19 abril 2011

O Catolicismo Romano e a Bíblia

Continuação...

O Que Diz o Novo Catecismo Romano Sobre as Tradições
Apóia este pensamento o novo Catecismo da Igreja Católica quando assim pontifica: “A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só sagrado depósito da Palavra de Deus”. 13
A interpretação eclesiástica é uma espécie de comentário da Sagrada Escritura, feita de tal modo pela Igreja Católica e para os católicos romanos, que a forma desta interpretação tem caráter obrigatório.
Os portadores da Tradição “é o povo de Deus” e a “Igreja Universal só pode atualizar a função de transmitir a Tradição incorporando-a e subordinando-a ao Magistério Eclesiástico”, mas “não tem papel puramente passivo na atividade transmissora, mas a este foi confiada a decisão”. 14
O Catecismo diz” “O Magistério da Igreja (Católica) empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão (católico romano) a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com as quais têm uma conexão necessária”.
Noutra parte: "O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiado exclusivamente ao Magistério da Igreja (Católica), ao Papa e aos bispos em comunhão com ele”.
Vale salientar que o papa nem sempre precisa do “colégio apostólico” (bispos do mundo inteiro) para apoiá-lo em suas decisões, pois assim corroborou o Mons. Péricles Felice, Arcebispo titular de Samosata, Secretário Geral do Sacrossanto Concílio Ecumênico vaticano II:
“O Romano Pontífice, quando se tratar de ordenar, promover e aprovar o exercício da colegialidade em vista do bem da Igreja (Católica) procede segundo a sua própria decisão. O Sumo Pontífice como pastor supremo da Igreja (Católica), pode exercer o seu poder em qualquer tempo à sua vontade, como é exigido pelo seu cargo”. 15
A Igreja Católica Romana tem sido desafiada a revelar em que consiste este “depósito sagrado”, qual é, de fato, o seu conteúdo total além daquilo que “o Papa e os bispos em comunhão com ele” têm anunciado – mas ela, porém jamais deu a conhecer estas cousas!
Por isso, somos levados à conclusão de que ela prefere guardar em segredo a substância de que faz a “sagrada tradição”, com o objetivo de retirar, do seu “depósito sagrado” as novas formas de doutrinas que as circunstâncias vão exigindo, à medida que o tempo vai passando.
É certo que a Igreja Católica Romana aceite muitas verdades concernentes a Jesus Cristo e aos apóstolos, verdades estas que todos os cristãos podem aceitar igualmente.
Mas não há, a mínima evidência de que outras tradições tenham sido legadas à Igreja, além daquelas verdades consignadas nas páginas do Velho e Novo Testamento.
A Igreja Católica Romana, para refutar esta assertiva, cita determinadas passagens bíblicas que, segundo ela, evidenciam o contrário. Uma destas passagens é o texto de João 20:30 onde se lê: “Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro”. Se não foram escrito porque não eram tão importantes assim, aponto de servir como ensinamentos ou sinal.
Estes textos, certamente, nos está dizendo que houve outros sinais ou milagres realizados por Jesus Cristo, e que não estão registrados no evangelho de João. Muitos destes sinais, provavelmente, foram registrados nos evangelhos Sinóticos, que existiam bem antes de o Evangelho de João ter sido escrito.
Porém, pode ter havido “outros sinais” que não foram registrados em livro algum. No entanto, se fosse assim, é estranho que não haja uma sugestão sequer, de onde se possa inferir que tais tradições foram confiadas aos apóstolos, para serem transmitidas às gerações seguintes, como pretende a Igreja Católica Romana.
O texto seguinte diz: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”  (João 20:31). Segundo esta passagem, o que foi registrado é suficiente para estabelecer o fato de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e, também, é suficiente para criar e estabelecer a fé que leve à vida eterna. Nenhuma tradição suplementar foi ou é necessária para isto.
Outras passagens citadas pela Igreja Católica são estas:
“Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavras seja por epístola nossa” (II Tessalonicenses 2:15).
“Mandamo-nos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu” (II Tessalonicenses 3: 6).
“De fato eu vos louvo porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes as tradições assim como vo-las entreguei” (I Coríntios 11:2).
Temos aqui três referências às tradições, mas estas três Epístolas foram escritas Bem antes de o Cânon do Novo Testamento ser encerrado, naquele período em que os ensinos orais estavam sendo escritos para formarem o Novo Testamento.
Elas foram escritas para ratificar o ensino oral já transmitidos às igrejas locais, pelos próprios apóstolos. Além disso, estes ensinos não eram suplementos adicionados à verdade escrita, incorporada nas Escrituras do Velho Testamento já em uso, e, portanto, não foram dados às igrejas locais para complementar o “Sagrado depósito”, como ensina a Igreja Católica Romana.
Este conflito não existiria se a assim chamada “sagrada tradição” procedesse verdadeiramente da mesma fonte de onde procede a Revelação escrita, pois, segundo Tiago 1: 17 “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”.
Na segunda Carta de Paulo a Timóteo 3:15 -16 lemos: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”. Ora, sábios, mas, também, para nos aperfeiçoar, habilitando-nos para toda a boa obra, que necessidade temos nós de tradição oral para suplementá-la?
Jesus apenas mencionou a tradição, para condená-la e para advertir contra a mesma: “Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens... Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens... Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição... Invalidando assim a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes” (Marcos 7:7, 8, 13).
“Porque transgredis vós, também o mandamento de Deus pela vossa tradição?... E assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus... Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15:3, 6.9).
Assim podemos verificar que o Senhor Jesus repreendeu os fariseus que faziam exatamente o que a Igreja Católica faz, hoje, criando um compêndio de ensinamentos e preceitos humanos, tornando-os iguais ou até mesmo superiores à Palavra de Deus, pois ela mesma diz que “da revelação não deriva a sua certeza a respeito de tudo o que foi revelado somente da Sagrada Escritura”16.
Finalmente, afirmamos que existem inúmeras passagens das Escrituras Sagradas declarando a sua suficiente total: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39).
“À lei e o testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8:20).
“A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre” (Salmos 119:160).
“Para sempre ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Salmo 119:89).
“Ora, este de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato assim” (Atos 17:11).
A Palavra de Deus “permanece para sempre” (I Pedro 1:23, 25). Ela “subsiste eternamente”(Isaías 40:8).  Ela “é perfeita, e refrigera a alma” (Salmos 19:7).  O próprio Senhor Jesus disse que não se pode abolir a Escritura (João 10:32). 17
João, o vidente de Patmos, no livro de Apocalipse (1:3) enuncia uma gloriosa bênção sobre aqueles que lêem e ouvem e guardam as Escrituras:
“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”.
Mas também faz uma solene advertência contra aqueles que acrescentam ou retiram alguma coisa por sua livre recreação “desta profecia”: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22:18-19).
Portanto, os acréscimos que a Igreja Católica Romana fez e tem feito ao longo dos séculos, verdadeiramente anulam sim a suficiência total das Sagradas Escrituras!


A Santa Missa da Igreja Católica Romana                      
Índice de Artigos
A Santa Missa da Igreja Católica Romana
Transubstanciação - Uma Vergonhosa Falsificação
Santa Missa - Uma Oferta De Sacrifício Para A Salvação?
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A assim chamada "Igreja Católica Romana" insiste em que a "comunhão" não é apenas um sacramento que confere graça ao comungante, mas também sacrifício real a Deus, em que Cristo, como sacerdote, oferece o Seu próprio corpo e sangue.

As palavras de Mateus 26:26 -28 e de I Coríntios 11:23-26, particularmente as palavras:  "Este é o Meu corpo" e  "Este é o Meu Sangue", parecem muito simples e fáceis de se entender. Mas o fato é que elas, provavelmente, já causaram mais divisão dentro da Igreja Cristã do que quaisquer outras.

Por causa dessa doutrina milhares de cristãos foram mortos na Inglaterra, no século XVI, durante o reinado da sanguinolenta "Bloody Mary", sem falar nos milhões que foram assassinados, em todas as épocas, pelos papas do Catolicismo Romano.

De fato, não foi senão em 380 d.C. que a doutrina da "transubstanciação"apareceu, e, até então, as idéias a respeito da mesma eram vagas e contraditórias.

A palavra "transubstanciação"  não era comumente usada, até 830 d.C. e, mesmo depois dessa data, ela ainda permanecia em debate. Foi promulgada pelo Papa Inocêncio III, em 1215 d.C., e foi transformada em artigo de fé, em 1551 d.C. pelo Concílio de Trento, 1545-63 d.C. que anatemizou todos quantos a rejeitassem ou dela duvidassem.

Convém esclarecer que o Papa Inocêncio III, (1198 a 1216 d.C.), um dos mais poderosos da história da Igreja Romana, tendo assassinado milhares de inocentes, que eram visto como "hereges", declarou-se  "Vigário de Cristo, Vigário de Deus, Soberano Supremo da Igreja e do mundo" com o direito de depor reis e príncipes afirmando que  "todas as coisas na terra, no céu e no inferno estão sujeitas ao vigário de Cristo".

Nunca na história, até a chegada da Reforma Protestante, um homem exerceu maior autoridade do que ele! de decretar a herética transubstanciação, ordenou duas cruzadas, proibiu a leitura da BÍBLIA SAGRADA no vernáculo, ordenou o extermínio de todos os "Hereges", instituiu a  "Santa Inquisição" ou  "Santo Ofício" -- Hoje  "Sagrada Congregação para a Doutrina da fé" -- e mandou massacrar os albigenses, tendo dito que a cruzada contra esses santos  "havia sido a coroação dos seus objetivos como papa".

Mais sangue foi derramado durante o seu pontificado e dos seus imediatos sucessores do que em qualquer outro período da história da Igreja de Roma, exceto no esforço de esmagar a Reforma Protestante, nos séculos XVI e XVII.

Dir-se-ia que NERO, o monstruoso imperador romano, que mandou incendiar Roma para incriminar os cristãos, e decretou a morte do apostolo Paulo, poderia se assemelhar a um cordeiro, diante desse lobo voraz, Papa Inocêncio III.

Vejamos o que diz o Concílio de Trento:

Sessão XIII, outubro de 1515 - capítulo 4.Sobre a Transubstanciação:

Visto que Cristo, nosso Redentor, disse que o que Ele ofereceu sob aparência de pão era realmente seu corpo, sempre foi mantido na Igreja de Deus e este santo sínodo agora declara de novo que, pela consagração do vinho na substância de Seu sangue. E esta conversão é pela santa Igreja Católica convenientemente e com propriedade chamada transubstanciação".
Capítulo 5. Culto e veneração da Santa Eucaristia

E assim não se deixa lugar á dúvida de que todos os fiéis de Cristo devem em sua veneração demonstrar a este santíssimo sacramento o culto completo de adoração (latriae cultum) que é devido ao verdadeiro Deus, em concordância com o costume sempre aceito na Igreja Católica. E não deve ser menos adorado  porque foi instituído por Cristo Senhor para que pudesse ser tomado e comido"
Cânones sobre a Santa Eucaristia

Mansi, XXXIII 84 Cx. Denzinger, 883 ss.

"3. Sobre a Eucaristia. Se alguém negar que no venerável Sacramento da Eucaristia todo o Cristo está contido debaixo de cada parte separada de cada espécie  - seja anátema".

"9. Se alguém negar que cada um e todos os fiéis de Cristo, de ambos os sexos, tendo chegado aos anos de uso da razão, são obrigados a comungar, pelo menos uma vez por ano, no tempo da páscoa, em concordância com o preceito da Santa Madre Igreja -- seja anátema.

A Igreja Romana pretende basear sua doutrina herética nas Sagradas Escrituras, Vejamos João 6: 48-58. Nesta passagem há oito referências à expressão da palavra Comer, e a palavra carne é repetida cinco vezes dos lábios do próprio Senhor Jesus Cristo.

Porém, negamos inteiramente que elas constituam a profecia da eucaristia da Igreja Romana.

Contra a interpretação católica romana desta passagem. lembremo-nos de que as palavras do Senhor, ditas nos primeiros versículos do mesmo capítulo 6 de João, são exatamente as que fazem parte da mesma controvérsia entre Jesus e os judeus, que desejam fazer Jesus repetir o primeiro milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, de modo que pudessem ter outra refeição.

Verifiquemos, especificamente João 6: 29, 35-37, 40,44,45,47. Nestas passagens temos as palavras crer ou vir empregadas nove vezes. O comer a carne e o beber o sangue significa, no pensamento de Jesus, a posse da vida eterna.

A consequência do crer ou vir, nas últimas passagens citadas é também a posse da vida, o comer a carne e o beber o sangue do Filho do Homem. portanto, equivalem a vir a Jesus, e a crer nEle.

Em sua falta de compreensão espiritual, os judeus não entenderam as palavras de Jesus e ficaram cheios de escrúpulos e perguntavam-se: "como pode Este, dar-nos a comer a Sua própria carne"?  (João 6: 52).

Se tomadas literalmente. As palavras de Jesus levaram os judeus a encher-se de escrúpulos com justa razão, pois o comer a carne e o beber o sangue do filho do homem, seria puro canibalismo!

Alguns dos discípulos do Senhor também ficaram escandalizados com essas palavras e disseram: "duro é este discurso! Quem o pode ouvir?" (João 6:60).

Porém o Senhor deu Sua declaração clara explicando àqueles que desejavam recebê-lo, como o fez com as Suas parábolas, em Mateus 13. Jesus disse aos discípulos: "As palavras que eu vos tenho dito são espirituais e são vida" (V. 63).

As palavras de Pedro, ditas em seu nome e no dos demais apóstolos, mostram que eles interpretaram corretamente o SENTIDO das palavras de Jesus, como significando vir ao Senhor e crer nEle, pois o apóstolo Pedro disse: "...Senhor, para quem IREMOS NÓS ? Tu tens a palavra da vida eterna. E nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus!"( Vs. 68-69).

O que Jesus buscou esclarecer com as palavras ditas em João 6: 57?:  "Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e igualmente Eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá". Como é que Jesus "vive pelo Pai"?  Vive como o Verbo encarnado pela fé, no Pai e na sua palavra.

Examinemos outras passagens bíblicas que a Igreja Romana cita para sustentação da doutrina da comunhão ou eucaristia: Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-24; Lucas 22:19-20 e I Coríntios 11:23-26.

A primeira coisa que precisamos notar, nestas passagens, é que as palavras "abençoar" e "dar graças" é a tradução da palavra grega "eulogein", que significa louvar. O dar graças e o abençoar ou louvar foram dirigidos a Deus!

A Igreja Romana, porém, sustenta que o pão e o vinho são abençoados e que, por meio dessa bênção, são transformados em alguma coisa diferente: CORPO E SANGUE.

Entretanto, a linguagem empregada nos textos citados não conduz a esta conclusão!  Era ação de graças e louvor REDIMIDOS A DEUS, exatamente como o Senhor Jesus Cristo fez, quando alimentou a multidão, dando graças pelos pães e pelos peixes (João 6:11).

A seguir, o que nos chama à atenção são as palavras de Jesus, depois da ação de graças: "isto é o Meu corpo... isto é o Meu sangue, o sangue da aliança".

Raciocinemos: poderia Jesus dizer que em Suas mãos estavam o Seu próprio corpo e sangue, quando ainda estava VIVO NO MEIO DOS DISCÍPULOS, habitando o mesmo corpo com o qual nascera de Maria e com o qual andara e ainda estava andando na companhia dos discípulos?

Tal pensamento propalado pela Igreja Romana para assegurar a  doutrina da transubstanciação fere frontalmente a inteligência das pessoas sensatas! Muitas vezes, nas Sagradas Escrituras encontramos a mesma construção gramatical, onde o verbo ser é usado com o sentido de representar, e nessas passagens não pode ter outro significado, senão vejamos:

As sete belas vacas SÃO (representam) sete anos e as sete belas espigas, igualmente (SERÃO)  sete anos..."(Gênesis 49:9,14).
Porque o SENHOR Deus É sol e escudo..." (Salmo 84:11).
Lâmpada para os meus pés É a Tua palavra e luz, para os meus caminhos" (Salmos 119:105).

"O campo é o mundo; a boa semente SÃO os filhos do reino; o joio SÃO os filhos do maligno; o inimigo que semeou é o diabo; a ceifa É a consumação do século, e os ceifeiros SÃO os anjos" (Mateus 13: 39-39).

"A garganta deles é um sepulcro aberto..." (Romanos 3:13).

"Eu SOU a porta (João 10:9).  "Eu SOU a videira verdadeira..." (João 15:1).

Geralmente empregamos a mesma liguagem em nossos dias. Olhando, por exemplo, a planta de uma casa dizemos: "Isto é a sala de jantar e aquilo é a cozinha".  Ou quando olhamos uma fotografia dizemos: "Esta é fulana e aquele é beltrano".

Quando assim falamos, estamos usando exatamente a linguagem de Jesus, quando tomou o pão e o vinho. Na realidade, Ele não falou do vinho mas do CÁLICE, quando disse:  "Isto é o meu sangue, o sangue da aliança".

Outra coisa que chama a nossa atenção é o fato de que Jesus, após ter abençoado o vinho, o tenha chamado de  "o fruto da videira". Vejamos as passagens, na Bíblia Sagrada:

"E digo-vos que, desta hora em diante, não bebereis deste fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber, novo, no reino de meu Pai" (Mateus 26:29).  "Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus" (Mateus 14:25).   "Pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lucas 22:18).

Isso demonstra claramente que a substância do vinho NÃO HAVIA MUDADO!  Paulo age do mesmo modo, quando chama os elementos da Ceia de pão e vinho: Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que Ele venha".  (I Coríntios 11:26).

As narrativas da instituição da "Ceia do Senhor" nos Evangelhos e na Carta de Paulo aos Coríntios, tornam claro que Jesus falou em sentido figurado, quando disse: "Este é o cálice da nova aliança no Meu sangue..." (Lucas 22:20).

E Paulo cita Jesus dizendo: "Este cálice é a nova aliança no Meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de Mim" (I Coríntios 11:25).

Nestas palavras Ele usou dupla figura de linguagem. O cálice representa o vinho e o vinho é chamado de nova aliança.

O cálice não era literalmente a nova aliança, embora ficasse definitivamente declarado, como o pão foi declarado ser o seu corpo. Eles não beberam o cálice literalmente, como também não beberam literalmente a nova aliança!  Como é ridículo dizer que eles o fizeram!

O Seu corpo também não foi o pão literal, nem o vinho, seu sangue literal. Como já dissemos, depois de dar o vinho aos discípulos Jesus disse:  "Pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus" (Lucas 22:18).

Assim o vinho, mesmo que dele Jesus tenha tomado e depois dado aos Seus discípulos, continuou sendo o fruto da videira!  Nenhuma alteração houve nos elementos. Isso aconteceu depois da oração de consagração, quando a Igreja Romana supõe e ensina que aconteceu a alteração, mesmo tendo Jesus e Paulo declarado que os elementos continuaram sendo pão e vinho.

Na verdade, como poderiam as palavras de Cristo: "Este é o Meu corpo e este é o Meu sangue" ser aceita no sentido literal?  Voltamos a enfatizar que na ocasião em que estas palavras foram ditas, o pão e o vinho estavam sobre a mesa, diante dEle, e Ele estava assentado à mesa em Seu corpo, como qualquer pessoa viva! A crucificação ainda não havia acontecido! Eles comeram a Ceia do Senhor, antes da crucificação.

Além disso, não podemos fazer algo em memória de alguém que está presente, como a Igreja Católica faz, dizendo que Cristo está presente na missa. Mas no futuro, quando estivesse ausente, estas coisas poderiam simbolizar o Seu corpo partido e o Seu sangue derramado.

Seus discípulos poderiam, então, relembrar o Seu sacrifício e o pão e o vinho poderiam ser tomados "em memória" dEle  (I Coríntios 11:25).

As palavras de Jesus "fazei isto...em memória de Mim" mostram que a Ceia do Senhor não foi um tipo de operação mágica, mas exclusivamente um memorial !  E com que finalidade?  Com o objetivo de convocar todos os cristãos, através dos séculos, a que se lembrassem da crucificação do Senhor e de todos os benefícios dela provenientes!

Um memorial não apresenta a realidade, como no caso de serem o pão e o vinho o seu verdadeiro corpo e sangue, mas uma coisa totalmente diferente, que serve apenas como lembrança da coisa real. Esta é a lógica!  É perfeitamente óbvio a qualquer leitor observador inteligente que a Ceia do Senhor foi especialmente estabelecida como uma simples festa memorial. De maneira alguma como uma "reencarnação" de Cristo!

Comer e beber carne e sangue humano é coisa repulsiva e abominável a Deus, e também a qualquer pessoa mentalmente são, especialmente aos judeus. Essa prática é contrária às Escrituras e ao senso comum.  "Qualquer homem da casa de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que comer algum sangue, contra ele me voltarei e o eliminarei do seu povo" (Levítico 17: 10). "Tão somente o sangue não comerás... (Deuteronômio 12:16).

Na lei judaica havia severa penalidade contra quem comesse sangue. Na visão de Pedro (Atos 10), quando ele recebeu ordem de levantar-se, matar e comer, ele protestou imediatamente, dizendo que nunca comera coisa imunda. Um pouco mais tarde, o Concílio de Jerusalém, legislando para a dispensação cristã, ratificou a proibição de se comer sangue: "Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem de vos guardardes. Saúde" (Atos 15:29).

É impossível crer que, quando os apóstolos estabeleceram a lei de Deus, eles mesmos participassem, não apenas de sangue de animal, mas principalmente de sangue humano -- o que seria o caso se na Ceia do Senhor, eles comessem regularmente a carne e o sangue literais de Cristo!  Que fale mais alto o bom senso! Que os queridos e sinceros católicos sejam despertados do seu sono...(Efésios 5:14).
A Igreja Romana sustenta que a "transubstanciação" é o maior de todos os milagres! A evidência de toda palavra de Deus e de toda experiência prática demonstra que a chamada "transubstanciação" não é um milagre, PORÉM UMA VERGONHOSA FALSIFICAÇÃO!
O Senhor Jesus, quando viveu entre os homens, realizando o Seu ministério terreno, operou muitos milagres e todos eles traziam consigo sua própria evidência.
O cego viu, o coxo andou, os mortos ressuscitaram, os pães foram multiplicados diante de milhares de testemunhas oculares que comeram o pão multiplicado, saciando sua fome. A ressurreição de Jesus foi poderoso milagre, tão poderoso que mesmo os que O conheciam bem, ficaram em dúvida a princípio. Como foi que Jesus dissipou suas dúvidas? O Senhor disse:
"Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho" (Lucas 24:39).
Para o incrédulo Tomé, o Senhor disse: "Põe aqui o dedo, e vê as Minhas mãos. Chega também tua mão e põe-na no Meu lado; não sejas incrédulo, mas crente" (João 20:27).
O Senhor Jesus Cristo instou com os seus discípulos para que exercitassem sua capacidade de critica, a fim de provar a realidade da ressurreição!
A Igreja Romana, entretanto, não age assim em relação às suas doutrinas, como no caso da "transubstanciação"! Ainda que o pão e o vinho, após devidamente abençoados pelo sacerdote, conservem sua aparência, sua forma, seu gosto, seu cheiro, seu peso e sua cor e, ainda que as qualidades aprendidas pelos sentidos sejam as mesmas que eram antes da consagração, os católicos romanos são obrigados a rejeitar toda a verdade racional dos seus sentidos ou ser anatemizados!
Segundo a Igreja Romana, aquilo que os sentidos aprendem depois da consagração do pão e do vinho, na eucaristia, são os acidentes!  Quando Jesus transformou a água em vinho, em Caná da Galiléia, as características da água desapareceram, PORQUE A ÁGUA DEIXOU DE EXISTIR, conforme João 2:9-10. Esse episódio é bastante claro à nossa inteligência!
Que o sacrifício de Cristo no calvário foi completo, como oferta única, e que jamais deveria ser repetido, está claramente expresso em Hebreus capítulo 7, 9,10. Senão vejamos:
Que não tem necessidade, como os sumos-sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, pelos pecados próprios depois, pelos do povo; porque isto fez de UMA SÓ VEZ POR TODAS quando a si mesmo se ofereceu" (Hebreus 7:27).
"Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, UMA VEZ POR TODAS, tendo obtido eterna redenção (9:12).
"Com efeito, quase todas as coisas, segundo a Lei, se purifica com sangue; e, SEM DERRAMAMENTO DE SANGUE NÃO HÁ REMISSÃO. Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figuras do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.
"Ora, neste caso, seria necessário que Ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou UMA VEZ POR TODAS, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado".
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo se oferecido UMA VEZ PARA SEMPRE para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação" (9:22 -28).
"Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, UMA VEZ POR TODAS. Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, QUE NUNCA JAMAIS PODEM REMOVER PECADOS”.
"Jesus, porém, tendo oferecido, PARASEMPRE, um ÚNICO SACRIFÍCIO PELOS PECADOS, assentou-Se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os Seus inimigos sejam postos por estrado dos Seus pés. Porque, COM UMA ÚNICA OFERTA, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados". (Hebreus 10:10-14).
Observem que nesses versículos aparece a declaração "uma vez por todas" (Heb. 10:10), contendendo a idéia de inteireza ou finalidade, que impossibilita a repetição.
Isso está mais do que claro! A obra de Cristo na Cruz foi completa, perfeita e definitiva! Ela constituiu um acontecimento histórico que jamais foi repetido e que realmente não pode e jamais poderá ser repetido! A linguagem é perfeitamente clara:
Cristo ofereceu "um único sacrifício pelos pecados..."(Hebreus 10:12). Paulo diz: "Sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, JÁ NÃO MORRE; a morte já não tem domínio sobre ele" (Romanos 6:9), e o escritor de Hebreus diz que "...com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados..." (10:14).
Os versículos que acabamos de citar contradizem completamente tudo que a Igreja Romana tem a dizer sobre a missa. Graças a Deus podemos olhar para trás, a fim de ver o que o Senhor Jesus fez no Calvário e saber que Ele completou o sacrifício pelos pecados, uma vez por todas, e que a nossa salvação não depende do capricho ou decreto arbitrário de qualquer sacerdote ou igreja!
Qualquer presunção de uma oferta contínua pelo pecado é mais do que inútil, pois é uma negação da eficácia do sacrifício expiatório de Cristo no Calvário!
Pregado na cruz, e antes de render o espírito a Deus, Jesus exclamou: "TUDO está consumado!" (João 19:30). Isso em virtude de ter sido consumada a Sua obra propiciatória, quando o Seu cadáver foi tirado da cruz e colocado na sepultura.
Contudo, Ele não está na sepultura agora! Ao terceiro dia ressurgiu dos mortos e hoje está à mão direita de Deus Pai, apresentando o Seu sacrifício Perfeito e completo, em favor de todos quantos nEle confiam! Cristo não precisa de "missas" para suplementar a obra que já concluiu!
Alegar que o chamado "sacrifício da missa" serve de ajuda aos que estão no "PURGATÓRIO" é agir com falsidade. Esta é outra balela inventada pela Igreja Romana, que no século VI recebeu essa doutrina de forma convencional, das mãos do papa Gregório I, o grande, (590-604 d.C.). Doutrina essa que foi proclamada como artigo de fé em 1439, pelo Concílio de Florença e mais tarde confirmada pelo Concílio de Trento, em 1548.
Na próxima terça-feira continuaremos...
Abraços.

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