por isso, será um tempo de completa justiça (Mateus 25:37; Salmos 24:3-4); obediência (Jeremias 31:33); santidade (Isaías 35:8); verdade (Isaías 65:16) e plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28-29). Cristo governará como rei (Isaías 9:3-7; 11:1-10), com Davi como regente (Jeremias 33:15,17,21; Amós 9:11). Os nobres e príncipes também reinarão (Isaías 32:1; Mateus 19:28). Jerusalém será o centro “político” do mundo (Zacarias 8:3). Apocalipse 20:2-7 simplesmente dá o período de tempo exato do Reino Milenar. Mesmo sem estas Escrituras, há inúmeras outras que apontam para um reino literal do Messias na terra. O cumprimento de muitos dos pactos e promessas de Deus se baseia em um futuro reino literal e físico. Não há bases sólidas para que se negue uma compreensão literal do Reino Milenar e sua duração de 1000 anos. Apocalipse 20.1-10 determina que este período terá uma duração de mil anos, sendo por isso chamado milênio. O número “mil” não é simbólico nem alegórico, pois nestes versículos, a expressão “mil anos” é mencionada seis vezes, sendo 3 delas na forma definida “os mil anos”, indicando um período específico de tempo com duração determinada de mil anos.
3. Serão novas todas as coisas. "E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte” (Ap 21.1-8). Esta descrição feita por João é uma das mais fascinantes das Escrituras. Ela abre as portaspara o cenário que nos aguarda na eternidade, conduzindo-nos a nossa pátria celestial (Fp 3.20; Hb 11.16). Haverá novos céus e nova terra, pois os anteriores foram consumidos pelo fogo (2Pe 3.7-10). Não sabemos como serão os novos céus e a nova terra, mas o mais importante é revelado: o próprio Deus, nosso Pai, estará conosco e viverá entre nós (v 3,7). Este é o presente mais precioso que qualquer um de nós poderá receber e só nos é permitido tomar parte deste momento por causa do imenso amor que nosso Senhor Jesus demonstrou na cruz, dando Sua vida para nos fazer participantes de Sua herança nos santos. Não haverá mais morte (v 4), pois ela terá sido lançada no lago de fogo por toda a eternidade, não podendo mais agir sobre ninguém. Beberemos gratuitamente da fonte da água da vida (v 6) , o acesso à árvore da vida que tinha sido bloqueado no princípio (Gn 3.22-24) será novamente liberado (v 22.14) e comeremos do seu fruto livremente. Não haverá mais tristeza, nem choro nem dor, mas a alegria imensa da presença do Pai nos satisfará plenamente com abundante felicidade. Não haverá mais noite e nem será necessária nenhum tipo de luz natural, pois Deus mesmo nos iluminará com sua presença.
Sinopse do Tópico (3)
Após o milênio o Reino eterno de Deus será plenamente estabelecido. E os remidos da Antiga e da Nova Aliança habitarão na Nova Jerusalém.
(III. Conclusão)
O cumprimento final do supremo propósito de Deus se dará quando toda Sua grande família, Tantos como a areia da praia!/Tantos como a areia do mar!/Que gozo sentirá/Todo o salvo pois verá/Sim, tantos como a areia da praia! (509 HC), estiver reunida diante Dele revestida da glória de Seu Filho, pronta para viver a eternidade em um precioso e íntimo relacionamento com Ele. Enquanto caminhamos para esse dia, seguimos testemunhando, proclamando suas boas novas e edificando-nos uns aos outros, até que a Noiva esteja pronta e adornada para o seu Noivo. Afim de não desanimarmos diante das dificuldades que se aproximam e não desviarmos do alvo proposto, o Senhor deixou ensinamentos e orientações acerca das coisas que estão porvir. Examinando as Escrituras com um coração simples e quebrantado, podemos traçar um panorama dos fatos que nos aguardam enão ser surpreendidos por eles em nossa caminhada.
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

Subsídio para o Professor

I - A PLENITUDE DO REINO
Não há como negar que o pecado trouxe diversos prejuízos ao homem, principalmente o seu distanciamento do Criador. Quando Deus criou todas as coisas, viu tudo quanto tinha feito, e viu que era muito bom (Gn 1.31). Porém, a partir do capítulo três de Gênesis, quando o homem desobedeceu a Deus comendo do fruto que Ele havia proibido, a humanidade tornou-se destituída da glória de Deus (Rm 3.23). Mas Deus fez uma promessa afirmando que da semente da mulher, nasceria um que esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3.15). Assim, no Antigo Testamento, os israelitas aguardavam a bendita promessa da Vinda do Messias, também chamado Cristo (Mq 5.2; Mt 2.4-6; Jo 4.25). Ao vir a este mundo, o Senhor Jesus pregou a mensagem de um Reino presente (Mt 4.17,23; 6.33; 7.21; 13.43-47; Lc 17.21), mas também falou acerca da esperança de um Reino futuro (Mt 8.11; 19.14,23,24; 25.34; 26.29; Mc 10.14; Lc 14.15; Jo 3.3,5), onde o pecado e a morte serão aniquilados (I Co 15.55,56) e os salvos desfrutarão da plenitude do Reino.

II - BÊNÇÃOS RESERVADAS PARA OS SALVOS NA PLENITUDE DO REINO

Seria impossível descrever todas as bênçãos futuras nesse Reino. Enumeramos apenas algumas:

2.1 Os que dormiram em Cristo, ressuscitarão (I Co 15.52); 2.6 Estaremos para sempre com o Senhor (I Ts 4.17);
2.2 Os salvos serão arrebatados (I Co 15.52; I Ts 4.13-18); 2.7 Habitaremos na Nova Jerusalém (Ap 21.2);
2.3 Seremos semelhantes a Cristo (I Jo 3.1,2) 2.8 Haverá um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1);
2.4 Teremos um corpo incorruptível (I Co 15.53); 2.9 Não haverá morte, nem pranto, nem dor (Ap 21.4);
2.5 Seremos galardoados por Cristo (Rm 14.10; 2 Co 5.10); 2.10 Estaremos livres de todo pecado (Ap 21.27; 22.15). 
III - EVENTOS QUE OCORRERÃO NA PLENITUDE DO REINO

A plenitude do Reino de Deus dar-se-á após o rapto da igreja, por ocasião da primeira Fase da Segunda Vinda de Cristo. Vejamos, então, um breve resumo dos eventos escatológicos:
3.1 O Arrebatamento. A palavra “arrebatar” quer dizer “raptar”, “levar com ímpeto”, “arrancar”, “resgatar”, “tirar”. Para os crentes, significa o momento glorioso em que Jesus, levará a Sua Igreja para junto de Si. O arrebatamento dar-se-á “num abrir e fechar de olhos” (I Co 15.51,52), em dia e hora que não sabemos (Mt 24.44).
3.2 O Tribunal de Cristo. Ocorrerá nas regiões celestiais, por ocasião do arrebatamento, onde os salvos estarão presentes para a prestação de contas de suas obras, bem como para recebimento dos galardões (Rm 14.10; 2 Co 5.10).
3.3 As Bodas do Cordeiro. A expressão “Bodas do Cordeiro” define o encontro da noiva (a Igreja) com o seu noivo (Jesus), agora unidos para sempre. Será a celebração desse casamento, uma festa de grande alegria e glória (Ap 19.7).
3.4 A Grande Tribulação. Será o período de maior angústia da história da humanidade (Mt 24.22). Este período é denominado na Bíblia como o Dia do Senhor (Sf 1.14); o Dia de Angústia de Jacó (Jr 30.7), e Ira do Cordeiro (Ap 6.15-17). A Grande Tribulação terá início após o arrebatamento da Igreja. Logo, a Igreja de Cristo não estará na terra neste período (1 Ts 1.10; 5.9; Lc 21.35,36).
3.5 A Vinda de Jesus em Glória. Sete anos após o arrebatamento, o Senhor Jesus voltará visivelmente, na Segunda Fase da Sua Vinda (At 1.11; Mt 24.30) para ressuscitar os mártires da Grande Tribulação (Ap 13.15; 20.4); julgar as nações (Mt 25.31); prender Satanás (20.1,2) e implantar o Reino Milenial aqui na terra (Ap 20.3)
3.6 A)Os crentes glorificados, que consistem dos salvos do Antigo Testamento; dos do Novo Testamento (a Igreja), e dos oriundos da Grande Tribulação(Ap 20:4). No estado glorificado, os salvos não estarão limitados à Terra. Terão o constante privilégio de acesso ao trono do Pai, no Céu. Seus corpos ressurretos não estarão limitados pelas coisas físicas como os mortais. Serão como os anjos, que por terem corpos espirituais não são limitados pela matéria. Nossos corpos serão apropriados para estarmos na Terra e no Céu. Veja o exemplo de Jesus: quando apareceu aos discípulos; quando ele foi reconhecido pela Maria Madalena; Estando entre os homens seu corpo era tão semelhante ao de um homem comum que dois de seus discípulos no caminho de Emaús, nada de mais notaram até o momento em que ele desapareceu de vez da presença deles.
b) Os povos naturais, em estado físico normal, vivendo na Terra, a saber: os judeus salvos saídos da Grande Tribulação, os gentios poupados no julgamento das nações; e o povo nascido durante o próprio Milênio.
“… Paulo sempre teve o cuidado de dizer “nós” quando se referia aos judeus, Ef 1:12,13: “Nós que antes havíamos esperado em Cristo…”. No verso 13 ele faz referência aos gentios, dizendo:” No qual vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o Evangelho da salvação…”. Note-se que Paulo faz distinção entre judeu(nós) e gentio(vós). Nesta altura, dirá alguém: mas, nas suas Epístolas, Paulo escrevendo aos coríntios(gentios) deixa transparecer que as promessas com respeito ao Milênio ou reino do céu são acessíveis a todos. De fato, a Igreja participará do reino celeste, mas num estado de glória. O reino Messiânico, no entanto, é inteiramente para os judeus, ainda que todas as demais nações gozem dos benefícios do reino milenial. Com respeito ao Milênio, as promessas de Deus aos judeus são irrevogáveis, e eles as estão esperando. Os gentios, os que não tiverem a marca da besta, certamente terão privilégio e gozarão da bênção do reino do Messias(Ap 20:4). Quanto a prioridade, ela é dos judeus”(João de Oliveira - O Milênio).

B)Como estará a Igreja no Milênio e qual o seu papel? A Igreja estará glorificada na Jerusalém celeste. Essa maravilhosa Cidade foi vista por João, não na Terra, mas, descendo do Céu. É, pois, outra Jerusalém - “E levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a Santa Jerusalém, que de Deus descia do céu“(Ap 21:10).
Esta não pode ser a velha Jerusalém terrestre; também não é o Céu, pois, João a viu descendo do Céu. Ela é “… a cidade que tem fundamento, da qual a artífice e construtor é Deus“(Hb 11:10), na qual Abraão, pela fé, esperava morar. Abraão não morou e nem irá morar, jamais, na Jerusalém terrestre. Porém, juntamente com todos os outros santos, tal como ele creu, ele morará na Jerusalém Celestial.
Ela é a cidade desejada por Paulo, quando disse: “Mas a nossa cidade está nos céus…”(Fp 3:20). Ela é “… o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus“(Ap 21:3).
João a viu descendo do Céu. Isto, por certo, deverá acontecer no inicio do Milênio. Ao descer do Céu, ela não tocará a Terra, mas, como um Satélite, ficará entre o céu e a terra, sobre a Jerusalém Terrestre, de onde poderá ser vista, quando, durante o Milênio, as nações e os reis da Terra subirem à Jerusalém para adorar a Deus, conforme declara Zacarias 14:16: “E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos…”.
Da Jerusalém terrestre, acreditamos que levantarão seus olhos e verão, de longe, a Formosa Jerusalém Celestial, pois, “… não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro“(Ap 21:27).
Não sabemos os detalhes de que forma a Igreja participará deste reino, sabemos apenas aquilo que o Senhor nos revelou em sua Palavra, a saber: teremos um corpo glorioso; espiritual; incorruptível; imortal (1Co 15:42-44; 53,54), e reinaremos com Cristo. Sabemos também que o Senhor Jesus, após a sua ressurreição, passou quarenta dias na Terra e apareceu aos seus discípulos e a vários irmãos (1Co 15:1-8); andou (Lc 24:15), apareceu repentinamente dentre eles estando as portas fechadas (João 20:19,20), foi tocado (Mt 28:9; Lc 24:36-40) e comeu com eles (Lc 24:41-43). Teremos igualmente um corpo glorioso (Rm 8:29,30; 1Co 15:49; 1João 3:2), sem limitações e superior a matéria (Lc 24:15,30,31,36-43; João 20:19,26,27; João 21:4-14; Fp 3:21).
Não podemos querer descobrir detalhes os quais Deus não nos revelou; para isso devemos saber apenas que existem realidades que a nossa mente jamais poderá imaginar por serem coisas sublimes e inexistentes nesta vida, as quais homem algum ou a nossa própria experiência pôde vivenciar ou ao menos ver(Dt 29:29).

3.7 O Julgamento das Nações. O propósito deste julgamento será determinar quais as nações que terão parte no Milênio. Conforme Mt 25. 31-46, haverá três classes de nações nesse juízo: as nações ovelhas, que apoiarem a Israel; as nações bodes, são aquelas que perseguirem a Israel e adorarem ao Anticristo; e os irmãos, que são os israelitas (Mt 25.32,40). A base desse juízo é a maneria como essas nações tratarem a Israel no período da Grande Tribulação. As nações “bodes” serão lançadas no inferno (Mt 25.41,46). E, as nações “ovelhas” e os “irmãos” ingressarão no Milênio (Mt 25.34).
3.8 O Reino Milenial. O milênio é o maravilhoso reinado de Cristo na terra por mil anos (Ap 20.1-6). Jesus reinará sobre todas as nações. Seu reino será literal e universal, pois, todos os reinos do mundo estarão sob o senhorio de Cristo. Israel será uma bênção para o mundo (Is 26.7). Jerusalém será a sede do governo mundial (Is 2.3; 60.3; 66.2; Je 3.17). De Jerusalém sairão, tanto as diretrizes religiosas como as leis civis para o mundo. Neste período, a vida humana será prolongada como no princípio da história humana (Is 65.20,22; Zc 8.4). Haverá abundância de saúde para todos. Haverá muita fertilidade no gênero humano. Em Zc 8.5 diz que as praças da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão. Os óbitos serão reduzidos (Is 65.20). Haverá também mudanças no reino animal, e até a ferocidade deles será removida e eles não mais se atacarão ao homem e nem uns aos outros (Is 11.6-8; 65.25). Podemos ainda acrescentar essas bençãos que estarão sobre os homens:
(1) – EXALTAR A CRISTO (Ap 19.11-16) – Estar montado em um “Cavalo Branco” é uma expressão de honra, pois era um animal de montaria real e bélica. A cor desse cavalo fala de vitória e exaltação. Nos antigos tempos, depois de uma conquista, os generais romanos participavam de uma parada triunfal, montados em cavalos brancos, na frente de inimigos capturados. Assim, o fato de Jesus aparecer montado em um cavalo dessa cor indica que esta será a ocasião dEle ser exaltado no mundo. Ele voltará em glória e assumirá Sua posição de exaltação como Rei no Milênio.
(2) – MANIFESTAR O REINO DE DEUS NA SUA PLENITUDE - A terra será regida por uma teocracia: O próprio Deus regerá o mundo na pessoa do Seu Filho (Lc 1.32,33; Dn 7.13,14). Será um período de completa glória divina no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is 9.6; Sl 45.4; Is 11.4; Sl 72.4; Dt 18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22).
(3) – MOSTRAR QUE ESTE MUNDO PODE SER ADMINISTRADO COM JUSTIÇA E EQUIDADE (Dt 32.4; Jr 10.10) - Mediante o reino milenial de Cristo, Deus mostrará ao homem de que o único caminho para a justiça, a paz, a fraternidade e a felicidade é a obediência à Sua Palavra.
(4) – DEIXAR BEM CLARO QUE OS REINOS DESTE MUNDO PERTENCEM A CRISTO (Ap 11.15) - Quando Deus criou o homem Ele entregou a administração deste mundo em suas mãos (Gn 1.27-30; Sl 115.16). Infelizmente, porém, por causa do pecado, o homem entregou esta autoridade nas mãos do diabo (1 Jo 5.19; Lc 4.5,6). O reino de Deus no mundo será exercido, não de uma forma limitada, mas de forma completa.
V – AS BÊNÇÃOS DERRMADAS DURANTE O MILÊNIO:
Serão bênçãos tanto materiais, quanto espirituais. Vejamos:
(1) – HAVERÁ UM GRANDE DERRAMAMENTO DO ESPÍRITO SANTO - (Zc 12.10) - Sendo o Milênio o reino do Messias, e sendo o Espírito Santo aquele que glorifica a Cristo (Jo 16.14), é de se esperar um sublime e incomparável derramamento do Espírito. Haverá, portanto, uma realização plena na profecia de Joel 2.28,29, quando o Espírito Santo será derramado em toda Sua plenitude sobre Israel e sobre as demais nações (Ez 36.25-27).
(2) – HAVERÁ UM GRANDE CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS (Is 2.3) - O conhecimento do Senhor será universal durante o Milênio (Is 11.9; Jr 31.34; Zc 8.22,23). Naquele tempo a justiça prevalecerá e todas as nações conhecerão o nome do Senhor (Ml 1.11). Esse conhecimento será obtido através de um grande movimento missionário a ser realizado pelos judeus remanescentes (Is 66.19). Este trata-se-á do Evangelho Eterno.
(3) – SERÁ UM TEMPO DE PAZ UNIVERSAL (Mq 4.3) - Durante esse período não haverá mais os poderosos armamentos bélicos e nucleares pelos quais as nações são ameaçadas. Haverá um desarmamento total (Is 2.4). Na verdade, a preciosa paz tão almejada só será obtida quando reinar aqui na terra o “Príncipe da Paz” (Is 9.6).
(4) – SERÁ UMA ERA DE ABUNDANTE SAÚDE FÍSICA E MENTAL (Is 35.3-6) - No que tange à saúde humana, diz a Palavra de Deus que “morador nenhum dirá: Enfermo estou” (Is 33.24). Os principais fatores contribuintes para isso serão abundantes: A presença divina, mudanças climáticas, redução do efeito do pecado, ausência do diabo e de seus demônios e melhor nutrição pela fartura que haverá. Alguns dos defeitos físicos serão corrigidos (Is 35.5,6; Zc 13.1). Também as doenças de caráter psíquico e as perturbações mentais serão banidas (Is 65.23). Moléstias já não ceifarão vidas, como acontece nos dias de hoje (Is 30.26).
(5) – SERÁ UMA ERA DE PROSPERIDADE, SEGUNRANÇA E VIDA LONGA (Is 65.22) - A ciência e o progresso atingirão o seu apogeu e alcançarão o fim a que se propuseram. Todos possuirão casas (Is 65.21). Hipotecas, aluguéis e dívidas de casas serão coisas do passado (Mq 4.4; Zc 14.4,10 - O hebraísmo constante dessas últimas referências denota prosperidade geral). O grande profeta messiânico fala a respeito da longevidade que haverá nesse tempo (Is 65.20). Uma vez que o mal estará detido, a vida física, durante o Milênio, não estará tão reduzida como hoje. É verdade que as pessoas não estarão isentas da morte. Mas viverão muito mais. Os homens em todas as épocas procuram o sonhado “Elixir da vida”; os laboratórios procuram uma química que dê ao homem o prolongamento da vida física. Isso acontecerá no Milênio (Is 65.22).
(6) – SERÁ UM PERÍODO DE PLENA RECUPERAÇÃO ECOLÓGICA (Gn 3:17 cf Is 35.1,2) - Durante a Era Milenar esta e outras maldições impostas por Deus serão removidas (Is 55.13). Assim, tanto o reino vegetal como a própria estrutura terrestre, serão modificados por ocasião do retorno de Cristo à Terra com poder e grande glória.
(7) – ISRAEL HABITARÁ SEGURO E ESTARÁ DE POSSE DE TODO O TERRITÓRIO QUE O SENHOR PROMETEU A ABRAÃO (Gn 15:18) – Na verdade, a terra que o Senhor prometeu a Abraão nunca foi ocupada em sua totalidade pelos seus descendentes, nem mesmo durante o próspero reinado de Davi e Salomão. Esse território vai do Mediterrâneo ao rio Eufrates (Gn 17.8; Êx 23.31). O extenso território será repartido em doze faixas iguais e paralelas, uma para cada tribo de Israel (Ez 48). Atualmente, a maior parte da terra é um deserto seco e estéril. A fim de restaurá-lo, Deus fará fluir de sob o templo milenar um volumoso rio (Ez 47.1-12), o qual juntamente com as copiosas chuvas que cairão, fará esse deserto florescer (Is 35.1). Haverá grande aumento de população, tornando a nação forte (Is 60.22). Para cumprir essas profecias, Israel precisará ocupar um território bem maior do que o que hoje possui. E isso se cumprirá no Milênio. Nessa época, de Jerusalém sairão tanto as diretrizes religiosas como as leis civis para o mundo. Desta forma Israel estará seguro.
VI -O FIM DO MILÊNIO
Após os mil anos Satanás será solto por um pouco de tempo (Ap 20:1-3,7). Deus permitirá que Satanás seja solto pelas seguintes razoes:
1) Como os nascidos durante o Milênio não foram provados por não haver maldade na época, serão agora provados com a soltura de Satanás.
2) Deus quer revelar a dureza do coração do homem e sua natureza pecaminosa. Mesmo com os benefícios físicos, morais e espirituais do Milênio o homem ainda terá a audácia de se juntar a Satanás para lutar contra Cristo e os santos.
3) Satanás é incorrigível. Isto é o que Deus também provará ao soltá-lo da prisão. Solto, Satanás sairá a enganar as nações para lutarem contra Deus(Ap 20:8,9). O próprio Satanás será o líder dessa guerra. A ação será dupla: cercarão o arraial dos santos (os Judeus) e assolarão a cidade amada (Jerusalém). Cristo só intervém depois de se completar o cerco à nação de Israel; de Deus descerá fogo dos céus e os devorará (Ap 20:9). E o diabo será lançado no lago de fogo e enxofre, preparado para ele e seus anjos (Mt 25:41; Ap 20:10). A besta e o falso profeta estarão ali desde o inicio do Milênio, entregues ao seu eterno destino (Ap 19:20). Com o ato de lançar Satanás no lago de fogo, findará toda rebelião do povo da terra - findará todo pecado e toda morte na terra. Será um novo Céu e uma nova Terra.
 
 CONCLUSÃO
No Arrebatamento,
a Igreja será removida da Terra e estará presente com Cristo por toda a Tribulação. A Igreja será julgada por suas obras no tribunal de Cristo depois do Arrebatamento e participará das bênçãos do Reino Milenar (Rm 14:10-12; 1Co 3:11-16; 4:1-5; 9.24-27; 2Co 5:10-11; 2Tm 4:8).
Em Mateus 19:28, Jesus disse aos seus discípulos que estariam com Ele no reino e reinariam sobre as 12 tribos de Israel. Além disso, em 2Timóteo 2:12, Paulo escreve: “se perseveramos, também com ele reinaremos”. Em Apocalipse 20:4 aprendemos que os santos martirizados na Grande Tribulação também participarão do reinado de Cristo. Dois versículos depois, em Apocalipse 20:6, lemos que todos os que fizeram parte da primeira ressurreição reinarão com Cristo.
Já que o Céu fica acima da Terra, algumas pessoas sugerem que o papel celestial da Igreja como Noiva de Cristo é maior que qualquer papel terreno, inclusive superior ao lugar de Israel como líder das nações. Talvez seja melhor ver cada um na liderança das suas respectivas esferas, distintas, mas equivalentes - Israel na esfera terrena e a Igreja na celestial. De qualquer forma, o propósito principal do Milênio é a restauração de Israel e o reinado de Cristo sobre ele; a Igreja como Noiva de Cristo não estará ausente das atividades do Milênio. 
3.8 O Juízo Final. Nesta ocasião, ressuscitarão os ímpios falecidos de todas as épocas, bem como os justos que morrerem no Milênio (Mt 10.28; Ap 20.11-15). Os livros do céu serão abertos e os mortos serão julgados pelo que está escrito nos livros (Ap 20.11,12). Será decidido, então, o destino final dos homens: salvação ou condenação eterna.
3.9 O Estado Eterno. Tem início, então, a eternidade. A Santa cidade de Jerusalém celestial descerá do céu (Ap 21.2,10). A igreja, em estado de glória e felicidade eterna estará para sempre com o Senhor Jesus por toda a eternidade (Ap 21.3) e não haverá mais pranto, nem morte e nem dor (Ap 21.3-5).

GRÁFICO DEMONSTRATIVO DOS EVENTOS ESCATOLÓGICOS

CONCLUSÃO

Como observamos, ainda não estamos desfrutando da plenitude do Reino de Deus aqui na terra. Porém, muito em breve, após o arrebatamento da Igreja, terá início a uma série de eventos, onde os salvos desfrutarão não só da plenitude do Reino de Deus, mas também, de muitas outras bênçãos espirituais, celestiais e eternas.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. CPAD. 
SILVA, Severino Pedro da. Escatologia, a Doutrina das Últimas Coisas. CPAD. 
GILBERTO, Antônio. O Calendário da Profecia. CPAD. 
William Macdonald - Comentário Bíblico popular(Novo Testamento)
Bíblia de Estudo Pentecostal. 
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal 
Revista Ensinador Cristão - nº 47. 
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS. 
Thomas Ice e Timothy Demy - O Milênio. 
Caramuru Afonso Francisco - O Milênio, o reino do Messias.


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