22 setembro 2012


Líder muçulmano rasga Bíblia em protestos contra polêmico filme “A Inocência dos Muçulmanos”


A onda de protestos nos países muçulmanos contra o filme “A Inocência dos Muçulmanos”(foto acima), que fala sobre Maomé, figura importante do islamismo, gerou uma manifestação específica contra o cristianismo.
O líder muçulmano egípcio Abu Islam atacou o cristianismo segurando um exemplar do Alcorão durante os protestos: “Esse é o livro de verdade e de paz. O lugar certo para as palavras deste livro é sobre nossas cabeças, porque é a verdadeira inspiração”, afirmou, referindo-se ao livro sagrado do Islã. O clérigo complementou seu discurso, mostrando o livro cristão, que segurava na outra mão: “Este é o livro que aquele ‘cão’ Terry Jones acredita, assim como aqueles cristãos egípcios que vivem na América com ele. Hoje eu só posso destruí-lo”, afirmou pouco antes de rasgar a Bíblia, e complementou: “Da próxima vez, vou urinar sobre ela”, segundo informações da Missão Portas Abertas.
Já o pastor Terry Jones, conhecido por também destruir um exemplar do Alcorão, afirmou nos Estados Unidos que o filme criticado pelos muçulmanos não é ofensivo ao islamismo: “Fomos contatados pelo produtor do filme `Inocência dos Muçulmanos` para o ajudar a distribuir”, afirmou o polêmico pastor, que garantiu que a produção “não pretende insultar a comunidade muçulmana, mas revelar verdades sobre Maomé que possivelmente não são muito conhecidas”.
Jones pontuou ainda que “é muito claro que Deus não influenciou a Maomé na escrita do Corão”, e atacou o islamismo usando os protestos como ilustração de seu argumento: “A recente onda de violência e as mortes não são causadas pelo filme, não são causadas pelas atividades que temos desenvolvido e vamos continuar a desenvolver”, disse, afirmando que os atos “mais uma vez revelam a verdadeira natureza do Islã”, que segundo ele, “não tolera críticas a Maomé, ao Corão ou à Sharia”, observou, referindo-se à lei islâmica.
O procurador chefe do Egito, segundo informações do site Actualidad, irá pedir a prisão do pastor Terry Jones e do produtor do filme, Elia Basily, também conhecido como Nakoula Basseley. A publicação porém, não explica como o procurador pretende conseguir a detenção dos dois.

Paquistão tem mortes em protestos contra filme anti-Islã


Paquistão foi, nesta sexta-feira (21), o principal palco de protestos contra o filme americano anti-Islã e a mobilização, extremamente fragmentada, de milhares de pessoas resultou em 19 mortos e mais de 200 feridos.
Em outros países muçulmanos, protestos antiamericanos ou antifranceses, após a publicação de novas charges de Maomé na França, foram limitados e sem violência depois da oração.
As autoridades paquistanesas tinham decretado esta sexta dia feriado, chamado de "Dia do amor do profeta", para permitir que as pessoas protestassem em defesa do Islã e de Maomé, ridicularizados no filme americano "A Inocência dos Muçulmanos", a causa principal da onda de protestos nos últimos dias no mundo muçulmano.
O registro nesta sexta-feira era de 17 mortes - 12 em Karachi, a metrópole do sul do Paquistão, e cinco em Peshawar, a maior cidade do noroeste - e cerca de 200 feridos, contando com os registrados na capital Islamabad, onde os manifestantes foram mantidos longe das embaixadas ocidentais.
Essas mortes elevam para 19 o número de mortes registradas no total no Paquistão, desde o início dos protestos contra o filme na semana passada.
Enquanto o comércio permaneceu fechado, os protestos se multiplicaram e se intensificaram à tarde, depois da oração, liderados por influentes partidos islâmicos e alguns grupos extremistas.
Os primeiros incidentes graves aconteceram pela manhã em Peshawar, região muito conservadora e fronteira com o Afeganistão, onde milhares de pessoas se reuniram.

Entenda os protestos anti-EUA após divulgação de filme ofensivo ao Islã


Longa que retrata o profeta Maomé de maneira ridícula é foco do conflito.
Protestos mataram pelo menos 40 em vários países ao longo da semana.



Os ataques de multidões muçulmanas a alvos americanos ao longo dos últimos dias foram desencadeados pela divulgação de trechos de um filme norte-americano de baixo orçamento que, segundo os islamitas, ofende o Islã e o profeta Maomé.
Divulgado na Internet, um trailer com imagens do filme "Innocence of the Muslins" ("A Inocência dos Muçulmanos") foi traduzido para o árabe e repercutiu negativamente em países muçulmanos e em comunidades islâmicas ao redor do planeta.
Os protestos ganharam repercussão internacional na terça-feira (11), com incidentes na embaixada americana no Egito, no Cairo, e cresceram de intensidade desde então.
No mesmo dia, um ataque durante um protesto matou o embaixador dos EUA emBenghazi, na Líbia e outros três americanos.
Os incidentes já mataram mais de 40 pessoas desde então.
Ameaças
O movimento fundamentalista do Talibã, a rede terrorista da Al-Qaeda e o movimento islâmica Hezbollah, do Líbano, prometeram "vingança" contra os americanos por conta da publicação do vídeo.
Governos de países muçulmanos, como Egito e Irã, também protestaram.

Entenda os protestos anti-EUA após divulgação de filme ofensivo ao Islã

Longa que retrata o profeta Maomé de maneira ridícula é foco do conflito.
Protestos mataram pelo menos 40 em vários países ao longo da semana.

Do G1, com agências internacionais
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Os ataques de multidões muçulmanas a alvos americanos ao longo dos últimos dias foram desencadeados pela divulgação de trechos de um filme norte-americano de baixo orçamento que, segundo os islamitas, ofende o Islã e o profeta Maomé.
Divulgado na Internet, um trailer com imagens do filme "Innocence of the Muslins" ("A Inocência dos Muçulmanos") foi traduzido para o árabe e repercutiu negativamente em países muçulmanos e em comunidades islâmicas ao redor do planeta.
Os protestos ganharam repercussão internacional na terça-feira (11), com incidentes na embaixada americana no Egito, no Cairo, e cresceram de intensidade desde então.No mesmo dia, um ataque durante um protesto matou o embaixador dos EUA emBenghazi, na Líbia e outros três americanos.


Os incidentes já mataram mais de 40 pessoas desde então.
Ameaças
O movimento fundamentalista do Talibã, a rede terrorista da Al-Qaeda e o movimento islâmica Hezbollah, do Líbano, prometeram "vingança" contra os americanos por conta da publicação do vídeo.

Governos de países muçulmanos, como Egito e Irã, também protestaram.
Charge francesa
Nesta quarta, o semanário francês "Charlie Hebdo" aumentou a polêmica, ao publicar charges retratando o profeta. O governo francês anunciou fechamento de representações em 20 países na sexta (21), além de aumentar medidas de segurança.

'A Inocência dos Muçulmanos'
O filme foi dirigido e produzido por uma pessoa identificada como Nakoula Basselet Nakoula, sob o pseudônimo de Sam Bacile, que afirmou que o Islã é "uma religião do ódio".
Documentos judiciais confirmam que Nakula Basseley Nakula foi condenado a 21 meses de prisão em 2010 por fraude bancária e que morava na localidade de Cerritos, ao sul de Los Angeles.
Ele disse que a produção foi financiada com US$ 5 milhões (R$ 10,1 milhões) levantados a partir de doações de judeus, os quais ele não quis identificar.
Ele afirma ter trabalhado com 60 atores e uma equipe de 45 pessoas na Califórnia, durante três meses, no filme de duas horas. "O filme é político. Não religioso", disse.
mapa protestos anti-EUA 17/09 (Foto: Editoria de Arte / G1)
Atores afirmaram terem sido "enganados" durante a produção e que, em nenhum momento, o nome de Maomé era citado no set.
Cenas do filme mostram uma produção desconexa, retratando o profeta muçulmano Maomé várias vezes como um mulherengo, homossexual, molestador de crianças, um falso religioso e sanguinário.
Para muitos muçulmanos, qualquer representação do profeta é uma blasfêmia.
Caricaturas ou outras caracterizações feitas no passado e consideradas insultuosas enfureceram muçulmanos em todo o mundo, provocando protestos e a condenações por parte de funcionários, pregadores, muçulmanos comuns e mesmo muitos cristãos.
A primeira parte do filme, situada na era moderna, mostra cristãos coptas egípcios fugindo de uma multidão muçulmana enfurecida. A polícia egípcia olha enquanto a multidão quebra uma clínica onde um médico cristão trabalhava.
Em seguida, aparece um médico conversando com sua filha sobre o que faz um "terrorista islâmico".
Depois disso, as cenas mostram episódios históricos da época do profeta, a maioria em cenários onde os atores estão claramente sobrepostos a um fundo de deserto.
Maomé é mostrado como um "bastardo" ilegítimo, como um mulherengo e homossexual. Uma cena mostra ele em um aparente ato sexual com uma de suas esposas e mais tarde com outras mulheres.
Em outra cena, um sacerdote cristão se oferece para elaborar um texto religioso a partir de versos da Torá judaica e do Novo Testamento cristão para transformá-los no que ele chama de "versos falsos" -- uma aparente referência à gênese do Corão.
Em outras cenas, Maomé é retratado como um líder sanguinário, incentivando seus seguidores a saquear lugares que eles atacam e dizendo que eles podem usar as crianças da maneira que quiserem.
O longa-metragem foi defendido pelo polêmico pastor Terry Jones, que atraiu muitas críticas no passado, especialmente por queimar um exemplar do Corão e ter se oposto à construção de uma mesquita perto do Marco Zero, em Nova York.
Jones descreveu o filme como uma representação "satírica" da vida de Maomé. Ele disse que mostrou um trailer promocional após a realização de um "julgamento" simbólico do profeta.
A atriz Cindy Lee García, que interpreta uma mulher cuja filha é proposta em casamento a Maomé, afirmou que ignorava que o filme era uma propaganda anti-Islã. Ela disse ainda que os diálogos foram redublados após as filmagens.
Segundo ela, "não havia nada sobre Maomé ou os muçulmanos" no filme que participou.
Cindy Lee recorreu para retirar o filme do YouTube, por estar sofrendo ameaças de morte, mas teve seu pedido rejeitado por um tribunal da Califórnia.
A dublagem é facilmente perceptível nos 14 minutos do filme divulgados na internet, onde as palavras são grosseiramente inseridas nas sequências.
O clérigo salafista egípcio Ahmad Fuad Ashush emitiu neste final de semana uma "fatwa" (decreto islâmico) contra o elenco e a equipe de produção.
"Os bastardos que fizeram este filme são beligerantes mentirosos", diz Ashush em árabe em mensagem captada nesta segunda-feira pelo órgão de monitoramento da Internet SITE.
Assista partes do vídeo:
G1.com e umaalmasedenta.com





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