24 setembro 2007

É crime opor-se ao homossexualismo?

É crime opor-se ao homossexualismo? Sarah Toledo Em maio desse ano, foi aprovado um projeto de lei que causou grande polêmica, especialmente no meio cristão evangélico. Esse projeto que agora já é lei em vigor, trata de direitos em favor de pessoas homossexuais. É, portanto, normal que haja tanta discussão em torno desse assunto, pois valores e conceitos existentes na sociedade (e na Igreja) entram em choque com o que está sendo imposto. Porém, é necessária uma visão ampla e compreensiva para entender que não é crime opor-se ao homossexualismo, mas, sim, a discriminação contra homossexuais. Isso significa que tratar uma pessoa com respeito não é concordar com suas atitudes. Em primeiro lugar, é fácil percebemos que certas opiniões giram muito mais ao redor do fato de que o projeto foi aprovado pelo Governo Lula¹, que por causa da lei em si. Isso impede que possamos levar a sério tais comentários e nos faz duvidar do que está realmente em discussão: a lei ou o governo. É preciso entender que, com o crescimento do “movimento” homossexual, a aprovação de uma lei como essa seria inevitável neste, ou em qualquer outro governo. Além disso, a questão do crime não é a opinião, mas a prática. Vejam, cada cidadão tem liberdade de escolha. Essa liberdade inclui opinião. Oras, temos o direito de concordarmos ou discordarmos do que quisermos e isso não é um crime. Mas se, por não concordarmos com algo, discriminamos, ou até mesmo utilizamos violência com uma pessoa, isso, sim, é crime. É o que acontece nesse caso. Nós, como cristãos, não concordamos com o homossexualismo, isto é, nos opomos a ele. Mas, também (e principalmente) por sermos cristãos, não podemos agir contra eles de forma pessoal ou geral agressivamente, assim como não podemos atribuir qualidades e capacidades com base na opção sexual, isso seria discriminar. A lei exige que os homossexuais sejam tratados com respeito, e não que todos passem a apoiar o homossexualismo. Isso afetará as igrejas? Certamente que sim, pois o crime de discriminação acontece a partir do momento em que a pessoa se sinta atingida de forma preconceituosa. O que um pastor, padre, ou qualquer cristão disser, poderá ser mal interpretado e acabar em processo. Mas a liberdade de culto também é garantida por lei. Então, por exemplo, um pastor não é obrigado a aceitar um homossexual como membro (que isso fique claro) da igreja, sendo que a prática cristã condena o homossexualismo. Então, se a pessoa quer fazer parte de uma igreja, ela deve, necessariamente, concordar com suas práticas. Sem dúvidas é complicado para as igrejas lidar com tal situação e podemos enxergar nisso mais uma das dificuldades que a Igreja tem que enfrentar nessa época, em que tudo se tornou aceitável. E, olhando agora pelo prisma cristão, sabemos que Deus abomina a prática homossexual, pois é um pecado, como está escrito em I Coríntios 6:9-10: “Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos², nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros, herdarão o Reino de Deus.” (NVI, grifo meu) Mas, como qualquer pecado, há uma solução (I Coríntios 6:11): “Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus.” Como, porém, isso acontecerá se não tratarmos um homossexual como devemos tratar qualquer pessoa: com respeito e amor? Cumprir essa lei, independentemente do governo no qual ela foi aprovada, não é nada além do que devemos fazer mesmo que ela não estivesse em vigor. Pois o amor de Deus é demonstrado através de nossas atitudes e isso só acontecerá se olharmos para a pessoa, não para seu pecado. Amar um homossexual; trata-lo com respeito, apesar de suas escolhas; reconhecer que essas leis não são para perseguir a igreja; e, principalmente, usar a sabedoria que vem de Deus para lidar com o pecado, tentando convencer tal pessoa da Verdade – tudo isso é cumprir o único mandamento que Cristo nos deixou: amar ao próximo como a nós mesmos. Contra isso não há Lei (lei alguma). 1 Não há intenção, de forma alguma, em defender o Governo aqui. 2 Ou nem efeminados. O termo grego refere-se a homens que se submetem a todo tipo de depravação sexual com outros homens. (nota da Bíblia, versão NVI).
http://rapensando.blogspot

Nenhum comentário:

Postar um comentário