Benny Hinn é um bom referencial para o povo de Deus?
Diante dos últimos acontecimentos do “mundo gospel” e considerando que Benny Hinn foi citado como um referencial por certo telepregador (não me pergunte o nome dele!), resolvi republicar a minha postagem mais acessada desde 2008. A minha intenção, ao fazer isso, é mostrar porque é perigoso adotar o “cair no poder” como um dos elementos do culto a Deus e considerar o aludido show-man como um modelo.
Não há no mundo todo um conferencista (conferencista?) tão famoso quanto Benny Hinn. É ele um profeta de Deus, um pregador da Palavra? Ou um falso profeta, um animador e manipulador de auditórios? Suas pregações costumam ter conteúdo evangelístico? Enfocam o nome de Jesus? Como se sabe, o ponto alto de suas ministrações são algumas manifestações estranhas, que ocorrem, segundo ele, devido à “nova unção” que está sobre a sua vida.
As opiniões sobre a “nova unção” propagada por Hinn são divergentes. Alguns, afirmando que não se pode limitar o poder de Deus, a defendem com veemência. Outros consideram a cena de uma pessoa caída ao chão ou rolando pelo piso de um templo, no mínimo, grotesca. O assunto é polêmico e, por isso, deve ser abordado de maneira franca, objetiva e à luz da Palavra de Deus.
Benny Hinn e o “cair no Espírito”
As argumentações “bíblicas” para se defender o “cair no Espírito” são as seguintes, resumidamente: “Em Gênesis 2.21, Deus fez Adão dormir. Por que ele não faria, hoje, o crente dormir, ao ser cheio do poder? Da mesma forma, Abraão ouviu Deus falar quando estava em profundo sono (Gn 15.12). Finalmente, Daniel, Saulo e João caíram pelo poder do Senhor (Dn 10.8,9; At 9.4-8; Ap 1.17)”.
No primeiro exemplo, Deus fez Adão dormir para formar a mulher (Gn 2.22). No caso de Abraão, o sono não foi proveniente de Deus. Ele estava cansado, depois de ficar em pé aguardando uma resposta do Senhor, que veio por meio de uma tocha de fogo (Gn 15.13-21). Nenhum dos episódios, pois, fornece base para o “cair no Espírito”. Aliás, há também exemplos negativos, como o do dorminhoco Êutico (At 20.9), que inclusive estava em um culto...
As experiências de Daniel, Saulo e João também não proporcionam bons argumentos aos defensores da “nova unção”. Daniel contemplou uma grande visão, depois de jejuar durante três semanas (Dn 10.1-3). Paulo viu uma forte luz, que cegou os seus olhos (At 9.8,9). E João viu Jesus em sua glória (Ap 1.10-18). Nessas circunstâncias, seria mesmo impossível permanecer de pé. Mas eles não perderam a consciência, tampouco foram derrubados.
Eles caíram por não suportarem a glória do Senhor. Mas as suas quedas foram casos específicos, e não exemplares. Segue-se que os argumentos, baseados nos textos empregados para defender o “cair no Espírito”, são inconsistentes. E, por isso, é importante ver o outro lado da moeda (nota: há outras passagens, analisadas por este editor de blog em outro artigo, publicado no último dia 15, as quais também são usadas indevidamente na tentativa de abonar a manifestação em apreço).
Segundo a Bíblia, Deus nos quer de pé (Ez 2.1; 11.1; Mc 10.49; Ef 5.14). Em contraposição, quem gosta de lançar as pessoas ao chão é o Diabo (Mc 9.17-27; Lc 4.35). Jesus e seus apóstolos nunca impuseram as mãos sobre pessoas para levá-las ao chão.
A prática da “queda espiritual” já está ocorrendo em muitas igrejas. Curiosamente, alguns “ministradores” de tal prática, como este articulista já presenciou, seguram as pessoas com uma das mãos na testa e a outra na parte inferior das costas, tornando a queda inevitável. Ora, se a pessoa cai de poder, por que forçar a sua queda? E sempre há obreiros para ampará-las...
Em seu livro Evangélicos em Crise, Paulo Romeiro combate essa novidade: “O programa Fantástico, da Rede Globo, levou ao ar uma reportagem no dia 16 de abril de 1995 em que mostrou o desenrolar de um culto na igreja Vineyard, de Toronto. As cenas foram grotescas. As pessoas riam histérica e descontroladamente enquanto rolavam no carpete. Um homem se arrastava pelo chão, urrando como um leão” (Mundo Cristão, p. 80).
Quanto ao “urro do leão” e à “unção do riso”, Romeiro esclarece: “Alguns citam Isaías 5.29 para defender o urro (...) Mas aqui é uma metáfora (...) As pessoas que usam Isaías 5.29 para defender o urro do leão usariam também Isaías 40.31, ‘sobem com asas como águias’, literalmente para tentar sair voando? (...) Para justificar a ‘unção do riso sagrado’, seus defensores citam Gênesis 18.12, em que Sara riu (...) Entretanto, esta passagem nada tem a ver com gargalhada santa. Além disso, Sara riu de incredulidade, uma atitude nada recomendável para o cristão” (idem, pp. 80,81).
Na verdade, tanto o “cair no Espírito” quanto a “unção do riso” são práticas importadas da América do Norte, especialmente dos EUA. Elas foram propagandeadas no Brasil por pregadores show-men (o plural de man é men) como Benny Hinn, recordista em vendagem de livros, que já esteve em terras brasileiras algumas vezes, “ministrando milagres” através de “sopros santos”. Hinn, pastor do Centro Cristão de Orlando, na Flórida (EUA), leva inúmeras pessoas a caírem ao chão supostamente pelo poder de Deus.
Conheça Benny Hinn
Muitos crentes, por não conhecerem toda a verdade acerca de Benny Hinn, consideram-no um verdadeiro deus. Os fatos descritos abaixo são duras realidades, mas devem ser levados em consideração por aqueles que, cegamente, têm seguido aos ensinamentos de Benny Hinn:
1) Ele declarou que Jesus “... assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”. Esta declaração blasfema é citada no excelente trabalho crítico de Hank Hanegraaff, Cristianismo em Crise, editado pela CPAD (p. 166).
2) Afirmou que o Espírito Santo lhe revelou que as mulheres foram originalmente criadas para dar à luz pelo lado. Todavia, por causa do pecado, passaram a dar à luz pela parte mais baixa de seu corpo (idem, p. 373).
3) Ensina que o homem é um pequeno deus. E afirmou: “Eu sou ‘um pequeno messias’ caminhando sobre a Terra” (idem, p. 119).
4) Afirmou que o homem, em princípio, voava da mesma forma que os pássaros. Segundo ele, Adão podia voar até à lua pela sua própria vontade: “Adão era um superser (...) costumava voar. Naturalmente, como poderia ter domínio sobre as aves, sem ser capaz de fazer o que elas fazem?” (idem, p. 128).
5) Hinn costuma visitar os túmulos de duas santas mulheres, Kathry Kuhlman e Aimee S. McPherson, para receber a “unção” que flui de seus ossos (idem, p. 373).
6) Em seu livro Good Morning, Holy Spirit (p. 56), Hinn afirma que, em uma de suas supostas conversas com o Espírito Santo, o Consolador teria implorado para que ele ficasse em sua presença: “Hinn, por favor, mais cinco minutos; apenas mais cinco minutos”.
7) Ele ensina que a Trindade é composta de nove pessoas, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem, cada um, espírito, alma e corpo (Cristianismo em Crise, p. 375).
8) Ao ser criticado, disse que gostaria de ter “uma arma do Espírito” para explodir a cabeça de seus críticos. Além disso, profere palavras funestas contra aqueles que refutam suas heresias. As ameaças abaixo, extraídas do livro supracitado (p. 376), foram dirigidas ao Instituto Cristão de Pesquisas dos EUA:
“Agora eu estou apontando meu dedo para vocês com o tremendo poder de Deus sobre mim... Ouçam isto! Existem homens e mulheres no sul da Califórnia me atacando. É sob a unção que lhes falo agora. Vocês colherão o que estão semeando em suas próprias crianças se não pararem... E seus filhos e filhas sofrerão” (...)
“Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá a sua mão. Não toqueis nos meus ungidos...”
9) Hinn concordou em tirar alguns erros do livro Good Morning, Holy Spirit (Bom Dia, Espírito Santo), depois de uma conversa com Hank Hanegraaff (presidente do ICP dos EUA), em 1990. No ano seguinte, admitiu seus erros e prometeu fazer alterações em seus escritos. Entretanto, depois de algumas semanas, retornou às suas velhas práticas (idem, p. 375).
10) Defendendo a teologia da prosperidade, a qual ensina que a pobreza é uma maldição, afirmou que Jó era carnal e mau (idem, p. 103), ignorando o enfático testemunho de Deus acerca de seu servo: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal”, Jó 1.8.
11) Defensor da falaciosa confissão positiva, declarou: “Nunca, jamais, em tempo algum, vão ao Senhor e digam: ‘Se for da tua vontade...’ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês”. (idem, p. 295). Hinn ignora o fato de o próprio Cristo ter ensinado e empregado tal forma de oração (Mt 6.10; 26.39).
Diante do exposto, é Benny Hinn um profeta de Deus? Antes de responder a essa pergunta, leia Mateus 7.15-23. Bem, agora é com você: reflita e responda, com toda sinceridade e imparcialidade, à pergunta em apreço.
Não há no mundo todo um conferencista (conferencista?) tão famoso quanto Benny Hinn. É ele um profeta de Deus, um pregador da Palavra? Ou um falso profeta, um animador e manipulador de auditórios? Suas pregações costumam ter conteúdo evangelístico? Enfocam o nome de Jesus? Como se sabe, o ponto alto de suas ministrações são algumas manifestações estranhas, que ocorrem, segundo ele, devido à “nova unção” que está sobre a sua vida.
As opiniões sobre a “nova unção” propagada por Hinn são divergentes. Alguns, afirmando que não se pode limitar o poder de Deus, a defendem com veemência. Outros consideram a cena de uma pessoa caída ao chão ou rolando pelo piso de um templo, no mínimo, grotesca. O assunto é polêmico e, por isso, deve ser abordado de maneira franca, objetiva e à luz da Palavra de Deus.
Benny Hinn e o “cair no Espírito”
As argumentações “bíblicas” para se defender o “cair no Espírito” são as seguintes, resumidamente: “Em Gênesis 2.21, Deus fez Adão dormir. Por que ele não faria, hoje, o crente dormir, ao ser cheio do poder? Da mesma forma, Abraão ouviu Deus falar quando estava em profundo sono (Gn 15.12). Finalmente, Daniel, Saulo e João caíram pelo poder do Senhor (Dn 10.8,9; At 9.4-8; Ap 1.17)”.
No primeiro exemplo, Deus fez Adão dormir para formar a mulher (Gn 2.22). No caso de Abraão, o sono não foi proveniente de Deus. Ele estava cansado, depois de ficar em pé aguardando uma resposta do Senhor, que veio por meio de uma tocha de fogo (Gn 15.13-21). Nenhum dos episódios, pois, fornece base para o “cair no Espírito”. Aliás, há também exemplos negativos, como o do dorminhoco Êutico (At 20.9), que inclusive estava em um culto...
As experiências de Daniel, Saulo e João também não proporcionam bons argumentos aos defensores da “nova unção”. Daniel contemplou uma grande visão, depois de jejuar durante três semanas (Dn 10.1-3). Paulo viu uma forte luz, que cegou os seus olhos (At 9.8,9). E João viu Jesus em sua glória (Ap 1.10-18). Nessas circunstâncias, seria mesmo impossível permanecer de pé. Mas eles não perderam a consciência, tampouco foram derrubados.
Eles caíram por não suportarem a glória do Senhor. Mas as suas quedas foram casos específicos, e não exemplares. Segue-se que os argumentos, baseados nos textos empregados para defender o “cair no Espírito”, são inconsistentes. E, por isso, é importante ver o outro lado da moeda (nota: há outras passagens, analisadas por este editor de blog em outro artigo, publicado no último dia 15, as quais também são usadas indevidamente na tentativa de abonar a manifestação em apreço).
Segundo a Bíblia, Deus nos quer de pé (Ez 2.1; 11.1; Mc 10.49; Ef 5.14). Em contraposição, quem gosta de lançar as pessoas ao chão é o Diabo (Mc 9.17-27; Lc 4.35). Jesus e seus apóstolos nunca impuseram as mãos sobre pessoas para levá-las ao chão.
A prática da “queda espiritual” já está ocorrendo em muitas igrejas. Curiosamente, alguns “ministradores” de tal prática, como este articulista já presenciou, seguram as pessoas com uma das mãos na testa e a outra na parte inferior das costas, tornando a queda inevitável. Ora, se a pessoa cai de poder, por que forçar a sua queda? E sempre há obreiros para ampará-las...
Em seu livro Evangélicos em Crise, Paulo Romeiro combate essa novidade: “O programa Fantástico, da Rede Globo, levou ao ar uma reportagem no dia 16 de abril de 1995 em que mostrou o desenrolar de um culto na igreja Vineyard, de Toronto. As cenas foram grotescas. As pessoas riam histérica e descontroladamente enquanto rolavam no carpete. Um homem se arrastava pelo chão, urrando como um leão” (Mundo Cristão, p. 80).
Quanto ao “urro do leão” e à “unção do riso”, Romeiro esclarece: “Alguns citam Isaías 5.29 para defender o urro (...) Mas aqui é uma metáfora (...) As pessoas que usam Isaías 5.29 para defender o urro do leão usariam também Isaías 40.31, ‘sobem com asas como águias’, literalmente para tentar sair voando? (...) Para justificar a ‘unção do riso sagrado’, seus defensores citam Gênesis 18.12, em que Sara riu (...) Entretanto, esta passagem nada tem a ver com gargalhada santa. Além disso, Sara riu de incredulidade, uma atitude nada recomendável para o cristão” (idem, pp. 80,81).
Na verdade, tanto o “cair no Espírito” quanto a “unção do riso” são práticas importadas da América do Norte, especialmente dos EUA. Elas foram propagandeadas no Brasil por pregadores show-men (o plural de man é men) como Benny Hinn, recordista em vendagem de livros, que já esteve em terras brasileiras algumas vezes, “ministrando milagres” através de “sopros santos”. Hinn, pastor do Centro Cristão de Orlando, na Flórida (EUA), leva inúmeras pessoas a caírem ao chão supostamente pelo poder de Deus.
Conheça Benny Hinn
Muitos crentes, por não conhecerem toda a verdade acerca de Benny Hinn, consideram-no um verdadeiro deus. Os fatos descritos abaixo são duras realidades, mas devem ser levados em consideração por aqueles que, cegamente, têm seguido aos ensinamentos de Benny Hinn:
1) Ele declarou que Jesus “... assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”. Esta declaração blasfema é citada no excelente trabalho crítico de Hank Hanegraaff, Cristianismo em Crise, editado pela CPAD (p. 166).
2) Afirmou que o Espírito Santo lhe revelou que as mulheres foram originalmente criadas para dar à luz pelo lado. Todavia, por causa do pecado, passaram a dar à luz pela parte mais baixa de seu corpo (idem, p. 373).
3) Ensina que o homem é um pequeno deus. E afirmou: “Eu sou ‘um pequeno messias’ caminhando sobre a Terra” (idem, p. 119).
4) Afirmou que o homem, em princípio, voava da mesma forma que os pássaros. Segundo ele, Adão podia voar até à lua pela sua própria vontade: “Adão era um superser (...) costumava voar. Naturalmente, como poderia ter domínio sobre as aves, sem ser capaz de fazer o que elas fazem?” (idem, p. 128).
5) Hinn costuma visitar os túmulos de duas santas mulheres, Kathry Kuhlman e Aimee S. McPherson, para receber a “unção” que flui de seus ossos (idem, p. 373).
6) Em seu livro Good Morning, Holy Spirit (p. 56), Hinn afirma que, em uma de suas supostas conversas com o Espírito Santo, o Consolador teria implorado para que ele ficasse em sua presença: “Hinn, por favor, mais cinco minutos; apenas mais cinco minutos”.
7) Ele ensina que a Trindade é composta de nove pessoas, pois o Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem, cada um, espírito, alma e corpo (Cristianismo em Crise, p. 375).
8) Ao ser criticado, disse que gostaria de ter “uma arma do Espírito” para explodir a cabeça de seus críticos. Além disso, profere palavras funestas contra aqueles que refutam suas heresias. As ameaças abaixo, extraídas do livro supracitado (p. 376), foram dirigidas ao Instituto Cristão de Pesquisas dos EUA:
“Agora eu estou apontando meu dedo para vocês com o tremendo poder de Deus sobre mim... Ouçam isto! Existem homens e mulheres no sul da Califórnia me atacando. É sob a unção que lhes falo agora. Vocês colherão o que estão semeando em suas próprias crianças se não pararem... E seus filhos e filhas sofrerão” (...)
“Vocês estão me atacando no rádio todas as noites — vocês pagarão e suas crianças também. Ouçam isto dos lábios dum servo de Deus. Vocês estão em perigo. Arrependam-se! Ou o Deus Altíssimo moverá a sua mão. Não toqueis nos meus ungidos...”
9) Hinn concordou em tirar alguns erros do livro Good Morning, Holy Spirit (Bom Dia, Espírito Santo), depois de uma conversa com Hank Hanegraaff (presidente do ICP dos EUA), em 1990. No ano seguinte, admitiu seus erros e prometeu fazer alterações em seus escritos. Entretanto, depois de algumas semanas, retornou às suas velhas práticas (idem, p. 375).
10) Defendendo a teologia da prosperidade, a qual ensina que a pobreza é uma maldição, afirmou que Jó era carnal e mau (idem, p. 103), ignorando o enfático testemunho de Deus acerca de seu servo: “Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem sincero e reto, temente a Deus, e desviando-se do mal”, Jó 1.8.
11) Defensor da falaciosa confissão positiva, declarou: “Nunca, jamais, em tempo algum, vão ao Senhor e digam: ‘Se for da tua vontade...’ Não permitam que essas palavras destruidoras da fé saiam da boca de vocês”. (idem, p. 295). Hinn ignora o fato de o próprio Cristo ter ensinado e empregado tal forma de oração (Mt 6.10; 26.39).
Diante do exposto, é Benny Hinn um profeta de Deus? Antes de responder a essa pergunta, leia Mateus 7.15-23. Bem, agora é com você: reflita e responda, com toda sinceridade e imparcialidade, à pergunta em apreço.
Nos dias 13 a 15 de março de 2009, Benny Hinn esteve no Brasil. Ele se apresentou no Anfiteatro Pôr-do-Sol, em Porto Alegre-RS. Na ocasião, o evento trouxe à capital gaucha muito mais que um irritante congestionamento. Um dos seguranças da cruzada me enviou um e-mail que veio a confirmar o que pastores sérios, residentes nos Estados Unidos, já vinham denunciando, principalmente Hank Hanegraaff, em seu livro Cristianismo em Crise, publicado pela CPAD, em 1996.
“Paz, pastor Ciro. Em primeiro lugar, peço-lhe perdão, pois há algum tempo o critiquei por falar contra as heresias de Benny Hinn. Mas ele, neste momento que escrevo (dia 14 de março de 2009), está fazendo uma cruzada aqui em Porto Alegre. Trabalhei como segurança do evento ontem à noite (sexta-feira) e o que vi serve de alerta para outros irmãos.
Primeiro, vi o que um “homem de Deus” faz com uma equipe de seguranças... Parecia que eles tinham saído de uma cocheira ou jaula...
Segundo: os “milagres” que eles promovem no meio do povo, antes de o Benny Hinn se apresentar, é puro teatro, isto é, serve somente para atrair a atenção do povo; eles escolhem uma ou duas pessoas que se dizem enfermas e promovem a tal “cura”... O engraçado disso é que eles veem as cadeiras de rodas, mas nem chegam perto dos paralíticos.
Terceiro: fiquei ao lado do palco do Benny Hinn, ao lado da equipe dele, e em nenhum momento os vi em meio ao povo orando, como disseram para nós. Pelo contrario, alguns seguranças dele, de paletó, ficaram um mostrando faca para o outro, no momento da mensagem; além disso, conversaram o tempo todo. Depois que Hinn começou o show de derrubar as pessoas, os seguranças foram ao palco para ficarem caindo o tempo todo...
Quarto: vi com meus olhos as pessoas doentes serem mandadas de volta para seu lugar sem ao menos receberem uma oração, pois quem seleciona os “agraciados” é, talvez, o mais violento dos seguranças. Vi uma criança com problema mental sendo barrada pelo tal segurança, e a mãe aos prantos pedindo para o Benny Hinn orar pelo filho dela. Havia uma mulher da equipe dele que fazia orações no meio do povo; foi ela que mandou a mãe levar o filho de volta; nem ela orou.
Revoltei-me, pois eu vi tudo isso diante de meus olhos. Além disso, vi muitos paralíticos sendo impedidos de chegar perto do palco pelos brutamontes (seguranças). Para que ter oito homens, todos lutadores, de academia, cheios de armas, ignorantes e mal-educados? Hinn não é um homem de Deus? Paulo, Pedro e Jesus precisavam de seguranças?
Por isso, hoje, nem quis ir para aquela “palhaçada”. Ontem, tirei o colete da segurança, guardei-o no carro e fui embora, muito triste, mas também muito aliviado por Deus ter me mostrado todas essas coisas.
Em resumo, sabe o que vi ontem? Um homem show, com sua roupa branca, cabelos duros de tanto laquê, um sorriso cínico, um olhar penetrante, cantando e animando uma plateia que parece hipnotizada. Os músicos são dele, os hinos é ele quem escolhe, os cantores são dele, o tradutor é dele, os aparadores são dele... Além disso, há um “bando de gorilas” seus tirando uma “onda” do povo de Deus, brincando com doenças, derrubando pastores, empurrando senhoras. Enfim, vi um espetáculo, com muita luz, som e efeitos (ou defeitos) especiais...
Espero, de alguma forma, ter contribuído para que outras pessoas não venham a ser enganadas por esse falso profeta.”
Em nosso meio, pecados no âmbito moral costumam ser considerados mais graves do que a heresia e a apostasia. Considero estes mais deletérios do que aqueles. Mas, para quem ainda tolera as falsas doutrinas e os modismos de Hinn por achar que ele tem uma vida ilibada, a imagem acima, do The National Enquirer, fala melhor que milhares de palavras.
Definitivamente, o show-man Benny Hinn não é um bom referencial para o povo Deus, principalmente para os jovens pregadores. Olhemos para o Pregador-modelo, o Senhor Jesus Cristo (Hb 12.1,2). Ele nos deixou o exemplo de uma vida santa (Jo 13.15; 1 Pe 2.20), a fim de que andemos como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).
“Paz, pastor Ciro. Em primeiro lugar, peço-lhe perdão, pois há algum tempo o critiquei por falar contra as heresias de Benny Hinn. Mas ele, neste momento que escrevo (dia 14 de março de 2009), está fazendo uma cruzada aqui em Porto Alegre. Trabalhei como segurança do evento ontem à noite (sexta-feira) e o que vi serve de alerta para outros irmãos.
Primeiro, vi o que um “homem de Deus” faz com uma equipe de seguranças... Parecia que eles tinham saído de uma cocheira ou jaula...
Segundo: os “milagres” que eles promovem no meio do povo, antes de o Benny Hinn se apresentar, é puro teatro, isto é, serve somente para atrair a atenção do povo; eles escolhem uma ou duas pessoas que se dizem enfermas e promovem a tal “cura”... O engraçado disso é que eles veem as cadeiras de rodas, mas nem chegam perto dos paralíticos.
Terceiro: fiquei ao lado do palco do Benny Hinn, ao lado da equipe dele, e em nenhum momento os vi em meio ao povo orando, como disseram para nós. Pelo contrario, alguns seguranças dele, de paletó, ficaram um mostrando faca para o outro, no momento da mensagem; além disso, conversaram o tempo todo. Depois que Hinn começou o show de derrubar as pessoas, os seguranças foram ao palco para ficarem caindo o tempo todo...
Quarto: vi com meus olhos as pessoas doentes serem mandadas de volta para seu lugar sem ao menos receberem uma oração, pois quem seleciona os “agraciados” é, talvez, o mais violento dos seguranças. Vi uma criança com problema mental sendo barrada pelo tal segurança, e a mãe aos prantos pedindo para o Benny Hinn orar pelo filho dela. Havia uma mulher da equipe dele que fazia orações no meio do povo; foi ela que mandou a mãe levar o filho de volta; nem ela orou.
Revoltei-me, pois eu vi tudo isso diante de meus olhos. Além disso, vi muitos paralíticos sendo impedidos de chegar perto do palco pelos brutamontes (seguranças). Para que ter oito homens, todos lutadores, de academia, cheios de armas, ignorantes e mal-educados? Hinn não é um homem de Deus? Paulo, Pedro e Jesus precisavam de seguranças?
Por isso, hoje, nem quis ir para aquela “palhaçada”. Ontem, tirei o colete da segurança, guardei-o no carro e fui embora, muito triste, mas também muito aliviado por Deus ter me mostrado todas essas coisas.
Em resumo, sabe o que vi ontem? Um homem show, com sua roupa branca, cabelos duros de tanto laquê, um sorriso cínico, um olhar penetrante, cantando e animando uma plateia que parece hipnotizada. Os músicos são dele, os hinos é ele quem escolhe, os cantores são dele, o tradutor é dele, os aparadores são dele... Além disso, há um “bando de gorilas” seus tirando uma “onda” do povo de Deus, brincando com doenças, derrubando pastores, empurrando senhoras. Enfim, vi um espetáculo, com muita luz, som e efeitos (ou defeitos) especiais...
Espero, de alguma forma, ter contribuído para que outras pessoas não venham a ser enganadas por esse falso profeta.”
Em nosso meio, pecados no âmbito moral costumam ser considerados mais graves do que a heresia e a apostasia. Considero estes mais deletérios do que aqueles. Mas, para quem ainda tolera as falsas doutrinas e os modismos de Hinn por achar que ele tem uma vida ilibada, a imagem acima, do The National Enquirer, fala melhor que milhares de palavras.
Definitivamente, o show-man Benny Hinn não é um bom referencial para o povo Deus, principalmente para os jovens pregadores. Olhemos para o Pregador-modelo, o Senhor Jesus Cristo (Hb 12.1,2). Ele nos deixou o exemplo de uma vida santa (Jo 13.15; 1 Pe 2.20), a fim de que andemos como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).
As cruzadas do “grande” Benny Hinn são assim: não há exposição da Palavra de Deus, mas ocorrem vários “milagres” por meio do “cair no Espírito”. Um fato curioso, que muitos não sabem, é que esse show-man — como se vê na foto acima — costuma decorar os seus palcos com cadeiras de rodas. Para quê? Para que, ao assistirmos às filmagens, pensemos: “Muitos paralíticos foram curados”.
Benny Hinn tem sido considerado um grande referencial, um modelo para famosos pregadores brasileiros, pelo fato de derrubar pessoas. Um deles chegou a dizer que gostaria que Hinn cuspisse sobre ele! Outro, recentemente, afirmou que só não caiu, em uma cruzada, porque a mão do aludido milagreiro não apontou em sua direção...
Meu Deus! O maior pregador que já andou na terra, o Senhor Jesus, jamais derrubou pessoas com golpes de túnica. Pelo contrário, além de ter ensinado a sã doutrina e pregado o Evangelho, Ele levantou inúmeros paralíticos (Mt 4.23,24). E a Palavra de Deus assevera que devemos andar como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).
Se Benny Hinn é tão ungido, a ponto de lançar maldições sobre aqueles que questionam o seu comportamento e as suas sandices, por que não usa só um pouquinho do seu poder para curar, pelo menos, um dos milhares de paralíticos que comparecem às suas cruzadas? Por que ele não usa o seu “paletó mágico” para levantar pessoas?
Benny Hinn tem sido considerado um grande referencial, um modelo para famosos pregadores brasileiros, pelo fato de derrubar pessoas. Um deles chegou a dizer que gostaria que Hinn cuspisse sobre ele! Outro, recentemente, afirmou que só não caiu, em uma cruzada, porque a mão do aludido milagreiro não apontou em sua direção...
Meu Deus! O maior pregador que já andou na terra, o Senhor Jesus, jamais derrubou pessoas com golpes de túnica. Pelo contrário, além de ter ensinado a sã doutrina e pregado o Evangelho, Ele levantou inúmeros paralíticos (Mt 4.23,24). E a Palavra de Deus assevera que devemos andar como Ele andou (1 Jo 2.6; At 10.38).
Se Benny Hinn é tão ungido, a ponto de lançar maldições sobre aqueles que questionam o seu comportamento e as suas sandices, por que não usa só um pouquinho do seu poder para curar, pelo menos, um dos milhares de paralíticos que comparecem às suas cruzadas? Por que ele não usa o seu “paletó mágico” para levantar pessoas?
Ciro Sanches

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