Blog Uma Alma Sedenta | Em Defesa da Fé Cristã Protestante

Descrença nos dons espirituais- um fator que cresce!

É alarmante a declaração de cristãos que expressam sua falta de crédito quanto a certas manifestações espirituais. Em tempos passados, os mesmos professavam, com veemência, a plena confiança nas manifestações espirituais que ora observaremos daqui a pouco. Porém, quero aqui salientar minha fé genuína no assunto que será abordado; entretanto, deixar claro que a minha fé está em tudo aquilo que concerne ao ESPÍRITO e não a EMOÇÃO. Não intento em hipótese alguma afrontar ninguém por sua forma de pensar e agir, contudo, não posso deixar de mostrar os transtornos inúmeros ocorridos por falta de AMADURECIMENTO ESPIRITUAL. Vejamos duas, entre tantas manifestações espirituais que, infelizmente, encontram-se no rol da DESCRENÇA – as REVELAÇÕES e as PROFECIAS – devido a várias decepções. Conforme a compreensão e percepção que tenho, vejo que existe uma necessidade estupenda de tão polêmico comentário, que certamente não agradará a todos. O que está acontecendo, na verdade, é que alguns “vasos” estão, sinceramente, afirmo, abusando destas manifestações bíblicas procedendo enganosamente, indo após seus pensamentos. Pois ao invés de se deixarem usar por Deus, estão querendo “usando-Lo” para promover-lhes a auto-espiritualidade provindas de sua imaturidade espiritual. Leiamos, então: “Que fareis pois, irmãos? quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem línguas, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” - 1 Co 14.26. O fator DESCRENÇA pelas revelações está crescendo por causa das meninices tanto daqueles que a proferem como daqueles que a recebem, não discernindo se naquele momento em que recebeu tal mensagem está vindo da parte de Deus ou de outra fonte (humana ou demoníaca). Sabemos que o nosso “Deus não é Deus de confusão”, porque nEle não existe “sombra de variação”. Notifico que tenho total convicção em Deus que ao revelar-se enfermidades no momento da mensagem, por um determinado pregador, temos que estar alerta, pois é por causa dos promovedores de falsas curas que estão provocando vergonha, quando afirmam que Deus lhes revelou que ia curar naquela reunião e nada aconteceu. Agora, paremos um pouco e imaginemos sobre o prejuízo que teremos (ou temos) se esta pessoa for um não-crente? Como tais 'vasos' podem abusar da ingenuidade dessa gente? Isto pode até mesmo endurecer ainda mais o coração daquela pobre vida sem Cristo. E de quem será a culpa? É claro daquele que “usou” a Deus e não se deixou ser usado por Ele. Prezado leitor, se você por acaso encontra-se enquadrado neste negócio inconveniente e desastrador, peço-lhe em nome de Jesus, deixe isto de lado e se coloque na posição que Deus quer que esteja, para que desta maneira Deus possa se utilizar de você no Seu reino, para a glória do Seu poderoso Nome. Observemos o que o texto de 2 Timóteo 2.21 nos declara: “De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra”. Notemos que o Espírito Santo revelou ao apóstolo Paulo no tocante à questão de revelações que as mesmas devem promover EDIFICAÇÃO (1 Co 14.26). Será que as revelações que estão acontecendo em nossas reuniões são confirmadas por este elemento revelado a Paulo? Não se pode viver por toda a vida como um menino no entendimento. O apóstolo Paulo assim redigiu sobre a questão de maturidade cristã: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino” - I Co 13.11. Adentremos, agora, na segunda manifestação que se encontra no rol da descrença: PROFECIA. Expresso neste espaço a minha real crença na profecia vinda da parte de Deus, como também, manifestar meu desprezo e repúdio á profecia produzida pela mente humana ou diabólica. Eis a razão de buscarmos nos dias atuais o DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS, para não comermos gato por lebre. Os imaturos na área da profecia costumeiramente dizem: “Não fale do mistério que é de Deus, pois você pode se queimar ou morrer”. Esta expressão e outras que é do conhecimento do público cristão têm se tornado um slogan de defesa deles. É preciso mudar isto. A Escritura Sagrada nos recomenda a julgar as profecias (1 Co 14.29) e declara ainda que “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” - 1 Co 14.32. Todo  cristão deve aprender a se comportar quando alguém estiver profetizando, prestando uma total atenção ás palavras enunciadas, para que desta maneira possamos contemplar a existência de concordância bíblica na profecia. Todos sabemos que existe uma grande onda de cristãos que saem pela estrada afora a procura de “profetas”, buscando receber respostas aos seus diferentes anseios. Infelizmente, esses que vão a procura de profecias demonstram que seu entendimento e conhecimento bíblicos estão, urgentemente, precisando de um verdadeiro ajustamento doutrinário. É inaceitável e inacreditável o número de vidas que estão a sofrer amargamente as conseqüências de supostas profecias ditas que vêm da parte de Deus. O Senhor Deus declara Sua contrariedade acerca daqueles que profetizam abusivamente usando seu Nome e transtornam vidas por completo mediante suas “profecias”, que não tem fundamento bíblico. Quando lemos o livro do profeta das lágrimas, Jeremias, encontramos algumas declarações contundentes de Deus acerca dos “profetas baratos e mercantilistas” que atuavam no tempo do citado profeta. “PORTANTO, EIS QUE EU SOU CONTRA OS PROFETAS, DIZ O SENHOR, QUE FURTAM aS MINHAS PALAVRAS, CADA UM AO SEU COMPANHEIRO” - 23.30. O Senhor Jeová bradou por intermédio do profeta Jeremias afirmando que não os enviou, nem lhes deu ordem para proferirem palavras que não trazem proveito nenhum - 23.32b. O povo evangélico está cheio de tanta “profecia” que tem sido um instrumento para o aumento acelerado da descrença acerca deste assunto. Chega! Vamos para com tanta meninice. Permitamos que seja o Espírito Santo que nos dê a devida inspiração e não seja o emocionalismo a fonte da inspiração. Finalizo expondo que a verdadeira profecia tem pelo menos três finalidades conforme 1 Co 14.2 que diz: “Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação”. Bem, afinal de contas, vai para você a passagem de Romanos 13.13b, 19 que diz: “...Antes seja vosso propósito não por tropeço ou escândalo...”. “Sigamos pois as coisas que servem para a paz e para a edificação”.